Diagnóstico precoce e apoio ao paciente com HIV, chaves no Dia Mundial da SIDA 2023

  • Servimedia
  • 4 Dezembro 2023

Há 30 anos foi lançado o emocionante filme "Philadelphia" que abordava os preconceitos e injustiças enfrentados pelas pessoas com HIV. Desde este filme a realidade do HIV mudou drasticamente.

Os avanços médicos transformaram o significado dessa infeção: de uma sentença de morte para uma doença crónica e gestionável. No entanto, em termos sociais, o progresso nem sempre foi tão notável.

O Dia Mundial da AIDS procura apoiar as pessoas com HIV e lembrar daquelas que faleceram de doenças relacionadas à AIDS, evidenciando a realidade que ainda enfrentam as pessoas que vivem com o vírus. Principalmente considerando que são diagnosticados no mundo todo cerca de 150.000 mil novos casos a cada ano, sendo 3.000 deles no nosso país.

DIAGNÓSTICO

Aproximadamente 150.000 pessoas vivem com HIV na Espanha, das quais cerca de 7,5% não foram diagnosticadas. Quase metade desses diagnósticos são tardios, o que implica que os pacientes se encontram em condições piores e o tratamento e manejo da infeção são mais complexos.

Nesse sentido, é fundamental impulsionar estratégias de diagnóstico para que as pessoas com HIV possam receber tratamento mais cedo, alcançando um melhor estado de saúde e reduzindo a transmissão do vírus. Com esses objetivos, iniciativas como a “Deixa a tua Marca” são fundamentais. Um exemplo de projeto desenvolvido pela Sociedade Espanhola de Medicina de Emergência e Gilead, que permitiu detetar mais de 1.200 novos casos nos últimos 2 anos e reduziu o tempo de diagnóstico de um mês para uma semana, evitando assim 4.500 novas infeções. Para isso, mais de 100.000 sorologias foram feitas em mais de 120 hospitais por toda a Espanha.

É evidente que os avanços alcançados nos tratamentos antirretrovirais são inquestionáveis, mas a eficácia no controle virológico não deve ser o único critério no cuidado das pessoas com HIV, que ainda enfrentam questões a serem abordadas para garantir uma melhor qualidade de vida.

Embora tenham sido dados grandes passos no aspeto médico, no âmbito social nem tudo melhorou como deveria. Segundo o estudo “Crenças e Atitudes da População Espanhola em relação às pessoas com HIV em 2021”, quase 20% dos espanhóis evitariam o contacto com uma pessoa com HIV e 10% afirmam que não teriam nenhum tipo de relacionamento.

Essas afirmações estão presentes na nossa sociedade, e quando uma pessoa recebe a confirmação do seu diagnóstico, ela entra em uma espiral de preocupações, dúvidas e incertezas onde o sentimento de culpa é omnipresente.

Nesses momentos, é necessário um apoio de rede que permita reduzir a vertigem e o impacto psicológico causados pelo resultado positivo. Dessa forma, serão eliminados os falsos mitos, o apoio da família será estimulado e será assegurada uma vida saudável com adesão adequada ao tratamento. É nesse ponto que as ONGs desempenham um papel crucial. Associações como a Adhara, por exemplo, têm realizado o Programa de Pares há mais de 9 anos, um projeto de educação em saúde entre pessoas na mesma situação. Pessoas com HIV, previamente capacitadas de forma específica e profissional, acompanham e oferecem apoio a outras pessoas com a infeção, buscando proporcionar um melhor bem-estar emocional, físico e social.

Graças a esse suporte, intervenções podem ser desenvolvidas de acordo com a situação de cada indivíduo, sem medo de possíveis preconceitos. Exemplos comuns são dúvidas no início, como se é possível ter um relacionamento sexual ou romântico estável ou até mesmo ter filhos sem HIV.

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Transportes públicos vão receber apoio de 16,2 milhões para combustíveis do segundo semestre

Dotação é idêntica ao primeiro semestre. Transportes públicos de passageiros que usem combustíveis fósseis recebem dez cêntimos por litro, veículos a gás natural recebem 30 cêntimos por litro.

O Governo voltou a atribuir um apoio extraordinário de 16,2 milhões de euros ao setor dos transportes públicos de passageiros, para atenuar os efeitos do aumento de preços do combustível no segundo semestre do ano, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério do Ambiente. O apoio será pago até 31 de março de 2024, tendo como fonte de financiamento o Orçamento do Estado.

O apoio, aprovado no Conselho de Ministros de quarta-feira, segue os mesmos moldes do aplicado nos primeiros seis meses do ano, garantiu a mesma fonte. A dotação é idêntica e o apoio é novamente “calculado com base num valor de dez cêntimos por litro para os veículos que utilizem combustíveis fósseis que não o gás natural e de 30 cêntimos por litro para os veículos pesados que utilizem gás natural, assumindo consumos de 2.100 litros por mês por autocarro”. A referência é agora “o período entre 1 de julho e 21 de dezembro”, dado que o apoio anterior vigorou até 30 de junho e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) já tinha apelado ao Governo, no final de novembro, para aprovar com urgência a compensação aos combustíveis porque sem ela o transporte público de passageiros poderia ficar em causa.

