Google e Meta unem-se em “acordo secreto” para direcionar anúncios a adolescentes

  • + M
  • 8 Agosto 2024

As empresas tecnológicas contornaram as regras estabelecidas pela própria Google, que proíbem a personalização e segmentação de anúncios para menores de 18 anos. A campanha já terá sido cancelada.

A Google e a Meta terão unido esforços num “acordo secreto” para conseguirem direcionar anúncios de promoção do Instagram no YouTube para adolescentes entre os 13 e os 17 anos, avança o Financial Times (FT).

De acordo com documentos e pessoas conhecedoras do assunto, citada pelo jornal britânico, a Google desenvolveu um projeto de marketing para a Meta de forma a mostrar aos adolescentes anúncios que promoviam o Instagram na plataforma de vídeo.

Segundo as fontes citadas, a campanha tinha como alvo um grupo de utilizadores denominados como “desconhecidos”, mas que a Google sabia serem menores de 18 anos. Por outro lado, os documentos vistos pelo FT sugerem que foram tomadas medidas para garantir que a verdadeira intenção da campanha era disfarçada.

Este “acordo secreto” contornou, portanto, as regras da própria Google que proíbem a personalização e segmentação de anúncios para menores de 18 anos, incluindo a veiculação de anúncios com base em dados demográficos.

De acordo com o Google Ads, a categoria de utilizador “desconhecido” refere-se a pessoas cuja idade, género, estatuto parental ou renda familiar não são identificados, o que pode permitir aos anunciantes alcançarem “um público significativamente maior”. No entanto, de acordo com o FT, a Google conseguia – através do download de apps ou da atividade online – determinar “com um alto grau de confiança” que o grupo “desconhecido” era composto por utilizadores mais jovens.

Este acordo terá ainda envolvido a Spark Foundry, uma subsidiária norte-americana da Publicis, que terá colaborado no lançamento desta campanha de marketing ilegal no Canadá entre fevereiro e abril, antes de testar o programa nos EUA em maio. A Google e a Meta pretendiam ainda expandir a campanha para outros mercados internacionais e promover outros serviços da Meta, como o Facebook.

Entretanto, depois de contactada pelo FT, a Google terá dado início a uma investigação sobre o tempo e cancelado a campanha. “Proibimos anúncios personalizados para pessoas menores de 18 anos, ponto final”, refere a Google, citada pelo FT, sem no entanto negar o sucedido.

Também vamos tomar medidas adicionais para reforçar junto dos representantes de vendas que não devem ajudar anunciantes ou agências a executar campanhas que tentam contornar as nossas políticas“, acrescentou.

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Governo aprova regresso da transmissão das licenças do alojamento local

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Licenças de atividade vão voltar a ser transmissíveis com a transação do imóvel e autarquias passam a ter a decisão sobre as regras de funcionamento do alojamento local nas zonas de maior pressão.

O Governo aprovou esta quinta-feira mais alterações às regras do alojamento local (AL), eliminando a intransmissibilidade das licenças definida pelo anterior Executivo, seguindo agora o novo decreto-lei para consulta da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, em Lisboa, com o governante a reafirmar a iniciativa da gestão PSD/CDS-PP para “corrigir alguns erros” do executivo socialista.

“Aprovámos uma versão mais adiantada de um diploma que elimina alguns erros crassos, como a intransmissibilidade de licenças, a caducidade ao final de cinco anos, permitindo, por outro lado, não introduzir uma situação de desregulação de mercado, mas depois de muito diálogo com várias entidades, incluindo os agentes do setor, uma lógica de descentralização”, afirmou.

Para o Governo, “devem ser os municípios a tomar decisões sobre as regras de funcionamento do alojamento local nas zonas de maior pressão”. A expectativa é de que o diploma fique aprovado em definitivo “muito em breve”, numa “questão de semanas”.

Na anterior legislação, aprovada no parlamento em 2023 e bastante contestada pelo setor do alojamento local, a licença da atividade era intransmissível, mesmo por causa de morte, divórcio ou sucessão. O pacote apresentado então pelos socialistas definia também que os titulares de AL inativos tinham de fazer prova da manutenção da atividade. Em caso de incumprimento, os registos seriam cancelados, por decisão do presidente do respetivo município.

As regras estabeleciam, por outro lado, que os registos de AL seriam reapreciados durante o ano de 2030 e, a partir da primeira reapreciação, renováveis por cinco anos. A única exceção seriam os estabelecimentos que constituíssem garantia real de contratos de mútuo que ainda não tivessem sido integralmente liquidados em 31 de dezembro de 2029.

