Zelensky admite que exército ucraniano propôs mobilizar até 500.000 pessoas

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Volodymyr Zelensky adianta que o comando militar "propôs a mobilização de 450.000 a 500.000 pessoas", mas diz que ainda não tomou uma decisão.

O Exército ucraniano, a debater-se com a necessidade de encontrar voluntários, propôs mobilizar “450.000 a 500.000 pessoas” para continuar a lutar contra a invasão russa, avançou esta terça-feira Presidente da Ucrânia, admitindo, porém, que ainda não tomou uma decisão.

O comando militar “propôs a mobilização de 450.000 a 500.000 pessoas”, disse Volodymyr Zelensky, durante uma conferência de imprensa em Kiev, acrescentando que precisava de “mais argumentos para apoiar esta ideia” porque se tratava de um “número muito importante”. Na mesma conferência de imprensa, Zelensky saudou “uma enorme vitória” do exército ucraniano sobre a Rússia no mar Negro, que permitiu estabelecer desde agosto um “corredor marítimo” para exportação de mercadorias.

“Isso está integrado na nossa operação no sul”, prosseguiu o líder ucraniano, lembrando ainda as ameaças russas de bombardeamentos e a suposta superioridade marítima da frota russa. Zelensky também anunciou que a Ucrânia vai receber “diversos” novos sistemas antiaéreos Patriot.

Zelensky exclui negociações com uma Rússia “arrogante”

O Presidente ucraniano rejeitou ainda qualquer hipótese de negociação com uma Rússia “arrogante”, apesar das dificuldades do Exército ucraniano na frente de combate e a crescente pressão das tropas de Moscovo. “Atualmente não é pertinente. Não vejo uma solicitação por parte da Rússia. Não o vejo nas suas ações. Apenas vejo arrogância e morte na sua retórica”, declarou o líder ucraniano, durante uma conferência de imprensa em Kiev com a presença de vários ‘media’ nacionais e internacionais.

Questionado sobre as recentes divergências com o chefe do Exército, Valery Zaluzhny, o Presidente ucraniano disse que “independentemente da posição ocupada”, os dirigentes a vários níveis têm “responsabilidade sobre os resultados do dia a dia”. Presidente e chefe do Exército têm uma “boa relação de trabalho”, disse Zelensky, rejeitando “personalizações”.

Qualificou ainda de “fantasia” a possibilidade de que a Ucrânia ceda uma parte de seu território à Rússia em troca de entrar na NATO. Sobre o esforço de equipamento das Forças Armadas, Zelensky revelou ainda que a Ucrânia vai produzir “um milhão de ‘drones’ [aparelhos não-tripulados]” para o seu exército em 2024.

Zelensky foi também questionado sobre uma visita a Portugal, já confirmada em outubro, sem referir datas, e afirmou estar “muito agradecido ao Governo e ao Presidente de Portugal” por estarem ao lado de Kiev na luta contra a invasão russa. “É muito importante para nós ter o apoio de Portugal”, disse o chefe de Estado ucraniano, de acordo com a CNN Portugal.

O líder ucraniano também anunciou a intenção de se encontrar proximamente com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, “para encontrar soluções” aos seus diferendos, alguns dias após o dirigente húngaro ter vetado a aprovação de um novo pacote de ajuda da União Europeia (UE) à Ucrânia e de não ter participado na decisão de abrir negociações formais com Kiev para a adesão ao bloco comunitário.

“Somos vizinhos e tentamos encontrar soluções para os nossos problemas. Mas para isso devemos organizar uma reunião”, declarou. No decorrer da conferência de imprensa, Zelensky respondeu e falou diversas vezes sobre os Estados Unidos, até ao momento o principal aliado de Kiev.

Ainda a propósito de um possível regresso de Donald Trump à Casa Branca (Presidência norte-americana), a menos de um ano das presidenciais norte-americanas de 2024, Zelensky considerou que o antigo governante tem uma “personalidade diferente” do atual Presidente norte-americano, Joe Biden, e que por esse motivo iria promover “uma política diferente”, acrescentando que “todos os dirigentes têm uma influência sobre a sua sociedade e sobre as ações do seu Governo”.