No comunicado do Conselho de Ministros, o Governo diz apenas que foi decidida a “concessão de um apoio extraordinário e excecional com vista à mitigação do aumento dos preços do combustível no setor dos transportes públicos pesados de passageiros”. Mas, apesar de “extraordinário e excecional” este apoio já vai na sua sexta fase.

O apoio, operacionalizado pelo Fundo Ambiental, com verbas do OE, é mais uma vez pago de uma só vez, até 31 de março de 2024, precisou fonte oficial do ministério liderado por Duarte Cordeiro, sendo que serão pagos “1.260 euros, por cada veículo pesado de passageiros, licenciado para o transporte público, das categorias M2 e M3 ou equivalente e que utilize combustível fóssil que não gás natural” e “3.780, euros por cada veículo pesado de passageiros, licenciado para o transporte público, das categorias M2 e M3 ou equivalente e que utilize gás natural”.

São elegíveis para este apoio, as empresas do setor dos transportes públicos pesados de passageiros, com veículos pesados licenciados para transporte público pelo Instituto de Mobilidade e Transportes, designadamente veículos pesados de passageiros, das categorias M2 e M3 ou equivalente, e que tenham inspeção periódica obrigatória válida”, acrescentou a mesma fonte.

O período em que as empresas do continente vão poder submeter as suas candidaturas será definido aquando da publicação da resolução em Diário da República.

Esta medida reveste-se de especial importância depois de terem sido atribuídos passes gratuitos a todos os jovens estudantes até aos 23 anos. Segundo Luís Cabaço Martins isto “vai ser um esforço financeiro enorme para as empresas”, pelo que é preciso que “o Estado pague todos os meses esse diferencial”, sem atrasos.

Segundo o presidente da ANTROP, em declarações à Lusa, com o desconto nesses passes de 25% a compensação é de 11 milhões a 12 milhões de euros por ano, pelo que estima que essa compensação passe para cerca de 50 milhões de euros (isto sem contar que podem aumentar o número de beneficiários).

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Estabelecimentos de apoio social com regras simplificadas

Mudanças passam pela dispensa de nova apreciação do Instituto da Segurança Social das alterações de projetos e a possibilidade de entrada em funcionamento com a emissão da licença de utilização.

Os estabelecimentos de apoio social geridos por privados vão poder entrar em funcionamento apenas com a emissão da licença de utilização, ou seja, sem esperar pela licença de funcionamento que é emitida pelo Instituto da Segurança Social, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

Esta é uma das alterações que decorre da aprovação, em Conselho de Ministros, na quarta-feira, do “decreto-lei que altera o regime jurídico de instalação, funcionamento e fiscalização dos estabelecimentos de apoio social geridos por entidades privadas, simplificando a alteração dos projetos de equipamentos sociais financiados pelo Programa PARES e Plano de Recuperação e Resiliência”, lê-se no comunicado.

“O objetivo é promover o alargamento da rede de equipamentos sociais, através da simplificação da tramitação dos processos financiados pelos Programas PARES e PRR”, explicou ao ECO fonte oficial do ministério liderado por Ana Mendes Godinho, que destaca duas alterações: “a dispensa de nova apreciação do ISS relativamente a alterações de projetos em curso e a possibilidade de entrada em funcionamento com a emissão da licença de utilização”.

Até agora, os estabelecimentos de apoio social geridos por entidades privadas só podiam iniciar atividade após a concessão da respetiva licença de funcionamento atribuída apenas depois de verificadas cinco condições: existência de instalações e de equipamento adequados ao desenvolvimento das atividades pretendidas; apresentação de projeto de regulamento interno; existência de um quadro de pessoal adequado às atividades; situação contributiva regularizada junto do Fisco e da Segurança Social e idoneidade do requerente e do pessoal ao serviço do estabelecimento.

A lei determina que Instituto da Segurança Social tem de proferir a decisão sobre o pedido de licenciamento no prazo de 30 dias a contar da data de “receção do requerimento devidamente instruído”. Mas para agilizar o processo, agora bastará ter a licença de utilização para se poder entrar em funcionamento.

Esta licença ou autorização de utilização é concedida pela câmara municipal após ter efetuado uma vistoria às instalações, idealmente realizada no prazo de 30 dias após a comunicação da conclusão das obras. Se as instalações estiverem de harmonia com o projeto aprovado, a câmara municipal deve emitir a licença de utilização em 30 dias.

Por outro lado, quando os estabelecimentos procedem a alguma alteração ao nível da denominação do estabelecimento; localização; identificação da pessoa ou entidade gestora; atividade que pode ser desenvolvida no estabelecimento ou lotação máxima é necessário requerer, no prazo de 30 dias, a substituição da licença. Mas, no espírito de simplificação, deixa de ser precisa uma nova apreciação do Instituto da Segurança Social relativamente a alterações de projetos em curso.

