Elon Musk processa anunciantes por “boicote ilegal” ao X

O processo contra a GARM, a WFA e anunciantes como a CVS Health, Mars, Orsted ou Unilever, refere-se ao período de 2022, após Musk comprar a rede social, em que a receita de publicidade caiu a pique.

O X (ex-Twitter), de Elon Musk, vai avançar com um processo contra a Global Alliance for Responsible Media (GARM) e um grupo de anunciantes, que acusa de fazerem um “boicote ilegal” que levou à perda de receitas por parte da rede social.

O anúncio foi feito através de uma carta aberta aos anunciantes publicada por Linda Yaccarino, CEO do X desde maio do ano passado, tendo a publicação sido partilhada por Musk como uma autêntica declaração de guerra: “Tentámos a paz durante dois anos, agora é guerra“, escreveu o magnata.

O processo que deu entrada num tribunal do Texas contra a GARM, a World Federation of Advertisers (WFA) e os anunciantes CVS Health, Mars, Orsted e Unilever, refere-se ao período de 2022, logo após Musk comprar a rede social, em que a receita de publicidade caiu a pique.

O recuo e saída de muitos anunciantes estão relacionados com a decisão de Musk de suavizar as medidas de moderação de conteúdo na plataforma e com receios relacionados com a proliferação de conteúdos de discurso de ódio.

O X alega que as empresas acusadas retiveram o seu investimento de forma injusta ao seguir os padrões de segurança estabelecidos pela GARM, uma iniciativa lançada pela World Federation of Advertisers (WFA) que pretende “ajudar a indústria a enfrentar o desafio do conteúdo ilegal ou prejudicial em plataformas de media digital e sua monetização por meio de publicidade” – lê-se no seu site – e cuja adesão é voluntária.

Na carta aberta, Yaccarino diz que “as pessoas são prejudicadas quando o mercado de ideias é prejudicado e alguns pontos de vista não são financiados em detrimento de outros como parte de um boicote ilegal“. Segundo a CEO do X, este “comportamento ilegal” custou à rede social milhões de dólares.

“Para aqueles que quebraram a lei, nós dizemos chega. Somos levados a procurar por justiça pelo dano que foi feito por estes e potencialmente outros réus, dependendo do que o processo legal revelar”, diz ainda Linda Yaccarino.

Musk tem tido uma relação difícil com os anunciantes desde que comprou a rede social. Recorde-se que respondeu “Go fuck yourself“ aos anunciantes que estavam a deixar a rede social, numa entrevista dada em novembro. “Se alguém quiser tentar chantagear-me com anúncios, com dinheiro? Go fuck yourself. Não anunciem”, repetiu o dono do X.

Na altura, Musk admitiu também que a debandada das grandes marcas podia levar a empresa à falência. “O que este boicote vai fazer é matar o X. O mundo inteiro vai saber que esses anunciantes mataram a empresa”, continuou o dono da Tesla.

A debandada de anunciantes que se verificava no X nessa altura podia levar a perdas de até 75 milhões de dólares (cerca de 68,46 milhões de euros), segundo uma projeção avançada então pelo The New York Times.

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CTT homenageiam Vista Alegre com marcos de correio personalizados

  • + M
  • 7 Agosto 2024

Os CTT, que também lançaram uma emissão filatélica comemorativa dos 200 anos da Vista Alegre em fevereiro, vão continuar a participar nas celebrações ao longo dos próximos meses.

No âmbito das comemorações dos 200 anos da Vista Alegre, os CTT homenageiam a empresa portuguesa através de 75 marcos de correio personalizados e distribuídos por algumas das maiores cidades do país.

Os marcos de correio decorados com grafismos icónicos da Vista Alegre podem ser encontrados em Lisboa (33), no Porto (18), em Braga (9), em Coimbra (8), em Aveiro (5) e em Viseu (2).

“Damos os parabéns à Vista Alegre, uma empresa que tem uma longa e importante história e que, tal como os CTT, se soube reinventar ao longo do tempo. Numa era de ‘desmaterialização’, os CTT e a Vista Alegre são a prova de que é possível evoluir e transformar sem deixar de honrar o passado. É por isso com grande satisfação que nos aliamos a esta iniciativa de comemoração dos 200 anos desta empresa que, tal como os CTT, está tão presente na vida e na memória das pessoas”, diz João Bento, CEO dos CTT, citado em comunicado.