Leitão Amaro recordou que, conforme anunciado pelo Governo no início da entrada em funções, foram já corrigidas “medidas penalizadoras” para o setor como a contribuição extraordinária e o coeficiente de vetustez para efeitos de liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis.

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Administrador da EDP vende ações da empresa por 155.500 euros

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Pereira de Vasconcelos vendeu, na segunda-feira, em várias operações, um total de 42.142 ações da elétrica. O preço médio da venda dos títulos foi de 3,691 euros.

Pedro Pereira de Vasconcelos, membro do Conselho de Administração Executivo da EDP, vendeu 42.142 ações da elétrica por mais de 155.500 euros, foi comunicado esta quinta-feira ao mercado.

“O membro do Conselho de Administração Executivo Pedro Collares Pereira de Vasconcelos informou a EDP que vendeu ações da EDP”, lê-se na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a mesma nota, Pereira de Vasconcelos vendeu, na segunda-feira, em várias operações, um total de 42.142 ações da elétrica por 155.538,77 euros. O preço médio da venda dos títulos foi de 3,691 euros. Na sessão desta quinta da bolsa, as ações da EDP subiram 0,46% para 3,74 euros.

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Chico da Tina celebra Tony de Matos com apoio da Takis. Estratégia foi da Samy Alliance

  • + M
  • 8 Agosto 2024

A Samy Alliance é a responsável pela estratégia de lançamento da Takis em Portugal em social media, marketing de conteúdo e eventos, tendo desenvolvido a estratégia que envolveu a marca e o artista.

O artista Chico da Tina lançou o tema “Sou romântico”, numa celebração do centenário do nascimento de Tony de Matos, que contou com o apoio da Takis, marca de snacks picantes do Grupo Bimbo, através de uma estratégia desenvolvida pela Samy Alliance.

A agência é a responsável pela estratégia de lançamento da Takis em Portugal em social media, marketing de conteúdo e eventos, tendo orquestrado a relação entre o Chico da Tina, a Sony Music Entertainment (que representa o artista) e a marca de aperitivos.

“Quando começámos a trabalhar nesta estratégia, não tínhamos qualquer dúvida sobre o sucesso desta parceria, focada no match indiscutível entre o ADN de Takis e do Chico da Tina. Takis prima pela intensidade, e como tal tudo o que fazemos em nome da marca tem necessariamente de trazer essa intensidade para cima da mesa. A prova de que este foi um lançamento excecional está nos fortes resultados de negócio alcançados“, diz Alexandra Navarro, client managing director da Samy Alliance Portugal, citada em comunicado.

“É fácil trabalhar com influenciadores, artistas e pessoas que são genuinamente criativos e que têm um interesse honesto em contribuir para o sucesso, e o Chico é assim. Depois é deixar rolar o projeto com a Samy Alliance onde não são precisas muitas ou quase nenhuma ronda de feedback entre nós e a agência que sente totalmente a marca”, diz por sua vez Bernardo Caupers, marketing director da Bimbo Donuts Portugal.

A relação entre a Takis e o Chico da Tina “começou no final do ano passado com um showcase mistério protagonizado pelo artista no evento de lançamento da marca em Portugal”, sendo que desde então, “a parceria traduziu-se em vários momentos de criação de conteúdo nas redes, entre os quais a entrega de um camião repleto de Takis em casa do artista, simulando o pagamento da sua prestação no showcase“, explica-se em nota de imprensa.

“Sou Romântico” é o culminar desta construção, sendo que o videoclipe publicado no YouTube já acumulou mais de 70 mil visualizações, tendo estado nos primeiros dias no top #13 nas tendências de música da plataforma.

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ENSA vai liderar nova resseguradora em Angola

  • ECO Seguros
  • 8 Agosto 2024

Um grupo de companhias angolanas liderado pela estatal ENSA vai lançar uma resseguradora de direito local e com isso minorar a saída de divisas do país.

A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) tornou público que foi realizado um pedido formal de autorização para constituição de uma empresa de resseguros de direito angolano, uma iniciativa promovida por um grupo de seguradoras angolanas liderado pela ENSA, a seguradora estatal líder do mercado angolano.

Helmer Serrão, presidente da ENSA, recebeu o pedido formal de constituição da nova resseguradora, de Mário Mota Lemos, presidente da ENSA.