No PRR, o Executivo comprometeu-se a criar, até ao primeiro trimestre de 2026, 15 mil novos lugares e renovação dos existentes em equipamentos sociais. Em causa estão, ao todo, 39.405 lugares para crianças, idosos, pessoas com deficiência e outras pessoas vulneráveis em creches, estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI), centros de dia, serviços de apoio domiciliário (SAD), Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), residências de autonomização e inclusão e tipologias inovadoras. Este é um valor revisto em alta face aos 28 mil que estavam previstos inicialmente antes da reprogramação aprovada do PRR.

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75% das licenças de alojamento local em Lisboa em risco de serem canceladas

  • Ana Petronilho
  • 4 Dezembro 2023

Proprietários de licenças de AL ativas têm até 7 de dezembro para entregar comprovativo de atividade sob pena de serem canceladas automaticamente, segundo o Mais Habitação.

Cerca de 75% das licenças de alojamento local ativas em Lisboa estão em risco de ser canceladas. No Porto, este número é de 43%. Com a entrada em vigor do Mais Habitação os proprietários dos registos de AL ativos têm um prazo de dois meses – que termina a dia 7 de dezembro – para entregar comprovativo de atividade, sob pena de as licenças serem canceladas automaticamente pelas câmaras municipais.

Em Lisboa, de um universo total de 20.033 registos ativos, até ao momento foram submetidos 4.730 pedidos de comprovativo do exercício da atividade de alojamento local, avançou ao ECO a autarquia liderada por Carlos Moedas. Ou seja, a uma semana de terminar o prazo, apenas foram entregues comprovativos de atividade de 23,6% do total de licenças ativas na capital.

No Porto, há menos registos em perigo. Do total de 10.520 licenças ativas no Registo Nacional de Alojamento Local, até 30 de novembro, tinham sido submetidos 6.041 pedidos de comprovativo (57%), disse também ao ECO a autarquia aos comandos de Rui Moreira. Mas cerca de duas semana antes, até ao dia 14 de novembro “apenas 1.300 declarações contributivas tinham sido submetidas”, o que levou a câmara a enviar “um email informativo ao ecossistema AL” para recordar que o prazo para a submissão das declarações contributivas termina a 7 de dezembro.

Até à data, os comprovativos submetidos em Lisboa e no Porto estão por analisar não se sabendo ainda quantos são válidos, disseram ainda ao ECO as duas autarquias.

De acordo com as novas regras do Mais Habitação, todas as licenças ativas que fiquem canceladas ficam impedidas de, pelo menos até 31 de dezembro de 2030, voltarem a ser validadas. Isto porque, até essa data, estão suspensas as novas emissões de licenças de alojamento local, com exceção dos hostels e guest houses e dos AL que funcionam nas zonas do interior do país, na Madeira e nos Açores. Fora desta suspensão estão ainda os alojamentos locais a funcionar nas casas onde vivem o proprietário, desde que não os arrendem mais do que 120 dias por ano.

Já as licenças que vão agora continuar ativas caducam a 31 de dezembro de 2030, passando a ser renováveis a cada cinco anos.

O comprovativo de atividade tem de ser submetido na plataforma do Balcão Único Eletrónico (e-balcão) sendo considerada a última declaração de rendimentos para efeitos de IRS ou IRC ou a última declaração periódica de IVA com referência à atividade de exploração de alojamento local. Fica ao critério de cada titular qual a declaração a enviar.

Caso a atividade de AL tenha sido declarada junto das Finanças este ano, o titular deverá apresentar uma declaração de IVA ou, não dispondo ainda de uma, deverá apresentar antes a declaração de início de atividade.

Se tiver mais de uma licença ativa, deverá repetir o processo para cada um dos registos, mas pode enviar o mesmo documento fiscal para todos os processos.

Este é um processo que a ALEP – Alojamento Local em Portugal critica por ter sido decidido “sem conhecimento da realidade do setor e sem diálogo, criando situações em que a continuidade de muitos operadores é colocada em risco de forma desnecessária”.

Apesar de a associação defender medidas de “limpeza” de registos não ativos, em comunicado, a ALEP alerta que o processo “está a criar inúmeras dúvidas e incertezas nos titulares de AL” por assentar numa lei com “falta de consistência”.

A associação dirigida por Eduardo Miranda lembra, por exemplo, que não está definido o conceito de inatividade, tendo em conta que há nada em concreto na lei que obrigue um AL a receber clientes ou a faturar durante um determinado período de tempo. “Não existe base legal para que uma Câmara Municipal cancele um registo por falta de provas de faturação, podendo esta ficar numa situação jurídica frágil devido a processos pelos prejuízos causados”, aponta a ALEP.

185 novos pedidos em risco em Lisboa e quebra de 44% de pedidos no Porto

Desde início de 2023, foram submetidos 354 novos pedidos de licença em Lisboa. Destes, 22 pedidos foram chumbados pela câmara com fundamentação.

Além disso, a autarquia explica ao ECO que “nem todos os locais se encontram aptos para iniciar atividade” e “após realização de vistorias aos estabelecimentos, apenas 147 foram considerados aptos para iniciar atividade de alojamento local”. Os restantes 185 pedidos encontram-se em análise, “a aguardar entrega de elementos, ou com proposta de cancelamento”.

