Marquês. Amadeu Guerra esclarece que julgamento é o local próprio para a prova de inocência

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

O PGR disse que as suas declarações foram mal interpretadas, que nunca disse que Sócrates tinha de provar a sua inocência, mas sim que o julgamento é o local próprio para a prova de inocência.

O Procurador-Geral da República disse que as suas declarações foram mal interpretadas, que nunca disse que José Sócrates tinha de provar a sua inocência, mas sim que o julgamento é o local próprio para a prova de inocência.

“Eu não disse que o engenheiro José Sócrates tinha que provar o que quer que seja, nem tinha que provar a sua inocência, eu não referi isso, disse que haveria uma oportunidade em julgamento para fazer a prova de inocência. Só isso. Para se provar a inocência, ele fará, se quiser. Se os factos que o Ministério Público invoca não se provarem, não é preciso mais nada”, explicou Amadeu Guerra a propósito de declarações suas proferidas ao jornal Observador há uma semana.

O Procurador-Geral da República falava hoje aos jornalistas no Tribunal de Almada, no âmbito de uma visita de trabalho à Comarca de Lisboa.

José Sócrates criticou as declarações de Amadeu Guerra ao Observador quando disse que se deveria “dar oportunidade a Sócrates para provar a sua inocência”, tendo apresentado um pedido de recusa do procurador-geral da República.

Para o ex-primeiro-ministro, Amadeu Guerra coloca o ónus da prova no cidadão, que tem de provar a sua inocência, em vez de ser o Estado a provar a culpa.

Hoje Amadeu Guerra disse não estar arrependido das declarações, considerando que foram mal interpretadas e explicou que há muitos anos que o Ministério Público sempre foi acusado de que os factos da investigação eram uma farsa, que a acusação era mal construída e sem factos.

“Face às declarações anteriores sobre a inexistência de factos, sobre a inexistência de razões para fazer acusações, (…) tenho a perceção de que [Sócrates] iria provar em julgamento que tudo era uma farsa. Portanto, o que eu disse foi que esta é a altura própria para discutirmos essa questão, em julgamento”, sustentou.

Amadeu Guerra disse ainda que, daquilo que percebeu ontem nas alegações iniciais feitas pelo advogado de José Socrates, a expressão utilizada foi: “Iremos demonstrar a inocência de José Sócrates”.

“Portanto, não fui só eu a referir isso. E o que eu ouvi ontem é aquilo que está subjacente à minha intervenção. Isto é, é no julgamento que se fazem essas situações”, frisou.

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PGR vai reunir com diretor da PJ para reduzir atrasos nas investigações

  • ADVOCATUS
  • 4 Julho 2025

Amadeu Guerra sublinhou que tem que haver uma "maior cooperação" entre o Ministério Público e a PJ e os outros Órgãos de Polícia Criminal, de forma a diminuir o tempo das investigações.

O procurador-geral da República (PGR), Amadeu Guerra, vai reunir-se com o diretor da Polícia Judiciária (PJ) na próxima semana, avança o Público. O objetivo é estudarem formas de acelerar o curso dos processos.

Amadeu Guerra sublinhou têm de haver uma “maior cooperação” entre o Ministério Público e a PJ e os outros Órgãos de Polícia Criminal, de “forma a diminuirmos o tempo das investigações”. Assim, pretende garantir que as equipas de investigação não sejam desmembradas e que os inquéritos não sofram ruturas.

O procurador-geral da República referiu ainda que já visitou quase todos os tribunais do país e que há trabalho em curso para enfrentar os bloqueios. “Eu gostava de terminar não só a Spinumviva, mas todos os processos com muita rapidez”, disse.

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Tiago Sousa Freitas integra equipa de Fiscal da Pares

O novo associado sénior da Pares, Tiago Sousa Freitas, vai integrar a equipa do departamento de Fiscal.

A sociedade de advogados Pares reforçou a equipa de Fiscal com a integração de Tiago Sousa Freitas, na qualidade de associado sénior. O advogado transita da Sousa Machado, Ferreira da Costa & Associados.

“O reforço do nosso departamento Fiscal reflete o compromisso da sociedade em acompanhar a evolução do setor e as novas responsabilidades que daí advêm. A área Fiscal exige conhecimentos técnicos de matriz multidisciplinar, de forma a ser possível responder, com eficiência, aos múltiplos desafios que diariamente são colocados pelos nossos clientes”, refere em comunicado o managing partner João de Freitas e Costa. O líder do escritório sublinhou ainda que acredita que o novo reforço da Pares irá acrescentar grande valor à equipa.

