Palma Ramalho fica com a presidência da Concertação Social

Ministra do Trabalho toma as rédeas da comissão permanente da Concertação Social, mas ministro das Finanças, ministro da Economia e ministro da Agricultura também são membros.

A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, vai presidir à comissão permanente da Concertação Social, de acordo com um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República. O ministro das Finanças, o ministro da Economia e o ministro da Agricultura também serão membros.

“Designo como membros da comissão permanente de Concertação Social do Conselho Económico e Social o ministro de Estado e das Finanças, o ministro da Economia, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e o ministro da Agricultura e Pescas. Delego na ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social a presidência da referida comissão permanente“, lê-se no diploma assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que produz efeitos a 22 de abril deste ano.

A decisão de deixar a presidência da comissão permanente da Concertação Social nas mãos da ministra do Trabalho não surpreende, já que habitualmente é isso que acontece. Tem havido, contudo, exceções.

Em 2019, por exemplo, o então primeiro-ministro, António Costa, delegou a presidência desse órgão à ministra do Trabalho da altura, Ana Mendes Godinho, mas “em articulação com o ministro da Economia“, Pedro Siza Vieira.

Quanto ao Governo atual, convém explicar que já houve uma reunião da comissão permanente da Concertação Social, na qual participou, além dos referidos ministros, o chefe do Executivo.

Desse encontro, saiu o compromisso de cumprir o acordo de rendimentos assinado pelo Governo anterior com os parceiros sociais, bem como de criar um grupo de trabalho para avaliar a execução desse entendimento. A primeira reunião desse grupo está marcada para esta terça-feira, dia 21 de maio.

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Ministra reforça agenda anticorrupção por uma “questão de seriedade do Estado de Direito”

Na Advocatus Summit, ministra da Justiça assume o desafio de olhar para a Justiça de forma "transversal", mas com o olhar do cidadão: "E o que veem os olhos do cidadão? Veem uma Justiça lenta e cara."

“O Governo vai mesmo levar a cabo a reforma da Justiça que o seu programa prevê. E vai fazê-la no interesse de todos os cidadãos. Nesse processo, naturalmente, ouvirá os outros partidos com assento parlamentar. Como não o fazer se, no programa de governo, assumimos a necessidade de uma reforma profunda que vá para além de uma legislatura?”

As palavras são de Rita Alarcão Júdice, há um mês ministra da Justiça. A titular da pasta da Justiça elencou setores com quem – em apenas mês e meio – já reuniu. A ministra da Justiça falava na abertura da 7.ª Advocatus Summit, que decorre até quinta-feira no Estúdio ECO, em Lisboa.

A ministra começou por elencar todas as reuniões com o setor: Sindicato dos Funcionários Judiciais, dos Oficiais de Justiça, Guardas Prisionais, presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Administrativo, com a Procuradora-Geral da República, com a Ordem dos Advogados, com a Ordem dos Notários, com todos os partidos com assento parlamentar e com outros tantos organismos e entidades.

“Se, no caso, a ministra da Justiça apenas ouvir quem é mais vocal, ouvirá pouco, decidirá mal. Mas desde já reafirmo, se dúvidas houvesse, que o Governo vai cumprir o seu programa: o Governo vai mesmo levar a cabo a reforma da Justiça que o seu programa prevê. E vai fazê-la no interesse de todos os cidadãos”, garantiu Rita Júdice.

Abertura da Advocatus Summit 2024 no Estúdio ECO com a ministra da Justiça, Rita Alarcão JúdiceHugo Amaral/ECO

A ministra da Justiça assumiu que se vivem tempos “desafiantes” e “importantes” na Justiça portuguesa e que, quando a sociedade se torna “exigente” e “mais participativa”, as instituições tendem a corresponder a essa necessidade de mudança. “Isto é positivo, é sinal de maturidade democrática”, disse.

Assim, garantiu que o seu desafio é olhar para a Justiça de uma forma “transversal” e “abrangente”, mas com o olhar do cidadão. “E o que veem os olhos do cidadão? Veem uma Justiça lenta, cara, inacessível, ineficiente e mal equipada”, acrescentou.

Entre as mudanças que pretende levar a cabo no setor está a reforma do Regulamento das Custas Processuais, a aposta em programas que facilitem as videoconferências, a adoção da tramitação eletrónica em todas as jurisdições e instâncias judiciais e a desmaterialização das comunicações entre as entidades relevantes.

“Mas também queremos reformar a Justiça colocando-nos no lugar das vítimas mais vulneráveis”, sublinhou. Para tal, pretende continuar a dotar os DIAP de secções especializadas de tramitação de inquéritos por crimes de violência doméstica e por crimes baseados em violência de género, alargar a rede de gabinetes de apoio às vítimas e tornar a Justiça mais amiga das crianças.

