Euromilhões chegou há 20 anos a Portugal. Recorde as campanhas mais icónicas

O primeiro sorteio do Euromilhões em Portugal foi há 20 anos. Decorridas duas décadas, o +M recorda as campanhas mais icónicas lançadas pelos Jogos Santa Casa no âmbito deste jogo de lotaria europeu.

Chegado há duas décadas a Portugal, o Euromilhões já criou vários “excêntricos”. Mais precisamente, desde o primeiro sorteio a 8 de outubro de 2004, o Euromilhões já atribuiu 79 primeiros prémios no país, num total de 2.9 mil milhões de euros, ocupando o quarto lugar no ranking internacional de primeiros prémios atribuídos, avança.

No que diz respeito à comunicação, esta “acompanha o posicionamento diferenciador e os valores da marca – grandiosa, ‘excêntrica’, inovadora, inspiradora, próxima e partilhada, que tem vindo a explorar situações e experiências emocionantes, umas mais quotidianas e outras mais insólitas em contextos familiares ou de comunidades”. “Trata-se de um jogo com uma imagem de modernidade e sofisticação, que invariavelmente utiliza na sua comunicação um tom descontraído e humorístico“, explica Ana Delgado, diretora de marketing dos Jogos Santa Casa, ao +M.

No entanto, esta comunicação tem vindo a evoluir ao longo dos anos. “Inicialmente, a comunicação do Euromilhões focava-se apenas em apresentar este jogo como uma oportunidade única de transformar vidas, utilizando campanhas que destacavam os grandes prémios e a emoção do jogo. Ao longo dos anos, o conceito da comunicação da marca evoluiu para incluir os eixos de partilha e a responsabilidade social, destacando o impacto positivo desta marca na sociedade e comunidade“, refere, acrescentando que está previsto o lançamento de uma nova linha criativa já em 2025.

Até ao final de 2024 os Jogos Santa Casa têm ainda previstas algumas novidades, como a comunicação de um “sorteio especial do tipo Chuva de Milionários”, em novembro, e a ativação de uma “campanha de sexta-feira 13”, em dezembro, adianta.

Hoje, o Euromilhões é uma “marca amplamente conhecida dos portugueses com uma notoriedade próxima dos 100% e uma imagem construída e consolidada por dezenas de campanhas above e below the line“, refere Ana Delgado ao +M, exemplificando com algumas das campanhas mais icónicas lançadas ao longo dos anos:

  • “Estacionamento” (a primeira campanha do Euromilhões em Portugal), da JWT

  • “Dakar”, da JWT

  • “Cabral TV”, da JWT

  • “Ilha”, da JWT

  • “Machado Costa”

  • “Casaquinho”, da Fuel

  • “Esfinge”, da Fuel

  • “Esquecido”

No total, o Euromilhões já atribui 7,5 mil milhões de euros em Portugal, ocupando atualmente o quarto lugar do ranking das vendas europeias deste jogo. Em termos de vendas brutas, ao longo destes 20 anos, o Euromilhões em Portugal acumulou cerca de 16.271 milhões de euros, “o que permitiu aos Jogos Santa Casa distribuir aos seus beneficiários cerca de 6.230 milhões de euros para o desenvolvimento das políticas sociais do Estado nas áreas da saúde, solidariedade social, desporto e cultura”, refere-se em nota de imprensa.

O primeiro prémio mais alto de sempre em Portugal foi sorteado a 25 de junho de 2024, no valor de 213 milhões de euros. O impacto deste prémio foi tão significativo que o excedente da balança de rendimentos secundários disparou 74%.

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Autarca e promotor de hotel travam batalha pelo Castelo de Cerveira

Quase cinco anos depois de concessão ser formalizada, a Câmara de Vila Nova de Cerveira acusa o promotor de não cumprir o contrato. Concessionário culpa a autarquia por "obstaculizar o licenciamento".

No final de 2019, no âmbito do Programa Revive, o Castelo de Vila Nova de Cerveira foi concessionado à empresa Revergogi com o objetivo de o transformar num hotel de quatro estrelas. Quase cinco ano depois, a obra ainda não arrancou. O presidente da Câmara, Rui Teixeira, acusa o concessionário de “não cumprir o contrato e de não cuidar do património”, enquanto o promotor Eurico da Fonseca culpa a autarquia por “obstaculizar o licenciamento”.

Em declarações ao ECO/Local Online, o autarca acusa o promotor de “incumprimento grosseiro por não zelar pelo património e por não cumprir com o estipulado, que era começar com a obra até ao final de 2023″, garantindo ter avançado em tribunal contra o concessionário por incumprimento de prazo. “Teve quatro anos com património do Estado completamente abandonado, vandalizado, impediu as visitas e promoveu a falta de segurança”, critica o presidente da Câmara, Rui Teixeira.

Eurico da Fonseca argumenta ao ECO/Local Online que logo após Rui Teixeira assumir o cargo, em outubro de 2021, “declarou ser contra o projeto de desenvolvimento de um hotel no interior do Castelo de Cerveira” e que o “projeto foi constantemente indeferido desde a tomada de posse do presidente do município”. “O autarca impediu durante mais de dois anos o licenciamento do projeto por razões subjetivas e nunca por razões legais e técnicas”, reage o empresário.

A concessionária teve quatro anos com património do Estado completamente abandonado, vandalizado e impediu as visitas e promoveu a falta de segurança. Foi um incumprimento grosseiro porque não zelou pelo património e não cumpriu com o estipulado, que era começar com a obra até ao final de 2023.

Rui Teixeira

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira

Em 2021, por causa da pandemia, o Turismo de Portugal prorrogou por dois anos a data-limite para este projeto, que mais tarde voltou a ver prorrogado até 2026 o prazo fixado para o início da exploração. Eurico da Fonseca salienta que “a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DFTF) voltou a prorrogar o prazo por reconhecer que os atrasos ocorridos se devem a impedimentos por parte da autarquia”. “Se não licencia o projeto não foi por falta de vontade da minha parte. O Estado concedeu uma prorrogação de três anos devido ao comportamento do presidente da Câmara em não licenciar o projeto”, afirma o empresário.