O novo reforço da Pares iniciou o seu percurso profissional na Nobre Guedes, Mota Soares & Associados. Em 2015, transitou para a Leite de Campos, Soutelinho & Associados. Quatro anos depois, integrou a Deloitte Legal, onde exerceu funções de associado e manager (2019-2024).

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Portugal lidera subida de preços da habitação na Europa com escalada de 16,3% no primeiro trimestre

Portugal volta a destacar-se na Europa, com os preços das casas e das rendas a subirem muito mais que a média da Zona Euro, expondo ainda mais uma crise na habitação que dura há pelo menos 15 anos.

Portugal registou no primeiro trimestre o maior aumento dos preços das casas em toda a União Europeia, com uma escalada homóloga de 16,3%, quase o triplo do crescimento médio dos preços na Zona Euro (5,4%), segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

Simultaneamente, as rendas das casas dispararam 5,95% no mesmo período, colocando Portugal no quarto lugar europeu em termos de aumentos, apenas atrás da Eslováquia, Estónia e Letónia. Este ritmo de crescimento das rendas foi mais do dobro da média da Zona Euro (2,92%) e superior à média da União Europeia (3,16%).

A subida vertiginosa dos preços das casas nos primeiros três meses do ano coincidiu com a entrada em vigor da garantia pública para jovens comprarem a primeira casa, mas os dados do gabinete de estatísticas da União Europeia mostram que a pressão sobre o mercado habitacional já se faz sentir há pelo menos 15 anos, tendo-se intensificado significativamente nos últimos dez anos.

Considerando apenas os dados do último quinquénio, no período entre 2020 e o primeiro trimestre de 2025, a pressão sobre os preços é ainda mais avassaladora, com os preços das casas a aumentarem a um ritmo médio anual de 11,7%, cerca de 2,6 vezes mais que o aumento de 4,4% registado na Zona Euro.

Entre 2010 e o primeiro trimestre deste ano, por exemplo, os preços das casas aumentaram a um ritmo anual médio de 6,02%, mais do dobro que o aumento anual médio de 2,77% das rendas, segundo dados do Eurostat. Na Zona Euro, neste mesmo período, os preços das casas escalaram a um ritmo médio de 2,84% e as rendas 1,62%.

Porém, a pressão sobre os preços dos imóveis e das rendas é ainda mais significativo nos últimos 10 e 5 anos. Segundo cálculos do ECO com base nos dados do Eurostat, o preço das casas em Portugal aumentou, em média, 10,27% ao ano entre 2015 e o primeiro trimestre deste ano, cerca de 2,3 vezes mais que o aumento de 4,51% registado entre os 20 países da área do euro. Entre os países da Zona Euro, apenas a Lituânia bateu (ligeiramente) Portugal, com os preços das casas a subirem, em média, 10,3% por ano.

A mesma tendência de subida é observada no mercado de arrendamento, com as rendas em Portugal a crescerem a um ritmo médio anual de 3,2% na última década, quase o dobro do aumento de 1,76% registado na Zona Euro. Considerando apenas os dados do último quinquénio, no período entre 2020 e o primeiro trimestre de 2025, a pressão sobre os preços é ainda mais avassaladora, com os preços das casas a aumentarem a um ritmo médio anual de 11,7%, cerca de 2,6 vezes mais que o aumento de 4,4% registado na Zona Euro.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Uma crise histórica e estrutural

A crise na habitação tem raízes profundas que remontam há várias décadas, que vai até ao período pós-25 de Abril, quando as condições habitacionais eram muito precárias para a maioria da população. Contudo, é desde a primeira década do século XXI, após a crise financeira de 2008-2010 e a intervenção da troika, que a habitação começa a trilhar um caminho de enorme pressão sobre os preços.

Nessa altura, foram implementas várias medidas que contribuíram para o reaquecimento do mercado imobiliário, incluindo os vistos gold, vantagens fiscais para aposentados estrangeiros e a proliferação de alojamento local. Estas políticas, combinadas com a redução drástica da oferta de habitação para residentes, criaram um desequilíbrio estrutural que se reflete nos dados atuais.

Entre 2010 e 2024, os preços das casas aumentaram 120% em Portugal, mais do dobro da média da União Europeia (55,4%), enquanto as rendas subiram 45%, também significativamente acima da média europeia (26,7%). Estes números colocam Portugal entre os países com maior valorização imobiliária da última década, ao lado da Hungria e dos países bálticos.