“Precisamos de melhorar a Justiça económica e de ter os Tribunais a funcionar bem: disponibilizando assessores para as magistraturas; alterando a legislação processual penal para impedir a formação dos chamados megaprocessos; revendo normas processuais (processo civil, processo penal, processos administrativo e tributário) para impedir expedientes que apenas visem atrasar a marcha do processo e combater a perda de tempo causada pela extensão inútil das peças processuais”, disse a ministra.

Rita Júdice reconheceu ainda a necessidade de desgovernamentalizar as escolhas políticas na área da Justiça para garantir uma maior imparcialidade do sistema judiciário e uma efetiva separação de poderes. “Os cidadãos só respeitarão o Estado se respeitarem a Justiça e só respeitarão a Justiça se respeitarem quem a aplica”, notou.

Sobre a agenda anticorrupção, a titular da pasta da Justiça garantiu que é uma questão de seriedade do Estado de Direito.

“O Ministério da Justiça está já a trabalhar com vista à aprovação de medidas que promovam uma Justiça célere, que reduza burocracias e atrasos injustificados, uma justiça acessível que diminua as barreiras de acesso sejam elas financeiras, geográficas, culturais ou sociais; uma justiça que saiba cuidar dos mais frágeis e vulneráveis; uma justiça bem administrada e organizada” disse.

A ministra garantiu ainda que a falta de investimento do Estado na Justiça nos últimos anos “em nada dignificou quem nela trabalha e muito contribuiu para redução da atratividade destas carreiras”. “Por isso, estamos também a rever, a tomar decisões e a acelerar o plano de investimentos na Justiça”, disse.

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Ranking Financial Times 2024: Iscte Executive Education é a escola de formação de executivos com a maior subida em Portugal

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  • 20 Maio 2024

José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education, explica como foi possível alcançar em cinco anos lugar de destaque na Europa e no mundo.

Já são conhecidos os resultados dos rankings Financial Times “Custom Executive Education 2024” e “Open-enrolment Executive Education 2024”, que classificam o desempenho das 90 melhores escolas de formação de executivos de 35 países de todo o mundo.

O Iscte Executive Education destaca-se com a maior subida, a nível nacional, em ambos os rankings (16 posições em “Custom Executive Education” e 4 posições em “Open-enrolment Executive Education”).

José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education, explica os principais fatores que levaram ao sucesso da instituição e felicita os “fortes concorrentes, sem os quais estes resultados não seriam possíveis”.

Prof. José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education
José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education

O Iscte Executive Education alcançou o primeiro lugar em Portugal na categoria de “programas internacionais” e o segundo na categoria de “maior fidelização de clientes corporate” do Ranking Custom Executive Education 2024. As boas classificações que a instituição tem tido em diversos rankings internacionais é a prova de que é, de facto, uma das melhores do mundo para a formação de executivos?

Não tenho dúvida de que somos, com ou sem rankings. Estas classificações do Financial Times são um forte indicador da qualidade e da excelência do Iscte Executive Education. Chegar a estes resultados exige uma combinação de fatores: um corpo docente altamente qualificado, programas que são constantemente atualizados para refletir as necessidades do mercado e um foco na personalização e na relevância prática dos nossos programas. Investimos muitíssimo na internacionalização, atraindo um corpo de participantes dos mais diversificado e das mais diversas origens, América Latina, Europa, EUA, China, Índia e Médio Oriente, o que enriquece a experiência de aprendizagem e enriquece muito o corpo docente. Além disto, a nossa proximidade ao setor empresarial permite-nos uma rápida adaptação às mudanças e necessidades emergentes das empresas e dos participantes de forma global.

Ser o número 1 para programas internacionais em corporate em Portugal e o número 5 no mundo em diversidade de geografias de participantes internacionais e o número 1 nesta mesma categoria em Portugal é fruto de uma estratégia de internacionalização ímpar e que é o nosso pilar número 1. Reiteramos os resultados do ano anterior e continuamos a sedimentar posições. Mas queremos mais.
Se a isto juntarmos a não presença em rankings quando esta Comissão Executiva entrou em funções, diz muito do caminho desenvolvido e do esforço e empenho em focar o internacional e em sermos fieis a uma estratégia assente nos pilares que conhecem: 1. Internacional, 2. Alargar Corporate, em Portugal ou internacionalmente, 3. Abrir catálogo de produtos e formatos.

Este caminho de evolução e crescimento nos rankings internacionais é algo que vem sendo trilhado há vários anos. O que é que distingue o Iscte Executive Education dos seus concorrentes?

O que nos distingue é, em primeiro lugar, a nossa capacidade de inovar e de nos adaptarmos às necessidades do mercado e de não criarmos fronteiras nos mercados. Em segundo lugar, termos um forte compromisso com a qualidade e a relevância prática dos nossos programas. Depois, temos uma abordagem muito orientada para o cliente, o que se reflete na alta taxa de fidelização que temos conseguido (número 2 em Portugal). A diversidade dos nossos programas, a nossa rede de parcerias internacionais e o nosso corpo docente de excelência também são fatores diferenciadores que nos colocam numa posição de destaque face aos nossos concorrentes.