Segundo a ARSEG, entidade de supervisão, a constituição desta resseguradora marca o início deste mercado e “constitui uma resposta direta às necessidades emergentes do setor relacionadas com o aumento da capacidade de retenção local e promoção do desenvolvimento sustentável do mercado de seguros em Angola”.

O supervisor sublinha que entende a decisão de constituir uma resseguradora de direito angolano, por meio de uma iniciativa privada, “um sinal claro da confiança e do compromisso dos investidores nacionais com o crescimento do setor de seguros”.

Para a ARSEG a iniciativa trará “desenvolvimento de capacidades e aptidões dos quadros angolanos na técnica seguradora e reter parte dos riscos no país, evitando a saída massiva de divisas sob a forma de prémios de resseguro cedido, e abrirá ao mercado segurador nacional, um conjunto de relações e fluxos internacionais que o prestigiarão e o tornarão mais atrativo ao investimento estrangeiro”, conclui.

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Skypro de Ermesinde ganha contratos milionários para calçar companhias aéreas do Médio Oriente

Com escritório no Dubai desde 2022, a portuguesa Skypro vai fornecer oito mil pares de sapatos para o Médio Oriente. Emprega 32 pessoas, fatura 8,7 milhões e veste e calça tripulações de todo o mundo.

Fundada em 2004, a portuguesa Skypro, especializada em uniformes e calçado, ganhou três novos contratos no valor de 1,3 milhões de euros para calçar a tripulação de cabine, os pilotos e o pessoal de terra das companhias aéreas Royal Jordanian Airlines, Air Arabia e FlyDubai. A empresa portuguesa produz anualmente mais de 130 mil pares de sapatos e meio milhão de peças de vestuário para mais de 40 clientes.

“A Skypro vai fornecer oito mil pares de sapatos para estas três companhias aéreas”, conta ao ECO, Jorge Pinto, fundador da Skypro. O gestor da empresa de Ermesinde, que emprega 32 pessoas e fatura 8,7 milhões de euros, detalha que o “contrato com a FlyDubai tem o valor de 700 mil euros, o da Air Arabia 350 mil e o da Royal Jordanian Airlines cerca de 200 mil euros”.

Reclamando ter sido a empresa responsável pelo “primeiro sapato do mundo certificado para a indústria da aviação”, Jorge Pinto assegura que “hoje é um produto de referência para as companhias aéreas”.

Além da sede em Ermesinde, a Skypro tem escritórios em Oeiras, no Dubai e em Atlanta. “A filial do Dubai está extremamente ativa. Estamos a aumentar o número de participações em concursos e o facto de termos um escritório local permite que a empresa trabalhe com as potenciais clientes”, nota o gestor. Desde o final do ano passado que a empresa veste os pilotos da Emirates e fornece anualmente cerca de 80 mil pares de sapatos para a Qatar Airways.

Estamos a aumentar o número de participações em concursos e o facto de termos um escritório no Dubai permite que a empresa trabalhe com as potenciais clientes.

Jorge Pinto

Fundador da Skypro

O porta-voz adianta ainda ao ECO que a empresa está atualmente “envolvida num concurso com montantes muito significativos” para vestir os profissionais do aeroporto do Dubai e noutro para fornecer o handling da Dnata, a Agência Nacional de Viagens Aéreas do Dubai.

A empresa liderada por Jorge Pinto tem como principais clientes a Emirates, a NetJets, a Norse Atlantic Airways ou a Royal Air Maroc, sendo que o vestuário pesa cerca de 60% do volume de negócios. Subcontrata a produção em empresas têxteis e de calçado de Portugal (30% do total), em Marrocos e na Ásia.

Em Portugal trabalha com a TAP (calçado, cintos, luvas e carteiras), com a SATA, com a Hi Fly e ainda com a NetJets em Oeiras. Jorge Pinto refere que a empresa nortenha está neste momento a concorrer ao fornecimento de uniformes para a companhia nacional de bandeira.

Jorge Pinto, fundador da SkyproSkypro

No próximo ano planeia abrir escritórios na Alemanha e França. Jorge Pinto explica que “são os mercados que têm empresas com mais de mil trabalhadores”, precisamente a dimensão que procura fornecer.

Além do setor da aviação, a Skypro fornece ainda companhias de cruzeiro, hotéis ou a polícia sueca. É responsável pelo design, engenharia de construção dos tecidos, produção e distribuição dos uniformes para cada trabalhador. “Estamos bastantes focados em não depender apenas do setor da aviação, a cesta onde tínhamos todos os ovos antes da pandemia. Isso criou-nos bastantes dificuldades”, recorda Jorge Pinto.