Os dados mostram que as várias medidas políticas ainda não conseguiram travar a escalada dos preços na habitação nem reduzir significativamente a pressão financeira sobre o orçamento das famílias.

Mas também colocam Portugal entre os países com maior dificuldade para as famílias terem um teto. Dados do Eurostat mostram que cerca de 8% dos agregados familiares com crianças dedicam mais de 40% do seu rendimento disponível para pagar a casa. Não só esta percentagem está em valores recorde de 2016, como na Zona Euro apenas Grécia, Alemanha e Espanha apresentam uma taxa de sobrecarga do custo da habitação acima de Portugal.

Face à gravidade da situação, os últimos Governos têm implementado algumas medidas para contornar o quadro de crise na habitação, mas sem grande sucesso visível. Uma dessas medidas foi a implementação de uma garantia pública para os jovens até aos 35 anos, que permite financiamento até 100% do valor da casa até 450 mil euros, que entrou em vigor precisamente no período em que se registaram os aumentos recorde dos preços das casas.

Anteriormente, foram lançadas as Novas Políticas de Habitação (NGPH) em 2018, para aumentar o peso da habitação com apoio público de 2% para 5% do parque habitacional total. Contudo, os dados mostram que estas medidas ainda não conseguiram travar a escalada dos preços nem reduzir significativamente a pressão financeira sobre o orçamento das famílias. E os números do primeiro trimestre deste ano confirmam que, apesar destas políticas, a crise habitacional mantém-se como um dos principais desafios socioeconómicos do país.

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Ministro da Defesa rejeita novos impostos para investimento na NATO

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

Nuno Melo afastou a possibilidade de ser criado um novo imposto para financiar o aumento do investimento de Portugal na NATO.

O ministro da Defesa afastou esta sexta-feira a possibilidade de ser criado um novo imposto para financiar o aumento do investimento de Portugal na NATO, garantindo também que as responsabilidades sociais do Estado não serão postas em causa.

“Seremos capazes de satisfazer este compromisso com a NATO. Não precisamos de mais impostos”, afirmou Nuno Melo à Lusa, à margem da conferência “Proteger a Europa: enfrentar as ameaças de hoje e de amanhã”, uma iniciativa do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) no Parlamento Europeu, que decorre hoje em Lisboa.

Um dos principais centros de investigação da Europa e conselheiro habitual das instituições europeias, o Bruegel propôs que os países estudem a criação de um novo imposto para ajudar a pagar o esforço necessário para chegar à meta da NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A recomendação dos peritos, avançada esta sexta-feira pelo DN, adianta que os países atrasados na meta da NATO, como Portugal, Espanha, Malta ou Irlanda, são os principais alvos desta proposta.

Uma sugestão que o ministro da Defesa rejeita para Portugal, sublinhando que o objetivo financeiro será conseguido com base em alguns pressupostos, como a manutenção do Estado social e a não criação de novos impostos.

“Em nenhum momento poderá ser posto em causa o Estado Social” (…) não poderemos prejudicar a economia, muito pelo contrário.

Nuno Melo

Ministro da Defesa

“Em nenhum momento poderá ser posto em causa o Estado Social” e “não poderemos prejudicar a economia, muito pelo contrário”, afirmou.

Segundo explicou, o investimento na defesa até reforçará a economia portuguesa.

“Sabemos que as indústrias de defesa pagam salários mais altos, investem mais em investigação e desenvolvimento, dão um retorno muito maior para o Produto Interno Bruto”, referiu, adiantando que o esforço de investimento na defesa implicará assegurar que “cada aquisição ou modernização de equipamento ou infraestrutura terá que contar sempre com a indústria portuguesa”.

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Sumol Summer Fest com nova imagem assinada pela Nervo

  • + M
  • 4 Julho 2025

O evento regressa à Costa da Caparica com uma nova cara, apresentando novos elementos gráficos, tridimensionais, que "transparecem uma evolução natural e necessária ao património" do festival.

Sob o mote “É o que és”, o Sumol Summer Fest regressa para a sua 15ª edição com uma nova identidade visual. A estratégia e criatividade foram asseguradas pela Nervo e a produção pel’A Máquina.

O festival regressa assim à Costa da Caparica com uma nova cara, apresentando novos elementos gráficos e tridimensionais, que “transparecem uma evolução natural e necessária ao património do Sumol Summer Fest”.

Queríamos trazer uma nova dimensão, literalmente, à linguagem do festival. Algo que refletisse não só o mood fresco do evento e de quem o vive intensamente, mas também a urbanidade que a marca abraça“, explica Miguel Pires, creative partner da Nervo, citado em comunicado.