Uma eventual redução da ajuda norte-americana poderá influenciar a atitude da UE e terá, segundo frisou, “decerto um impacto e que não seria positivo para a Ucrânia”. No entanto, disse acreditar que as grandes linhas da política oficial de Washington e o seu apoio a Kiev não serão alterados.

Estas declarações surgem alguns dias após o seu périplo diplomático destinado a convencer os Estados Unidos e a Europa a prosseguirem o envio de armamento e financiamentos à Ucrânia. Apesar de ter obtido de Bruxelas uma abertura das negociações de adesão da Ucrânia à UE, até ao momento não conseguiu convencer o Congresso norte-americano a votar um novo pacote de 61 mil milhões de dólares (56 mil milhões de euros) para o seu país.

(notícia atualizada às 19h57 com mais informação)

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Estado espanhol vai comprar 10% da Telefónica para fazer frente aos sauditas

  • ECO
  • 19 Dezembro 2023

O Governo espanhol autorizou, esta terça-feira em Conselho de Ministros, a Sociedade Estatal de Participações Industriais a comprar até 10% da Telefónica.

O Governo espanhol autorizou a Sociedade Estatal de Participações Industriais (Sepi) a comprar até 10% da Telefónica. A decisão foi aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros e notificada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários espanhola, segundo os media espanhóis.
Através desta operação, o Estado espanhol irá converter-se no principal acionista da operadora de telecomunicações, segundo revelou a sociedade estatal e a operadora na informação divulgada ao regulador do mercado espanhol. Assim que for finalizada a operação, o Estado espanhol vai voltar a ter uma participação na Telefónica, 26 anos após a sua completa privatização e terá direito a um dos outros membros pertencentes ao Conselho de Administração.
A Telefónica tem uma capitalização de mercado que ronda os 20.000 milhões de euros, pelo que a aquisição de 10% do capital da empresa deverá estar avaliada em 2.000 milhões de euros.
Na nota divulgada à CMVM, o Executivo espanhol realça que a Telefónica “desenvolve um conjunto de atividades de uma relevância crucial para a economia, tecido produtivo, investigação, segurança, defesa e, em definitivo, bem-estar dos cidadãos”.
Esta decisão visa “proporcionar à Telefónica uma maior estabilidade acionista para que a empresa atinja os seus objetivos e, por isso, contribuir para a salvaguarda das suas capacidades estratégicas”, lê-se.
Com esta decisão, o governo de Pedro Sanchez tenciona travar o avanço da Saudi Telecom, que em setembro já tinha comprado 9,9% do capital da Telefónica por 2,1 mil milhões de euros, ainda que na altura tenha salientado que não queria ficar com o controlo da companhia.
Desde então, que a vice-presidente e ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño, se tem comprometido a aplicar “todos os mecanismos necessários” para defender “os interesses estratégicos de Espanha”, devido aos contratos que o Estado espanhol mantém com a Telefónica em matéria de Defesa.
(Notícia atualizada às 17h56 com mais informação)

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Itália prorroga por um ano fornecimento de equipamento militar à Ucrânia

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

"A Itália escolheu estar ao lado da liberdade das nações e do respeito ao direito internacional", disse o ministro da Defesa, que tem o objetivo de alcançar "uma paz justa e duradoura".

O Governo italiano aprovou esta terça-feira um decreto-lei que prorroga por um ano o fornecimento de armas, veículos e equipamento à Ucrânia. “Mais uma vez, a Itália escolheu estar ao lado da liberdade das nações e do respeito ao direito internacional, com o objetivo de alcançar, em linha com a posição assumida pela NATO e pelos aliados da União Europeia, uma paz justa e duradoura“, afirmou o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto.