Consciente da pegada carbónica, Jorge Pinto assegura que, “a partir de 2026, a Skypro só vai vender uniformes aos clientes que os aceitarem devolver para serem reciclados”. Paralelamente a empresa orgulha-se ser a “primeira empresa do mundo [deste segmento] a entregar publicamente um relatório de sustentabilidade“. “Não conhecemos nenhuma PME na área dos uniformes que tenha entregue este relatório”, afirma o empreendedor, natural de Lisboa.

 

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Regulador da água recupera poder de definir preços em 2026

A partir de 2026, o regulador volta a ter o poder de fixação dos preços da água.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, a decisão de devolver a definição dos preços da água ao regulador do setor. Este poder foi retirado à Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) em 2021.

A partir do ciclo tarifário de 2026, vamos devolver os poderes de fixação de tarifas à ERSAR. Não deviam ‘ter saído dali’ em 2021, foi um erro“, afirmou António Leitão Amaro, na conferência que se seguiu ao Conselho de Ministros. Desta forma, anunciou, vai ser retomada a situação preexistente.

Isto significa que as tarifas praticadas nos “vários tipos de sistemas”, isto é, tanto em alta como em baixa (da captação à distribuição de água) vão ser definidas pelo regulador uma tarefa que o Governo espera ser levada a cabo “com independência, racionalidade e imparcialidade”.

Quanto às tarifas de 2024, sendo para já um “poder político”, o Governo indicou que deverão manter-se os preços de 2023, mas “com um ajuste à inflação prevista”.

No final do ano passado, o regulador recomendou que, nos preços do serviço em alta — ou seja, no serviço de captação e tratamento de água — houvesse um aumento de pelo menos 3,3% em 2024. No entanto, tendo em conta acertos relativamente à inflação verificada nos últimos anos, a subida média deveria ser superior, na ordem dos 8,5%, estimou na altura a mesma entidade.

Além desta decisão, o Conselho de Ministros decretou que será permitido que “todos os municípios do país, independentemente de agregação, se possam candidatar a fundos europeus”. É “necessário permitir que todos possam aceder a fundos europeus para ter projetos financiados de melhoria dos sistemas de águas”.

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Transporte ferroviário de mercadorias vai ter apoio de nove milhões de euros

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

"Era necessário dar um apoio de nove milhões de euros ano, permitindo baixar os custos do transporte ferroviário de mercadorias, face a alternativas mais poluentes”, disse o ministro da Presidência.

O Governo aprovou esta quinta-feira um apoio no valor de nove milhões de euros por ano ao transporte ferroviário de mercadorias, para permitir baixar os custos face a alternativas mais poluentes.

“Entendemos que para tornar o transporte ferroviário de mercadorias mais competitivo era necessário dar um apoio de nove milhões de euros ano, permitindo baixar os custos do transporte ferroviário de mercadorias, face a alternativas mais poluentes”, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

O Governo anunciou, a 2 de julho, que iria apoiar os operadores de transporte ferroviário de mercadorias com 45 milhões de euros de euros até 2029 para incentivar a sustentabilidade ambiental e o transporte pela ferrovia.

Em comunicado divulgado após o anúncio da aprovação por Bruxelas, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação afirmou que esta é uma medida que representará um apoio anual de nove milhões de euros e que será atribuído com base num valor de 0,07 euros por tonelada/quilómetro, sendo aplicada já a partir deste ano.

“O transporte ferroviário de mercadorias é central para uma estratégia de logística nacional e este setor tem sido deixado para trás. O Governo reconhece a sua importância e está focado em promover o seu crescimento e robustez”, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, no documento.

De acordo com a secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, o apoio aos operadores ferroviários de mercadorias “foi trabalhado com a Comissão Europeia e o IMT, e traduz os custos externos evitados, como emissões de gases com efeito de estufa, congestionamento e acidentes, pelo modo ferroviário face ao modo rodoviário”.

A Comissão Europeia deu naquela data ‘luz verde’ a ajudas estatais portuguesas, de subvenções de 45 milhões de euros até 2029, para incentivar a transferência do transporte rodoviário de mercadorias para a ferrovia, visando um modelo menos poluente.

Em comunicado, o executivo comunitário deu conta de que “aprovou, ao abrigo das regras comunitárias em matéria de auxílios estatais, um regime português de auxílios no valor de 45 milhões de euros destinado a incentivar a transferência do transporte de mercadorias da estrada para o caminho-de-ferro”.