Tudo isto começou a ser construído há 5 anos tendo tido uma pandemia pelo meio. Acho que nos podemos orgulhar do trabalho feito e dos resultados. Sabemos, pois, que o Iscte Executive Education nunca mais será o mesmo e estou em crer que deixaremos um bom legado.

“Os desafios que enfrentamos no mundo dos negócios, hoje, são complexos e exigem uma atualização constante de competências. Temos visto um aumento na procura por programas de formação executiva que ajudam os gestores a desenvolver as suas habilidades em áreas críticas como a gestão de pessoas, a transformação digital, a inteligência artificial e a sustentabilidade”

A aposta na internacionalização está a dar frutos, como aliás mostram as distinções como a melhor instituição em Portugal em termos de diversidade geográfica de participantes. Esta estratégia diz alguma coisa sobre a qualidade dos executivos nacionais? Ou deve-se apenas à dimensão do mercado?

A diversidade geográfica de participantes é uma prova de que estamos a conseguir atrair talento de todo o mundo, o que é um reconhecimento da qualidade dos nossos programas. No entanto, também reflete a dimensão do nosso mercado interno. Portugal é um mercado relativamente pequeno e, para crescer e ser relevante, temos de procurar ser globais. Para tal é necessário atrair participantes internacionais. Isto não só melhora a qualidade das interações e do networking entre os participantes, mas também eleva o nível da discussão e da aprendizagem nos nossos programas. No ano anterior 40% da nossa faturação vem do lado internacional, num ano em que mais que duplicámos a atividade e gerámos EBITDA de mais de 30% sobre vendas. É inédito no Iscte Executive Education.

Uma das críticas que vamos ouvindo à gestão das empresas nacionais, em especial das PME, é a falta de formação adequada. Sente que há hoje uma maior preocupação dos gestores neste campo?

Sim, definitivamente há uma crescente preocupação com a formação entre os gestores, especialmente nas PME. Os desafios que enfrentamos no mundo dos negócios, hoje, são complexos e exigem uma atualização constante de competências. Temos visto um aumento na procura por programas de formação executiva que ajudam os gestores a desenvolver as suas habilidades em áreas críticas como a gestão de pessoas, a transformação digital, a inteligência artificial e a sustentabilidade. A crise pandémica também acelerou a perceção da importância da formação contínua para a resiliência, o remoto, a retenção de talentos e o crescimento das empresas.

“No mercado e na concorrência saudável reside a solução para a ambição e a vontade de sermos melhores todos os dias. Contem connosco para esta competição saudável. Fazem-nos melhores. Tornam-nos melhores”

Quais são hoje as principais áreas de aposta em termos de formação no Iscte Executive Education?

No Iscte Executive Education estamos a apostar fortemente em áreas blended entre gestão e inteligência artificial e algumas ferramentas tecnológicas, a liderança e a gestão de pessoas, a inovação e o empreendedorismo e a sustentabilidade. Isto para além das áreas base que temos vindo, igualmente, a redesenhar para apresentarem mais componentes tecnológicas e formatos mais humanistas.
No global, são estes os argumentos para preparar os executivos para os desafios atuais e futuros. Além disso, estamos a expandir a nossa oferta de programas customizados para empresas, o que nos permite atender às necessidades específicas de diferentes setores e organizações. Obviamente excluindo daqui o internacional que já abordei nas questões que me colocaram anteriormente.

A instituição lançou, muito recentemente, uma nova pós-graduação relacionada com o reporte e a gestão ESG coordenada por si. Sentem que esta é uma área com cada vez mais procura, em especial com as novas obrigações de reporte na UE?

Absolutamente. A procura por formação em ESG (Environmental, Social, and Governance) tem aumentado significativamente, especialmente devido às novas exigências de reporte na União Europeia. As empresas estão a reconhecer a importância de integrar práticas sustentáveis e responsáveis nas suas operações, não só por razões regulatórias, mas também porque há uma crescente pressão dos stakeholders para que as empresas sejam mais transparentes e responsáveis. A nossa nova pós-graduação em ESG visa exatamente preparar os executivos para estes desafios, proporcionando-lhes as ferramentas e conhecimentos necessários para implementar e gerir eficazmente estratégias de sustentabilidade nas suas organizações.

Gostaria, apenas, no fim da entrevista, de deixar uma palavra final aos nossos concorrentes, fortes concorrentes, sem os quais estes resultados não seriam possíveis. No mercado e na concorrência saudável reside a solução para a ambição e a vontade de sermos melhores todos os dias. Contem connosco para esta competição saudável. Fazem-nos melhores. Tornam-nos melhores. Parabéns pelos vossos resultados. Parabéns para as escolas de executivos em Portugal.

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JinkoSolar entrega mais de 1,1 milhões de painéis solares a empresa alemã

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  • 20 Maio 2024

A JinkoSolar, uma das maiores fabricantes de painéis solares do mundo, anunciou que entregou os seus módulos Tiger Neo a uma central de energia solar em Lobstädt, na Alemanha.

