Governo “não cria falsas expectativas nos pensionistas”, responde ministra ao PS

PS chamou ministra para esclarecer diferença entre estimativa e aumento efetivo das pensões mais baixas. Palma Ramalho garante que não houve "erro especial" e que não foi criada "falsa expectativa".

A ministra do Trabalho negou esta terça-feira ter havido qualquer “erro especial” na diferença entre a estimativa anunciada a meio de novembro para o aumento das pensões mais baixas e as atualizações que viriam a ser confirmadas no final desse mês, com a publicação dos dados da inflação. Numa audição parlamentar pedida pelo PS, Maria do Rosário Palma Ramalho explicou que se tratou apenas de uma estimativa “que se veio a verificar que não estava correta“.

Por lei, há dois indicadores que ditam as atualizações que são aplicadas em janeiro de cada ano ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e às pensões: a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos e a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC) sem habitação.

Ora, com base nas estimativas para esses dois indicadores, os técnicos do Ministério do Trabalho projetaram um aumento de 3,1%, previsão que Palma Ramalho anunciou no Parlamento a 15 de novembro, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2025.

Já no final de novembro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou os dados efetivamente usados para esses cálculos, que determinaram, afinal, uma atualização normal de 2,6% do IAS e das pensões mais baixas. Ou seja, 0,5 pontos percentuais abaixo da estimativa anunciada pelo Governo.

Perante essa diferença, o PS chamou a ministra do Trabalho ao Parlamento, que atirou esta terça-feira: “Não há um erro, há uma estimativa que se veio verificar que não estava correta. Quando estive na Assembleia, ainda não tinha sido feita a correção da estimativa. Não houve nenhum erro especial”.

Não é este Governo que cria falsas expectativas nos pensionistas. Tem adotado um conjunto de medidas diretas para os pensionistas, designadamente aqueles que têm pensões mais baixas.

Maria do Rosário Palma Ramalho

Ministra do Trabalho

Em resposta aos socialistas, Palma Ramalho sublinhou que “não é este Governo que cria falsas expectativas nos pensionistas“. Aliás, “tem adotado um conjunto de medidas diretas para os pensionistas, designadamente aqueles que têm pensões mais baixas“, afirmou.

“Este Governo tem a noção das dificuldades pelas quais os pensionistas passam e a necessidade de os proteger”, assinalou ainda a governante.

As pensões mais baixas (até 1.045 euros) tiveram aumentos, pela via regular, de 2,6% em janeiro. As pensões intermédias (entre 1.045 euros e 3.135 euros) tiveram direito a uma subida regular de 2,1%. Já as pensões mais altas (acima de 3.135 euros) tiveram uma atualização de 1,85%.

Mas esses não foram os únicos aumentos a que os pensionistas receberam no arranque do próximo ano. O PS propôs e o Parlamento aprovou (contra a vontade do Governo e do PSD) que as reformas até três vezes o Indexante dos Apoios Sociais tivessem um reforço extraordinário de 1,25 pontos percentuais.

Quer isto dizer que as pensões mais baixas subiram 3,85%. Já as pensões acima de 1.045 euros, mas abaixo de 1.567 euros subiram 3,35%. Às demais reformas, aplicaram-se apenas os referidos aumentos regulares decorrentes da inflação e do crescimento económico.

Na audição desta terça-feira, a ministra do Trabalho reconheceu também que a Segurança Social tem, neste momento, “as contas equilibradas”, não havendo “razão para alarme”. “A nossa preocupação também decorre da inversão da pirâmide em que vamos ter”, alertou a governante, sublinhando que, apesar do equilíbrio das contas, faz sentido refletir sobre a sustentabilidade do sistema.

Notícia atualizada às 13h04

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Polícia Judiciária faz buscas na Câmara de Valongo por suspeitas de corrupção na McDonald’s

  • ADVOCATUS
  • 11 Fevereiro 2025

A Polícia Judiciária do Porto está a realizar buscas na Câmara de Valongo, na sede da empresa da McDonald's em Oeiras e em várias residências, por suspeitas de corrupção.