Além da imagem do festival, também as instalações dos balneários e o skate park do recinto ganharam uma nova pintura com as intervenções artísticas de Gonçalo Mar e Pitanga, que regressam ao festival, “reforçando a ligação entre a arte urbana e a marca“.

No centro do festival, que decorre esta sexta-feira e sábado, está o novo Sumol Limão Edição Praias, que dá mote à ativação que materializa o conceito da campanha “Descobre a tua praia”. “É aqui que os festivaleiros vão brincar na areia e passar por um desafio onde tudo pode acontecer – e surpreender”, refere-se em nota de imprensa.

Além disso, a Sumol Patrol “mergulha de cabeça no festival para garantir que todos aproveitam a experiência até à última gota, amplificando as ativações desde o recinto até à praia e campismo”, sendo que “em caso de SOS, os mais sortudos são salvos através de um resgate direto para a zona VIP — também conhecida como Casa Sumol — que conta com uma decoração renovada e um corner exclusivo da nova edição”, acrescenta-se.

“Este é um projeto que temos vindo a desenvolver em parceria com A Máquina ao longo dos últimos anos, e é um orgulho continuar esta colaboração para garantir uma experiência verdadeiramente memorável. Produzir um festival desta dimensão é sempre um desafio logístico e criativo: tudo tem de funcionar em perfeita sintonia, do palco principal às ativações de marca”, diz ainda Tiago Tarracha, managing partner da Nervo, citado em comunicado.

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⛽ Só a gasolina desce para a semana

Gasolina vai descer 2 cêntimos, mas diesel não mexe. A partir de segunda-feira, ao abastecer, deverá pagar 1,577 euros por litro de gasóleo simples e 1,674 euros por litro de gasolina simples 95.

Na próxima semana só a gasolina vai descer. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, não deverá sofrer alterações no preço, mas a gasolina deverá descer dois cêntimos a partir de segunda-feira, avançou ao ECO fonte do mercado.

Assim, quando for abastecer, deverá pagar 1,577 euros por litro de gasóleo simples e 1,674 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Caso se confirmem estes valores, desde o início do ano os preços do diesel desceram 5,6 cêntimos e os da gasolina 7,2 cêntimos.

Os valores podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo desceu 2,5 cêntimos e a gasolina 2,1 cêntimos, descidas que ficaram aquém das expectativas do mercado, que apontavam para quebras de quatro cêntimos para o diesel e de três cêntimos, respetivamente.

Os contratos futuros do brent, que servem de referência para o mercado europeu, estão esta sexta-feira a descer 0,63% para os 68,2 dólares por barril, com o Irão a confirmar o seu compromisso com a não-proliferação nuclear, mas deverão registar uma pequena subida semanal. A expectativa de que este fim de semana os países exportadores de petróleo vão acordar um novo aumento de produção também está a pressionar em baixa os preços do ouro negro.

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Finanças abrem inspeção a atrasos na progressão da Função Pública, segundo STE e Fesap

Está a decorrer uma auditoria na aplicação do sistema de avaliação na Administração Central. Revisão das carreiras de administrador hospitalar e de técnico superior de saúde avançam já.

A Inspeção-Geral de Finanças (IGF) abriu uma auditoria para fiscalizar atrasos na avaliação e progressão dos funcionários públicos da Administração Central, adiantou esta sexta-feira a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, às federações sindicais representativas dos trabalhadores do Estado, revelou a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Maria Helena Rodrigues, e o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão. O ECO já questionou o Ministério das Finanças e aguarda resposta.

O encontro serviu também para fazer o ponto de situação relativamente ao acordo plurianual de valorização dos trabalhadores da Administração Pública, apenas subscrito por Fesap e STE, ambos afetos à UGT. De fora ficou a Frente Comum, da CGTP, porque não subscreveu o pacto.

No âmbito do “acompanhamento e monitorização” do documento, ficou estabelecido que a revisão das carreiras de administrador hospitalar e de técnico superior de saúde é para avançar até ao final do ano, indicaram as mesmas estruturas sindicais.

Um dos temas que saltou à vista, abordado durante a ronda negocial com o sindicato, prendeu-se com os atrasos e constrangimentos que se têm verificado no sistema de avaliação e consequentemente no regime de progressões e valorizações salariais dos funcionários públicos da Administração Central. “E a maior dificuldade que os serviços têm é na aplicação do SIADAP (Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública)”, reconheceu a sindicalista.