Já por parte da Vista Alegre, o administrador Nuno Barra diz que a parceria com os CTT “reforça a ideia de que existe uma linha contínua entre passado, presente e futuro”.

“O gesto de escrever um postal para alguém que nos é querido já não é tão comum como há uns anos. Com esta ação e a decoração dos marcos de correio com imagens modernas da Vista Alegre queremos quebrar essa ideia e dizer que há tradições que vale a pena manter, enquadrando-as na realidade do nosso tempo. As duas marcas aqui envolvidas são prova disso. Escolhemos imagens icónicas como das coleções com a Christian Lacroix Maison, coleção Amazónia e claro a imagem criada para celebrar os 200 Anos da marca”, acrescenta.

Em fevereiro os CTT também lançaram uma emissão filatélica comemorativa desta efeméride, composta por quatro selos, com uma tiragem de 70 mil exemplares cada, e ainda por um bloco filatélico com um selo, que tem o preço de três euros.

Os CTT vão continuar a participar nas celebrações dos 200 anos da Vista Alegre ao longo dos próximos meses, “com outras ações que serão comunicadas em breve”, refere-se em nota de imprensa, onde se adianta que “a complementar estes momentos as duas marcas irão, também, realizar várias ativações nas redes sociais Instagram, Facebook e LinkedIn”.

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Receita de IMI volta a cair. Câmaras perdem 4,2 milhões de euros

A liquidação do imposto relativo a 2023, que está a decorrer este ano, vai baixar 0,27% para 1.562,76 milhões de euros, segundo a AT. Antiguidade das casas e reduções das taxas explicam descida.

A receita do IMI que será arrecadada pelas autarquias, este ano, com a liquidação do imposto referente a 2023 vai cair 0,27%, de 1.566,916 milhões para 1.562,76 milhões de euros face ao exercício anterior. São menos 4,2 milhões de euros que entram nos cofres dos municípios, segundo as mais recentes estatísticas da Autoridade Tributária (AT), publicadas no Portal das Finanças.

Redução do valor dos imóveis por causa da antiguidade e diminuição das taxas aplicadas pelas câmaras explicam esta quebra, apontam vários fiscalistas consultados pelo ECO. A quebra da coleta do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) interrompe dois anos em que o imposto vinha a recuperar.

A cobrança do IMI este ano por referência a 2023 ainda está a decorrer, mas o Fisco já emitiu as notas de liquidação, tendo apurado um valor de coleta de 1.562,76 milhões de euros relativo a 19,8 milhões de prédios, dos quais 8,4 milhões são urbanos e 11,5 milhões rústicos.

O grande contributo para a quebra de receita observou-se na evolução do IMI dos prédios urbanos ou edifícios, que baixou de 1.558,7 milhões para 1.554,4 milhões de euros, o que corresponde a uma descida de 0,27% ou de 4,28 milhões de euros face ao ano anterior.

Nos últimos oito anos, desde 2016, só em três momentos se observou uma redução da receita de IMI. Depois de um recuo de 1,60% em 2021, influenciado pela crise pandémica da covid-19, a liquidação do imposto voltou a subir, sofrendo agora uma nova correção.

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Esta diminuição acontece, porém, num contexto de aumento da construção nova e de consequente valorização do parque habitacional. No ano passado, terão sido licenciados 39.096 fogos, um aumento de 3,1% comparado com 2022, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Analisando os dados da AT, verifica-se igualmente que há mais 32.182 imóveis sujeitos à coleta. Para além disso, o Valor Patrimonial Tributável (VPT), sobre o qual incide as taxas do imposto, subiu 13.429,312 milhões de euros (2,92%), passando de 458.492,695 milhões para 471.905,773 milhões de euros.

As isenções também não explicam a totalidade da redução da receita do IMI, porque subiram apenas 390,22 milhões de euros, passando de 94,9 mil milhões para 95,3 mil milhões de euros. E a diminuição do imposto é bem superior, de 4,2 milhões de euros. De lembrar que os proprietários podem não ser tributados durante os primeiros três anos desde que o valor do imóvel para habitação própria a permanente não exceda os 125 mil euros e que os rendimentos do dono não ultrapassem os 153.300 euros anuais de matéria coletável.

