Transporte de passageiros recupera e volta a crescer para o melhor março de sempre

Depois de uma desaceleração em fevereiro, os aeroportos nacionais receberam 5,4 milhões de passageiros. França continua a ser o principal país de origem e destino.

Depois de uma desaceleração em fevereiro, o número de passageiros nos aeroportos nacionais voltou a aumentar em março. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), passaram pelos aeroportos nacionais 5,4 milhões de passageiros, mais 2,1% que no período homólogo. Trata-se do melhor mês de março de sempre.

“Após um máximo mensal histórico no mês de janeiro e um ligeiro decréscimo no mês de fevereiro, verificou-se um novo máximo mensal histórico do número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais no mês de março“, refere o INE, nas estatísticas rápidas do transporte aéreo divulgadas esta terça-feira.

O desembarque médio diário subiu para 88,2 mil passageiros, em março, acima dos 86,5 mil registados em março do ano passado. No mesmo mês, aterraram nos aeroportos nacionais 18,7 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa um crescimento de 2,5% face ao período homólogo.

Cerca de 82,5% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,3 milhões de passageiros (+2,4%), sendo na maioria provenientes do continente europeu (67,9% do total). O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,5% do total de passageiros desembarcados (+4,8%).

No que diz respeito aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,2 milhões de passageiros, mais 3% que em março de 2024. Destes, mais de 69% (69,2%) tina como destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 3% face a março de 2024. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,6% do total; +1,2%).

No acumulado do trimestre, o aeroporto de Lisboa movimentou 54,6% do total de passageiros (7,6 milhões), mais 1,4% que no primeiro trimestre de 2024. Já o aeroporto de Faro registou um crescimento de 4% no movimento de passageiros (1,2 milhões; 8,9% do total) e o aeroporto do Porto concentrou 23% do total de passageiros movimentados (3,2 milhões) e um aumento homólogo de 2,6%.

Em termos de países, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado um ligeiro crescimento no número de passageiros desembarcados (0,4%) e um decréscimo (-1,3%) no número de passageiros embarcados face ao mesmo período de 2024.

O Reino Unido e Espanha ocuparam a 2ª e 3ª posições, como principais países de origem e de destino, seguidos pela Alemanha. A 5ª posição foi ocupada pelo Brasil enquanto país de origem e pela Itália enquanto país de destino dos voos.

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Famílias portuguesas com maior aumento do rendimento real entre países da OCDE

Rendimento real das famílias portuguesas aumentou 6,7% no conjunto de 2024, tendo sido esse o maior salto registado entre os vários países da OCDE.

As famílias portuguesas foram as que mais viram os seus rendimentos reais crescerem no último ano, entre os vários países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, em causa está uma subida de 6,7%, em resultado do aumento dos salários e da baixa dos impostos.

“No conjunto de 2024, todos os países, exceto dois, registaram um crescimento do rendimento real. Portugal verificou o maior reforço (6,7%), em consequência, sobretudo, da remuneração dos empregadores e da diminuição dos impostos“, explica a OCDE, numa nota enviada esta manhã às redações.

Neste pódio liderado por Portugal, aparecem ainda Espanha (com um aumento de 3,55% do rendimento real dos agregados) e a Hungria (3,1%), sendo que a OCDE sublinha que a subida dos rendimentos foi observada num momento em que na maioria dos países a inflação estava a desacelerar.

Por outro lado, foi na Austrália que o rendimento real das famílias mais encolheu no último ano. Em causa está um recuo de 1,8%, o que resultou do aumento dos juros e dos impostos, de acordo com a nota divulgada esta manhã.

Já o outro país da OCDE onde o rendimento real das famílias emagreceu em 2024 foi a Finlândia, com uma diminuição de 0,44%.

No conjunto da OCDE, 2024 foi sinónimo de um aumento de 1,8% do rendimento real das famílias, acelerando face à subida de 1,7% que tinha sido registada em 2023.

(Notícia atualizada às 11h38)

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INE confirma que inflação acelerou para 2,1% em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Maio 2025

A taxa de inflação acelerou duas décimas e situou-se nos 2,1% em abril, após três meses consecutivos de abrandamento.

A taxa de inflação homóloga foi de 2,1% em abril, mais 0,2 pontos percentuais do que em março, confirmou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) coincide com o valor da estimativa rápida divulgada pelo gabinete estatístico no início deste mês.

O indicador de inflação subjacente — que exclui produtos mais voláteis, como alimentos e energia — também registou uma variação homóloga de 2,1% em abril, que compara com 1,9% no mês anterior.