“Neste momento está a decorrer uma inspeção, por parte da Inspeção-Geral de Finanças, aos serviços para ver como é que estão os processos a decorrer. Para perceber se está a ser aplicado o SIADAP. Há muita avaliação que não está a ser aplicada nos serviços e quem sofre com isso são os trabalhadores”, afirmou Maria Helena Rodrigues. “De fora desta auditoria ficou a avaliação dos trabalhadores das autarquias”, completou José Abraão.

A auditoria é, no entanto, considerada “normal e habitual” tendo em conta os “atrasos na aplicação do SIADAP”, uma vez que “eventualmente possa haver poucas pessoas nos serviços, porque o processo é moroso”, justificou a líder sindical.

Em causa está não só a derrapagem na aplicação do anterior sistema de avaliação anterior, de 2023/2024, que permite progressões ao fim de 10 pontos, como também do novo regime anual que entrou em vigor este ano e que dá a possibilidade de saltos remuneratórios com apenas oito pontos, mas também do acelerador de progressões que oferece uma avanço extra e pontual na carreira ao funcionários públicos com mais de 18 anos de serviço e que tenham sofrido os dois períodos de congelamento (de 2005 e a 2007 e de 2011 a 2017) e que tenham acumulado seis pontos.

A auditoria vai apurar “os impedimentos” que existem “para que os serviços cumpram” a avaliação de modo a “não prejudicar os trabalhadores”, salientou Maria Helena Rodrigues.

“75 mil ainda à espera” de beneficiarem do acelerador de carreiras

Por exemplo, “de uma amostragem de cerca de 130 mil trabalhadores de 455 organismos da Administração Central que poderia beneficiar do acelerador de carreiras, no ciclo avaliativo 2023/2024″, por já terem reunido os tais seis pontos, “apenas 60 mil progrediram e 75 mil ainda estão à espera”, indicou o secretário-geral da Fesap, citando dados revelados pelo Ministério das Finanças com base na inspeção da IGF. A auditoria, aberta pela tutela, “deverá estar concluída até ao final deste mês de julho”, afirmou ainda o dirigente sindical.

No entanto, para a Fesap, “a preocupação vai para os serviços da Administração Pública, onde nem sequer os trabalhadores foram avaliados”. “Pasme-se que ainda hoje estão a fazer definição de objetivos e de competências para aplicar ao ciclo avaliativo 2023-2024, para que possam ter os seis pontos e beneficiar do acelerador”, criticou.

E lançou um apelo ao Governo, tendo em conta as “milhares de queixas” que chegam de todo o lado: “Que todos nos empenhemos no sentido de cumprir o SIADAP, no que diz respeito ao ciclo avaliativo 2023/20244, resolvendo o problema dos serviços que não avaliaram os seus trabalhadores, que estão a ser prejudicados, seja por arrastamento de pontos, seja por uma outra qualquer solução, para partirmos para o próximo ciclo avaliativo que é anual, em 2026, com este problema resolvido”.

Valorização dos administradores hospitalares e dos técnicos superiores de saúde avança já

Tendo em conta a calendarização inscrita no acordo plurianual para a valorização dos trabalhadores da Administração Pública, há carreiras que já deveriam ter sido atualizadas como a de administrador hospitalar que ficou em stand by, devido à crise política e à queda do Governo. Com isso, outros prazos derraparam, designadamente no que diz respeito à revisão das carreiras de técnico de reinserção social, de técnico superior de saúde, de polícia municipal e de fiscalização.

Por isso, a secretária de Estado da Administração Pública comprometeu-se agora a avançar com as carreiras que ficaram pendentes. “Algumas fases foram concluídas ainda em 2024, mas com a interrupção que tivemos temos agora que refazer e retomar de novo o processo”, apontou Maria Helena Rodrigues.

“E estamos a falar de carreiras que não tiveram a revisão, não viram concluída a revisão”, como por exemplo, “a carreira de administração hospitalar e os técnicos superiores de saúde”, indicou. A revisão da carreira de oficial de justiça ficou concluída, mas a presidente do STE referiu que ainda “falta aperfeiçoar o SIADAP adaptado e as progressões”.

Para o primeiro semestre de 2025, estava ainda previsto avançar com a revisão das carreiras de técnico de reinserção social, técnico superior de reeducação”, podendo-se incluir ainda a de “administrador prisional”, apontou. E, para a segunda metade do ano, será a vez da valorização das “carreiras de vigilante da natureza, de fiscalização e de polícia municipal”.