Com as medidas do Governo para o setor no Mais Habitação e com as regras desenhadas pela autarquia – que desde abril deste ano suspendeu a autorização de novos registos de estabelecimentos de alojamento local nas freguesias onde se verifique um rácio entre o número de estabelecimentos de alojamento local e o número de fogos de habitação permanente igual ou superior a 2,5% – levou a uma redução de pedidos de AL.

No caso do Porto, entre janeiro e setembro deste ano “foram aprovadas 713 licenças” AL, com o número a refletir “um decréscimo de 43.86% face ao período homólogo”. E, apesar de as 713 licenças estarem todas aprovadas “os processos ainda não se encontram todos concluídos podendo estar a aguardar vistoria por parte dos serviços” da Câmara Municipal do Porto.

Em Lisboa, este ano, “houve apenas um período no qual se registou um aumento significativo dos pedidos”, que decorreu “imediatamente após o anúncio das medidas propostas pelo Governo para limitação do alojamento local no âmbito do pacote Mais Habitação”. No segundo semestre de 2022 chegavam à autarquia lisboeta “uma média de três pedidos por semana” e, após o anúncio da intenção de suspensão de novas licenças, em fevereiro de 2023, “notou-se uma corrida às licenças” com a média semanal a disparar “para mais de 20 pedidos”.

Esta tendência de aumento súbito dos pedidos “já tinha sido verificada anteriormente em momentos em que foram anunciadas publicamente restrições ou limitações” ao Alojamento Local em Lisboa.

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Conferência Imobiliário na Economia Nacional

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  • 4 Dezembro 2023

Fim anunciado do regime de Residente Não Habitual vai ter impactos negativos na economia em geral.

A par com as novidades do Orçamento do Estado para 2024, os especialistas olham para o crescimento do setor imobiliário no próximo ano com “otimismo moderado”. Estas e outras questões estiveram no centro da discussão durante a conferência “Imobiliário na Economia Nacional”, promovido pelo ECO com apoio da Porta da Frente Christie’s.

Poucos dias depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2024, um orçamento que nasce órfão de Governo, a opinião entre os participantes na conferência “Imobiliário na Economia Nacional” parece ser consensual: há medidas que não deviam ter sido aprovadas, com a confirmação do fim do regime de Residente Não Habitual (RNH) à cabeça. “Uma das piores medidas que este Governo tomou foi acabar com um instrumento que é muito útil e muito positivo, não apenas para o imobiliário, mas para toda a economia, que é o regime do RNH”, apontou Jorge Bota durante o primeiro painel do evento promovido pelo ECO com apoio da Porta da Frente – Christie’s.

"Não restam dúvidas de que o fim do programa de atração de investimento vai ter impactos negativos na economia em geral. Essas pessoas contribuem bastante para as nossas finanças públicas, porque são pessoas que, normalmente, têm capacidade de gerar rendimentos muito elevados e mesmo que tenham uma taxa [de IRS] inferior à dos residentes, a verdade é que contribuem fortemente.”

Jorge Bota, Presidente da Associação de Consultores e Avaliadores Imobiliários

De facto, a intenção de terminar com o mecanismo criado em 2009 já tinha sido anunciada pelo PS que, no entanto, ‘suavizou’ a medida com a introdução de um período transitório que termina no final de 2024. Segundo as novas regras, continuará a ser possível aderir a este regime durante o próximo ano, desde que se observe o cumprimento de vários requisitos.

"O fim do RNH não vai fazer com que os preços imobiliários sejam mais atrativos para a generalidade da população. Menos de 7% das transações são feitas por estrangeiros. Esta medida não passa de um truque político para enfrentar “um tema com impacto mediático” e não resolve o problema base da crise na habitação: a falta de oferta no mercado. Estamos a um décimo da construção de novas habitações que tínhamos há 15 anos. Temos de resolver o problema do lado da oferta e não vejo nenhumas medidas de incentivos à nova construção e à reabilitação.”

João Cília, CEO da Porta da Frente Christie’s

Sobre a perspetiva que ambos têm para o desenvolvimento do mercado imobiliário no próximo ano, Jorge Bota fala num “otimismo moderado” em grande medida pela dinamização do segmento comercial, mas pede que seja criada “confiança” junto dos investidores. E para isso, garante, é preciso estabilidade legislativa. Já João Cília acredita que não haverá alterações significativas no preço médio do imobiliário, ainda que anteveja “que o mercado acalme face aos últimos anos, mas que continue bastante dinâmico”.

Sustentabilidade é um desafio crescente

O desígnio da neutralidade carbónica cabe a todos os setores de atividade e o imobiliário não é exceção. Aliás, segundo a legislação europeia todos os novos edifícios deverão ser de emissões zero já a partir de 2026 no caso das construções públicas ou 2028 para os privados. “Temos consciência da dimensão do desafio”, reconhece Jorge Bota, que pede, porém, mais medidas de apoio do Estado para esta transição. “Estou convencido que vai ser muito difícil os privados, sozinhos, conseguirem fazer esta transformação”, acrescenta.