Lamentando a decisão da prorrogação, o autarca contesta que “o Turismo de Portugal deveria ter auscultado o município antes de renovar o prazo” e faz uma descrição das principais datas do processo. “A licença foi deferida a 15 de março de 2023 e notificada ao requerente a 22 de março do mesmo ano com prazo para levantar de um ano. No limite do prazo pediu prorrogação – indeferida porque não tinha justificação, mas conseguiu com isto mais tempo para levantar. Pagou as taxas e levantou a licença a 22 julho de 2024. A 8 de agosto deste ano foi emitido o alvará, que só é emitido depois de pagas as taxas e levantada a licença”, detalha Rui Teixeira.

Castelo de Vila Nova de CerveiraGilberto Coutinho

No entanto, Eurico da Fonseca assegura que só em maio, dois meses depois, é que soube que a licença tinha sido deferida – e porque ligou para a Câmara. Quanto ao atraso, o promotor justifica-o por ter estado “a aguardar a prorrogação de prazo de três anos por parte do Estado, que foi concedida em agosto”. “Antes da prorrogação do prazo não ia avançar com coisa nenhuma, eu não estou a brincar com dinheiro”, refere.

O porta-voz da empresa concessionária denuncia ainda que o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira “utiliza um artefacto legal de modo a deixar passar bastante tempo entre respostas a contestações”. “Ele apenas responde de 60 em 60 dias. Anda de 60 em 60 dias para responder à mínima coisa e por isso é que passaram quase dois anos. Andou a arrastar o licenciamento”, sentencia Eurico da Fonseca.

Promotor garante hotel concluído em 2026

Eurico da Fonseca garante que levantou o alvará em setembro e que a obra já está em concurso. O promotor prevê que as obras vão arrancar em janeiro do próximo ano e estar concluídas no prazo de um ano. Situado no distrito de Viana do Castelo, o Castelo de Cerveira vai ser transformado num hotel de quatro estrelas com 44 quartos, num investimento superior a três milhões de euros e que vai permitir a criação de cerca de 30 postos de trabalho.

O autarca tem afirmado publicamente que a falta de avanço no projeto é responsabilidade do concessionário que, desde que lhe foi atribuída a concessão ‘nada fez’, nada construiu. São declarações falsas e manipuladoras com objetivos que não se compreendem, prejudicando Cerveira e os cerveirenses em milhões de euros, considerando que o hotel já poderia estar em operação há bastante tempo.

Eurico da Fonseca

Proprietário da Revergogi

Eurico da Fonseca lamenta as declarações públicas do autarca, que tem “afirmado publicamente que a falta de avanço no projeto é responsabilidade do concessionário que, desde que lhe foi atribuída a concessão “nada fez”, nada construiu”. “São declarações falsas e manipuladoras com objetivos que não se compreendem, prejudicando Cerveira e os cerveirenses em milhões de euros, considerando que o hotel já poderia estar em operação há bastante tempo. Constitui uma importante infraestrutura hoteleira com a necessária contratação de pessoal, de fornecedores e geradora de envolvimento de recursos, fomentando a economia local e regional”, conclui o promotor.

Rui Teixeira disse ao ECO/Local Online que já apresentou uma queixa contra Eurico da Fonseca por “difamação” e” por estar a denegrir a sua imagem sem qualquer razão”. Apesar de reconhecer que a lei está a ser cumprida, o autarca do Alto Minho mostra-se contra a construção do hotel: “o Castelo é um espaço nobre no centro da vila de Cerveira e deveria ser do usufruto de toda a população e dos turistas e importante para a economia local”.

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Plano de reestruturação Santa Casa de Lisboa terá impacto de 350 milhões de euros até 2027

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

Só o impacto financeiro direto na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa será de 146 milhões de euros, "depois de distribuído o impacto do Departamento de Jogos pelas entidades beneficiárias".

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa estima que o plano de reestruturação tenha um impacto financeiro de mais de 350 milhões de euros ao longo de três anos e meio, com a implementação dos quatro programas operacionais. O plano também prevê atingir rendimentos dos jogos sociais superiores a 200 milhões de euros em 2027.

De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, “entre o segundo semestre de 2024 e o final de 2027, o impacto financeiro total dos quatro Programas Operacionais será de aproximadamente 350,4 milhões de euros”.

Este valor diz respeito ao conjunto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e do Departamento de Jogos (DJ), já que o impacto financeiro direto na SCML será de 146 milhões de euros, “depois de distribuído o impacto do Departamento de Jogos pelas entidades beneficiárias”.

A instituição estima que até ao final de 2024 o impacto financeiro seja de perto de 58,8 milhões de euros entre a SCML e o DJ, e de 49,6 milhões de euros de impacto direto na SCML, novamente depois da devida distribuição pelas entidades beneficiárias.

A SCML distribui parte dos resultados líquidos dos jogos sociais por várias entidades, como o Ministério da Administração Interna, Presidência do Conselho de Ministros, Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Governo Regional da Madeira, Governo Regional dos Açores, sendo que a própria SCML recebe apenas 26,52% do total destas verbas.

Depois de ter sido feito um pré-diagnóstico à instituição, a atual direção elaborou um plano de reestruturação assente em quatro programas operacionais, desdobrados por 19 iniciativas, a que correspondem cem medidas.

Os programas operacionais incluem um “Programa de Garantia de Receita”, um “Programa de Redução de Custos”, um “Programa de Eficiência Operacional” e um “Programa de Investimento e Desinvestimento”.

Refere que, “desagregando o impacto financeiro total em termos anuais, observa-se que o impacto económico-financeiro dos programas operacionais aumenta ao longo do período de implementação do Programa de Reestruturação”, passando de um impacto positivo de 58,8 milhões no segundo semestre de 2024 para 159,6 milhões de euros em 2027, ou seja, mais 171%.