O líder da Fesap adiantou ainda que após, a reunião desta sexta-feira, o Governo vai enviar “convocatórias para reuniões até final deste mês, em áreas governativas setoriais, como a Justiça e a Saúde” para concluir a revisão das carreiras de oficiais de justiça e avançar com as de administrador hospitalar e de técnico superior de saúde, entre outros”.

Para além disso, está em cima da mesa a “densificação” da carreira de bombeiro, “cujo processo ficou incompleto”, e a “fiscalização da polícia municipal”. Mas não só. No quadro das carreiras já revistas, Abraão referiu que a tutela irá voltar a olhar para “a carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica”. “Pedimos também que se olhasse para as carreiras de nadadores, designadamente aqueles que trabalham nas embarcações salva-vidas, e que ganham o salário mínimo”, sublinhou.

Sobre a atualização geral anual dos salários, “o Governo manifestou a abertura para revisitar o acordo, densificá-lo”, uma vez que o acordo está celebrado apenas para de 2025-2028 e a legislatura vem até 2029″, sinalizou José Abraão.

Revisão da meta do salário de entrada para 2029

O acordo plurianual para a valorização dos funcionários públicos 2025-2028, assinado em novembro do ano passado pelo Governo de Luís Montenegro e pelas duas federações sindicais da UGT (Fesap e STE) – a Frente Comum, da CGTP, ficou novamente de fora –, prevê aumentos salariais em 2025 e 2026 de 56,58 euros para quem aufere até 2.620,23 euros. Para ordenados superiores, a atualização será de 2,15%. Em 2027 e 2028, os incrementos nominais até aquele nível (39) da Tabela Remuneratória Única (TRU) em vigor serão de 60,52 euros ou de 2,3% para vencimentos mais altos.

Tendo em conta que a legislatura foi interrompida logo no primeiro ano, será necessário rever este acordo para estendê-lo mais 12 meses, até 2029, quando termina o novo mandato de quatro anos do segundo Governo de Montenegro.

Até ao final de 2028, o Executivo quer dar, no conjunto dos anos, mais 234,20 euros aos funcionários públicos e arrancar, em 2027, com um novo processo negocial para a valorização das carreiras gerais de assistente operacional, assistente técnico e técnico superior.

É garantido que a Base Remuneratória da Administração Pública (BRAP), vulgo salário de entrada no Estado, vai acompanhar as atualizações mínimas nominais. Assim, este ano, avançou 56,58 euros ou 6,9%, de 821,83 para 878,41 euros brutos, ficando assim 8,41 euros acima da retribuição mínima do privado (870 euros).

Em 2026, a BRAP terá um novo incremento de 56,58 euros, passando para os 934,99 euros. São mais 14,99 euros face ao salário mínimo de 920 euros. Nos dois anos seguintes, o salto será de 60,52 euros, o que significa que os trabalhadores que entrarem na Função Pública vão começar logo a ganhar 995,51 euros, em 2027, o que significa mais 25,51 euros em relação ao ordenado mínimo de 970 euros. Em 2028, vão receber 1.056,03 euros mensais brutos.

“Mas o Governo não exclui a possibilidade de eventualmente densificar o acordo, ou seja, por uma adenda ou eventualmente fazer outro para ver se chegamos até 2029 com a estabilidade necessária”, assinalou José Abraão.

Tendo em conta que o salário mínimo no privado deverá evoluir para os 1.100 euros no final da legislatura, a expectativa é que “o Governo mantenha a distância de cerca de nove euros em relação à BRAP”, alertou o líder da Fesap.

Neste momento, a retribuição mínima mensal garantida está nos 870 euros e o ordenado de entrada no Estado nos 878,41 euros. Se, em 2029, o salário mínimo atingir os 1.100 euros, José Abraão conta que pelo menos a BRAP chegue aos 1.108,41 euros. “Há naturalmente que manter-se essa distância e seguir esse caminho”, reforçou.

(Notícia atualizada às 14h17)

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Depósitos a prazo já rendem menos de 1,5% com juros a caírem em maio pelo 17.º mês seguido

Bancos continuam a cortar remuneração dos depósitos. Taxa média das novas aplicações caiu em maio pelo 17.º mês seguido, atingindo os 1,49%, o valor mais baixo em dois anos.

Os bancos continuam a cortar os juros dos depósitos a prazo. Em maio, a remuneração média das novas aplicações para particulares baixou para 1,49%, marcando o 17.º mês seguido em queda.

Trata-se mesmo do valor mais baixo desde maio de 2023, há dois anos. Em dezembro desse ano atingiu o ponto mais alto acima dos 3%. Desde então a remuneração dos depósitos tem vindo progressivamente a cair em reflexo do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Em maio, a taxa de inflação em Portugal situou-se nos 2,3%, o que significa que quem aplicou as suas poupanças a render no banco está a perder dinheiro em termos reais.