“O objetivo do regime é promover a transferência modal do transporte de mercadorias para o caminho-de-ferro, que é um modo de transporte mais ecológico, e está em conformidade com os objetivos da Estratégia de Mobilidade Sustentável e Inteligente da Comissão e do Pacto Ecológico Europeu”, refere a instituição.

(Notícia atualizada às 17h18 com mais informação)

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Governo aprova apoio de 300 milhões para os agricultores até 2030

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

“A nossa decisão é de dar previsibilidade e estabilidade num apoio de 60 milhões ano até 2030", disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um apoio global de 300 milhões de euros até 2030 para os agricultores, ou seja, de 60 milhões de euros por ano, para “dar previsibilidade e estabilidade”, deixando criticas ao anterior Governo.

A nossa decisão é de dar previsibilidade e estabilidade num apoio de 60 milhões ano até 2030. São 300 milhões de euros que os agricultores ficam a saber que o Governo aprovou para agora”, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final da reunião de Conselho de Ministros, na qual foram apresentadas 18 iniciativas.

Leitão Amaro notou ainda que o setor agrícola assistiu a um grande “debate político” porque o Governo anterior “incumpria os compromissos de financiamento”.

O ministro da Presidência, lamentou ainda que, “mesmo após as promessas”, o executivo de António Costa só tenha aprovado os apoios para o corrente ano.

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“Rede de conselheiros do trabalho” vai apoiar imigrantes

Governo aprovou a criação de uma rede para apoiar a mobilidade, "contribuindo para uma imigração regulada e para o ajustamento entre a oferta e a procura de emprego transnacional".

Vêm aí medidas para reforçar a integração dos imigrantes no mercado de trabalho português. O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros uma série de medidas para promover o emprego, entre as quais estão duas dirigidas especificamente aos imigrantes. Uma delas é a criação de uma “rede de conselheiros do trabalho” que vai estar presente em determinados países para ajustar “a oferta e a procura de trabalho”.

“Destacaria as medidas específicas de apoio aos trabalhadores que escolhem o nosso país para viver ou trabalhar, ou que pretender vir para o nosso país viver e trabalhar. Há uma dupla valência. Por um lado lado, os adidos do trabalho. Por outro, a medida Integrar, que tem que ver com a situação daqueles que já cá estão“, explicou a ministra do Trabalho, na conferência de imprensa que seguiu a reunião de Conselho de Ministros.

No que diz respeito aos adidos do trabalho, em causa está a criação de uma “rede de conselheiros do trabalho“, que serão colocados em embaixadas de países terceiros, com dois objetivos: colocar em contacto empresas que queiram recrutar trabalhadores estrangeiros e orientar imigrantes que queiram vir para Portugal trabalhar “de forma regulada”.

A intenção é ajustar, deste modo, a oferta de mão de obra à procura de emprego, o que também já estava claro no plano de migrações apresentado há algumas semanas pelo Governo.

Questionada sobre os países onde esses adidos estarão colocados, a ministra do Trabalho adiantou: “Estes adidos, tenho a ideia que, neste momento, são seis. Mas a ideia é expandir esta rede e colocá-los em embaixadas de países terceiros, que são, tradicionalmente, os de expressão portuguesa“. A responsável admitiu, contudo, que a rede poderá ser alargada a outros países, desde que se justifique.

Por outro lado, quanto aos estrangeiros que já estão no país, o Governo quer reforçar a sua integração no mercado de trabalho. Pensado especificamente para aqueles que perderam o seu vínculo de trabalho ou nunca chegaram a consegui-lo, vai ser criada uma rede de parceiros coordenada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Serão abrangidos os imigrantes que estejam inscritos nos centros de emprego como desempregados ou à procura de emprego, sendo que lhes será disponibilizado “acompanhamento individual através de um tutor e também cursos de formação e língua portuguesa“.

Atualizada às 16h31

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TELLES assessora Explorer IV na compra de participação maioritária na Gosimac

A equipa multidisciplinar envolvida nesta operação foi liderada por Mariana Ferreira Martins e coordenada por José Maria Braga da Cruz, sócia e associado sénior da TELLES.

A TELLES assessorou o Explorer IV – Fundo de Capital de Risco, cuja sociedade gestora é a Explorer Investments, na aquisição de uma participação de 60% no capital social da Gosimac, empresa que produz componentes de alta precisão para satélites, estruturas de foguetões, peças automóveis, componentes eletrónicos e setor energético e gera mais de 80% das suas vendas no mercado internacional.