Em 2026, o impacto económico-financeiro salta de cerca de 68,3 milhões de euros para quase 160 milhões de euros, um aumento de 91,2 milhões de euros que a SCML justifica com a “consolidação da Iniciativa ‘Jogos Sociais’ do Programa Operacional de Garantia de Receita, que deverá começar a consolidar o seu impacto a partir do primeiro semestre de 2027”, lê-se no documento.

“Na elaboração das demonstrações económico-financeiras estimadas para 31 de dezembro de 2027, com base nas “Metas 2027” fixadas, a SCML apresentará um Resultado Corrente de 97,2 milhões de euros e um Resultado Líquido do Exercício de 87,2 milhões de euros”, refere a SCML.

Acrescenta que os saldos globais da instituição “foram significativamente negativos entre 2020 e 2022, tendo a situação sido invertida em 2023, apesar de as estimativas para 2024 apontarem novamente para um saldo global negativo de 3,3 milhões de euros”.

No entanto, estima obter um resultado líquido — “o indicador financeiro que representa o lucro ou prejuízo total da SCML durante cada ano económico” — positivo de 10.356 mil euros para 2024.

Segundo o que está definido no plano de reestruturação, os objetivos gerais passam por garantir que a sua implementação tem um impacto económico-financeiro positivo já no segundo semestre de 2024, diversificar e aumentar receita, além de reduzir custos.

A SCML estima que o plano de reestruturação tenha um impacto financeiro de mais de 350 milhões de euros ao longo de três anos e meioHugo Amaral/ECO

Santa Casa quer ultrapassar 200 milhões nos rendimentos dos jogos sociais em 2027

Por outro lado, o plano de reestruturação também prevê atingir rendimentos dos jogos sociais superiores a 200 milhões de euros em 2027, aumentando postos de venda, criando novos jogos ou expandindo a raspadinha para o digital.

Segundo o que está definido no documento, a que a Lusa teve acesso, nas projeções financeiras até 2027, com a aplicação dos programas operacionais, a SCML tem uma estimativa para 2024, em relação aos rendimentos provenientes dos jogos sociais, de 192.122.000 euros, valor que aumenta para quase 193 milhões de euros em 2025, cerca de 195,6 milhões no ano seguinte e atinge os 200.244.000 em 2027. Significa que entre 2024 e 2027, a SCML espera crescer 4,13% nos rendimentos provenientes dos jogos sociais.

Refere que, em 2023, os jogos sociais resultaram num total de vendas brutas de mais de 3,1 mil milhões de euros, através de 4.896 pontos de venda e uma rede com 18.978 mediadores. O valor representou mais 66 milhões do que as vendas registadas em 2022.

“Pelo peso que detêm na estrutura de rendimentos da SCML, é crucial atuar sobre as receitas dos jogos sociais do Estado e incrementá-las”, lê-se no documento, que refere que o departamento de jogos tem vindo desde 2021 a implementar medidas para aumentar as vendas, mas ainda não conseguiu atingir os valores registados em 2019, antes da pandemia.

O Programa Operacional de Garantia de Receita (POGR) tem como objetivo o aumento das receitas através de iniciativas nos jogos sociais, saúde, ação social e imobiliário. Concretamente em relação aos jogos sociais, e segundo o que está escrito no documento, é objetivo da Santa Casa da Misericórdia (SCML) “aumentar em dez milhões de euros o valor a distribuir pelas entidades beneficiárias”.

“Esta medida visa aumentar as vendas brutas e melhorar a margem e as operações dos jogos sociais, nomeadamente ao nível da rede de mediadores e do impacto das ações de marketing, publicidade e comunicacionais”, lê-se no documento.

Há 14 medidas pensadas para os jogos sociais, desde o alargamento da rede em mais 200 postos de venda ainda durante o ano de 2024, o que poderá ter um impacto financeiro superior a 9 milhões de euros, e outros 800 no ano de 2025.

Para aumentar as receitas dos jogos sociais vai ser equacionado o “lançamento de novas dinâmicas de jogos da Raspadinha Física com uma vertente digital (Phygital), que permite estender a experiência de jogo da rede física para o canal digital”.

O objetivo é “implementar uma solução de inovação para rejuvenescer a lotaria instantânea física, que permitirá a conexão de jogos físicos com os interativos digitais, promovendo uma experiência de entretenimento digital exclusivo” e, através disso, tentar “captar novos públicos”.

O impacto total da medida será de 42,5 milhões de euros, aos quais se somam cerca de 7,6 milhões de euros para uma “campanha publicitária integrada”, que irá destacar a “conveniência de jogar online ou em postos de venda físicos”.

Está pensado um novo jogo de apostas mútuas, “baseado em prognósticos numéricos [que] visa diversificar o portfólio de jogos, oferecendo sorteios mais frequentes” e que a SCML espera que promova “um crescimento significativo das receitas de jogos (…), atraindo novos públicos e expandindo a base de clientes através de uma proposta inovadora e atrativa”.

Prevê-se que este projeto esteja concluído em finais de 2026 e estima-se um impacto total de quase 136,4 milhões de euros.

O programa para os jogos sociais inclui a modernização dos equipamentos de ponto de venda e plataformas de suporte, mas também um projeto-piloto, chamado Cauteleiros, cujo objetivo será “suportar tecnológica e processualmente a venda ambulante existente para os jogos da Lotaria Clássica, Popular e Instantânea, promovendo um maior controlo da atividade de Venda de Jogo, potenciando a proximidade física, digital e humana”.

De acordo com o documento, os objetivos gerais do plano de reestruturação preveem que possa ter “impacto económico-financeiro positivo ainda no segundo semestre de 2024”, traga diversificação de receitas, uma gestão mais eficaz das despesas e uma redução dos custos.