Para João Cília, os incentivos fiscais devem começar “pela redução do IMT”, mas também é importante que “a transformação” não seja deixada apenas a “cargo dos promotores, dos construtores e do cliente final”, sob pena dos objetivos não serem alcançados dentro dos prazos definidos. “Continuo a achar que no caso do consumidor final há pouca consciencialização”, remata.

Pode assistir ao debate “Para onde caminha o setor face aos desafios atuais” no vídeo acima.

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Escolas de negócios portuguesas melhoram classificações no ranking europeu

Portugal volta a ter cinco escolas de negócios entre as melhores da europa, segundo o Financial Times. Nova SBE consolida liderança, mas todas melhoram. Iscte Business School dá salto de 23 lugares.

cinco escolas de negócios portuguesas entre as 90 melhores da Europa. E todas melhoraram a sua classificação na edição deste ano do ranking organizado pelo Financial Times (FT). A Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) continua a ser a portuguesa com a melhor posição, tendo chegado ao 21.º lugar da tabela, o “melhor resultado de sempre” conseguido por uma escola de Portugal. Mas foi o Iscte Busines School que deu o maior salto (23 lugares).

Todos os anos, o FT escolhe as 90 melhores escolas de negócios na Europa, com base nas pontuações que cada uma obteve nos rankings relativos aos mestrados internacionais em Gestão, à formação de executivos, aos MBA e EMBA.

Na edição deste ano, entre as portuguesas, é a Nova SBE que consegue a melhor posição nessa tabela, consolidando, assim, a sua liderança a nível nacional.

Ao subir três posições, esta escola de negócios passa a ocupar o lugar 21.º do ranking do Financial Times, resultado que “consolida o posicionamento global” desta faculdade, segundo a própria.

“Ao alcançar a melhor posição alguma vez conseguida por uma escola nacional nestes rankings, os resultados obtidos comprovam a trajetória ascendente da Nova SBE no plano nacional, e sobretudo internacional. É a consolidação do caminho que temos e que vamos continuar a percorrer e a confirmação da excelência que todos os dias praticamos na nossa comunidade”, sublinha o dean da Nova SBE, Pedro Oliveira.

No lugar imediatamente seguinte da tabela, aparece outra portuguesa: a Católica Lisbon School of Business & Economics, que volta a subir nos rankings do Financial Times.

Ao melhor em cinco posições, esta escola de negócios atinge o lugar 22.º a nível europeu. “A Católica ascende a esta posição de liderança por ter um dos melhores mestrados em Gestão do mundo, por estar no top 15 da formação executiva para empresas e por ter, com o The LISBON MBA, um dos melhores MBA da Europa“, explica a escola, que lembra que foi a primeira portuguesa a entrar na lista do FT.

Em reação, Filipe Santos, diretor desta escola de negócios, salienta que a Católica é hoje “um hub de atração de talento de docentes e alunos de nível mundial, um gerador de conhecimento de ponta em economia e gestão, e uma rampa de lançamento para carreiras de sucesso com verdadeiro impacto na sociedade”.

Mais abaixo na tabela, surge o Iscte Busines School, que melhora 23 posições e chega ao top 50. “A escola de gestão do Iscte ocupa agora o 44.º lugar, a segunda maior ascensão no ranking, logo atrás da Universidade de Bolonha, que subiu 24 lugares”, realça a própria.

A explicar este disparo está “o compromisso com a qualidade do ensino e da investigação, num percurso de permanente atualização da oferta formativa com foco na internacionalização”, afirma Maria João Cortinhal, dean da Iscte Business School.

De Lisboa para o Norte, a Universidade do Porto (Faculdade de Economia e Porto Business School) alcançou na edição deste ano do ranking do Financial Times o lugar 53.º, ou seja, escalou seis posições. “A Porto Business School está entre as melhores escolas de negócios da Europa pelo 12.º ano consecutivo“, destaca a escola.

Já José Esteves, dean da Porto Business School, assinala a “a evolução positiva, o que reflete a capacidade de melhoria e adaptação às exigências de um mundo em constante transformação, nomeadamente no que respeita ao desenvolvimento do digital e à aposta na sustentabilidade”.

Por sua vez, o ISEG, que se estreou no ano passado neste ranking, conseguiu um salto de seis posições na edição deste ano, chegando à posição 59.º.

“Para o ISEG, figurar no ranking europeu das melhores business schools do Financial Times é o reconhecimento da marca de excelência e inovação dos nossos mestrados e da formação executiva, mas também sinal da consolidação de uma oferta que tem vindo a atrair os melhores alunos, em Portugal e um pouco por todo o mundo”, sublinha João Duque, presidente dessa escola.

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‘Seguro do amor’ leva seguradora a perder caso em tribunal na China

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2023

A apólice prometia um pagamento se o casal contraísse matrimónio dentro de um prazo acordado. Os segurados cumpriram o acordo, mas a seguradora recusou-se a pagar.