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal, Portugal tinha a quarta taxa de juros dos depósitos mais baixa em toda a área do euro, onde a média se situava nos 1,87% — apenas na Eslovénia, Grécia e Chipre os bancos ofereciam remunerações mais baixas nos depósitos.

Ainda que os juros estejam em queda, as famílias portuguesas aplicaram 13,1 mil milhões de euros em depósitos a prazo em maio, representando um aumento de 123 milhões em relação ao mês anterior.

Segundo o Banco de Portugal, nos novos depósitos com prazo até 1 ano, a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e que representou 95% das novas aplicações em maio, a taxa de juro média diminuiu 0,15 pontos percentuais para 1,50%.

No que toca aos depósitos de empresas, a remuneração média caiu dos 2,01% em abril para 1,84% em maio, a taxa mais baixa desde fevereiro de 2023.

(notícia atualizada às 11h26)

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Interreg apoia 48 instituições portuguesas com dez milhões

Comité de acompanhamento Interreg Atlantic Area aprovou apoio de 55 milhões para instituições publicas e privadas de Portugal, Espanha, França e Irlanda, com uma taxa de financiamento de 75%.

Politécnico de Bragança, Universidade de Coimbra e Município de Lagos são algumas das 48 instituições portuguesas que integram as 24 parceiras de formadas por instituições públicas e privadas de Portugal, Espanha, França e Irlanda que vão receber 55 milhões de euros em fundos europeus para implementar projetos transfronteiriços.

“O comité de acompanhamento do programa europeu de cooperação Interreg Atlantic Area aprovou quinta-feira a atribuição de um apoio financeiro a 24 novas parcerias, avaliadas em 55 milhões de euros”, avança o programa europeu em comunicado. “Em causa estão investimentos implementados por instituições públicas e privadas de Portugal, Espanha, França e Irlanda a uma taxa de financiamento de 75%”, acrescenta a mesma nota enviada esta sexta-feira às redações. O Interreg Atlantic Area é o único programa europeu de cooperação gerido por Portugal e no atual período 2021-2027 está a executar 113 milhões de Euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

As 48 instituições nacionais vão receber um apoio total de dez milhões de euros para desenvolver redes internacionais que promovam a região atlântica. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, nomeadamente o Departamento do Mar e Recursos Marinhos, é a entidade que vai receber o apoio mais avultado (686,32 mil euros), seguido do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Centro de Robótica e Sistemas Autónomos) com um apoio de 547,45 mil euros. O pódio fica completo com o Sines Tecnopolo – Associação Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica Vasco da Gama que vai receber cerca de 500 mil euros.

Nesta terceira convocatória, lançada no ciclo 2021-2027, foram selecionados 27 projetos mas concorreram 80 parcerias.

Em termos globais, os investimentos mais avultados pertencem à gaveta “Ambiente Azul/Verde”, a rondar os 31,6 milhões de euros. Em causa estão 13 projetos relacionados, com o aproveitamento da energia das ondas, o desenvolvimento de tecnologias eólicas offshore flutuantes, o fornecimento de soluções para a monitorização dos oceanos e o reforço da prevenção dos riscos costeiros, entre ouros.

Segue-se a prioridade inovação azul e competitividade. Em causa está um investimento de 11,9 milhões de euros distribuído por seis projetos que apostam em serviços de formação e aconselhamento para as PME, na indústria da biomassa à base de algas, na integração digital do setor da aquacultura e no fomento de atividades de prototipagem. “Este financiamento permitirá capacitar as PME e as empresas em fase de arranque e, ao mesmo tempo, melhorar as competências de uma nova geração de profissionais no setor da economia azul”, explica o comunicado.

(Notícia corrigida)

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Economia “longe” de crescer 2% este ano, diz Fórum para a Competitividade

PIB deverá ter crescido entre 0,2% e 0,5% no segundo trimestre, depois de queda de 0,5% nos primeiros três meses do ano, projeta o Fórum para a Competitividade.

O Fórum para a Competitividade estima que a economia cresça no segundo trimestre, depois da quebra nos primeiros três meses do ano. Uma evolução que deixará, ainda assim, a evolução do PIB longe dos 2,4% estimados pelo Governo.

Depois da quebra de 0,5% registada no primeiro trimestre, face aos três meses anteriores, o Fórum para a Competitividade estima que no segundo trimestre “o PIB em cadeia tenha uma recuperação entre 0,2% e 0,5%, o que corresponde a uma variação homóloga entre 1,4% e 1,7%“. No primeiro trimestre a evolução homóloga foi de 1,6%.