(Notícia atualizada às 8h33 com mais informação)

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Aliseda lança mais de 40 lotes de terreno em Málaga com capacidade para construir 5.600 habitações e pagamento diferido até 2025

  • Servimedia
  • 8 Outubro 2024

A Aliseda Inmobiliaria apresentou em Málaga o seu plano “Somos Todoterreno” de venda de terrenos a promotores, cujo objetivo é impulsionar o crescimento do parque residencial espanhol.

Concretamente, nesta região, a empresa dispõe de 43 lotes de terreno para promoção residencial, onde podem ser construídas até 5.600 habitações e onde 50% destes terrenos são de utilização finalista.

Com “Somos Todoterreno”, Aliseda afirma que proporciona aos promotores a flexibilidade necessária para lançarem os seus projetos de promoção imobiliária antes de obterem financiamento bancário, o principal obstáculo com que estes profissionais se deparam quando iniciam os seus empreendimentos. A nível nacional, a empresa oferece condições que descreve como vantajosas em 890 lotes de terreno de valor superior a 500 000 euros, com fórmulas de pagamento flexíveis: entrada a partir de 5% do preço e pagamento diferido até 2025 em diferentes modalidades. A flexibilidade oferecida ao promotor permite-lhe iniciar estes projetos, mesmo que não disponha de todo o financiamento. A Aliseda também oferece aos promotores um acompanhamento completo durante todo o processo de aquisição de terrenos, projetos de construção para venda, comercialização de ativos e acompanhamento de projetos.

No âmbito deste evento, o economista Gonzalo Bernardos fez uma panorâmica geral do contexto macroeconómico espanhol, destacando as previsões de crescimento, os dados favoráveis sobre o emprego e as taxas de juro. O economista salientou a “saúde de ferro” da economia espanhola, bem como a solidez do setor imobiliário, dois elementos que fazem da atual oportunidade de investimento um marco.

Quanto aos desafios que o setor enfrenta, Bernardos aludiu à falta de investimento e de despesa, e apelou a uma maior agilização dos processos burocráticos por parte da administração pública, especialmente em termos de habitação a preços acessíveis e de financiamento para os promotores.

Bernardos destacou também o crescimento empresarial de Málaga nos últimos anos e apontou para uma maior diversificação dos empreendimentos, não só na zona costeira, mas também nos arredores da cidade. “Os arredores de Málaga são sítios muito interessantes para desenvolver. Depois de Madrid, Málaga é a segunda cidade mais adequada em Espanha para o desenvolvimento de habitações”, afirmou. Assim, fatores como o aumento da procura externa contribuíram para este posicionamento, explicou o economista.

O Diretor de Terrenos da Aliseda, Luis Alonso Plaza, destacou o facto de a empresa ser o maior promotor de terrenos em Espanha, com mais de 4.000 ativos deste tipo em todo o país. Alonso destacou também o potencial da cidade de Málaga e a presença da Aliseda em toda a província, sublinhando o apoio da empresa aos promotores locais e as condições flexíveis que oferece. “A partir da Aliseda, sentimo-nos parte da solução. Somos o aliado dos promotores para além da mera venda de terrenos, estamos também a colaborar com estes profissionais para comercializar o seu produto”, afirmou.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de outubro

  • ECO
  • 8 Outubro 2024

Ao longo desta terça-feira, 8 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Orange facilita o acesso dos clientes à LALIGA EA SPORTS e à LALIGA HYPERMOTION com o lançamento da ‘Orange TV Libre’

  • Servimedia
  • 8 Outubro 2024

Os clientes da Orange poderão aceder aos destaques da LALIGA EA SPORTS, da UEFA Champions League, da LALIGA HYPERMOTION e da Copa del Rey sem qualquer custo e sem qualquer compromisso até 2025.

Todos os clientes da Orange com tarifas atuais, com ou sem serviço de TV incluído, podem subscrever a “Orange TV Libre”, a nova oferta de TV do operador que inclui jogos da LALIGA, da Liga dos Campeões e da Copa del Rey gratuitamente até 2025.
A “Orange TV Libre” oferecerá um jogo de destaque da LALIGA EA SPORTS e um jogo da Liga dos Campeões da UEFA todos os dias, os três melhores jogos da LALIGA HYPERMOTION e um jogo de destaque para cada ronda da Copa del Rey.

Os clientes também poderão desfrutar dos melhores filmes, séries, desportos, documentários, canais infantis e de música da oferta da Orange TV, tais como Warner TV, STAR Channel, AXN, TCM, Comedy Central, Eurosport, National Geographic, NatGeo Wild, Nickledodeon e MTV, entre outros, e uma oferta total de cerca de 50.000 conteúdos a pedido.

Os clientes também poderão aceder ao catálogo do serviço Videoclub by Rakuten, com mais de 6.000 títulos para venda e aluguer em todos os géneros e com os lançamentos mais recentes, permitindo aos utilizadores comprar filmes em primeira mão antes de qualquer outra plataforma de operador, e apreciá-los quantas vezes quiserem.

Com este lançamento, a Orange facilita o acesso a todos os seus clientes interessados em ter uma oferta de futebol atrativa com os melhores canais de entretenimento a um preço acessível, uma vez que após o período experimental gratuito que durará até 2025, o preço do serviço será de apenas 7,99 euros/mês, e sem qualquer compromisso de permanência.

O serviço dispõe ainda de todas as funcionalidades habituais da Orange TV, como multi-dispositivo, gravação, controlo em direto, últimos 7 dias, controlo parental ou agregação de catálogos de terceiros, entre outras.

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Autarcas de mala feita para atrair mercado e investidores em Paris

Potenciar negócios de exportação e captar investidores estrangeiros para o interior é um dos grandes propósitos da participação de vários municípios, de 11 a 13, na festa das vindimas em Paris.

Festa das Vindimas, Paris7 outubro, 2024

Por estes dias, várias câmaras do interior do país andam numa azáfama a encaixotar o que de melhor produzem de vinhos e produtos gastronómicos para levarem para a festa das vindimas, que acontece de 11 a 13 de outubro em Montmartre, Paris. A julgar pelas edições anteriores, e depois de um interregno de quatro anos devido à Covid-19, os autarcas acreditam que não sairão de lá de mãos vazias. O grande objetivo é potenciar negócios de exportação e captar investidores estrangeiros para os territórios, além de conquistar mais turistas franceses.