Assim, será a aplicação de taxas mais baixas pelas autarquias e a atualização do coeficiente de vetustez, isto é, da antiguidade das casas, que terá impactado na liquidação do IMI. “A redução da receita de IMI pode resultar de uma conjugação de fatores em resultado das sucessivas e incoerentes medidas fiscais que se vão sucedendo e acumulando, como por exemplo, a redução de IMI de acordo com o número de dependentes”, observa o fiscalista João Espanha, da sociedade de advogados Broseta.

O perito em Direito Fiscal considera ainda que “as reduções de taxa aplicadas pelos municípios” têm igualmente um peso significativo. Em 2023, cerca de 59% dos 308 municípios decidiram a taxa mínima de IMI às famílias (0,3%). E apenas sete autarquias decidiram optaram pelo valor máximo, de 0,45% que pode ir até 0,5% no caso de municípios abrangidos pelo programa de apoio à economia local ou pelo programa de ajustamento municipal.

“Este um direito que lhes assiste e que se compreende, pois a receita deste imposto é municipal – logo, os municípios podem prescindir de parte da receita, se entenderem que tal redução compensa outras prioridades”, anota João Espanha.

“Outro motivo” para o recuo na receita “pode ser a reavaliação dos imóveis por via da atualização do coeficiente de vetustez”, acrescenta o fiscalista. “O IMI incide sobre o Valor Patrimonial Tributário, o qual se determina por uma fórmula na qual se inclui o dito coeficiente de vetustez, isto é, a idade da casa – quanto mais antiga, menor o valor. A falta de casas novas e a moda de requerer a reavaliação do VPT, reduzindo-o no parque habitacional existente, também pode ter contribuído para esta perda de receita”, explica o fiscalista.

Para Rogério Fernandes Ferreira, sócio-fundador da RFFLawyers, o envelhecimento dos fogos e o pedido de reavaliações dos imóveis terá sido a principal razão para esta trajetória descendente na liquidação do IMI. “O passar do tempo poderá provocar uma diminuição da receita deste imposto, atendendo a que um dos fatores relevantes na determinação do valor patrimonial tributário é a idade do prédio, desvalorizando o VPT ao longo de certos patamares de idade. E o certo é que, cada vez mais, os proprietários têm procurado informar-se e solicitar avaliações do VPT que lhes sejam potencialmente favoráveis”, justifica.

Também para o fiscalista da Deloitte, Renato Carreira, “a grande explicação deverá residir nos pedidos de atualização do VPT que revêm em baixa o seu valor devido ao coeficiente de vetustez, ou seja, ao envelhecimento dos prédios”. Quanto à aplicação de taxas mínimas ou de reduções das taxas pelas autarquias, o especialista considera que “terão um impacto residual na receita, porque não tem existido grandes flutuações”.

Apesar da descida da liquidação prevista para este ano, o valor de 1.562,76 milhões de euros, indicado pelo Fisco, já supera em 23 milhões os 1.539,8 milhões de euros de receita em IMI que o Governo anterior, de António Costa, estimou no Orçamento do Estado para para 2024.

De lembrar que está a decorrer, durante o mês de agosto, o pagamento da segunda prestação de IMI para os proprietários que tenham de liquidar um imposto superior a 500 euros. A terceira e última prestação tem de ser entregue ao Fisco até 30 de novembro.

O IMI é pago de uma vez só, durante o mês de maio, quando o seu valor é inferior a 100 euros. Se o montante oscilar entre 100 e 500 euros pode ser desdobrado em duas partes, pagas em maio e novembro. Já se superar os 500 euros é dividido em três parcelas a serem liquidadas em maio, agosto e novembro.

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Russiagate. Tribunal multa Câmara de Lisboa em 1 milhão de euros por partilha de dados de ativistas russos

  • Lusa e ECO
  • 7 Agosto 2024

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa decidiu aplicar à Câmara Municipal da capital uma multa de um milhão de euros pela partilha de dados de ativistas russos.

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa decidiu aplicar à Câmara Municipal da capital uma multa de um milhão de euros pela partilha de dados de ativistas russos, confirmou à Lusa o advogado da autarquia Tiago Félix da Costa.