A Polícia Judiciária do Porto está a realizar buscas na Câmara de Valongo, na sede da empresa da McDonald’s em Oeiras e em várias residências, avança o JN. Em causa estão suspeitas de corrupção envolvendo o vereador Paulo Ferreira, o diretor de expansão da McDonald’s Portugal e um empresário do ramo imobiliário.

Segundo o JN, o dono da Imopartener, Carlos Moura Guedes, terá alegadamente comprado, através de doações ao Clube de Propaganda de Natação de Valongo, favores do vereador para obter facilidades no licenciamento de um restaurante da McDonald’s no concelho. Em contrapartida. o vereador terá pedido ao empresário que entregasse, entre 2020 e 2022, um donativo ao clube desportivo.

Em cima da mesa estão suspeitas de crimes de corrupção ativa, prevaricação e corrupção no setor privado. O promotor imobiliário Carlos Moura Guedes, que tinha como principal cliente a McDonald’s Portugal, terá corrompido o diretor da área de expansão da multinacional, Pedro Salvador

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JD Vance adverte contra “regulamentação excessiva” da inteligência artificial

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

Numa cimeira mundial sobre o setor em Paris, o número 2 da Casa Branca apelou a "regimes regulamentares internacionais que incentivem a criação de tecnologias de IA em vez de a sufocar”.

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, alertou esta terça-feira na Cimeira de Inteligência Artificial (IA) de Paris, contra as parcerias no setor com “regimes autoritários” e contra uma “regulamentação excessiva” que “poderá matar uma indústria em expansão”.

Os Estados Unidos querem estabelecer parcerias com todos vocês, mas precisamos de regimes regulamentares internacionais que incentivem a criação de tecnologias de IA em vez de a sufocar“, disse Vance numa reunião de chefes de Estado e de tecnologia no Grand Palais, no âmbito de uma reunião internacional destinada a encontrar um terreno comum sobre a governação global da Inteligência Artificial.

“Faremos todos os esforços para incentivar políticas de IA pró-crescimento. Implementar regulamentos internacionais que possam restringir as empresas norte-americanas é um erro terrível, não apenas para os Estados Unidos, mas para o vosso próprio país”, advertiu Vance.

O vice-presidente norte-americano, que fez a sua carreira em Silicon Valley, também sublinhou que os Estados Unidos são “líderes em IA” e que a atual Administração “tenciona manter esse estatuto”, garantindo que a inteligência artificial norte-americana “não será utilizada para se tornar um instrumento de censura”.

J.D. Vance também apontou o dedo aos Estados que estabelecem parcerias com “regimes autoritários” que “nunca são benéficas a longo prazo”, referindo-se às exportações “fortemente subsidiadas” da China da sua tecnologia 5G. “Fazer parceria com eles significa acorrentar a sua nação a um mestre autoritário que procura infiltrar-se, instalar e assumir o controlo da sua infraestrutura de informação”, alertou.

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Bruxelas prepara revolução na estrutura do orçamento comunitário

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2025

Comissão Europeia quer um orçamento de longo prazo "mais ambicioso" em tamanho e estrutura e quer substituir programas por três fundos principais.

A Comissão Europeia está a preparar uma revisão radical do próximo orçamento comunitário de um bilião de euros, substituindo dezenas de programas de despesa por três ‘fundos-chapéu’ que permitam maior flexibilidade para lidar com desafios inesperados, noticia esta terça-feira o Financial Times (acesso pago).

De acordo com o documento a que o jornal britânico teve acesso, o objetivo passa por um orçamento de longo prazo “mais ambicioso” em tamanho e estrutura, de modo a responder aos crescentes desafios de aumento da despesa com a defesa e com pagamentos de dívida.

O Financial Times adianta que ainda não existe um valor total para o próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP), que arranca em 2028, mas que Bruxelas defende a maior reformulação de sempre na forma como os fundos são distribuídos, argumentando que “o status quo não é uma opção”.

Neste sentido, destaca que só a necessidade de reembolsar os encargos com as obrigações emitidas durante a pandemia ascenderá a 30 mil milhões de euros por ano, o correspondente a 20% da despesa anual do bloco.

O orçamento comunitário é financiado por contribuições nacionais que representam cerca de 1% do Rendimento Nacional Bruto da União Europeia, sendo cerca de um terço atribuído a subsídios agrícolas, outro terço às políticas de “coesão”, com o resto a cobrir todas as restantes despesas.