Liu Xiaoming ofereceu à sua então namorada um ‘seguro do amor’ em 2018. A apólice garantia um pagamento aos segurados que se casassem num período de tempo estabelecido na apólice. Mas, ainda que o jovem casal tenha contraído matrimónio, a seguradora recusara-se a pagar. Em resposta, Xiaoming levou o caso a tribunal e a seguradora teve que pagar aos segurados os cerca de 1.285 euros prometidos, avançou o Insurance Business.

O ‘seguro do amor’ atraiu muitos casais. A seguradora chegou a ter mais de 15 mil pedidos de seguros, com os prémios a irem de, aproximadamente, 13 euros a 64 euros, correspondendo a pagamentos desde 258 euros a 1.285 euros, respetivamente.

O primeiro tribunal que recebeu as queixas de Liu deu razão à seguradora, concordando com os argumentos da empresa que considerava o contrato inválido visto que, o amor, tratando-se de uma relação emocional, não estava dentro das regulações de seguros. Liu recorreu da decisão ao Tribunal Financeiro de Beijing que chegou a conclusões diferentes: o seguro cobria os aspetos financeiros das preparações de casamento, considerações legalmente válidas e a natureza incerta do amor, incluindo a imprevisibilidade de um casamento, alinha com os princípios básicos dos seguros e das seguradoras.

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Hillary Clinton quer reforma em seguros de riscos climáticos

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2023

A antiga secretária de Estado dos EUA considera que a forma como as seguradoras estão a reagir a riscos climáticos deixará pessoas sem proteção sobre as suas habitações e negócios.

Hillary Clinton, antiga secretária de Estado e candidata às presidenciais de 2016 dos EUA, apelou a reformas no setor segurador durante a COP28, este domingo. Alerta que devem ser repensados os aumentos dos prémios de seguros para as alterações climáticas e como algumas seguradoras pararam de vender esses seguros nas regiões mais afetadas por catástrofes climáticas, avançou a agência Reuters.

Hillary Clinton no COP28: “pessoas nos EUA, na Europa, vão acordar e dizer: ‘O que queres dizer, não consigo ter seguro’?”

Temos que repensar a indústria seguradora”, afirmou Clinton durante um painel sobre mulheres e resiliência climática. “As companhias de seguros estão a sair de imensos lugares. Elas não estão a segurar habitações. Elas não estão a segurar negócios”, cita a Reuters.

Como já acontece, por exemplo, em algumas regiões na Califórnia, onde as seguradoras pararam de emitir prémios de seguros de alterações climáticas nas regiões propícias a incêndios florestais e ser atingidas por furacões, escreve a agência de notícias britânica.

Segundo a Reuters, no início deste ano, a antiga secretária de Estado dos EUA, tornou-se embaixadora global da Fundação e Centro de Resiliência Arsht-Rock, que inovou nas formas de “seguro paramétrico” – que paga aos segurados assim que um desastre climático alcança um extremo definido.

No seu discurso, Clinton relembra conversas que travou com trabalhadores indianas que confessaram trabalhar sob “condições quase insuportáveis” – ao ar livre em construção, na agricultura ou em salinas desérticas.

Mas “à medida que o clima muda, aumentam as tempestades e a seca e o calor aumentam, não são só as mulheres pobres e trabalhadoras na índia. São as pessoas em todos os lados que ficar sem apoio, sem seguro para os seus negócios e as suas casas”.

E, se esta tendência continuar e se escalar, Hillary acredita que as “pessoas nos EUA, na Europa, vão acordar e dizer: ‘O que queres dizer, não consigo ter seguro’?”

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BCG diz que Blockchain e metaverso são vantajosas para o setor segurador

Aumento das fontes de rendimento, prevenção de fraude, alcançar público jovem e aperfeiçoamento da avaliação do risco são algumas das vantagens de incorporar novas tecnologias no setor.

A empresa de consultoria americana Boston Consulting Group (BCG) lançou um relatório que assinala as vantagens que a incorporação das tecnologias de blockchain e metaverso podem trazer às seguradoras: começando por alcançar gerações mais jovens e reduzir as fraudes com seguros. Algumas empresas já abriram os braços a inovação, enquanto outras preferem manter os métodos tradicionais de operar.

A consultora concluiu que a maioria das seguradoras está preparada para adotar tecnologias do metaverso (realidade virtual e aumentada) e blockchain. e algumas gostariam de adotar estas tecnologias em todas as áreas de negócio.

É uma pretensão expectável, dadas as previsões de futuras receitas: prevê-se que as receitas relacionadas com a tecnologia de blockchain para o setor segurador passem de 425 milhões de dólares de 2022 para cerca de 37 mil milhões de dólares em 2030.

A BCG aponta 6 oportunidades estratégicas para desbloquear o valor comercial destas tecnologias.

Alargamento do portefólio

Ao integrar tecnologias de blockchain, as seguradoras podem diversificar as fontes de rendimento segurando ativos digitais como non-fungible-tokens (conhecido por NFT´s) e investimentos em criptomoedas, ou informação sensível, como chaves privadas, que autorizam transações de criptomoedas. As seguradoras podem ainda vender ferramentas de avaliação de riscos emergentes a concorrentes.