Vamos potenciar negócios de exportação e captar investidores que queiram investir na região. Vamos mostrar a nossa capacidade empresarial, os três setores estratégicos de desenvolvimento destes territórios: o agroalimentar, indústria metalomecânica e a parte florestal”, começa por explicar ao ECO/Local Online o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Beira Baixa, João Lobo.

Em Pinhel, ultimam-se os preparativos na comitiva que seguirá de olhos postos na promoção e internacionalização dos produtos endógenos. “É abrir as portas do mundo aos produtores do concelho e poder trabalhar no sentido da afirmação da qualidade e excelência dos nossos vinhos e dos nossos produtos endógenos. É esse também o nosso objetivo”, assinala a vice-presidente do município da Beira Interior, Daniela Capelo.

A postos para seguirem viagem já estão vinhos produzidos pela Adega Cooperativa de Pinhel e por outros viticultores privados, entre muitos mais produtos regionais. Por norma, os produtores não participam na festa das vindimas — Fête des Vendanges –, mas sim as CIM, em representação dos municípios ou as autarquias.

Vamos potenciar negócios de exportação e captar investidores que queiram investir na região.

João Lobo

Presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Beira Baixa e da câmara de Proença-a-Nova

A festa é esperada também entre o designado mercado da saudade. De sexta-feira a domingo, os portugueses voltam a ter os mais diversos produtos gastronómicos patentes nos stands montados na colina de Montmatre, juntamente com tantos outros de franceses e de outras nacionalidades, em frente à Basílica do Sacré-Coeur, com vista para a cidade de Paris. Instalam-se nos vários stands distribuídos pelos 1.200 metros quadrados ocupados pelos expositores que atraem mais de 500 mil visitantes do terceiro maior evento de Paris, já com 84 anos de existência.

O convite para participar na festa das vindimas partiu da lusodescendente Ana Sofia de Oliveira, mentora da marca My Genuine Portugal, que já em 2017 tinha desafiado, pela primeira vez, alguns municípios portugueses a representarem produtores de vinhos e gastronomia das suas regiões. Na altura, o objetivo era claro: ajudar a internacionalizar os produtos portugueses e colocá-los nas prateleiras dos hipermercados, em lojas gourmet e restaurantes em França.

Este ano, o propósito continua a ser o mesmo e, em representação dos produtores dos territórios, os autarcas levam mala cheia com vinho, queijo, mel, compotas ou enchidos típicos das localidades para conquistarem o paladar dos franceses. Como é o caso de Pinhel, que se mostra pela segunda vez. “Em 2019, o público demonstrou grande recetividade, assim como a comunidade que está na diáspora, que reside em Paris”, conta a vice-presidente da câmara.

Festa das Vindimas, Paris7 outubro, 2024

Ainda que admita que levar os produtos à mostra de Paris “não é uma operação do ponto de vista logístico muito fácil”, a autarca considera que vale de todo a pena marcar presença, lembrando que no último ano em que participaram não tiveram mãos a medir para tanta clientela. “Acho que se mais produtos tivéssemos levado, mais teríamos vendido”, recorda Daniela Capelo, otimista com a festa que se avizinha.

Grande impulsionadora da participação dos portugueses no evento, Ana Sofia de Oliveira tenciona posicionar ainda mais o mercado nacional juntos dos franceses. “O grande objetivo é crescer e em 2025 marcar o regresso em força da marca Portugal à festa das vindimas, dos seus produtos genuínos que todos tanto gostam”. Em 2023, entraram em Portugal 3.2 milhões de turistas franceses, crescendo 150% em 10 anos.

De acordo com a organizadora, apoiada em dados dos fluxos de turismo entre França e Portugal, “em 2023, França posicionou-se como o quarto mercado turístico da procura externa para o destino Portugal, aferido quer pelo indicador dormidas (quota 8,7%), quer para o indicador hóspedes (quota 9,3%)”.

O grande objetivo é crescer e em 2025 marcar o regresso em força da marca Portugal à festa das vindimas, dos seus produtos genuínos que todos tanto gostam.

Ana Sofia de Oliveira

Responsável da marca My Genuine Portugal

Nesse ano, as dormidas dos turistas provenientes da França em Portugal registaram um acréscimo de 6,5% e os hóspedes um aumento de 7,4% face ao ano anterior, totalizando 4,7 milhões de dormidas e 1,7 milhões de hóspedes, respetivamente.

Ana Sofia de Oliveira aponta ainda “um acréscimo nas receitas turísticas em 2023, na ordem dos 7,2% face ao ano de 2022, que se situaram em 3,1 mil milhões de euros”.

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Cedências ao PS fazem regressar Orçamento do Estado de um ‘bloco central’

Analistas consideram que se OE2025 for viabilizado também "terá um pouco do PS", mas será "instrumental e conjuntural" e não uma concordância de fundo estrutural.

É com a cedência em duas medidas bandeira do Governo – redução do IRC e IRS Jovem – que este procura viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) com a abstenção do PS. Perante o recuo nas duas propostas políticas que ocupavam um lugar central no programa eleitoral da Aliança Democrática para incluir a visão dos socialistas, está-se perante o regresso de um orçamento de um bloco central, segundo os analistas, depois de anos de orçamentos viabilizados durante a ‘geringonça’ pela esquerda.

“O Governo, suportado por forças do centro direita (PSD e CDS) que não têm maioria no Parlamento, está a tentar chegar a um entendimento com a força do centro esquerda (PS) para que o Orçamento possa ser aprovado por uma maioria de parlamentares. Se chegarem a um acordo (cenário mais provável), e tendo em conta que o Governo fez cedências ao PS, então creio que não estaremos errados se, de facto, dissermos que este Orçamento também terá um pouco do Partido Socialista“, considera Ricardo Ferraz, investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona.