No âmbito desta reforma, Bruxelas acordaria um único “plano para cada país com reformas e investimentos importantes”, incluindo fundos regionais e subsídios agrícolas. Um segundo “fundo europeu de competitividade” seria destinado ao investimento em sectores-chave e projetos comuns e um fundo “renovado” para a política externa.

Segundo o Financial Times, estes dois fundos poderiam permitir à UE dedicar uma parte maior do orçamento a projetos de defesa transfronteiriços.

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Reino Unido acredita em acordo com EUA nas tarifas sobre o aço e alumínio

A ministra das Finanças britânica "acredita firmemente que um acordo pode ser feito” para evitar que Donald Trump imponha tarifas sobre as exportações do país, afastando ainda a hipótese de retaliar.

O Reino Unido está confiante que vai conseguir negociar um acordo com os Estados Unidos para evitar a imposição de taxas aduaneiras sobre as suas exportações de aço e alumínio. Ao contrário da União Europeia, que já assumiu que vai retaliar as novas tarifas, a ministra das Finanças britânica Rachel Reeves afastou a imposição de mais tarifas em resposta aos EUA.

Acredito firmemente que um acordo pode ser feito”, disse Reeves no podcast The Political Party, de Matt Forde, esta segunda-feira, ainda antes de Donald Trump assinar as ordens executivas que impõem tarifas de 25% sobre todas as importações dos dois metais para os EUA a partir de 12 de março. Questionada sobre potenciais medidas retaliatórias, a responsável foi perentória: “Não acredito em tarifas. Não quero ver mais tarifas.”

O governo britânico espera que a relação comercial que tem com os EUA pese a seu favor nas negociações para tentar evitar estas taxas aduaneiras, que, segundo a indústria siderúrgica, a concretizarem-se, seriam um “golpe devastador” para a indústria.

“O Reino Unido e os EUA têm um comércio bastante equilibrado, não há excedente ou défice. Não há realmente um problema que precise de ser resolvido através de tarifas ou qualquer outro tipo de barreiras”, argumentou Reeves na mesma entrevista, citada pela agência Bloomberg.

Segundo a ministra das Finanças britânica, cerca de 10% do aço fabricado na Grã-Bretanha é exportado para os EUA e a Grã-Bretanha também importa aço dos EUA. Ao contrário da União Europeia, que já afirmou que vai responder às taxas aduaneiras de Trump, a governante adiantou que retaliar as tarifas não vai ajudar a economia britânica.

“Se tributarmos as coisas que vêm da América, os maiores perdedores serão as pessoas no nosso país que as compram e [pagarão] mais por elas do que antes”, disse Reeves. “É pior para a América também porque os produtos lá vão ficar mais caros. Isso aumenta a inflação: estamos a tentar reduzir a inflação”, alertou.

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Exportações de componentes automóveis travaram 4,5% em 2024 e “o futuro próximo não é animador”

Apesar da queda abaixo do esperado em dezembro, fábricas portuguesas perderam 560 milhões de euros durante o ano passado. Líder do setor diz que terão de “ajustar atividade e capacidade de produção".

As exportações de componentes automóveis atingiram os 11.785 milhões de euros durante o ano passado, o que significa uma quebra de 4,5% relativamente a 2023. Apesar da perda de 560 milhões face ao valor recorde no ano anterior, ressalva a associação do setor (AFIA) que continuam a representar quase 15% das vendas portuguesas de bens transacionáveis ao exterior.

Unidade: milhões de euros | Fonte: INE (dados provisórios)

A sofrer com a travagem brusca das encomendas sobretudo por parte das construtoras automóveis alemãs, francesas e espanholas – as vendas para o mercado europeu recuaram 5,1% em termos homólogos em 2024 –, as fornecedoras nacionais salientam, ainda assim, que a queda no último mês do ano (-4,5%) abaixo do projetado poderá indicar uma “alteração do mix de produção na Europa e o reforço de outros destinos”.

No total do ano passado, a Europa absorveu 88,5% das exportações do setor, figurando Espanha (quota de 28,3%), Alemanha (23,4%) e França (8,4%) no pódio dos destinos. Todos estes países encolheram as compras a Portugal, contribuindo para o primeiro recuo desde a pandemia neste indicador.