Os smart-contractsprogramas na blockchain que asseguram que são cumpridas condições pré-determinadas também têm acesso a um registo de todas as transações realizadas no âmbito desse contrato – permitem às seguradoras expandir os seus portefólios. Por um lado, empresas podem criar novos tipos de apólice, acionados e desativados a pedido, por outro, podem ainda utilizar smart contracts para facilitar a criação de seguros de pequeno risco.

As novas tecnologias também carregam novos riscos que as seguradoras podem cobrir, como apólices para ataques cibernéticos e perdas de dados no metaverso.

Aumentar o alcance da marca

As seguradoras, ao incorporarem tecnologias do metaverso, abrem as portas a gerações mais jovens. Apostar no marketing em canais de realidade virtual e aumentada, colocando anúncios em espetáculos, e patrocinar torneios desportivos podem ajudar a alcançar uma camada populacional que, ainda que esteja exposta a riscos, permanece afastada de seguros tradicionais.

Aperfeiçoamento da avaliação do risco e processos de reclamações

Com a blockchain, as seguradoras conseguem ter acesso aos dados relativos ao histórico do objeto segurado, o que permite aperfeiçoar a avaliação de risco e as investigações de reclamações.

As seguradoras que já usam tecnologias de realidade aumentada nos seus processos de reclamação pedem ao cliente que utilize uma aplicação de realidade aumentada, que aponte para o sinistro e um perito de sinistros irá guiar, remotamente, o cliente. Aí serão simulados os efeitos de vários tipos de reparações que podem ser efetuadas para mitigar ou prevenir danos futuros e investigar o sinistro.

Além disso, tecnologia de realidade virtual permite às seguradoras criar um gémeo digital de um acidente e testar os resultados de vários cenários de risco, a fim de melhor avaliar o risco e prever os efeitos de ações preventivas.

Aumento da eficiência, deteção de fraudes e redução de custos

As tecnologias de realidade virtual e aumentada podem auxiliar as investigações de sinistros ao criar simulações de acidentes, podendo verificar a viabilidade da queixa feita. Casos os dados do objeto segurado estiverem na blockchain, a veracidade da queixa pode ser verificada recorrendo ao histórico público que o sistema proporciona e assim detetar fraudes, se estas existirem.

Segundo a consultora, há seguradoras a testarem sistemas automatizados de processamento de sinistros para que seja necessária pouca ou nenhuma intervenção humana.

Ecossistemas de confiança

De acordo com a BCG, a tecnologia blockchain permitirá fortalecer as relações de confiança entre as empresas do setor segurador, como as corretoras, resseguradoras, seguradoras e especialistas, se estas disponibilizarem dados de interesse partilhado, como as métricas de negócio e transações, na blockchain (onde é possível verificar o histórico dos dados e a sua autenticidade).

Formação e qualidade de vida dos trabalhadores

As formações profissionais poderão ser lecionadas em realidade virtual, espaço que beneficia os trabalhadores por poderem participar, simultaneamente, em sessões lecionadas por especialistas de todo o mundo. Outra vantagem para os trabalhadores e seguradoras desta inovação é proporcionar formação especializada aos profissionais da linha da frente através de simulações de interações com clientes.

Ademais, a eficiência na avaliação de sinistros pode ser potenciada com os peritos a avaliar em tempo real as condições de uma dada propriedade sem necessitar de estar lá presencialmente – um investigador pode enviar-lhe os dados e o perito pode avaliar em qualquer lado.

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Da garagem para o mundo. Bhout vai abrir clubes de boxe em Espanha e aponta as luvas ao Brasil e EUA<span class='tag--premium'>premium</span>

Depois da maior ronda seed de sempre em Portugal, de 10 milhões, a Bhout quer levar lá para fora o seu saco de boxe inteligente e abrir, em três anos, mil clubes.

Começaram numa garagem com os primeiros testes do saco de boxe inteligente. Quatro anos depois, o saco criado pela portuguesa Bhout foi considerado uma das invenções do ano pela revista Timee a startup acaba de levantar 10 milhões de euros na maior ronda seedde sempre em Portugal. Capital que vai alimentar a produção dos “primeiros milhares de unidades” dos sacos Bhout e a expansão internacional. Espanha, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA são mercados na mira. Este artigo integra a primeira edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.“Estamos a projetar lançar em 2024 entre cinco e oito clubes. Para além de um amplo plano de internacionalização e de abertura de clubes próprios, neste momento, estamos em fase final de preparação para assinar contratos de franquia e foram

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SJ pergunta a gestor da empresa maioritária no GMG se concorda com despedimentos no JN

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2023

O Sindicato dos Jornalistas apela a Ducasse que "olhe com atenção para as ações da atual administração do GMG e que reequacione este percurso".

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) perguntou ao responsável pela empresa maioritária na Global Media Group (GMG) se concorda com a “estratégia de diminuir e desprezar um produto ímpar” como o Jornal de Noticias, foi hoje anunciado.