O decreto-lei, que prorroga até ao final de 2024 a ajuda militar à Ucrânia na guerra desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022, necessita de ser aprovado pelo Parlamento. “Gostaria de salientar que não existe qualquer problema político no apoio à Ucrânia no âmbito da maioria governamental, que tenciona respeitar o papel e o controlo do Parlamento”, acrescentou Crosetto.

A decisão foi tomada por iniciativa do ministro da Defesa, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, do ministro da Economia e Finanças, Giancarlo Giorgetti e, segundo Crosetto, “com o apoio de todo o Governo”.

O prolongamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, num cenário internacional agravado pela crise do Médio Oriente e pela guerra entre Israel e o Hamas, exige que o governo de Meloni faça uma escolha de coerência e apoio e, portanto, de uma extensão da ajuda à Ucrânia, de acordo com os compromissos internacionais assumidos pela Itália na UE e na NATO”, acrescentou.

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PLMJ assessora Minor na venda de carteira de cinco hotéis ao Grupo NH Hotels

A equipa da PLMJ foi coordenada por Francisco Lino Dias, sócio e cocoordenador da área de Imobiliário e Turismo.

A PLMJ assessorou a Minor na venda ao Grupo NH Hotels de 100% do capital da sociedade que controla os hotéis Anantara Vilamoura Algarve Resort, Tivoli Lagos Algarve Resort, NH Sintra, NH Marina Portimão e Tivoli The Residences at Victoria. Esta operação somou um total de 133,2 milhões de euros.

A equipa da PLMJ foi coordenada por Francisco Lino Dias, sócio e cocoordenador da área de Imobiliário e Turismo, e contou com a participação de Abel de Barbosa Mendonça, consultor sénior, Sofia Nogueira Leite, associada sénior e Mafalda Oliveira Cordeiro, associada, todos da área de Imobiliário e Turismo e Ânia Cruz, associada sénior da área de Corporate M&A.

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Operação Lex: Arguidos vão ser julgados pelo Supremo

Após ter ponderado se processo teria de ser dividido em dois, o Supremo Tribunal de Justiça irá julgar os 17 arguidos da Operação Lex, incluindo Rui Rangel e Luís Filipe Vieira.

Caberá ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) julgar os 17 arguidos da Operação Lex. Segundo avançou o Público, o STJ decidiu ser competente, após ter ponderado se processo teria de ser dividido em dois. Entre os principais arguidos neste caso está o ex-juiz Rui Rangel e o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira.

A dúvida sobre quem seria competente prendia-se com o facto de os crimes de colarinho branco alegadamente cometidos pelos desembargadores Rangel e Fátima Galante terem sido feitos quando eram ainda juízes de segunda instância. Ou seja, dava-lhes o direito de serem julgados pelo STJ. Mas uma vez que ambos foram afastados da magistratura, era discutível onde seriam julgados.

Em dezembro de 2022, o juiz decidiu que o ex-juiz Rui Rangel, o ex-presidente da Relação Luís Vaz das Neves, a ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo CSM Fátima Galopante e Luís Filipe Vieira, bem como os restantes arguidos iam a julgamento.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

O que desencadeou toda este processo da justiça portuguesa foi uma certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu José Veiga, ex-empresário de futebol e Luís Filipe Vieira, o ex-dirigente do Benfica, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências. Após suspeitas da prática de crimes, foi aberto um inquérito em setembro de 2016.

A investigação, liderada por Maria José Morgado, centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados citados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas podem superar os 1,5 milhões de euros.

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Abreu Advogados assessora venda da Bifase Electric à Sanitop

A equipa da Abreu Advogados responsável por esta operação foi coordenada por Diogo Pessanha, Sócio Contratado, e contou com o apoio de Benedita Pessanha, Associada Sénior.

A Abreu Advogados, sociedade de advogados em Portugal, assessorou os sócios da Bifase Electric, empresa de distribuição de material e equipamento elétrico e eletrónico, na venda da empresa à Sanitop.

A equipa da Abreu Advogados responsável por esta operação foi coordenada por Diogo Pessanha, Sócio Contratado, e contou com o apoio de Benedita Pessanha, Associada Sénior.