Fonte: INE

A taxa de inflação dos produtos energéticos diminuiu, por sua vez, para -0,1%, enquanto a inflação dos produtos alimentares não transformados acelerou para 3,2% — e não para 3,3%, como o INE tinha estimado inicialmente. Em março, as taxas de inflação destes produtos foram de 0,1% e 2,8%, respetivamente.

As classes de despesas de “restaurantes e hotéis”, “habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis” e “bens alimentares e bebidas não alcoólicas” tiveram as maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC. Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do “vestuário e calçado”.

Na variação em cadeia, ou seja, entre março e abril, o gabinete estatístico também confirma que os preços do cabaz de bens e serviços aumentaram, em média, 0,7%. Em março, a taxa em cadeia tinha sido de 1,4%.

A variação média nos últimos 12 meses foi de 2,4% em abril, valor idêntico ao mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, indicador que permite comparações entre os Estados-Membros da União Europeia, teve, segundo o INE, uma variação homóloga de 2,1%, acelerando face aos 1,9% de março e inferior em 0,1 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.

(Notícia atualizada às 11h17)

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Taxas usadas no crédito da casa sobem em todos os prazos

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

As taxas Euribor, que são usadas no cálculo da prestação mensal dos empréstimos à habituação, subiram nos prazos a três, a seis e a 12 meses.

As Euribor, as taxas usadas como indexante no cálculo da prestação mensal dos empréstimos da casa, voltaram a subir nos principais prazos.

  • A taxa Euribor a seis meses avançou até aos 2,131%, mais 0,010 pontos.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu para 2,107%, mais 0,040 pontos do que na segunda-feira.
  • A Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, também avançou para 2,143%, mais 0,004 pontos.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Chega é um partido que, “ao longo do tempo, tem partilhado conteúdos falsos”, apontam docentes

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Enquanto os partidos tradicionais fazem "uma espécie de propaganda", o Chega destaca-se por partilhar conteúdos com mensagens que são baseadas em factos que não são verdadeiros, dizem docentes.

Professores e investigadores universitários das ciências políticas e desinformação, ouvidos pela agência Lusa, consideram que o Chega toma uma posição diferente em matéria de desinformação face aos restantes partidos políticos.

O vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, Nelson Ribeiro, considera que “o Chega tem sido, talvez, o partido que se tem destacado bastante” no que diz respeito à apresentação de uma versão da informação que tende a favorecer a perspetiva do partido.

Nelson Ribeiro diz que o Chega é um partido que, “ao longo do tempo, tem partilhado conteúdos falsos, ou seja, conteúdos com mensagens que são baseadas não em factos verdadeiros, mas em factos que são criados, por exemplo sondagens que depois se percebia que não existiam ou que eram feitas por empresas que não estavam credenciadas em Portugal para se poder dizer que, de facto, eram sondagens legítimas”.

Por sua vez, para o docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro João Pedro Batista “os partidos tradicionais (…) por exemplo, o PS, o CDS, o PSD, etc. acabam muito por fazer uma espécie de propaganda, não tanto utilizar desinformação ou ‘fake news’”, estando em causa o que o chama de “autopromoção” e sobretudo “retransmissão daquilo que acontece nas televisões”.

Em relação aos novos partidos, João Pedro Batista salienta o caso do Chega, referindo que o partido “que apresentou uma sondagem online, com participação das redes sociais, que dava o Chega como vencedor das eleições”, sendo que esta sondagem não tem fundamento porque tem “como base uma participação nas redes sociais”.

Aquilo que está em causa para o professor é um fenómeno de notícias contrafeitas, com tudo para parecerem uma notícia credível, mas que contém informação falsa, até porque “a própria sociedade está mais predisposta a aceitar a mentira como algo normal de uma ação política”.

Neste sentido, o professor caracteriza o Chega como um partido “no mundo da pós-verdade, ou seja, que não se interessa com a verdade”, pois recorre à mentira, aos conteúdos enganadores e descontextualizados com mais frequência “porque também este tipo de estratégia já está normalizada e já é mais aceitável hoje em dia”.

Já a investigadora de comunicação política no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Susana Salgado, por seu turno, destaca que “o Chega tem um órgão de informação próprio e é muito proficiente na utilização das redes sociais e tem assim recursos para moldar os temas da forma que melhor serve os seus interesses”.