A Nota de Conjuntura, elaborada pelo diretor do Gabinete de Estudos, Pedro Braz Teixeira, estima que o consumo privado tenha voltado a crescer no segundo trimestre, embora menos do que os 0,8% registados no mesmo período do ano passado, resultando uma “nova desaceleração homóloga”.

“No investimento, terá prosseguido a dualidade entre queda do equipamento de transporte e o dinamismo da construção. Já as exportações começaram o trimestre em queda, não parecendo ter havido condições para uma melhoria ao longo do trimestre, dada a debilidade da conjuntura internacional”, refere ainda a Nota.

A sucessiva deterioração das perspetivas externas e o resultado fraco do 1º trimestre colocam o PIB longe de atingir os 2% em 2025, em linha com a generalidade das previsões que têm vindo a ser divulgadas.

Fórum para a Competitividade

Neste contexto, o Fórum para a Competitividade vê como muito improvável a possibilidade de a economia vir a crescer os 2,4% estimados pelo Governo no Orçamento do Estado para este ano. “A sucessiva deterioração das perspetivas externas e o resultado fraco do 1º trimestre colocam o PIB longe de atingir os 2% em 2025, em linha com a generalidade das previsões que têm vindo a ser divulgadas”, assinala a Nota.

O ministro da Economia e da Coesão admitiu na quinta-feira, pela primeira vez, que Portugal pode não crescer 2,4% este ano. Apesar do efeito das tarifas de Trump, da guerra na Ucrânia e da incerteza que assola a economia mundial, Manuel Castro Almeida considera que o país “crescerá mais de 2% este ano”.

No segundo trimestre vai haver uma normalização do crescimento. Pode não se cumprir o objetivo dos 2,4% que estava inicialmente traçado, mas será sempre acima dos dois pontos percentuais”, disse Castro Almeida quarta-feira no “Negócios da Semana”, na Sic Notícias.

O ministro das Finanças tem recusado admitir que Portugal poderá crescer menos, tendo em conta o contexto internacional. Um contexto que ditou a revisão em baixa das previsões por parte da maior parte das instituições.

A Comissão Europeia, nas previsões da Primavera, prevê que Portugal cresça apenas 1,8% este ano e acelere para 2,2% no seguinte; o Fundo Monetário Internacional antecipa que Portugal cresça 2% este ano e 1,7% no próximo, o Conselho das Finanças Públicas aponta para um crescimento de 2,2% e o Banco de Portugal é o que está mais próximo das previsões do Executivo com 2,3% de progressão do PIB.

Deverá ocorrer nova alteração das tabelas de retenção do IRS, que poderá estimular o consumo privado, mas com intensidade limitada.

Fórum para a Competitividade

O Fórum para a Competitividade antecipa que a nova alteração das tabelas de retenção de IRS “poderá estimular o consumo privado, mas com intensidade limitada”.

Refere também que “a proximidade das eleições autárquicas poderá constituir um impulso adicional à construção ainda no 3º trimestre, mas o mais provável é que não prossiga nos trimestres seguintes”.

A redução das taxas de juro “deverá ter um impacto restrito sobre o investimento, que está afetado quer pelas débeis expectativas de aumento da procura, interna e externa, quer pela elevada incerteza. Por outro lado, “as dificuldades de execução do PRR (e também do investimento público) também não estão a ajudar”.

O contexto internacional adverso deverá continuar a pesar sobre as exportações de bens, que poderão ser parcialmente compensadas pelo dinamismo das exportações de serviços, em particular do turismo, antecipa o Fórum para a Competitividade.

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Euribor a 6 meses cai para novo mínimo desde outubro de 2022

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

A Euribor desceu a seis meses, em relação a quinta-feira, para um novo mínimo desde 13 de outubro de 2022, enquanto a taxa a três e a 12 meses subiu.

A Euribor a seis meses caiu para um novo mínimo desde 13 de outubro, enquanto as taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa subiram nos prazos a três e 12 meses.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que subiu para 1,979%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,026%) e a 12 meses (2,066%).

  • A taxa Euribor a seis meses desceu para 2,026%, menos 0,005 pontos do que na quinta-feira.
  • No prazo de três meses, a taxa Euribor, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, subiu hoje para 1,979%, mais 0,042 pontos do que na quinta-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a 12 meses subiu para 2,066%, mais 0,004 pontos do que na quinta-feira.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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