Se chegarem a um acordo (cenário mais provável), e tendo em conta que o Governo fez cedências ao PS, então creio que não estaremos errados se, de facto, dissermos que este Orçamento também terá um pouco do Partido Socialista.

Ricardo Ferraz

Investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona

É preciso recuar mais de dez anos para encontrar um Orçamento aprovado pela abstenção de um dos maiores partidos da oposição a um governo minoritário do seu rival. Em 2010, já com Pedro Passos Coelho na liderança do PSD, os sociais-democratas viabilizaram o Orçamento do Estado para 2011, o último do governo de José Sócrates, negociado entre o então ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e o ex-titular da pasta, Eduardo Catroga.

No ano seguinte, depois da queda do governo socialista de Sócrates, foi a vez do então secretário-geral do PS, António José Seguro, viabilizar o Orçamento do Estado para 2012, com “uma abstenção violenta” – a frase do socialista que ficou para a história. Anos mais tarde, em 2015, mas com outros contornos, a abstenção do PSD (com a exceção dos três deputados da Madeira, que votaram a favor) permitiu ao PS ver viabilizado o Orçamento Retificativo na sequência do resgate ao Banif.

Não é, assim, a primeira vez na democracia que os dois principais partidos servem de suporte um ao outro para, num cenário de minoria relativa, conseguirem fazer passar a proposta orçamental. O primeiro-ministro tem vincado que “quem governa é o Governo” e o secretário-geral do PS tem frisado que as negociações não impedem que o Orçamento continue a ser do Executivo.

No entanto, Paula Espírito Santo, politóloga e investigadora do Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, destaca que “se fosse viabilizado poder-se-ia dizer que era um acordo não num plano de regime, mas um acordo no sentido de encontro que salvaguardasse a estabilidade” em que “se colocaria o interesse nacional acima dos interesses partidários“.

Os portugueses mais depressa acolhem um Orçamento que cumpram requisitos que não tenham a essência de um lado e de outro, e no qual haja um ponto de encontro, do que acolhem uma eleição antecipada“, advoga. Contudo, realça que a realidade política “está muito volátil” e numa “espécie de montanha russa”. Para a investigadora, caso o Governo não acolha as propostas do PS, é possível que os socialistas “possam manter a convicção política”.

Os portugueses mais depressa acolhem um Orçamento que cumpram requisitos que não tenham a essência de um lado e de outro, e no qual haja um ponto de encontro, do que acolhem uma eleição antecipada

Paula Espírito Santo

Politóloga

Por seu lado, Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, sublinha que a extensão de um acordo a médio prazo entre os dois principais partidos seria mais benéfico do que a viabilização única da proposta em cima da mesa.

Se fosse realmente um compromisso de médio prazo entre o Governo e PS poderia ter uma grande vantagem no sentido de por um lado de assegurar estabilidade governativa e por outro lado estabilidade das políticas fiscais”, argumenta, considerando que “seria uma excelente notícia”.

Para o economista, a questão da duração do benefício do IRS Jovem deveria ser desvalorizada. “Ninguém com a instabilidade que existe e a falta de respeito que os partidos têm tido pelos compromissos vai decidir com base em daqui a cinco anos”, argumenta.

No entanto, em relação ao IRC advoga que “seria mais importante”, porque seria uma forma de atrair investimento estrangeiro: “O capital por trabalhador nos últimos oitos anos caiu 10%. Estamos a criar emprego, mas não estamos a investir o equivalente. Baixar o IRC seria forma de expandir o investimento quer dos investidores portugueses, quer dos estrangeiros”.

Nenhum investidor acredita que isto é uma mudança para ficar. A concordância do PS é absolutamente instrumental e conjuntural, não é uma concordância de fundo de opção politica de um acordo estratégico entre os partidos.

Pedro Braz Teixeira

Diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade

O que está em cima da mesa é que a descida vai ser pequena e o PS concorda a contragosto, pelo que nenhum investidor acredita que isto é uma mudança para ficar. A concordância do PS é absolutamente instrumental e conjuntural, não é uma concordância de fundo de opção política de um acordo estratégico entre os partidos. Para os novos investidores a redução de um ponto de imposto em 2025 é praticamente irrelevante. O que interessa é a taxa de 2026, de 2027″, argumenta.

Por outro lado, Ricardo Ferraz destaca que “o Governo não irá poder aplicar 100% do tratamento que pretendia prescrever para a economia portuguesa, então terá aqui uma atenuante caso os resultados do tratamento não venham a corresponder exatamente àquilo que tinha previsto”.

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Copa América projeta Barcelona para o mundo num “anúncio” global de dois meses

  • Servimedia
  • 8 Outubro 2024

A 37ª edição da Louis Vuitton America's Cup em Barcelona está a levar o evento e a cidade a um nível internacional sem precedentes, tornando-se a melhor “publicidade” para Barcelona.

Para esta edição, a organização lançou o projeto de transmissão televisiva mais ambicioso e inovador da sua história.

A equipa de produção é composta por mais de 100 pessoas, metade das quais catalãs, encarregadas de garantir uma cobertura de primeira classe. A transmissão é em ultra HD, com até 12 câmaras por barco, captando todos os ângulos da competição, tudo isto com o desafio de trabalhar sem cabos e numa pista de corrida em movimento, com Barcelona como pano de fundo.

Os organizadores estão a utilizar até 40 câmaras em simultâneo para fornecer imagens em 4K e HDR 1080, garantindo uma qualidade visual excecional. Além disso, foram instalados 16 microfones em cada uma das embarcações para captar as conversas e os sons a bordo, proporcionando uma experiência imersiva aos espetadores. Dois helicópteros complementam a cobertura aérea, enquanto a tecnologia avançada da Capgemini permite a visualização em tempo real do desenvolvimento do vento, um elemento crucial para acompanhar a competição com precisão. Esta implementação tecnológica posiciona a America’s Cup como uma referência de inovação na transmissão desportiva global.