Fora do Velho Continente, a associação setorial destaca os EUA (4,9% do total) e Marrocos, que ainda ocupa a 11.ª posição na lista de clientes (quota de 2,1%), mas que em 2024 aumentou em 26,1% as compras às fábricas nacionais.

José Couto, presidente da AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel

Perspetivando 2025, José Couto, presidente da AFIA, reconhece que “os dados para o futuro próximo não são animadores”. “A redução das vendas de veículos no mercado europeu, juntamente com os sinais de queda, informados pelos clientes, que temos vindo a registar, deixam antever tempos ainda mais conturbados para o setor automóvel, o que fará com que, provavelmente, as empresas tenham de ajustar a atividade e a capacidade de produção que existe neste momento no nosso país”, acrescenta.

Em comunicado, a associação sediada em Matosinhos defende que, apesar da contração verificada no ano passado e de os dados para este ano anteciparem uma nova recessão, este setor “continua a ser estratégico para a economia portuguesa”. A evolução dos próximos meses, assinala ainda, dependerá da recuperação da indústria automóvel europeia, da estabilização das cadeias de abastecimento e das políticas comerciais globais, como as tarifas que estão a ser impostas pelos EUA.

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Tupai ganha batalha judicial de 1,2 milhões à Autoridade Tributária

A decisão judicial já não admite recurso e anula integralmente a liquidação de IVA com base numa interpretação errada daquela regra que havia custado 1,2 milhões de impostos à empresa de Águeda.

A Tupai, empresa histórica de Águeda com atividade na área das ferragens de luxo, venceu o processo fiscal em que a Autoridade Tributária reclamava o pagamento de 1,2 milhões de euros.

Em causa estava uma decisão da Autoridade Tributária relativa a uma correção, em sede de IRC, referente ao método de valorização dos inventários, agora anulada. Na decisão, o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Aveiro concluiu que o Fisco tinha errado na forma como tinha apurado o valor dos inventários registados pela empresa na sua contabilidade, interpretando e aplicando erradamente a regra prevista no artigo 86.º do CIVA.

A decisão judicial, que já não admite recurso, anulou integralmente a liquidação de IVA com base numa interpretação errada daquela regra que havia liquidado 1,2 milhões de impostos à empresa de Águeda.

Pedro Marinho Falcão, sócio fundador da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, o advogado que representou a Tupai, referiu “que se tratou de um processo altamente complexo e técnico que convocou a realização de duas perícias, mas que foi possível demonstrar o equívoco da AT na forma como aplicou a presunção do art.º 86 do CIVA”.

Salientou ainda que “a decisão judicial tomada pelo TAF de Aveiro e que já transitou em julgado representa uma vitória expressiva para as empresas que têm sido objeto de fiscalização sob o tema da fixação dos inventários, mais declarando que este precedente vai exigir por parte da Inspeção Fiscal maior rigor na aplicação de normas que podem penalizar os empresários”.

Em novembro, o Banco Português de Investimento e a Flexdeal investiram quatro milhões de euros na recapitalização da Tupai.

O investimento na Tupai foi realizado no âmbito do Programa de Recapitalização Estratégica, que apoia empresas economicamente viáveis, e inclui 2,8 milhões de euros financiados pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), financiado pelo PRR, e 1,2 milhões de euros da Flexdeal SIMFE (Sociedade de Investimento Mobiliário para Fomento do Mercado), informa o BPF em comunicado.

“Acreditamos que esta parceria marca o início de uma nova etapa no crescimento da Tupai. Reforçaremos as nossas valências internas e consolidaremos a marca como referência europeia e mundial na indústria de ferragens”, afirma o administrador financeiro, Vítor Camarneiro, citado na nota enviada às redações.

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Antiga fábrica Covina em Santa Iria de Azóia transformada em parque logístico pela Panattoni Ibéria

Panattoni Ibéria adquiriu a antiga fábrica de vidro nos arredores de Lisboa e inicia já em fevereiro obras de transformação num parque logístico com cinco edifícios e 21 hectares.