O Parque Solar de Witznitz recebeu mais de 1,1 milhões de painéis solares, fornecidos pela JinkoSolar, uma das maiores fabricantes destes equipamentos em todo o mundo. Ao todo, esta central, que fica localizada na Alemanha, em Lobstädt, tem uma capacidade total de módulos de 650 MW.

O grupo segurador alemão SIGNAL IDUNA, através da sua filial HANSAINVEST Real Assets GmbH, investiu no projeto, e assegurou 605 MW. Já a Shell Energy Europe assinou um contrato de aquisição de energia (CAE) de 15 anos.

Construída no ano passado pela MOVE ON Energy, a central ficará sob a sua gestão operacional. Prevê-se que o projeto produza 0,6 TWh de eletricidade por ano. O projeto do Parque Solar de Witznitz é, até à data, o maior projeto fotovoltaico da Alemanha e um dos maiores da Europa.

A produção de energia verde em rápida expansão na Alemanha e na Europa verde na Alemanha e na Europa é o único caminho a seguir para aumentar de forma sustentável o fornecimento de eletricidade e reduzir as emissões de carbono. É por isso que a JinkoSolar se orgulha de fornecer mais de 1,1 milhões de módulos TOPCon Tiger Neo para este projeto histórico. O Parque Solar de Witznitz já se tornou uma referência para as energias renováveis como um dos maiores projetos alguma vez construídos na Alemanha e na Europa com painéis TOPCon”, comentou Frank Niendorf, Diretor Geral da JinkoSolar Europe.

Por sua vez, Steffen Montag, Diretor-Geral da MOVE ON Energy GmbH, e o Wolfgang Pielmaier, Diretor Técnico da MOVE ON Energy GmbH, revelaram também estar “muito satisfeitos” por terem encontrado na JinkoSolar “um parceiro e fornecedor fiável e competente” para este “grande projeto”: “O cumprimento dos elevados requisitos técnicos, juntamente com a entrega atempada e sem problemas no local de construção, confirma a escolha da Jinko Solar como nosso parceiro exclusivo no domínio do fornecimento de painéis“.

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Obra da Linha Rubi do metro corta rotunda Edgar Cardoso em Gaia durante dois anos

  • Lusa
  • 20 Maio 2024

A Metro do Porto alerta que "os trabalhos vão gerar condicionamentos ao longo de toda a Via Edgar Cardoso, entre a zona de Coimbrões e o nó da Arrábida".

As obras da futura Linha Rubi (H) do Metro do Porto vão arrancar “em força” em Vila Nova de Gaia a partir de sexta-feira, cortando a rotunda Edgar Cardoso durante dois anos, revelou esta segunda-feira a transportadora.

Num comunicado enviado esta segunda-feira à agência Lusa, a Metro do Porto refere que a obra da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) “arranca em força num dos principais eixos rodoviários de Gaia”, fazendo com que a via Edgar Cardoso fique “muito condicionada nos próximos dois anos”.

Após o arranque da empreitada em Santo Ovídio, que já levou à demolição de habitações para a construção da estação de metro que ligará à Linha Amarela (D) e à futura linha de alta velocidade ferroviária, e de intervenções nas Devesas e outras menos impactantes, “uma nova fase dos trabalhos tem início a partir de 24 de maio, obrigando a uma série de cortes e condicionamentos com impacto nalgumas vias da cidade”.

De sexta-feira para sábado será feito um “corte da via esquerda no sentido ascendente do viaduto do Candal”, e entre sábado e domingo “fica suprimida a circulação rodoviária na Rotunda Edgar Cardoso — na Via com o mesmo nome, também conhecida como VL8”.

“Este constrangimento vai permanecer em vigor por um período de dois anos, estando sempre salvaguardados os acessos a casas, garagens, escritórios e estabelecimentos”, numa intervenção “motivada pela construção do canal de metro ao longo desta via estruturante” e “pela construção de três estações — Arrábida, Candal e Rotunda -, sendo esta última desnivelada e contando com um parque de estacionamento subterrâneo”.

Segundo a Metro do Porto, “os trabalhos vão gerar condicionamentos ao longo de toda a Via Edgar Cardoso, entre a zona de Coimbrões e o nó da Arrábida”, mas “em todo o traçado existem alternativas locais de circulação, devidamente sinalizados, assegurando as condições essenciais de mobilidade local nesta área”, tendo já sido “reaberta ao trânsito a rua António de Azevedo, junto ao Arrábida Shopping”.

O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões de euros, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026.

Segundo a Metro do Porto, a nova linha trará “benefícios de vários tipos, quantificados em 1,7 mil milhões de euros e que se materializam, por exemplo, em mais de 12 milhões de utilizadores anuais do Metro”, dos quais 10 mil estudantes com acesso facilitado ao polo universitário do Campo Alegre, “uma redução anual de emissões de CO2 [dióxido de carbono] estimada em 17.475,4 toneladas”, e menos 5,2 automóveis nas ruas anualmente.