“O tribunal reduziu a coima de 1,25 milhões de euros para um milhão de euros”, afirmou o advogado Tiago Félix da Costa, que representa a Câmara Municipal de Lisboa no processo conhecido como “Russiagate”.

O advogado indicou que a decisão ainda não foi notificada, pelo que “em rigor ainda não está a produzir efeitos”, confirmando a notícia avançada pelo jornal online Observador quanto à decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.

De acordo com o Observador, o Tribunal Administrativo de Lisboa considerou que estavam prescritas algumas contraordenações que levaram a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) a multar a Câmara de Lisboa, fixando o valor da coima em 1.027.500 euros, menos 222,5 mil euros do montante previsto.

Questionado se a Câmara Municipal de Lisboa pretende recorrer da decisão, Tiago Félix da Costa indicou que ainda não sabe, ressalvando que cabe à autarquia decidir.

Em resposta ao ECO, a Câmara Municipal de Lisboa confirmou “ter conhecimento da sentença do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa”. “Mais uma vez, a autarquia lamenta esta pesada herança deixada pelo anterior executivo socialista e o seu impacto muito relevante”, disse fonte oficial, acrescentando que “em defesa dos interesses dos lisboetas, a Câmara Municipal encontra-se a avaliar se irá recorrer da decisão judicial agora conhecida”.

“Lamentamos a pesada herança, mas defenderemos os lisboetas”, afirmou Carlos Moedas, presidente da CML, na resposta ao ECO.

Em 21 de junho deste ano, a defesa da Câmara de Lisboa, que pedia a impugnação da multa aplicada pela partilha de dados de ativistas russos, considerou poder não haver forma de a autarquia ser condenada, por inexistência de uma norma sancionatória.

Nessa data, no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, no Campus da Justiça (Parque das Nações), decorreram as alegações orais no julgamento do pedido da Câmara Municipal de Lisboa, dirigida pelo social-democrata Carlos Moedas, para impugnação da multa determinada por partilhar dados pessoais de promotores de manifestações na cidade com entidades externas, num caso conhecido como “Russiagate”.

Em janeiro de 2022, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) aplicou uma multa de 1,25 milhões de euros à autarquia por violações do Regulamento Geral de Proteção de Dados ao “comunicar os dados pessoais dos promotores de manifestações a entidades terceiras”.

A CNPD identificou 225 contraordenações nas comunicações feitas pelo município no âmbito de manifestações, comícios ou desfiles.

A multa resultou de um processo aberto na sequência de uma participação – que deu entrada na CNPD em 19 de março de 2021 – relativa à comunicação pela autarquia de Lisboa, quando era presidida por Fernando Medina (PS), à embaixada da Rússia em Portugal e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros russo de dados pessoais dos promotores de uma manifestação realizada junto à embaixada.

Os ativistas, dissidentes do regime russo, tinham realizado em janeiro de 2021 um protesto pela libertação do opositor do Governo russo Alexey Navalny, e argumentaram que a Câmara Municipal de Lisboa pôs em causa a sua segurança e a dos seus familiares na Rússia aquando da divulgação dos seus dados.

O julgamento do pedido de impugnação teve alguns adiamentos, o último dos quais por a juíza a quem foi atribuído ter recorrido para o Supremo Tribunal Administrativo de um pedido de escusa do caso – devido a relações pessoais com o representante de uma das partes – que um tribunal de segunda instância tinha recusado.

O Tribunal da Relação considerou que o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa era a instância competente para julgar o caso, no seguimento de diversos procedimentos e de recursos que levantaram dúvidas acerca de qual seria o juízo habilitado.

Estes procedimentos, nomeadamente a demora para decidir qual o tribunal competente, podiam levar à prescrição de diversos elementos importantes para o processo, explicou anteriormente fonte judicial à Lusa.

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Fórum Nacional de Seguros: O desafio de o descrever numa palavra

  • ECO Seguros
  • 7 Agosto 2024

Na terceira edição do Fórum Nacional de Seguros (FNS), os participantes responderam ao desafio de descrever o FNS em apenas uma palavra. Saiba quais foram as escolhas dos especialistas.