Seguindo a mesma linha de pensamento, a investigadora também refere que se se tiver em consideração que a “desinformação também inclui esconder informação relevante para evitar perda de apoio eleitoral, então a desinformação é comum a todos os partidos e candidatos”.

As eleições legislativas decorrem no próximo domingo, 18 de maio, e concorrem 21 forças políticas: AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, PLS e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

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Energia e banca são os setores com maior transparência fiscal

  • Rita Atalaia
  • 13 Maio 2025

Um estudo da KPMG revela que 63% das empresas que divulgam informações fiscais afirmam que tal teve um impacto positivo na sua reputação junto dos investidores, reguladores e clientes.

A transparência fiscal é um pilar estratégico cada vez mais relevante para os maiores grupos empresariais da Europa, ajudando a melhorar a sua reputação nos mercados onde atuam, revela um estudo da KPMG e do European Business Tax Forum (EBTF). A energia e a banca são os setores que lideram em termos de divulgação fiscal.

A análise, que abrangeu 185 multinacionais de 21 países europeus, incluindo Portugal, mostra que “63% das empresas que divulgam informações fiscais afirmam que essa prática teve um impacto positivo na sua reputação nos mercados onde atuam”, sendo que os “grupos de energia e serviços financeiros lideram em termos de divulgação fiscal, apresentando níveis de compliance acima da média“.

“As empresas destes setores parecem demonstrar uma maior maturidade e compromisso com práticas fiscais responsáveis, indo muitas vezes além das exigências legais”, refere o estudo divulgado pela KPMG e pelo EBTF.

O relatório “identifica também uma tendência crescente de adoção da transparência fiscal, com 72% das empresas a reportarem de acordo com os standards da Global Reporting Initiative (GRI) — um aumento face aos dados de 2022″.

“Em geral, as empresas cotadas em bolsa divulgam políticas de governance fiscal mais transparentes, revelando níveis superiores de divulgação tanto qualitativa como quantitativa, o que reflete uma maior pressão regulatória e dos stakeholders sobre estas entidades”, conclui a análise, apontando Dinamarca e Espanha como os dois países em maior destaque no campo das divulgações qualitativas e quantitativas e entre os setores analisados.

“Este estudo mostra-nos que um governance fiscal robusto importa vantagens para as empresas, designadamente nas seguintes dimensões: redução dos riscos fiscais, minimizando posições incertas, litígios e potenciais contingências; identificação atempada de oportunidades fiscais, promovendo eficiência fiscal alinhada com a estratégia de negócio e um reforço do compliance fiscal”, afirma Tomás Costa Ramos, diretor de international tax da KPMG em Portugal.

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Sete anunciantes respondem por um quinto do investimento publicitário no primeiro trimestre

  • + M
  • 13 Maio 2025

Os 20 maiores anunciantes foram responsáveis por 40,3% de toda a publicidade. Ediclube, Modelo Continente, Unilever FIMA, Nestlé, Lidl, Procter & Gamble e McDonald’s foram os que mais investiram.

Entre janeiro e março, um quinto (20,7%) do investimento feito em publicidade a preços de tabela — ou seja, sem os descontos negociados com os meios — foi de apenas sete anunciantes.

Ediclube, Modelo Continente, UnileverFIMA, Nestlé, Lidl, Procter & Gamble e McDonald’s foram assim responsáveis por um em cada cinco euros investidos em publicidade durante o primeiro trimestre de 2025. As conclusões são da MediaMonitor, do grupo Marktest, que faz a análise a preços de tabela.

O maior anunciante no acumulado dos primeiros três meses do ano foi o Ediclube, responsável por um share of voice de 4,1% face ao total do mercado publicitário de televisão, rádio, imprensa, outdoor e internet. Esta percentagem aumenta para 10,2%, quando analisada apenas entre o total dos 20 maiores anunciantes do trimestre.

O Modelo Continente surge em segundo lugar, com 3,8% de share of voice face ao total do mercado publicitário e 9,4% face ao total dos 20 maiores anunciantes, enquanto a Unilever FIMA ocupa a terceira posição, registando um de share of voice de 2,9% face ao total do mercado publicitário e 7,3% em relação ao total dos 20 maiores anunciantes.

Entre os 20 maiores anunciantes, que foram responsáveis por 40,3% da publicidade (sempre a preços de tabela) encontram-se seis empresas do grande consumo, três da grande distribuição, duas de telecomunicações, duas da restauração e sete de outros setores.