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Ryanair espera preços dos bilhetes mais baixos neste verão

  • ECO
  • 20 Maio 2024

CEO da Ryanair antecipa que os preços dos bilhetes de avião no pico do verão serão mais baixos do que o esperado e não afasta "fazer descontos ou reduzir as tarifas" para atingir meta de passageiros.

O presidente executivo da Ryanair admitiu esta segunda-feira que os preços dos bilhetes no pico do verão serão mais baixos do que a low cost esperava. A empresa está preparada para fazer descontos caso seja necessário para cumprir a meta de passageiros a que se propõe, avançou.

No dia em que a Ryanair comunicou ao mercado que os lucros cresceram 34% no ano fiscal terminado em 31 de março, para 1,92 mil milhões de euros, Michael O’Leary disse que a procura por voos é “positiva”, mas alertou que “os preços recentes serão mais baixos” do que o esperado pela companhia aérea.

No final de fevereiro, a empresa tinha anunciado que iria aumentar preços dos bilhetes para o verão entre 5% a 10% devido aos constrangimentos na oferta provocados pelo atraso na entrega de aeronaves pela Boeing.

A expectativa é agora mais moderada: “É um pouco surpreendente que os preços não tenham sido mais fortes e não temos a certeza se isso é apenas uma consequência do sentimento do consumidor ou uma sensação de recessão em toda a Europa”, justificou o líder da Ryanair, na apresentação de resultados, citado pelo Financial Times e pela Reuters.

Apesar de continuar a esperar o “pico” da procura por viagens em julho e agosto, o responsável não afasta fazer descontos para chegar à meta de passageiros que pretende: “Se tivermos de fazer descontos ou reduzir as tarifas para atingir 94% de taxa de ocupação em abril, maio e junho, que assim seja”, acrescentou.

No ano fiscal terminado no dia 31 de março, a Ryanair viu os lucros crescerem 34%, para 1,92 mil milhões de euros, face ao período homólogo. A empresa sedeada em Dublin transportou 9% mais passageiros, num total de 183,7 milhões, apesar dos atrasos das entregas de encomendas da Boeing. No período, as receitas aumentaram 25%, para 13,44 mil milhões de euros.

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📹 Conheça os prazos e custos do novo aeroporto e da alta velocidade para Madrid

Os planos do Governo para o aeroporto Luís de Camões e a alta velocidade Lisboa - Madrid

O Governo anunciou esta semana um grande pacote de obras públicas que inclui o novo aeroporto, uma nova ponte sobre o Tejo e a ligação em alta velocidade a Madrid. Conheça ou custos e os prazos previstos.

http://videos.sapo.pt/gbzjYZ5pETNvnh5mg8Pj

 

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Câmara Municipal de Alcochete vence 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 20 Maio 2024

Foi com o projeto “Alcochete UP” que o município de Alcochete venceu a 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

O município de Alcochete é premiado na 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “Alcochete UP”, na categoria de Economia e subcategoria de Empreendedorismo e Startups.

O município partilha alguns dos passos que marcaram o desenvolvimento desta iniciativa:

1. Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A aposta na formação como motor de arranque para um Alcochete mais inovador foi a peça chave para iniciar este caminho de transformação. O município de Alcochete efetuou a requalificação de todas as escolas do concelho, oferecendo condições para uma formação de bases completa e digna, dando assim viabilidade para o desenvolvimento e implementação de uma incubadora de negócios.

2. Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto?

Após um estudo prévio, ainda em fase de ideação, identificámos a lacuna de um espaço de apoio ao empreendedorismo em toda a região circundante ao nosso concelho, reconhecendo assim uma oportunidade existente no mercado. A necessidade de fomentar um mindset inovador à nossa comunidade, reter e atrair talento e apoiar jovens e menos jovens a criarem o seu próprio negócio, levaram-nos a projetar e a executar a criação de uma incubadora de negócios.

3. Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

O principal desafio foi a identificação das áreas de atuação. Teriam de ser coerentes com os objetivos estratégicos do município, com a identidade do município e ir ao encontro das necessidades dos empreendedores locais.

4. Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano.

O processo de escolha da categoria, no nosso caso, foi muito natural. Sendo a Alcochete Up o nosso mais recente projeto, gostaríamos de pô-lo em análise para confirmarmos que foi uma escolha e decisão acertada para a nossa comunidade.

5. Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto junto da comunidade?

Já são vários os resultados que temos identificados com a implementação da Alcochete Up, e são vários os que com o decorrer do tempo pretendemos alcançar. Identificando os resultados já atingidos, temos, em primeiro lugar, a disponibilização de um espaço físico para desenvolvimento e criação de projetos e de um cowork para fazer face aos munícipes que trabalham em regime de teletrabalho aumentando o seu nível de produtividade. Em segundo lugar, a valorização e otimização dos recursos locais como meio de promoção de desenvolvimento, e por último, a retenção de talento através das empresas já incubadas.

6. Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024.