Numa carta dirigida a Clément Ducasse, responsável pelo World Opportunity Fund (WOF), que através do investimento na empresa Páginas Civilizadas é acionista maioritário no GMG, o SJ argumenta que “custa entender” a opção da administração da GMG de despedir 150 trabalhadores, 40 no Jornal de Notícias (JN), 30 na TSF e 56 nos serviços partilhados do grupo.

Contextualizando-o, importa referir que o JN é um título que historicamente apresenta resultados positivos, pelo que manifestamos a nossa perplexidade ante esta linha orientadora que visa descapitalizar um produto de sucesso, nomeadamente privando-o de um dos seus maiores ativos: os jornalistas. Também na TSF, que poderá ser irremediavelmente afetada pela estratégia da atual administração”, lê-se na missiva, divulgada na íntegra no “site” do sindicato.

Para o SJ, “é incompreensível que uma administração não só despreze como prejudique ativos claramente viáveis, ainda por cima diferenciados, tanto no GMG como no país“, pelo que questiona Clément Ducasse sobre se “está ao corrente e tem acompanhado os atos” da atual gestão da GMG e se “dá o seu aval a esta estratégia de diminuir e desprezar um produto ímpar, com um capital humano único”.

Na missiva, o SJ, que realça a “fortuna e fama nos negócios da alta finança” de Ducasse, questiona ainda o francês que lidera a WOF se a sua “experiencia e sabedoria” se coadunam com “perspetiva básica, que se limita a cortar no capital humano e não permite gerar riqueza“.

Por fim, o Sindicato dos Jornalistas apela a Ducasse que “olhe com atenção para as ações da atual administração do GMG e que reequacione este percurso” que, alerta, “poderá pôr em causa todo o grupo, ao descapitalizar um ativo com a força do Jornal de Notícias e silenciar uma rádio com o prestígio e qualidade da TSF”.

Na quinta-feira, em plenário, os trabalhadores do Jornal de Notícias decidiram manter o pré-aviso de greve para 6 e 7 de dezembro, para contestar o despedimento coletivo de 150 pessoas no grupo Global Media, que estará a ser preparado pela administração.

A redação do JN também criou uma petição intitulada “Somos JN – Em defesa do Jornal de Notícias, do jornalismo e das pessoas”, com o objetivo de alertar para as consequências do despedimento coletivo que às 16:30 de hoje conta com 4.554 assinaturas.

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Europ Assistance divulga seguro contra ataques cibernéticos

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2023

O seguro - Cyber Protection - preenche as lacunas de segurança dos antivírus tradicionais, incluindo serviços de encriptação de dados e verificação dos dados pessoais dos utilizados na Dark Web.

A Europ Assistance, parte do grupo Generali ,divulgou o seu produto de proteção contra ataques cibernéticos – Cyber Protection -, que visa proteger os dados pessoais e identidades dos clientes.

João Horta e Costa, Chief Commercial Officer da Europ Assistance Portugal considera que o serviço Cyber Protection “é uma solução que, face às novas ameaças que enfrentamos, tem as características necessárias para responder com eficácia, tanto do ponto de vista tecnológico, como do ponto de vista da prestação de serviços de informação e aconselhamento”.

De acordo com um estudo citado pela seguradora, F-Secure 2022, 43% dos inquiridos afirmaram ter recebido mensagens de phishing ou smishing e 6% sofreram perdas monetárias superiores a 1.000 euros devido a ciberataques. O estudo revela ainda que 75% dos consumidores estão preocupados com a sua segurança online, mas 66% consideram estas matérias muito complexas, acabando por vezes a negligenciar a sua proteção online.

Para responder a estas preocupações dos consumidores, o Cyber Protection disponibiliza um software que suprime as lacunas dos antivírus tradicionais, incluindo no serviço um phishblock, encriptação de dados e navegação segura; um portal de monitorização continua com sistemas de aleta, notificações do nível de risco em caso de deteção de atividade suspeita e também relatórios mensais sobre o estado de risco de cibercrime.

O produto permite ainda verificar se dados pessoais, como o e-mail, Cartão de Cidadão, NIF, contas e cartões bancários, em sites públicos e na Dark Web foram divulgados. Inclui também uma aplicação que protege os dados pessoais contra keylogging e ataques de phishing e “possui um navegador seguro e uma proteção de teclado para que seja possível navegar em segurança a partir de um dispositivo móvel”, escreve a empresa.

Se o cliente for alvo de ciberataque, a seguradora disponibiliza um serviço de assistência permanentemente disponível para apoiar na recuperação dos dados e resolução do problema. O serviço disponibiliza ainda material educativo para os utilizadores se poderem informar dos riscos a que estão expostos.

João Horta e Costa, Chief Commercial Officer da Europ Assistance Portugal considera que “esta é uma solução que, face às novas ameaças que enfrentamos, tem as características necessárias para responder com eficácia, tanto do ponto de vista tecnológico, como do ponto de vista da prestação de serviços de informação e aconselhamento. Este é mais um exemplo claro do compromisso da Europ Assistance na antecipação de tendências, reforçando o nosso papel na vanguarda da inovação e segurança digital”.

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