A televisão foi o meio em que os maiores investidores apostaram em maior medida e para onde canalizaram a grande maioria dos seus orçamentos, aponta ainda o estudo da MediaMonitor.

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Greve parcial na CP levou à supressão de mais de 70% dos comboios até às 8h00

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 111 comboios previstos foram suprimidos 76, e nos do Porto foram cancelados 31 dos 52 programados.

A greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras levou hoje à supressão de 178 comboios dos 250 programados (71,2%) entre as 00h00 e as 8h00, segundo dados da CP enviados à Lusa.

De acordo com a transportadora, nas ligações urbanas de Lisboa, dos 111 comboios previstos foram suprimidos 76, e nos do Porto foram cancelados 31 dos 52 programados.

Nos regionais estavam programados 67 e foram suprimidos 52.

A CP – Comboios de Portugal indicou que todos os comboios de longo curso (13) foram efetuados entre as 00h00 e as 8h00.

Contactada pela Lusa hoje de manhã, Luís Bravo do SFRCI – Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que convocou a greve parcial, adiantou que a adesão à paralisação dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05:00 de hoje e que termina às 8h30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos.

Os maquinistas e os revisores da CP cumprem hoje o penúltimo dia de greve em defesa de aumentos salariais e da negociação coletiva, uma paralisação que tem gerado vários constrangimentos à circulação.

As greves convocadas por vários sindicatos da CP tiveram início em 7 de maio e prolongam-se até quarta-feira.

Desde segunda-feira e até quarta-feira são cumpridos os serviços mínimos, entretanto, decretados pelo Tribunal Arbitral.

Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, a implementação de um acordo de reestruturação das tabelas salariais e a defesa da negociação coletiva.

O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) cumpre hoje o quarto dia de greve ao trabalho suplementar, a decorrer até quarta-feira, enquanto o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) iniciou no domingo uma greve de revisores e trabalhadores de bilheteiras.

A greve parcial de revisores e bilheteiras, que teve início no dia 11 e termina na quarta-feira, decorre entre as 05:00 as 08:30.

Ao longo da última semana, a CP — Comboios de Portugal tem vindo a alertar para as perturbações geradas por estas greves.

A greve dos maquinistas e dos revisores suprimiu, na segunda-feira, a circulação de 632 comboios (59%) dos 1.071 programados até às 19:00, sobretudo urbanos de Lisboa, indicou a CP.

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Santa Casa lucra 30,3 milhões em 2024. Jogos entregam ao Estado quase 900 milhões

Após o recorde de 2019, os jogos sociais da SCML alcançaram o segundo melhor resultado da sua história em termos de vendas brutas, com um volume de 3,1 mil milhões.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) teve um resultado líquido de 30,3 milhões de euros em 2024, o que representa um disparo de 1.112% em relação ao lucro de 2,5 milhões de euros registado no ano anterior. A organização sem fins lucrativos, prestadora de apoios sociais e responsável por lotarias e apostas, alcançou as melhores contas desde o período pré-pandemia.

O valor faz com que a SCML se encontre em “em boas condições” para cumprir um dos principais objetivos do plano de reestruturação: obter, em 2027, um saldo de gerência no valor de 100 milhões de euros, informou a instituição liderada por Paulo Alexandre Duarte de Sousa, no relatório financeiro e de gestão publicado esta terça-feira.

O investimento fixou-se em 22,6 milhões de euros em 2024, sendo que sobressaiu a área do património, com 7,4 milhões de euros alocados a obras de reabilitação em prédios de rendimento, além de 4,4 milhões para a atividade. Nota ainda para a verba de um milhão de euros de investimento em jogo responsável.

Por sua vez, os 4,8 milhões de euros em receitas de capital deveram-se essencialmente aos desinvestimentos em participações não estratégicas, como o Fundo Core Restart e a clínica CUF de Belém.

O provedor da SCML referiu que 2024 foi “o melhor ano, em termos financeiros, dos últimos cinco”. “Nos últimos quatro anos, a Santa Casa teve um período difícil e, se não fosse a ajuda da Segurança Social, teria acumulado 130 milhões de prejuízos”, afirmou Paulo Sousa, em conferência de imprensa.

A despesa corrente aumentou 1,12%, para 253,8 milhões, tendo os gastos com o pessoal (161 milhões) sido o principal contributo, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Segundo o provedor, a subida residual é uma boa notícia, até porque é uma “opção de gestão claramente assumida” ter a “possibilidade de remunerar melhor quem aqui trabalha”.