Disponível em mais de 200 territórios e complementada pela distribuição global através de americascup.com, YouTube e Facebook, a 37.ª America’s Cup não só projeta Barcelona para o mundo, como também leva o desporto da vela a um público muito mais vasto e diversificado.

IMPACTO INTERNACIONAL

A Barcelona America’s Cup está a suscitar o interesse dos principais meios de comunicação social do mundo, projetando a imagem da cidade à escala global. Mais de 500 meios de comunicação social internacionais acreditados estão a acompanhar de perto o evento. Publicações e canais de renome como o L’Equipe, Reuters, The Times, BBC, The Guardian, RAI e The Daily Telegraph já estão a dedicar uma grande cobertura, em especial os meios de comunicação britânicos, que aumentaram a sua atenção desde que o INEOS Britannia se qualificou para a America’s Cup Match Race.

Esta cobertura garante que a cidade de Barcelona não só será o local de uma competição histórica, como também se estabelecerá como um destino global para o desporto, a inovação tecnológica e a economia azul, projetando a sua imagem para o mundo.

Para além da transmissão em direto, a America’s Cup contará com uma série de documentários produzidos em parceria com a Skydance Sports, oferecendo uma visão privilegiada e sem precedentes do evento. Esta produção tem um significado especial, uma vez que é realizada por cineastas de renome, incluindo os produtores do documentário Free Solo, vencedor de um Óscar. Centrada na narrativa visual e no acesso total às equipas e aos organizadores, a série promete captar não só a ação desportiva, mas também o impacto cultural e emocional do evento em Barcelona. Esta produção não só projetará o prestígio da America’s Cup para o mundo, como também consolidará Barcelona como um epicentro global de inovação, desporto e cultura.

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Nova PAC tem 275 milhões para as florestas

Para já ainda não é possível concorrer, mas para o fazer não basta simplesmente plantar umas árvores – e não podem ser umas quaisquer. É fundamental garantir o acompanhamento do projeto.

Vive em Lisboa, no Porto ou qualquer outra grande cidade portuguesa? Tem terrenos de família algures no interior do país e dos quais só se lembra nos jantares da família? Tem consciência de que as terras ao abandono apenas contribuem para a gravidade dos fogos florestais? Não sabe exatamente o que pode fazer para remedir esta situação? Há fundos europeus que o podem apoiar no investimento necessário para transformar esse terreno num ativo económico.

Partindo do princípio que não quer ser agricultor, ou não tem forma de manter uma exploração deste tipo, pode apostar na floresta. O Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) tem 275 milhões de euros alocados, inicialmente, às florestas no continente.

Para já ainda não pode concorrer. Não há avisos abertos, porque a nova PAC (2023-2027) só entrou em vigor este verão. A execução das verbas alocadas ao período de programação anterior ainda está a decorrer e já estão esgotadas, ou seja, não podem ser lançados novos concursos.

Exceção seja feita para a fatia que está reservada para responder a situações de calamidade. Na sequência dos incêndios que assolaram o Centro e Norte do país em setembro, já foi lançado um concurso (no dia 26) no âmbito do PDR2020 para apoiar o restabelecimento do potencial produtivo. São 50 milhões de euros de apoio. Mas este montante é apenas para a agricultura. O ICNF ainda terá de fazer um relatório, no qual avaliará os custos das perdas provocadas pelos fogos ao nível da floresta. Só depois de conhecido esse documento será possível abrir os concursos, que ainda serão garantidos com verbas do PDR2020.

A pergunta que provavelmente lhe passa pela cabeça é se tem direito a estes apoios à floresta. A resposta é sim. Mas para já existe apenas o que está escrito nos regulamentos do PEPAC. “Detentores de espaços florestais privados, entidades públicas, comunitárias ou associações” são, à partida, os atores elegíveis, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Agricultura. E as “taxas de apoio variam entre os 30 e os 90%”.

Ou seja, como em qualquer projeto, vai ter de entrar com uma parte do investimento e a validade do mesmo será determinante no momento de avaliar o mérito da candidatura. “É fundamental garantir o acompanhamento do projeto”, explicou ao ECO fonte oficial do PEPAC. Não basta simplesmente plantar umas árvores – e não podem ser umas quaisquer – há que estar no terreno, abrir o projeto às visitas de acompanhamento e garantir a execução dos fundos, explicou a mesma fonte. “Com o apoio vem um conjunto de deveres e de direitos”, acrescenta.

O tipo de árvores a plantar são as que estão “previstas nos respetivos Programas Regionais de Ordenamento Florestal (PROF), e cuja (re)arborização seja autorizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.)”, detalha fonte oficial do Ministério liderado por José Manuel Fernandes. Além disso, os próprios avisos muitas vezes têm discriminadas as árvores cuja plantação poderá ser apoiada.

As candidaturas são efetuadas através do Balcão dos Fundos da Agricultura. Mas o facto de “um proprietário com meio hectare de terreno (a média na zona norte do país) ter exatamente as mesmas obrigações que outro que tem cinco hectares não facilita o investimento dos pequenos proprietários”, sublinha ao ECO António Luís Marques, dirigente nacional da CAP. O também presidente da Organização de Produtores Florestais Aflodounorte recorda que as exigências de certificação da floresta podem tornar a aposta desinteressante para muitos.

O principal problema da floresta portuguesa é a fragmentação da propriedade”, identifica por seu turno Pedro Pinhão, fundador da Toscca, uma empresa de equipamentos de madeira para exterior que participa esta terça-feira na conferência do ECO: “A economia pode salvar a floresta?”