A valorização das atividades económicas foi um dos pilares da estratégia municipal de 2024. Neste sentido, a criação de uma incubadora de negócios, está totalmente alinhada com os objetivos estratégicos do município, no que diz respeito, entre outras, à promoção e apoio ao empreendedorismo e criação de novos negócios, na atração de investimento e ao reforço da marca Alcochete como destino de inovação.

7. Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

Os setores económico e de inovação, são os que maior impacto positivo obtêm com a implementação da Alcochete UP, aumentando redes de contacto, atraindo investimento e garantindo cooperação entre empreendedores e empresários.
Sendo o Turismo e a Cultura, duas das três áreas de atuação da incubadora, são também setores que beneficiam deste projeto, através da valorização que é desenvolvida por projetos incubados destas áreas.
Integrada no Fórum Cultural de Alcochete e envolvida num ambiente exterior totalmente reabilitado com espaços verdes e praia a 1 minuto a pé, a Alcochete UP permite um work life balance único, apenas a 20 minutos da capital e com condições de acessibilidade extremamente favoráveis.

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Coworks continuam a expandir (também) fora de Lisboa

Apesar de no setor tecnológico o regresso ao escritório estar a ganhar terreno, o setor de cowork continua a expandir, dentro e fora de Lisboa. E há novos operadores a entrar no mercado.

O escritório até pode estar a ganhar peso no modelo de trabalho das tecnológicas, mas no setor dos coworks esse regresso à empresa não está a afetar o negócio, com taxas de ocupação na ordem dos 80%. E não falta investimento a ser feito na indústria, com novos operadores a entrar no mercado. Gaia (em julho) e Alvalade (em outubro) vão receber um cowork da rede Sitio, a LACS tem previsto para este ano um investimento de 2,5 milhões de euros para “novas aberturas e remodelações” e um novo espaço em Lisboa ou Porto estão igualmente nos planos da espanhola Monday, que acaba de entrar em Portugal. O primeiro abre no “terceiro trimestre” no Marquês de Pombal.

“Temos prevista a abertura de, aproximadamente, dois espaços por ano durante os próximos três anos. Entre as cidades, estamos a considerar repetir em Lisboa e também abrir possivelmente no Porto”, adianta Xavi Bassons, CEO da Monday, ao ECO. “Desta forma, no final de 2026, atingiríamos uma carteira de seis centros que, traduzidos em superfície, significariam um total de cerca de 18.000 metros quadrados e capacidade para mais de 3.000 colegas de trabalho, aproximadamente”, acrescenta.

O primeiro espaço da rede espanhola em Portugal tem abertura prevista no “terceiro trimestre” no centro de Lisboa. O espaço no Marquês de Pombal terá 4.500 metros quadrados — distribuídos por 11 andares e capacidade para quase 600 utilizadores — e será o maior da rede Monday, já com presença em várias cidades do outro lado da fronteira e Andorra. A empresa não revela o montante de investimento previsto no espaço no qual, diz, está a ser feita uma “renovação completa”.

O operador espanhol, o mais recente a entrar no mercado nacional, não se mostra preocupado com o aparente recuo do modelo de trabalho híbrido (-6,9%) no setor tecnológico e o aumento do presencial (+3%), apontados pelo recente estudo “Global Tech Talent Trends 2024”, da Landing.Jobs.

“O mercado está a crescer em popularidade e os escritórios flexíveis tornaram-se uma opção cada vez mais atrativa para empresas de todas as dimensões, sendo uma tendência que está claramente em ascensão e que tem um longo caminho a percorrer”, aponta o CEO da Monday. Na “maioria” dos nove espaços da rede em Espanha e Andorra a taxa de ocupação “ultrapassa os 90%”. “Esperamos manter esta tendência no mercado português ou atingir os 100%”, aponta Xavi Bassons.

Porto ganha novos coworks

Miguel Ricardo considera que outros fatores poderão ter maior impacto no desenvolvimento da indústria. “Embora as variações nos modelos de trabalho possam influenciar a dinâmica do mercado de coworking, o verdadeiro impulso para o crescimento deste setor virá da migração das empresas dos escritórios tradicionais para o modelo de trabalho flexível”, aponta o general manager da rede Sitio.

O setor tecnológico nacional também está a atrair mais trabalhadores internacionais a instalar-se no país. Num ano, o número de profissionais do setor tech imigrantes aumentou de 10,6%, para 15,7%, aponta o “Global Tech Talent Trends 2024”. E, com 21%, o Porto é a região do país com maior representatividade destes profissionais. Sinal de que a região tem vindo a tornar-se um polo mais atrativo para os profissionais. Será este também fator de decisão para a instalação de mais coworks na região?

“Temos sentido cada vez maior procura na zona Norte, com os nossos espaços no Porto a estarem perto dos 100% de ocupação. Para dar resposta a essa procura abrimos o espaço de Guimarães em novembro e iremos abrir Gaia em julho”, adianta Miguel Ricardo.