Sobre a meta dos 100 milhões prevista no plano de reestruturação, o administrador da SCML com o pelouro do Empreendedorismo e Economia Social revelou que, no primeiro trimestre, o montante já era de 81 milhões de euros.

“Convém que a Santa Casa tenha uma almofada financeira. Com o confinamento e o apagão percebemos que existem elementos estranhos que requerem reconstruir as disponibilidades financeiras para outros desafios que possam surgir“, assinalou Luís Rego, em declarações a partir da Sala de Extrações da Lotaria Nacional, na antiga Casa Professa de São Roque, em Lisboa.

Em causa estão oito objetivos, quatro programas operacionais, 19 medidas e 100 medidas para recuperar a tesouraria da Santa Casa nos próximos dois anos. A título de exemplo, é preciso atingir a rentabilidade mínima de 4% da carteira de imóveis e obter uma taxa de crescimento anual a distribuir aos beneficiários de 10 milhões. Cada norma tem um orçamento e um responsável atribuído.

Jogos entregam ao Estado quase 900 milhões

Os Jogos Santa Casa alcançaram o segundo melhor valor da sua história, após o recorde em 2019, em termos de vendas brutas, com um volume de 3.142,9 milhões de euros, correspondendo a 895,7 milhões de euros entregues ao Estado, através da Distribuição de Resultados a Beneficiários (673 milhões) e do Imposto do Selo (211,6 milhões), o maior de sempre gerado pela venda dos jogos sociais.

Recordista em 2024 foi mesmo o valor de prémios pagos pelos Jogos Santa Casa aos apostadores, totalizando 2.073,2 milhões de euros. A performance positiva dos jogos sociais permitiu elevar o volume de remunerações pagas a mediadores para níveis históricos: 247,9 milhões.

Para o provedor da Santa Casa, este regresso à trajetória de crescimento é um “sinal de regularização da atividade e inversão do declínio dos jogos no período Covid e pós-Covid”.

No portefólio dos jogos, a Santa Casa destacou o EuroDreams, lançado no final de 2023, por ter registado vendas de 106 milhões no primeiro ano completo. Quanto à célebre lotaria nacional, as vendas caíram 3,1%, em termos homólogos, para 78 milhões, ao passo que a lotaria instantânea – vulgarmente conhecida como “raspadinha” – cresceu apenas 0,6%, de 1.836 para 1.848 milhões, embora continue a representar a a maioria (58,8%) da panóplia de jogos da SCML.

O Placard, que enfrenta uma significativa concorrência nas apostas desportivas online, contraiu 10% para 425 milhões (vendas) em 2024.

Notícia atualizada às 11h01

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IP perdeu 257 milhões com descontos nas Scut em quatro anos

  • ECO
  • 13 Maio 2025

Empresa prevê que seja estabelecido com o Estado “um mecanismo suscetível de assegurar a compensação pela perda de receita associada aos descontos nas portagens” até ao fim de 2025.

A introdução de descontos nas portagens das ex-Scut, a partir de julho de 2021, resultou na perda direta de 257,2 milhões de euros de receita potencial para a Infraestruturas de Portugal (IP) no acumulado até dezembro de 2024, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). A conclusão consta no relatório e contas relativo ao ano passado da empresa liderada por Miguel Cruz, quando ainda não tinham sido eliminados na totalidade os pagamentos nestas vias.

No final de 2023, a IP já alertava que a perda direta de receita potencial associada à aplicação do desconto de 50% no tarifário das ex-Scut era de 107,6 milhões de euros, em termos acumulados. O que significa que, em apenas um ano e com o reforço dos descontos para 65%, houve um aumento de quase 140% na perda de receita, ou seja, cerca de 150 milhões de euros.

A 1 de janeiro deste ano, as portagens foram eliminadas nas sete concessões, o que, segundo o Governo, significa uma perda de receita de 180 milhões de euros. Por isso, o Conselho-Geral e de Supervisão (CGS) da IP, no parecer ao relatório e contas de 2024, recomenda ao Estado que, “face à relevância do valor”, seja “encontrada uma solução estrutural que restabeleça o equilíbrio financeiro da IP”. No documento, a própria empresa afirma que, “até ao fim de 2025 será estabelecido”, em articulação com o Estado, “um mecanismo suscetível de assegurar a compensação pela perda de receita associada aos descontos nas portagens”.

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Mesmo com AD em queda, PS arrisca pior resultado desde 1987. Chega volta aos 18%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Maio 2025

Apesar de recuar para os 32% nas intenções de voto, a coligação liderada por Luís Montenegro mantém uma vantagem de quase sete pontos percentuais face aos socialistas.