Até agora, no âmbito do PDR2020, foram aprovadas 3.840 candidaturas de apoio às florestas, às quais foram atribuídos 375 milhões de euros, que permitem alavancar um investimento superior a 520 milhões, avançou ao ECO fonte oficial do PEPAC. Um montante superior aos 275 milhões de dotação que estão para já alocados às florestas no PEPAC do continente. Verbas que estão repartidas por vários objetivos:

  • Apoiar o restabelecimento do potencial silvícola na sequência de catástrofes naturais, de fenómenos climatéricos adversos ou de acontecimentos catastróficos, nomeadamente para compensar as áreas ardidas
  • Florestação de terras agrícolas e não agrícolas para apoiar a instalação de povoamentos florestais em terras agrícolas e assim combater o abandono e minimizar perigo de incêndio florestal
  • Promover a criação de sistemas agroflorestais que combinem a silvicultura com as práticas de gestão extensiva do território, reconhecidos pela sua importância para a manutenção da biodiversidade
  • Promoção dos serviços de ecossistema, sendo um dos seus objetivos a reconversão de povoamentos em condições ecologicamente desajustadas, promovendo a adaptação das florestas às alterações climáticas;
  • Melhoria do valor económico das florestas, nomeadamente a recuperação de povoamentos em manifesta subprodução, através da sua substituição por plantas mais bem adaptadas às condições locais ou pela utilização de novas tecnologias que assegurem o sucesso da rearborização.

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Pensionistas da Segurança Social recebem “bónus” esta terça-feira

Suplemento extraordinário até 200 euros é pago esta terça-feira, dia 8 de outubro, aos reformados da Segurança Social, juntamento com as pensões normais. No total, impacto é de 422 milhões de euros.

A Segurança Social paga esta terça-feira, dia 8 de outubro, o suplemento extraordinário anunciado para as reformas mais baixas. Em causa está um “bónus” entre 100 e 200 euros, que chegará a 2,4 milhões de pensionistas e terá um impacto de 422 milhões de euros. Está sujeito a IRS, mas não será feito qualquer desconto para já no “cheque”.

A medida foi anunciada no dia 14 de agosto pelo primeiro-ministro, aprovada a 22 desse mês em Conselho de Ministros, e será paga esta terça-feira aos pensionistas da Segurança Social (e no dia 18 para quem recebe pensões da Caixa Geral de Aposentações).

Tem direito ao suplemento quem recebe a pensão social de velhice, pensão social de invalidez, pensão de viuvez e pensão de orfandade, desde que o beneficiário receba até 1.527,78 euros por mês em pensões.

Vale explicar que o suplemento é atribuído por pensionista e não por pensão. Ou seja, mesmos os pensionistas que recebem várias pensões — por exemplo, de velhice e de sobrevivência — só vão receber um “brinde”. Nesses casos vão ser somadas as pensões para ser apurado o montante do suplemento a atribuir.

Ora, dependente desse valor total de pensões por reformado, o suplemento varia entre 100 e 200 euros. É de 200 euros para pensionistas com pensões de montante igual ou inferior a 509,26 euros; 150 euros para pensionistas com pensões de montante superior a 509,26 euros e igual ou inferior a 1.018,52 euros; E 100 euros para pensionistas com pensões de montante superior a 1018,52 euros e igual ou inferior a 1.527,78 euros.

Nestes cálculos, não é tido em conta, porém, o valor do complemento solidário para idosos. Por outro lado, é de realçar que a atribuição deste bónus é automática, ou seja, o suplemento será pago “sem necessidade de pedido do beneficiário”.

Convém esclarecer também que este suplemento não corresponde a um aumento da pensão, mas a um bónus que é pago uma única vez aos pensionistas e reformados.

Importa também notar que os reformados bancários, embora não recebam a sua pensão diretamente da Segurança Social, também vão beneficiar deste suplemento. Já os advogados e solicitadores reformados ficam de fora, porque a sua caixa de previdência não está integrada no sistema da Segurança Social.

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Voltalia investe 26 milhões em dois projetos de hidrogénio verde no Carregado e Covilhã

"O hidrogénio que vamos gerar será essencial tanto para o mercado industrial quanto para a mobilidade sustentável", afirma o responsável pela Voltalia em Portugal, João Amaral.

A Voltalia vai investir 26 milhões de euros num conjunto de dois projetos de produção de hidrogénio verde em Portugal, um próximo do Carregado e outro na região da Covilhã, revelou a empresa ao ECO/Capital Verde.

Os projetos incluem a construção de duas centrais onde a eletrólise da água será alimentada por fontes 100% renováveis, como energia fotovoltaica e eólica. Além disso, o fornecimento de água para o processo será feito com águas residuais tratadas. O hidrogénio gerado será armazenado, injetado na rede nacional e depois distribuído pelos clientes, e a empresa aponta para um ritmo de produção de 200 quilos por hora e por central.

“O hidrogénio que vamos gerar será essencial tanto para o mercado industrial quanto para a mobilidade sustentável”, afirma João Amaral, country manager da Voltalia Portugal, em declarações ao ECO/Capital Verde. Não avança, para já, a identidade dos clientes. Contudo, sublinha que a colaboração com estes é uma “peça-chave” para o sucesso dos projetos.

Em paralelo, indica que a Voltalia conta com o apoio de várias empresas para estes projetos, especialmente no setor de gases renováveis, as quais têm “uma forte presença nacional”.

Estes dois projetos estão entre os 22 que foram selecionados pelo Fundo Ambiental no âmbito de um aviso de 83 milhões de euros. Treze milhões de euros deste total foram atribuídos à Voltalia, divididos pelo projeto do Carregado e da Covilhã.

De acordo com os prazos estipulados pelo aviso, os projetos deverão estar concluídos até ao final de 2026. “Temos metas ambiciosas a cumprir nos próximos anos”, diz o gestor em Portugal desta empresa francesa, que entrou em 2016 no país, através da aquisição da Martifer Solar.

Mais projetos na calha

“Este é apenas o começo. Embora sejam os nossos primeiros projetos com este nível de maturidade em Portugal, temos planos ambiciosos para expandir a produção de hidrogénio verde, não só aqui, mas também internacionalmente“, garante o líder da Voltalia em Portugal.

A empresa submeteu, inclusivamente, um terceiro projeto no âmbito deste aviso, mas esse “não avançou desta vez”, indica o gestor.

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