Este ano, o ECO Seguros desafiou os participantes do Fórum Nacional de Seguros 2024 a resumirem o evento numa única palavra. A variedade de experiências e perceções sobre o FNS ficou bem refletida nos depoimentos, que contaram com a opinião de muitos participantes que já vieram a mais do que uma edição do fórum e outros que marcavam presença nele pela primeira vez.

Veja, aqui, o quarto e último bloco de depoimentos.

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Como é que os especialistas definem o Fórum Nacional de Seguros?

  • ECO Seguros
  • 7 Agosto 2024

No Fórum Nacional de Seguros 2024, cada participante escolheu uma palavra para descrever o evento. Conheça as respostas no terceiro bloco de depoimentos.

Durante o Fórum Nacional de Seguros (FNS) 2024, o ECO Seguros propôs um desafio a todos os presentes: descrever o evento com uma única palavra. Apesar de existirem várias palavras repetidas e outras que refletem uma diversidade de opiniões, há algo em comum em todas elas, nomeadamente a importância do evento para todos os presentes.

Veja, aqui, o terceiro bloco de depoimentos.

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DGC deteta indícios de infração ao Código da Publicidade em mensagens publicitárias a bebidas alcoólicas 

  • + M
  • 7 Agosto 2024

A análise foi feita a 232 mensagens publicitárias de bebidas alcoólicas em 53 sites e redes sociais. Os indícios estão relacionados com a associação da bandeira nacional a bebidas alcoólicas.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC) detetou indícios de infração ao Código da Publicidade em mensagens publicitárias a bebidas alcoólicas. No total foram elaborados três autos de notícia contra três empresas por associação da bandeira nacional a bebidas alcoólicas, que podem levar à aplicação de coimas entre cerca 2,5 mil e 25 mil euros.

Da análise feita a 232 mensagens publicitárias de bebidas alcoólicas divulgadas em 53 sites e redes sociais (Facebook e Instagram) por parte de 20 operadores económicos, entre 8 e 15 de julho, “foram detetadas, unicamente nas redes sociais, mensagens publicitárias que apresentam indícios de infração ao Código da Publicidade, mais precisamente por associação da bandeira nacional (que está consagrada, na Constituição da República Portuguesa, como símbolo nacional) a bebidas alcoólicas”, refere a DGC em nota de imprensa.

Os autos de notícia levantados consequentemente podem dar origem a coimas entre os 2.493,98 euros e 24.939,89 euros.

“Noutra vertente, e atendendo à participação da DGC no Fórum da Nacional Álcool e Saúde e ao compromisso assumido pelas entidades que o integram de promover a redução dos comportamentos aditivos e dependências, os dados desta ação demonstram ainda que, devido a não existirem restrições na legislação no que diz respeito aos horários da emissão de publicidade a bebidas alcoólicas nos meios digitais, não é possível evitar que a publicidade seja apresentada de forma indiscriminada a menores, especialmente nas redes sociais, sendo esta uma situação que não protege crianças e jovens da exposição a conteúdos sobre bebidas alcoólicas”, refere ainda a autoridade pública para a defesa do consumidor.

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Produção de gelados na UE caiu 1,4% em 2023. Alemanha continua a ser o maior produtor

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Agosto 2024

União Europeia produziu mais de três mil milhões de quilos de gelados no último ano. Alemanha continua a ser o maior produtor entre os 27 Estados-membros, mas é o terceiro maior exportador.

A União Europeia (UE) produziu 3,2 mil milhões de litros de gelado em 2023, o que representa uma descida de 1,4% face aos 3,3 mil milhões de litros produzidos no ano anterior, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat.

A Alemanha mantém-se como o maior produtor europeu de gelado e, simultaneamente, o país que produz o gelado a preços mais baixos. De acordo com o gabinete estatístico, os alemães produziram 612 milhões de litros de gelado no ano passado, a um preço médio de 1,8 euros por litro.

Comparando com os 620 milhões de litros de gelado produzidos na Alemanha em 2022, a um preço médio de 1,5 euros por litro, significa que o país produziu menos e subiu o preço do gelado no último ano.

Três maiores produtores de gelado na UE em 2022

Fonte: Eurostat

Nas exportações, porém, a Alemanha desce para terceiro lugar, com 29 milhões de quilogramas de gelado vendidos a países extra-UE, representando 11% das exportações totais do bloco comunitário.