A aquisição da Bifase visou impulsionar o seu crescimento da oferta de equipamentos e serviços e, simultaneamente, proporcionar crescimento, inovação e mais valor junto de todos os parceiros, colaboradores e stakeholders.

Com sede em Paredes e filiais em Paços de Ferreira e Caldas da Rainha, a Bifase Electric é um distribuidor de referência no sector do material elétrico, que conta com mais de 25 anos de atividade.

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Oliveira de Azeméis está a alugar autocarros devido a falhas da Unir

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Autarquia propôs, em novembro, à AMP "o adiamento da entrada em funcionamento da rede, tendo em consideração os atrasos na divulgação das novas linhas e horários, e a falta de viaturas e motoristas".

O município de Oliveira de Azeméis está a alugar cinco autocarros para assegurar percursos não previstos pela nova rede de transportes Unir, revelou esta terça-feira a autarquia, na expectativa de que a Área Metropolitana do Porto (AMP) corrija a situação.

A informação da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis (distrito de Aveiro) foi remetida à Agência Lusa na sequência das críticas da estrutura local do Partido Comunista Português (PCP) que fala em “abundantes episódios de incumprimentos” nas viagens da rede Unir entre Oliveira de Azeméis e Porto.

A autarquia reconheceu a existência de vários problemas desde o arranque da operação a 1 de dezembro e, nesse contexto, revelou: “Como forma de mitigar os impactos negativos decorrentes da entrada em vigor da operação, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis está a recorrer ao aluguer de cinco autocarros para assegurar percursos e linhas não previstas na rede Unir, nomeadamente os que impactam no transporte escolar”.

Realçando que ainda em novembro propôs à AMP “o adiamento da entrada em funcionamento da rede, tendo em consideração os atrasos na divulgação das novas linhas e horários, e a falta de viaturas e motoristas que possibilitassem o pleno funcionamento” do novo serviço, a autarquia diz agora que as suas preocupações se confirmaram.

“Desde o arranque da operação, a câmara tem acompanhado diretamente um conjunto de reclamações, cobrindo desde alteração de rotas até horários incompatíveis com as dinâmicas da população”, explica a autarquia liderada pelo PS.

Com base nas análises às reclamações recebidas, até 15 de dezembro o município solicitou à AMP “alterações em 25 das cerca de 50 linhas” em funcionamento no concelho, o que abrange pedidos de alterações de horários, de correções de percursos, de criação de linhas em falta “e até a supressão de linhas desadequadas”.

Apesar dessas falhas, a câmara diz ter “a firme expectativa de que a reorganização em curso dos horários venha a contemplar todas as alterações propostas”, que, nesta fase, visam “mitigar os problemas no curto prazo”.

Contactada pela Lusa a propósito das falhas denunciadas pelo PCP, a AMP confirmou esta segunda-feira a existência de problemas em Oliveira de Azeméis, assegurando estar “a trabalhar para corrigir todas as situações e garantir um serviço eficiente e de qualidade a todos os utilizadores, implementando medidas que incluem ajustes operacionais, reforço da frota e horários”.

“Apesar de a equipa da mobilidade da AMP ser reduzida, estamos a trabalhar em estreita colaboração com as autarquias e com os operadores para garantir uma resposta célere e eficaz às diferentes solicitações que nos chegam”, concluiu.

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Caso das golas antifumo: MP admite falta de indícios contra ex-secretário de Estado

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

O Ministério Público reconheceu que os indícios nos autos não são suficientes para sustentar a acusação contra o ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves.

O Ministério Público reconheceu esta terça-feira, nas alegações do debate instrutório do caso das golas antifumo, que os indícios nos autos não são suficientes para sustentar a acusação contra o ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves.

Penso que não há nada nos autos que demonstre contra o arguido José Neves”, disse o procurador David Aguilar, na sessão do debate instrutório no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, num processo que levou à demissão do então secretário de Estado da Proteção Civil.