A antiga fábrica vidreira da Saint-Gobain Sekurit vai dar lugar a um parque logístico erguido pela Panattoni Ibéria. A empresa pertencente ao promotor logístico e industrial Panatoni fechou contrato com a Saint-Gobain, promovendo uma nova utilização para o espaço ocupado durante décadas pela Covina (Companhia Vidreira Nacional), em Santa Iria da Azóia – inaugurada em 1940 e berço do vidro de dezenas de modelos automóveis montados em Portugal na segunda metade do século passado, bem como de modelos da Autoeuropa, o seu mais importante cliente aquando do encerramento em 2021, devido a problemas financeiros.

O parque logístico Panattoni Park Lisbon-City atingirá uma área total de 212 mil metros quadrados, com cinco armazéns e 85 mil metros quadrados de área bruta locável. A reconversão da antiga fábrica de vidro Covina, privatizada no início dos anos 1990 e reconvertida em Saint-Gobain Sekurit, ocorrerá por fases, com a inicial, a desenvolver já a partir de fevereiro, a consistir em três edifícios logísticos com 11 metros de pé direito, painéis fotovoltaicos na cobertura, cais de carga e descarga e carregadores para veículos elétricos. Estes espaços, multi-inquilinos, serão fracionados em áreas entre seis mil e 52 mil metros quadrados, e deverão estar prontos para arrendamento em 2026.

A segunda fase avançará em meados deste ano, com início de arrendamento após a primeira fase, e consistirá em dois edifícios com frações entre os cinco mil metros quadrados e a globalidade do espaço, de 33 mil metros quadrados.

Gustavo Cardozo, Managing Director/Partner da Panattoni Ibéria, afirma, em comunicado, que o Panattoni Park Lisbon-City “reafirma” o “compromisso” da empresa “com o mercado imobiliário logístico de Portugal, oferecendo a empresas de qualquer setor uma infraestrutura moderna e eficiente, concebida para impulsionar o seu crescimento e competitividade”.

O parque logístico está localizado no concelho de Loures, perto do nó da autoestrada do Norte e a cerca de dez quilómetros do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

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Banco Santander e Banco Europeu de Investimento unem-se para desbloquear 8 mil milhões de investimento em energia eólica

As garantias vão suportar investimentos de fabricantes de equipamentos de energia eólica e de conexões à rede, assim como empresas que produzam componentes chave para o setor.

O Banco Europeu de Investimento e o Santander uniram-se para ajudar a financiar projetos ligados à energia eólica a nível europeu. Uma aliança que terá a capacidade de desbloquear investimentos de até oito mil milhões de euros, afirmam as entidades.

O BEI vai fornecer uma garantia de 500 milhões de euros, permitindo ao Santander criar um portefólio de garantias bancárias de até mil milhões de euros, o que “é esperado que desbloqueie oito mil milhões de investimento para suportar os fabricantes de energia eólica europeus”, lê-se no comunicado.

As garantias vão suportar investimentos de fabricantes de equipamentos de energia eólica e de conexões à rede, assim como empresas que produzam componentes chave para o setor da energia eólica. “Isto vai permitir aos fabricantes receber pagamentos em avanço assim como fornecer garantias de desempenho quando avançam novos projetos“, lê-se no comunicado.

O acordo está integrado num pacote de cinco mil milhões de euros que o BEI lançou em 2023, direcionado para o setor eólico de forma a melhorar o acesso a financiamento por parte destas empresas e impulsionar a instalação de nova capacidade renovável.

“O BEI e o Santander estão a erguer instrumentos de diminuição do risco que permitirão aos fabricantes superar alguns dos desafios que impactam o setor como disrupções na cadeia de fornecimento, custos elevados e competição internacional intensa” afirma a diretora de Instituições Financeiras no BEI, Gemma Feliciani.

Por seu lado, Ricardo Gamazo, da equipa de Finanças Globais do Santander, acrescenta: “O programa foi muito bem recebido pelos clientes”, que querem acelerar na entrega de equipamentos.

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“Não há nenhuma sangria.” Ministra do Trabalho garante que “só exonerou sete pessoas”

Palma Ramalho explicou aos deputados que, em dez meses, houve 28 movimentos em nomeações e saídas de dirigentes superiores do Ministério do Trabalho, dos quais "só sete" foram exonerações.