“O espaço de Gaia é um prédio novo com fachada toda em vidro e numa excelente localização, mesmo em frente ao El Corte Inglês e ao metro. O edifício com 2.200 m2 terá capacidade para 370 postos de trabalho, divididos entre uma zona de open space e escritórios privados com capacidades que vão de quatro pessoas a pisos inteiros para 50 pessoas”, descreve o responsável.

E há planos para a abertura em outubro de um novo espaço a Sul, no bairro de Alvalade, em Lisboa. “O novo espaço de Alvalade está a ser alvo de uma remodelação total. Este edifício com 2.200 m2 terá capacidade para 270 postos de trabalho e um grande espaço de eventos”, diz. “O objetivo é juntar no mesmo espaço startups, scaleups e corporate criando assim uma comunidade forte com grande capacidade de colaboração e inovação e crescimento, onde as empresas em diferentes estágios podem beneficiar mutuamente.”

Espaço Sítio. Hugo Alves.

O novo cowork irá juntar-se ao espaço da Sitio já existente em Alvalade, um dos três coworks existentes no bairro de Lisboa a receber o hub de Web3 da Unicorn Factory de Lisboa, que abriu na semana passada, tal como avançou o ECO.

Além destas aberturas, “por enquanto” no Sitio não há planos para reforçar a rede com novos espaços. “Continuamos a estudar oportunidades, mas ainda não temos nada fechado”, admite Miguel Ricardo. O gestor não revela valores de investimento, mas em outubro passado, adiantava que, até 2025, a rede contava investir até 5 milhões de euros na sua expansão.

“Após a inauguração do Avila Spaces Parque das Nações em janeiro, não temos planos de abertura este ano”, refere, por seu turno, Carlos Gonçalves, CEO do Avila Spaces. Neste momento, a rede de coworks — com espaços no Saldanha, Av. da República e Parque das Nações — apresenta uma “taxa global de ocupação de escritórios de cerca de 80%”. Valor que o CEO classifica de “bastante positivo, considerando que o espaço do Parque das Nações foi inaugurado no início do ano.”

Lisboa a perder terreno?

Apesar de o Porto apresentar várias vantagens, acreditamos que Lisboa continua a ser o destino preferido para a maioria dos profissionais tech face à qualidade de vida, dinâmica do ecossistema de empreendedorismo e oferta de trabalho, nomeadamente de empresas multinacionais”, comenta Carlos Gonçalves. “Não prevemos investimento em novas aberturas e temos orçamentada uma verba de 200.000 Euros para remodelações das unidades existentes”, assegura.

Avila Spaces no Parque das Nações

“Lisboa continua a ser altamente atrativa apesar da subida do custo de vida ter contribuído para o abrandamento da procura. É conhecido que a cidade, como muitas outras pelo mundo fora não se preparou atempadamente para o aumento da procura de habitação no seu centro urbano e a escassez de oferta residencial a preços comportáveis é agora uma barreira à fixação de alguns novos negócios. Em todo o caso o mercado de escritórios flex representa aproximadamente 5% do stock total de escritórios na cidade e tanto o Heden como os principais concorrentes tem taxas de ocupação muito altas”, aponta Manuel Bastos, cofundador & managing partner do Heden.

Apenas com espaços em Lisboa, para já não há planos de expandir a rede Heden a outras cidades. “Há algum tempo que estudamos a expansão para outras cidades portuguesas mas ainda não temos nada de concreto para anunciar”, admite Manuel Bastos. Nem aberturas adicionais. “Este é um ano de consolidação e preparação de futuros investimentos após as aberturas em Alvalade (1.800 m2) e Chiado (640 m2)”, garante o managing partner do Heden. O espaço no centro de Lisboa acolhe o escritório da Tb.lx, empresa de produtos digitais da Daimler Truck AG.

Em fase de expansão, este ano a LACS praticamente duplicou a área face a 2023, de 16.000 m2 para 30.000 m2. Desde o final do ano passado abriu no Porto. “Após o sucesso que tem sido a aposta em Lisboa e Cascais, a aposta no Porto revelou-se também ela acertada, pois o nível de procura tem superado as expectativas tanto a nível de quantidade, como a nível do tipo de empresas que se querem instalar no LACS Porto”, afirma Martim de Botton, CEO do LACS. “Existe uma procura por parte empresas tecnológicas, como é o caso da NTT Data que é um membro do nosso edifício, mas temos também empresas como A Bola ou até como a Ordem dos Advogados do Porto”, revela.

Enquanto há uns anos a procura por espaços de trabalho flexível era feita por empresas do ramo mais tecnológico e até por nómadas digitais, após a pandemia o tipo de procura inverteu e todo o tipo de empresas começaram a olhar para o LACS como uma opção a ter em conta”, reforça.

Em abril, a rede abriu um novo espaço em Lisboa, na zona de Santos. “Temos perspetivas de continuar a crescer, pois não só temos clientes que pretendem aumentar os seus espaços atuais, como também novos clientes em pipeline que gostaríamos de acomodar e que fruto da alta taxa de ocupação dos nossos edifícios ao dia de hoje se torna complicado. A título de exemplo, o edifício de Santos, recentemente inaugurado, tem já uma taxa de ocupação de 80%”, diz.