À saída do tribunal para a pausa para o almoço, o advogado do antigo governante, António Castanheira Neves, considerou que o Ministério Público (MP) “amainou de uma forma muito intensa a acusação e acabou por reconhecer que a acusação é profundamente injustificada em muitos capítulos”, algo que disse “não estranhar”.

Questionado sobre se entendia que o MP sai fragilizado deste processo ao reconhecer que a acusação não está suficientemente sustentada, Castanheira Neves defendeu que é “mais uma prova evidente de que o MP está a precipitar-se vezes demais e com muita intensidade”.

“A acusação é insustentável, desprovida de validade factual e jurídica e ainda por cima estribada numa realidade que tive oportunidade de salientar e que intui a sua total e absoluta nulidade”, disse o advogado aos jornalistas, sublinhando, tal como já tinha feito nas suas alegações em sala, que “foram preteridas prerrogativas absolutamente essenciais” dos direitos de defesa dos arguidos.

Nomeadamente, referiu, o direito a conhecer os autos para prestar declarações no âmbito do inquérito.

Há uma clara precipitação do MP. O ex-secretário de Estado da Proteção Civil foi convocado para declarações na véspera do dia em que foi notificada a longa e extensa acusação, declarou pretender prestar declarações desde que lhe fosse facultado o acesso aos autos, um direito legalmente garantido. Pois com a alegação de que o processo ainda estava coberto pelo segredo de justiça, o que já não era uma realidade, não pôde prestar declarações, não pôde usar essa prerrogativa e no dia seguinte foi confrontado com a acusação”, disse.

Para Castanheira Neves esta é “uma nulidade absolutamente insuprível” que deverá levar a juíza de instrução criminal a determinar o regresso do processo à fase de instrução, tendo o advogado defendido nas alegações que, em alternativa, deve ser proferido despacho de não pronúncia dos arguidos.

Apesar das fragilidades da acusação reconhecidas pelo MP, o procurador “pronunciou-se afinal no sentido de que [os arguidos] devem ser pronunciados, sem ter dito com rigor porquê e com que fundamento”, disse Castanheira Neves, acrescentando que cabe agora à juíza de instrução decidir se haverá julgamento e que arguidos serão julgados.

Caso se confirme a não pronúncia de José Artur Neves, o advogado não exclui um processo contra o Estado, mas por agora prefere aguardar a conclusão do processo, ainda passível de recurso na decisão instrutória, que só deve ser conhecida em janeiro.

O procurador do MP alegou esta terça-feira haver indícios suficientes nos autos para confirmar a tese da acusação de que os arguidos agiram em conluio para viciar um processo de contratação pública com o objetivo de garantir o acesso a fundos comunitários.

O procurador David Aguilar argumentou que os emails apreendidos, “a exiguidade dos prazos” estabelecidos para os concursos públicos e as faturas emitidas por serviços prestados antes da assinatura dos contratos que as justificariam confirmam que o processo de contratação pública foi um processo simulado para enquadrar legalmente no acesso aos fundos procedimentos já em curso, estabelecidos através de “contactos informais” com empresas privadas.

Para o MP, há um “inegável” prejuízo patrimonial para o Estado neste processo, uma vez que a devolução dos fundos comunitários utilizados significa que o financiamento do projeto ‘Aldeia Segura — Pessoas Seguras’ ficou a cargo do Estado, ou seja, dos contribuintes.

Sobre o envolvimento do ex-presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o general Carlos Mourato Nunes, também arguido, o MP sublinhou que os contratos foram assinados por Mourato Nunes, pelo que não pode alegar desconhecimento ou desresponsabilização nesses procedimentos.

O debate instrutório do chamado caso das golas antifumo decorre hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, mais de quatro anos após ter agitado o Governo e a ANEPC.

O caso levou em 2019 a demissões no Governo, num processo no qual estão em causa alegados crimes de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio e abuso de poder.