Em segundo lugar surge França, com uma produção de 568 milhões de litros a 2,2 euros cada, abaixo dos 591 milhões de litros vendidos a um preço médio de 1,9 euros em 2022. Ainda assim, os franceses continuam a liderar o pódio das exportações, tendo vendido 52 milhões de quilogramas de gelado em 2023, o equivalente a 20% das exportações totais da UE.

Com uma produção de 527 milhões de litros de gelado, a Itália é o terceiro maior produtor europeu. Cada litro de gelado em Itália tem um custo médio de 2,6 euros, o que fez o país cair de terceiro para quarto maior exportador na UE (28 milhões de quilogramas de gelado, ou seja, 11% da totalidade das exportações).

Não obstante, o gelado mais caro foi produzido na Áustria, com um preço médio de 7,7 euros por litro de gelado, seguindo-se a Hungria (4,8 euros por litro) e a Grécia (3,7 euros por litro). O mais barato, por sua vez, foi produzido na Alemanha e na Lituânia (1,9 euros por litro), depois a República Checa (2,0 euros por litro) e a Suécia (2,1 euros por litro).

Em 2023, os 27 Estados-membros da UE exportaram, no seu conjunto, 261 milhões de quilos de gelado para países não comunitários, perfazendo um valor global de 1,04 mil milhões de euros, mais 5% (249 milhões de euros) face ao ano anterior, enquanto as importações deste produto caíram 8%, para um total de 56 milhões de quilos (217 milhões de euros).

Cinco maiores exportadores de gelado da UE em 2022

Fonte: Eurostat

O Eurostat não tem dados de Portugal em termos de produção ou de preço médio praticado, mas, no que toca às exportações, revela que os portugueses venderam mais de 3,7 milhões de quilos de gelado a países fora da União Europeia, num total de 13,06 milhões de euros.

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Polaca das renováveis fecha novo contrato em Portugal

Com este novo projeto solar, a empresa, que entrou em Portugal este ano, reforça o seu portefólio no país para 99 megawatts-pico (MWp).

A empresa polaca das renováveis Nomad Electric, que se estreou no mercado ibérico inaugurando em Portugal quatro projetos com uma capacidade total de 45 megawatts-pico (MWp) no início deste ano, acaba de fechar um novo contrato no país para gerir um projeto solar com uma capacidade de produção total próxima de 30 megawatts-pico (MWp).

Com a assinatura deste novo contrato, a Nomad Electric aumenta o seu portefólio de gestão de grande escala em Portugal para 99 MWp, “dando mais um passo na expansão da empresa na Península Ibérica”, adianta a empresa em comunicado.

A empresa acrescenta que fornecerá serviços que incluem a manutenção reativa, preventiva, corretiva, relatórios ou verificações de garantia para garantir os mais altos padrões de confiabilidade e desempenho de ativos. O comunicado adianta ainda que a equipa, que vai prestar serviços de organização e manutenção (O&M), está localizada perto da fábrica, apoiando a atividade local e o emprego, sem adiantar, porém, a localização deste novo projeto.

“É uma grande satisfação ter conquistado a confiança dos investidores e assinado mais um contrato de O&M. Temos o compromisso de garantir que cada fábrica sob a nossa gestão atinja o tempo de atividade e o desempenho líderes do setor”, diz Paweł Muszyński, Chief Commercial Officer da Nomad Electric, citado no comunicado.

O nosso crescimento nos mercados da UE, aliado a anos de experiência, coloca-nos em posição de servir investidores internacionais com ativos fotovoltaicos em vários mercados“, conclui o mesmo responsável.

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Euribor inverte tendência e sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

A taxa Euribor inverteu a tendência das últimas sessões e subiu a três, a seis e a 12 meses, depois de ter descido para novos mínimos de mais de um ano na sessão anterior.

A taxa Euribor inverteu esta quarta-feira a tendência das últimas sessões e subiu a três, a seis e a 12 meses, depois de ter descido para novos mínimos de mais de um ano na sessão anterior. Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 3,569%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,462%) e da taxa a 12 meses (3,192%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje para 3,462%, mais 0,065 pontos, depois de ter decido na terça-feira para 3,397%, um novo mínimo desde 12 de abril de 2023, e de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou hoje para 3,192%, mais 0,054 pontos, depois de ter recuado na terça-feira para 3,138%, um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,569%, mais 0,046 pontos, depois de ter descido na sessão anterior para 3,523%, um novo mínimo desde 15 de junho de 2023, e de, em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que forem conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo.