Desde que o Governo de Luís Montenegro assumiu funções, houve 28 movimentos de nomeações e saídas de dirigentes superiores do Ministério do Trabalho, dos quais “só sete” foram exonerações. O balanço foi feito esta terça-feira, numa audição parlamentar, pela ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, que assegurou que “não há nenhuma sangria”.

“O Governo está em funções desde o dia 2 de abril [de 2024]. Neste tempo, ocorreram em nomeações e saídas de dirigentes superiores do MTSSS um total de 28 movimentos. Esse total corresponde à seguinte distribuição: 18 pessoas foram nomeadas sem terem sido exoneradas previamente as que vieram substituir; sete pessoas foram nomeadas após os antecessores terem sido exonerados pela tutela; e há ainda três que saíram e cujo cargo ainda se encontra vago”, adiantou a ministra da tutela, numa audição requerida pelo Chega.

No que diz respeito aos cargos que passaram a ter novos ocupantes sem que os anteriores tenham sido exonerados, Palma Ramalho explicou que estão em causa, nomeadamente, três pessoas que assumiram outros projetos no mesmo ministério.

Além disso, nove dirigentes superiores já estavam em gestão (nalguns casos, nem podiam ser reconduzidos, disse a governante), pelo que foram substituídos. “Há mais seis pessoas que cessaram comissão de serviço, por iniciativa própria“, observou a ministra, referindo que, entre as quais, a presidente do Instituto de Segurança Social e o presidente do Instituto de Informática.

Quanto às situações de cessação da comissão por iniciativa da tutela, a líder do Ministério do Trabalho sublinhou que houve sete saídas deste tipo, das quais cinco na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Já no que diz respeito aos dirigentes intermédios, em dez meses houve 12 movimentos, mas a ministra garantiu que não houve exonerações.

Não há aqui nenhuma sangria. Não há aqui nada de especial. Só houve sete pessoas que este Governo exonerou e substituiu por outras. Só sete. E, dessas, cinco são da mesma instituição. As outras situações são normais: ou no final da comissão de serviço ou na sequência de concursos que até já estavam em marcha“, asseverou a governante.

Pensões sem “nenhuma alteração estratégia”

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, intervém na Assembleia da República, em LisboaANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

A audição era sobre as alterações nos cargos de dirigentes da Segurança Social, mas o Bloco de Esquerda aproveitou para questionar a ministra do Trabalho sobre o grupo de trabalho que foi criado recentemente para estudar o sistema de pensões.

“A tutela entendeu que devia designar um novo grupo de trabalho para estudar a reforma do sistema da Segurança Social. A sustentabilidade ocupa um lugar cimeiro. Havia pareceres e relatórios conflituantes entre si sobre a situação“, esclareceu Palma Ramalho, que garantiu que o novo grupo dará “continuidade ao trabalho feito anteriormente“.

Não voltar a estudar o tema seria irresponsabilidade. Não se trata de mais nada do que isso. Não vai ser feita nenhuma alteração estratégica no sistema de pensões nesta legislatura. Isto não está no programa do Governo”, afirmou, confirmando o que já tinha dito em ocasiões anteriores.

Entre as matérias que o novo grupo de trabalho vai estudar estão as reformas antecipadas, mas também a taxa contributiva da Segurança Social. O primeiro relatório (o intercalar) será apresentado dentro de seis meses, ou seja, no verão deste ano.

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Grupo português Ando Living compra empresa de apartamentos em Londres

Negócio significa a entrada da empresa nacional no Reino Unido, uma década depois de ter sido criada. Portefólio aumenta com 208 apartamentos em oito edifícios localizados na City londrina.

Lisboa, Porto, Istambul e agora Londres. O grupo português de apartamentos turísticos Ando Living anunciou esta terça-feira a aquisição da empresa britânica City Apartments, que explora casas destinadas a estadas para trabalho na capital do país.

A compra significa a entrada da empresa nacional no Reino Unido, uma década depois de ter sido criada, e um aumento do portefólio com mais 208 apartamentos em oito edifícios localizados na City, um dos centros financeiros mais importantes do mundo.