Entre os 19 arguidos (14 pessoas e cinco empresas) estão o ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves e o ex-presidente da ANEPC Mourato Nunes, numa acusação revelada pelo MP em julho de 2022, na sequência das suspeitas sobre a compra de golas de autoproteção no programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, lançado na sequência dos incêndios florestais de 2017.

A investigação deste processo identificou “ilegalidades com relevo criminal em vários procedimentos de contratação pública” no âmbito do programa “Aldeia Segura — Pessoas Seguras”, que foi cofinanciado pelo Fundo de Coesão, considerando que causou prejuízos para o Estado no valor de 364.980 euros, supostamente desviados a favor dos arguidos.

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ISEG lança programa em ESG Reporting Corporativo

Formação destina-se aos responsáveis por reporting na empresa, diretores e técnicos de sustentabilidade, auditores, diretores e analistas financeiros, diretores de compliance e risco.

O ISEG Executive Education vai avançar, de 23 de fevereiro e 22 de março de 2024, com uma formação em ESG reporting corporativo e não financeiro. “O programa antecipa as exigências da União Europeia no que toca a reporting corporativo, de acordo com as diretivas Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) e Non-Financial Reporting Directive (NFRD), enquadrando-as na realidade das empresas e do mercado, com metodologias para implementação e melhoria dos processos”, anuncia o ISEG em comunicado.

Segundo Francisco Velez Roxo, CEO do ISEG Executive Education, “este programa vem, no imediato, preparar as empresas para a implementação das normas europeias que as vão obrigar, a partir de 2025, a reportar o que identificam como riscos e oportunidades a partir dos desafios ambientais, bem como o impacto que as suas atividades têm nas pessoas e no ambiente.”

Com coordenação de Fátima Geada, professora do ISEG e presidente da Direção do Instituto Português de Auditoria Interna (IPAI), esta formação decorrerá durante 34 horas para ajudar a compreender as normas e aquilo a que as empresas estão obrigadas, assim como a identificar os referenciais a usar em Environmental (Ambiente), Social e Governance (governação) para medição do impacto das ações de sustentabilidade (atuais e futuras).

Este programa destina-se aos responsáveis por reporting na empresa, diretores e técnicos de sustentabilidade, auditores, diretores e analistas financeiros, diretores de compliance e risco.

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J+Legal e MFA Legal assessoram venda do Centro Hípico de Santo Estêvão

O valor da venda do Centro Hípico de Santo Estêvão à Criteriondomain pela I.A.P. e PGM ascendeu aos 4.500 milhões de euros.

A I.A.P. – Investimentos e Participações, SGPS e a PGM – Imobiliária e Construções venderam o Centro Hípico de Santo Estêvão, no concelho de Benavente, à sociedade Criteriondomain. A J+Legal esteve do lado dos vendedores. Já a MFA Legal assessorou o comprador. O valor da transação foi de 4.500 milhões de euros.

A equipa da J+Legal envolvida na operação foi liderada pelo sócio José Diogo Horta Osório e contou com o apoio dos associados seniores Lourenço Côrte-Real, da área de M&A, e Manuel Quaresma, da área de Fiscal.

Já do lado da MFA Legal, a equipa foi composta pelo sócio Samuel Fernandes de Almeida, epla counsel Catarina Frutuoso dos Santos e pela associada sénior Bárbara Miragaia.

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Pedro Sánchez defende que António Costa ainda tem futuro na política europeia

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

O líder do governo espanhol diz-se "um fã" de António Costa e disse que o atual primeiro-ministro português ainda tem um futuro na política europeia.

O líder do Governo de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, defendeu esta terça-feira que o primeiro-ministro português, António Costa, ainda pode ter um papel na política europeia e que acredita na vitória do Partido Socialista nas legislativas de março.

Sánchez falou sobre António Costa e o novo líder do PS, Pedro Nuno Santos, numa conversa com correspondentes da imprensa portuguesa em Madrid, durante um encontro de Natal organizado pelo Governo espanhol com jornalistas espanhóis e de meios de comunicação internacionais. Dizendo-se “um fã” de António Costa considerou que o atual primeiro-ministro português, que se demitiu do cargo no mês passado, ainda tem um futuro na política europeia, sem especificar mais.