A média da Euribor em julho baixou 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Desemprego recua para 6,1%. Emprego em máximos no segundo trimestre

Taxa de desemprego fixou-se em 6,1% no segundo trimestre, o que corresponde a um recuo em cadeia. Já face ao mesmo período de 2023, o indicador não mexeu. Já a população empregada engordou.

O segundo trimestre foi sinónimo de uma redução do desemprego em Portugal. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa fixou-se em 6,1% entre abril e junho, abaixo dos 6,8% registados no arranque do ano. Por outro lado, a população empregada aumentou, mantendo-se em máximos de mais de uma década.

“A taxa de desemprego no segundo trimestre de 2024 situou-se em 6,1%, valor inferior em 0,7 pontos percentuais ao do primeiro trimestre e igual ao do segundo trimestre de 2023”, adianta o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

Já entre os jovens (isto é, indivíduos dos 16 aos 24 anos), a taxa de desemprego fixou-se em 22,0% entre abril e junho, menos 1,0 pontos percentuais do que no arranque de 2024, mas mais 4,7 pontos percentuais do que há um ano.

Ainda recentemente, a ministra do Trabalho alertou que o desemprego jovem está em níveis “que não são admissíveis”. Os economistas ouvidos pelo ECO defendem que é preciso, nomeadamente, reforçar o ensino profissional, alargar os estágios e fazer crescer as empresas para resolver esse problema, que não aflige apenas o mercado de trabalho português (outro seis países europeus têm taxas acima dos 20%).

Quanto ao emprego, o segundo trimestre ficou marcado por um novo aumento do número de pessoas a trabalhar em Portugal, de acordo com o INE.

“A população empregada foi estimada em 5.099,9 mil pessoas, o valor mais elevada da série iniciada em 2011, aumentando 0,8% (40,5 mil) em relação ao trimestre anterior e 1,0% (48,5 mil) relativamente ao trimestre homólogo”, detalha o gabinete de estatísticas.

Contas feitas, a taxa de emprego situou-se, assim, para 56,3% na segunda metade do primeiro semestre, o que corresponde a um aumento de 0,3 pontos percentuais face ao primeiro trimestre, mas a uma redução de 0,1 pontos percentuais face ao período homólogo.

Ora, com esta evolução do emprego e do desemprego, a população ativa em Portugal aumentou 0,1% em cadeia e 1% em termos homólogos, para 5,4 milhões de pessoas.

Mas também a população inativa aumentou: neste caso, a subida foi de 0,6% em cadeia e de 1,4% em termos homólogos, para 3.755,6 mil pessoas.

O INE acrescenta, por outro lado, que a taxa de subutilização do trabalho caiu para 10,6%, ficando, assim, 1,1 pontos percentuais abaixo do valor registado no primeiro trimestre e 0,8 pontos percentuais abaixo do valor verificado há um ano. Este indicador inclui não só o desemprego, mas também o subemprego a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis para trabalhar, e os inativos disponíveis, mas que não procuram um posto de trabalho.

Um quinto dos empregados em teletrabalho

Entre os milhões de trabalhadores portugueses, cerca de um quinto (20,2%) exerceu as suas funções remotamente com recurso às tecnologias de informação e comunicação, no segundo trimestre. Ou seja, esteve em teletrabalho. Segundo o INE, essa fatia aumentou 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior e 1,9 pontos percentuais em comparação com o registado há um ano.

O regime híbrido continua a ser o mais popular, sendo que a combinação mais comum foi a que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas. Quase 305 mil pessoas exerceram esse regime de trabalho remoto entre abril e junho. “Os empregados num sistema híbrido trabalharam em casa, em média, três dias por semana“, explica ainda o gabinete de estatísticas.

A preferência pelo regime híbrido entre o trabalho remoto e o trabalho presencial não é uma surpresa, tendo em conta que já vinha sendo sinalizada nos vários estudos realizados por empresas de recursos humanos. E os empregadores não antecipam mudanças a esse nível, o que significa que os que já abraçaram o regime híbrido não pretendem voltar para um modelo 100% presencial.