“O Explorer IV – Fundo de Capital de Risco assume assim o papel de acionista maioritário da Gosimac – Maquinações, S.A e os atuais acionistas da Gosimac – Maquinações, S.A. ficam com uma posição de 40% no capital da empresa, continuando envolvidos na respetiva gestão”, explica o escritório em comunicado.

A equipa multidisciplinar envolvida nesta operação foi liderada por Mariana Ferreira Martins e coordenada por José Maria Braga da Cruz, sócia e associado sénior da área de Corporate, Transacional e Private Equity da TELLES.

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Governo lança novo apoio a estágios profissionais e calibra incentivo à contratação sem termo

Desempregados com maior dificuldade de empregabilidade vão ter novos apoios aos estágios. Jovens mais talentosos podem contar com novas bolsas e incentivos à contratação. Custo total é de 300 milhões.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma série de medidas para promover o emprego no valor global de 300 milhões de euros. Desse pacote constam, nomeadamente, novas regras para os apoios aos estágios profissionais e um reforço do incentivo para as empresas que contratem para os seus quadros desempregados que estejam inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) há, pelo menos, três meses consecutivos.

“No Conselho de Ministros, aprovamos um conjunto de medidas de valorização do trabalho“, anunciou a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, que referiu que algumas são iniciativas completamente novas, enquanto outras são medidas que “calibram” ferramentas já disponíveis, mas que não estavam a ser tão eficazes quanto seria desejável.

No que diz respeito especificamente à promoção ativa do emprego, o Governo preparou três medidas: um apoio aos estágios, apoios para ter no país o talento mais qualificado, e um incentivo à contratação sem termo.

Quanto aos estágios profissionais, o Governo optou por apoiar, “contrariamente ao que sucedia”, jovens que têm, pelo menos, o nível quatro e cinco do quadro nacional de qualificações, ou seja, têm o ensino secundário ou pós-secundário concluído. “Significa que a medida é mais estreita do ponto de vida do âmbito da aplicação, mas é também mais eficaz”, explicou a ministra do Trabalho.

Em comparação, hoje o programa Ativar apoia estágios de jovens que tenham, pelo menos, o terceiro ciclo concluído, com bolsas que começam nos 712 euros. Aqui, a intenção do Governo não é, portanto, criar medidas novas, mas calibrar as existentes, sendo que a ministra não referiu esta tarde se o valor das bolsas se manterá.

Maria do Rosário Palma Ramalho adiantou, no entanto, que os destinatários destas novas regras dos estágios serão os desempregados com “maior dificuldade empregabilidade”, isto é, nomeadamente, jovens com menos de 35 anos e pessoas com deficiência.

Serão apoiados estágios com duração de seis meses, sendo que o objetivo é cobrir 6.500 estágios.

Por outro lado, para os jovens “mais talentosos, que costumam ‘fugir’ do país à procura de melhores condições de vida e de trabalho”, o Governo aprovou um programa com dois braços, que custarão 100 milhões de euros.

Por um lado, uma bolsa que cobrirá 65% do valor dos estágios profissionais com duração de seis meses, com os seguintes montantes: 1.120 euros para licenciados, 1.222 euros para mestrados e 1.324 euros para doutorados. A meta é cobrir 15 mil destes estágios.

Por outro lado, vai ser lançado um incentivo à contratação sem termo (a tempo completo) destes jovens mais talentosos com uma retribuição de entrada não inferior a 1.385,98 euros. O objetivo é chegar aos 2.500 contratos. A ministra não quantificou este apoio.

Já a terceira medida para a promoção ativa do emprego pensada pelo Governo é um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no IEFP. “É uma recalibração da medida anterior. São elegíveis os desempregados que estejam, pelo menos, há três meses nessa situação“, acrescentou Maria do Rosário Palma Ramalho. A intenção do Governo é cobrir 20 mil contratos. Esta medida custará aos cofres 135 milhões de euros, sendo que estas verbas virão do orçamento do IEFP, de acordo com a ministra do Trabalho.

Na conferência de imprensa desta quinta-feira, a governante reconheceu que o país está próximo do pleno emprego (no segundo trimestre, a taxa de desemprego fixou-se em 6,1%), mas que sofre de alguns entorses, como o desemprego jovem, que se mantém acima dos 20% e um dos mais altos do Velho Continente.

Em julho, Palma Ramalho já tinha chamado a atenção para esse problema, considerando inadmissível o nível atual de desemprego entre os mais jovens.

Atualizada às 16h14

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