Sánchez disse também que conhece Pedro Nuno Santos, lembrando que foi ministro e que coincidiram em cimeiras luso-espanholas e revelou que já trocou mensagens com o novo líder do PS. O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) disse acreditar que o PS, liderado por Pedro Nuno Santos, vai ganhar as próximas eleições legislativas em Portugal, em 10 de março.

Em 11 de novembro, poucos dias após a demissão de Costa, Pedro Sánchez considerou o primeiro-ministro português “um grande socialista”, durante um congresso do Partido Socialista Europeu (PSE), em Málaga, Espanha. “Permitam-me que nas minhas primeiras palavras nesta intervenção envie um abraço em nome da família socialista europeia a um grande socialista, a um grande companheiro, António Costa”, disse Pedro Sánchez ao plenário do congresso do PSE.

Sánchez acrescentou que “os companheiros socialistas portugueses sabem que podem contar com o PSOE e com todos os socialistas europeus para ganhar as próximas eleições em Portugal em 10 de março”. Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o nome do primeiro-ministro como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

No dia da demissão, Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”. Na sequência da demissão de Costa, o PS elegeu em primárias, no fim de semana passado, Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral.

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Empresas de comunicação social com rendimentos de 1.003 milhões de euros em 2022

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Apenas 4% das empresas de comunicação social apresentaram rendimentos superiores a 10 milhões de euros em 2022. Os operadores de TV apresentaram ativos, receitas e resultados superiores aos restantes.

As empresas de comunicação social atingiram rendimentos totais de 1.003 milhões de euros e lucros líquidos de 41,5 milhões de euros, no ano passado, de acordo com dados divulgados pela ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Num relatório de regulação referente a 2022, que a entidade enviou para a Assembleia da República, a ERC disse que em 2022, os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.027 milhões de euros e os rendimentos totais da atividade a 1.003 milhões de euros.

“Em termos de resultados, o total dos resultados antes de impostos, resultados financeiros, depreciações e amortizações (EBITDA) ou operacionais atingiu 58 milhões e 685 mil euros e o total dos resultados líquidos 41 milhões e 540 mil euros”, destacou, no documento.

Segundo o regulador, 53% das empresas “apresentaram crescimento dos rendimentos, cerca de 61% resultados líquidos positivos e 68% resultados operacionais ou EBITDA positivos, proporções ligeiramente inferiores a 2021″.

Em paralelo, destacou, “81% apresentaram capitais próprios positivos, uma percentagem estável face a 2021, e entre as empresas com capitais próprios positivos, o capital perfez 53% do ativo, na média aritmética de todas as empresas”.

A ERC apurou estes dados com base na informação financeira da Plataforma da Transparência dos Media relativa a 2022.

O regulador destacou que “o segmento de operadores de TV foi aquele que apresentou uma dimensão em termos de ativos, receitas e resultados muito superior aos restantes, sintomático dos requisitos de investimento mais elevados”, sendo que “o segmento de operadores de rádio apresentou resultados negativos agregados tanto ao nível operacional como líquido”.

Segundo a ERC, em termos de dimensão, “verifica-se que mais de 60% das empresas que reportaram informação na Plataforma da Transparência apresentaram, relativamente a 2022, rendimentos inferiores a 100 mil euros e 27% entre 100 mil euros e 500 mil euros”.

Além disso, “apenas 4% apresentou rendimentos superiores a dez milhões de euros“, referiu.

Quanto à atividade sancionatória, o Conselho Regulador da ERC adotou, no período em análise, “437 deliberações relativas a autorizações, processos de contraordenação, conteúdos, direito de resposta, direito dos jornalistas, licenças, obrigações de programação, pareceres, pluralismo, registos, publicidade, sondagens, transparência e outros”.

Em 2022, o Conselho Regulador deliberou ainda a aplicação de 11 coimas no valor global de 147.250 euros, indicou.

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