Atualizada às 11h45

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Dona da Izidoro vendida pela capital de risco ECS a grupo de Santarém

Autoridade da Concorrência dá luz verde à compra da centenária Montalva, que fatura 200 milhões de euros e emprega mil pessoas, pelo conglomerado agroindustrial Valgrupo detido por Fernando Vicente.

É oficial. O grupo agroindustrial Montalva, que detém marcas como a Izidoro e Damatta e que era controlado desde 2011 pela private equity ECS Capital, foi comprado pela Valsabor, integrada na Valgrupo, numa operação que contou ainda com participação da equipa de gestão liderada por Luís Rodrigues.

O negócio já foi aprovado pela Autoridade da Concorrência, que tinha sido notificada em junho sobre esta operação. A centenária Montalva, que tem sede no Montijo, fatura 200 milhões de euros e emprega mais de mil pessoas, passa para as mãos do ribatejano Valgrupo, fundado e liderada por Fernando Vicente.

Unidade industrial do grupo Montalva no Montijo

Com sede no Montijo e mais de 30 explorações de produção animal e oito unidades industriais em Portugal, o Grupo Montalva é um dos maiores operadores nacionais nas áreas de talho, charcutaria e mercearia. Em comunicado, Manuel Noronha de Andrade, presidente executivo da ECS, que acaba também de vender o açoriano Hotel do Caracol a um fundo gerido pela Square AM, destaca que “o interesse de um player de referência em Portugal valida a qualidade do ativo e os resultados da estratégia desenvolvida”.

O comprador, que no ano passado, antes desta aquisição, faturou 700 milhões de euros e tinha 1.500 trabalhadores, é um dos gigantes do setor agroindustrial português, com 32 empresas e 12 áreas de negócio. Tem como principal atividade a produção animal – cerca de 1,8 milhões de suínos, 750 mil perus e ainda 4.000 bovinos – e o abate, transformação e comercialização de produtos alimentares.

Conta ainda com um centro de inseminação artificial, distribuição de medicamentos veterinários, produção de rações e distribuição de vários produtos e matérias-primas. E atua também noutros setores, como a construção de infraestruturas (antiga Ricel, em Porto de Mós), a produção e comercialização de vinho – comprou a Quinta da Atela (Alpiarça) em 2017 – ou a realização de eventos.

O interesse de um player de referência em Portugal no Grupo Montalva valida a qualidade do ativo e os resultados da estratégia desenvolvida.

Manuel Noronha de Andrade

Presidente executivo da ECS

“A aquisição do Grupo Montalva constitui uma excelente oportunidade para o crescimento de ambos os grupos. Estamos entusiasmados em trabalhar com a equipa de gestão da Montalva para continuar a proporcionar produtos e serviços de elevada qualidade e reforçar a relação com os nossos clientes e consumidores”, salienta Fernando Vicente, CEO do Grupo Valsabor.

Na mesma nota, que destaca que esta operação permitirá “expandir a linha de produtos, aumentar a capacidade produtiva instalada e explorar novos segmentos e mercados”, o CEO da Montalva, Luís Rodrigues, realça que “após mais uma década de sucesso com o suporte da ECS, esta operação marca um novo e importante momento na história” do grupo.

“A força e os recursos do Grupo Valsabor, aliados à competência das nossas equipas e à qualidade dos nossos produtos, vai potenciar o desenvolvimento da empresa e contribuir para continuarmos a criar valor para todos – consumidores, clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros – através de um forte compromisso com a portugalidade e a inovação, que constituem pilares fundamentais da nossa identidade”, acrescenta o gestor.

A SRS Legal foi a assessora jurídica da ECS Capital neste negócio da venda do Grupo Montalva. Liderada pelo sócio da equipa de Private Equity & Venture Capital Gustavo Ordonhas Oliveira, contou ainda com a participação de Marco Silva Garrinhas (coordenador), Joana Ferreira Gonçalves (associada) e de Duarte Pirra Xarepe (consultor) em matérias de concorrência. O trabalho envolveu a organização, acompanhamento e execução do processo de venda, assim como a elaboração e negociação dos contratos e documentos da transação.

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