Na marca londrina, pouco muda. O nome City Apartments mantém-se e a equipa de gestão – com o CEO, Matthew Cookson, e o COO, Mark Winter – também, além dos 35 profissionais da área hoteleira. Porém, será “revitalizada” com a introdução de melhorias significativas nos próximos meses, nomeadamente ao nível do digital.

“Os hóspedes da City Apartments irão continuar a contar com o nível de serviço habitual”, mas agora com o conhecimento dos portugueses em tecnologia, design e branding para melhorar “a operação e a experiência dos hóspedes” e, consequentemente, a reputação da empresa.

“Esta é, sem dúvida, uma evolução muito empolgante para a City Apartments, para a nossa extraordinária equipa e para os nossos prezados clientes corporativos, que beneficiarão diretamente do investimento que o grupo Ando Living prevê realizar nos nossos apartamentos, além dos planos para fazer crescer ainda mais o nosso portefólio de edifícios”, referiu Matt Cookson, CEO da City Apartments, em comunicado.

O negócio incluiu ainda a aquisição de um edifício com 32 unidades de alojamento localizado no nº 68 da Cannon Street, financiada pelo Prima Europe Fund, um fundo de investimento regulado pela Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM).

A transação, cujo valor não foi publicado, foi assessorada pela CMS Cameron McKenna, Opus Corporate Finance LLP e Savills no lado da venda e, no lado da compra, pela consultora Ernst & Young (EY), o escritório de advogados Knights e a firma de advisory imobiliário Allsop.

“Com esta aquisição, estabelecemos uma presença forte no Reino Unido para o nosso grupo e estamos confiantes de que a nossa experiência e o nosso historial no setor da hospitalidade, a par com o know-how da City Apartments, conduzirão ao sucesso de ambas as marcas”, sintetizou Charles Wanecq, cofundador da Ando Living.

Fundada cem 2015, a Ando Living detém as marcas Ando Living e LovelyStay. Os planos no médio prazo incluem aumentar o número de apartamentos para 6.000 até 2028. No ano passado, o grupo arrecadou 67 milhões de euros de capital do Prima Europe Fund, gerido pela Stag Asset Managers, para continuar o plano de expansão pela Europa.

Os últimos dados financeiros reportados apontam para um volume de negócios de 32 milhões de euros em 2023, o que representou uma subida de 94% em relação a 2022.

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Capacidade solar ligada à rede duplica em 2024 e atinge maior fatia de sempre no consumo nacional

A energia fotovoltaica conseguiu ainda, em 2024, atingir a sua maior quota de sempre no consumo nacional de energia elétrica.

A capacidade solar ligada à Rede Nacional de Transporte (RNT) duplicou em 2024, em comparação com a capacidade que estava operacional no final de 2023, informa a REN -Redes Energéticas Nacionais em comunicado.

No ano passado, 776 megawatts (MW) de instalações fotovoltaicas foram ligadas a esta rede de alta tensão (a RNT), duplicando para 1555 MW a capacidade instalada, face aos 779 MW operacionais no final de 2023, lê-se na nota enviada pela REN às redações.

Somando a estes valores os 476 MW ligados no ano passado à Rede Nacional de Distribuição (RND), que tem um nível de tensão mais baixo e é aquela que chega efetivamente às casas, a capacidade instalada total sobe para 3872 MW. Este número exclui as Unidades de Produção para Autoconsumo que não vendem excedentes à rede pública.

A produção de origem solar em 2024 foi de 4899 gigawatts-hora (GWh), o que representou cerca de 10% do consumo total na rede pública (51,4 terawatts-hora), um aumento de 37% em comparação com 2023. Esta é a maior quota de sempre no consumo nacional de energia elétrica.

Foi logo a 5 de setembro do ano passado que a produção solar acumulada nesse ano igualou a totalidade da energia solar produzida durante todo o ano de 2023 em Portugal. Nos primeiros nove meses de 2024 foram gerados 3,99 TWh (entre energia injetada na RNT e na Rede Nacional de Distribuição), ultrapassando os 3,6 TWh produzidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023, tornando, já em setembro, 2024 um ano recorde em termos de produção solar em Portugal.

“Estes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, enquanto mantém os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço no Sistema Elétrico Nacional”, conclui a REN, no mesmo comunicado.

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