Mesmo com a Aliança Democrática (AD) em queda há vários dias, atingindo agora os 32%, o PS não consegue aproveitar para subir as intenções de voto e caiu para os 25,1%, arriscando ter o seu pior resultado em legislativas dos últimos 38 anos, segundo a sondagem diária da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF, a TVI e a CNN Portugal. É preciso recuar a 1987, ano da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva, para encontrar um resultado inferior (22,2%); e ainda antes, em 1985, os socialistas ficaram-se pelos 20,8%.

O Chega, por sua vez, está novamente no patamar do resultado alcançado nas últimas eleições, de 18%, uma subida de quase três pontos percentuais em dois dias e que, a confirmar-se, o deixa mais perto de manter os 50 deputados no Parlamento. Segue-se, com 6,9%, a Iniciativa Liberal (IL), um resultado que reforçaria a posição do partido liderado por Rui Rocha face às legislativas de 2024, mas que ainda fica longe de permitir à coligação formada pelo PSD e o CDS alcançar uma maioria com o apoio dos liberais.

À esquerda, o Livre (4,5%) surge no quinto lugar das intenções de voto, seguido pela CDU (3,3%), o Bloco de Esquerda (2,4%) e o PAN (1,8%). Porém, é preciso ter em atenção o número de indecisos, que volta a crescer, para 17,5%, o mesmo nível do arranque da sondagem diária. As mulheres continuam a mostrar-se mais hesitantes do que os homens, mas, no que diz respeito à faixa etária, são agora os mais velhos (55 ou mais anos) os mais indecisos (19%). A nível regional, Lisboa está em destaque, com quase um em cada quatro eleitores sem saber em quem vai votar (23%).

Noutra sondagem, da Intercampus para o Correio da Manhã, a CMTV e o Jornal de Negócios, mas que avalia as preferências quanto aos cenários de governabilidade, perante o cenário de nem o PS nem a AD obterem mais do que 115 dos 230 deputados, mais de 60% dos inquiridos defende que o partido ou coligação que perder as eleições deve deixar o outro governar, mesmo que sem maioria absoluta. Ou seja, os portugueses entendem que o Executivo deve ser liderado por quem conquistar o maior número de votos.

Por outro lado, a possibilidade de um bloco central (AD e PS) é rejeitado por mais de 57,5% dos inquiridos, enquanto perto de 70% rejeitam uma eventual união entre a coligação formada pelo PSD e o CDS e o Chega, que permitisse a criação de uma maioria absoluta. O trabalho de recolha de dados decorreu entre os dias 24 de abril e 5 de maio, quando já os debates televisivos entre todos os partidos com assento parlamentar tinham sido realizados.

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‘Rei dos Frangos’ só aceita vender todas as ações do Benfica e no mínimo a 12 euros

  • ECO
  • 13 Maio 2025

O empresário refere que a última vez que foi abordado para vender a sua participação foi no final do ano passado por investidores norte-americanos, mas não chegaram a estar valores em cima da mesa.

José António dos Santos, empresário conhecido como “Rei dos Frangos” que detém 16,38% do capital da Benfica SAD (entre participação individual e o conjunto de ações pertencentes ao Grupo Valouro), diz que ou vende todas as ações ou não vende nada, e que só de 12 euros “para cima” cada uma — quando no mercado estão a valer cerca de quatro euros.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o empresário refere que a última vez que foi abordado para vender a sua participação foi no final do ano passado por investidores norte-americanos, mas não chegaram a estar valores em cima da mesa. José António dos Santos acredita ainda que se o Benfica obtiver bons resultados no Mundial de Clubes, o preço das ações da SAD podem “subir de divisão” no campeonato dos mercados.

O empresário considera que o Benfica “não tem” poder de vetar a entrada de novos investidores, mas isso não é um problema, na sua opinião porque uma vez que o clube tem 63% das ações da SAD nenhum outro acionista vai poder mandar. O Rei dos Frangos estranha a opção do fundo americano de comprar 3,28% a 7,07 euros por ação se com 3% “não faz nada de nada, nem lugar [na administração] tem sequer”. “Esse valor que deram valoriza muito mais o Benfica a nível internacional”, disse, numa entrevista em que faz uma “boa” avaliação do mandato de Rui Costa como presidente – “até agora” – mas recusa fazer comparações com a de Luís Filipe Vieira “para não arranjar um 31”.

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