“No seguimento do que temos feito ao longo dos últimos anos, pretendemos continuar a apostar em edifícios únicos e com áreas superiores a 4.500 m2”, adianta ainda.

Para este ano estimamos um investimento de 2.500.000 euros para novas aberturas e remodelações. Para além da abertura do LACS Santos, na Av. 24 de Julho e do LACS Porto, na Av. da Boavista, estamos também a investir nos três outros edifícios num projeto de fit out a cargo do Studio Astolfi e que permitirá aos nossos membros terem ainda mais conforto”, revela.

Embora Diogo Fabiana reconheça que “o Porto tem vindo a ganhar destaque, não só junto dos profissionais tech, mas também no universo do empreendedorismo em geral”, a rede Idea Spaces está ainda concentrada em Lisboa — apresentando taxas de ocupação de 85% –, e, por agora, a região Norte não faz parte dos planos de expansão.

“Neste momento, estamos focados em investir na reorganização da empresa, procurando ajustá-la às atuais e futuras necessidades do mercado, com foco na sustentação do nosso propósito enquanto espaço de cowork dedicação à colaboração e proximidade aos membros, a um nível pessoal e profissional, que melhore efetivamente a sua qualidade de vida”, refere o chief innovation officer e partner do Idea Spaces.

O mais recente espaço a juntar-se à rede foi o NOW Beato, em março do ano passado. O projeto ainda aguarda data de reabertura. “A aquisição do NOW (Beato) mostrou-se um desafio, pois deparámo-nos com obstáculos estruturais que nos levaram a recuar nesta abertura”, começa por referir Diogo Fabiana.

“Durante as intervenções no espaço deparamo-nos com condicionantes que não nos permitiam garantir os standards de qualidade, serviços e experiência que desejamos. Desta forma, estamos em diálogo com o proprietário para compreender o que é possível fazer, quando é que é possível fazer, e como é possível fazer para avaliarmos a manutenção ou (re)lançamento da marca NOW naquela localização ou noutra”, clarifica quando questionado sobre os planos para o espaço.

Heden no Rossio.

“Acreditamos que o mercado nacional está a aproximar-se do seu nível de maturidade, sendo que a entrada de novos concorrentes nos obrigam a sermos melhores e a inovar, mas também a olharmos para novas formas de atrair investimento e empresas estrangeiras”, diz quando questionado sobre a entrada de um novo operador no setor.

“O mercado do cowork será, certamente, regularizado em breve, o que levará a uma redefinição do mercado em si e, muito provavelmente, a ajustes profundos de alguns dos players do mercado“, continua.

“A tendência de conversão de escritórios tradicionais em escritórios flex continuará a acentuar-se na próxima década e não faltará capacidade ao mercado português para viabilizar o crescimento dos principais operadores atuais e dos que venham a chegar”, considera Manuel Bastos, cofundador do Heden.

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Os Bancos só podem estar doidos

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  • 20 Maio 2024

Filipe Lobo d’Avila, Advogado, Country Manager Rödl & Partner, partilha a sua opinião sobre a burocracia relativa à criação de contas bancárias para estrangeiros que querem empreender em Portugal.

A generalidade dos partidos políticos reconhece a necessidade de Portugal ser mais competitivo, ser capaz de captar investimento estrangeiro e afirmar-se como destino de investimentos de empresas estrangeiras. Percebe-se, claramente, o propósito se pensarmos na criação de emprego e na competitividade da nossa economia. O que não se percebe são os entraves flagrantes à realização desses investimentos.

Ao longo dos últimos anos, por razões profissionais, tenho acompanhado a entrada em Portugal de diferentes grupos económicos, desde o momento da apreciação dos fatores locais de investimento, ao momento de apoio à decisão, até ao momento de entrada de facto no mercado português.

Admito que não seja do conhecimento público, mas de pouco ou nada serve que o país tenha um enquadramento interessante de apoio ao investidor estrangeiro, que o país continue a ser um país seguro e que até continue a ser a ponte entre diferentes mercados internacionais de relevo, com oportunidades interessantes de investimento. De pouco ou nada servirá se, invariavelmente, qualquer uma destas empresas acabe a chocar, em desespero, com a burocracia existente, designadamente a burocracia bancária reinante nos compliance bancários de todos os Bancos nacionais.

Recentemente, li declarações públicas de dois CEO de Bancos Portugueses a defender a manutenção do regime fiscal dos RNH e dos vistos gold, mas nada se vê quanto aos próprios procedimentos internos de compliance bancários, autodeterminados por eles próprios ou por normativas do Banco de Portugal, que mais parecem de regimes totalitários de outros tempos.

Explico melhor.

Uma qualquer empresa estrangeira – não estou a falar de empresas com origem em países terceiros que não da União Europeia – para abrir uma sociedade em Portugal, contratar um trabalhador ou para operar de forma estável em Portugal, está sujeita a um conjunto de procedimentos burocráticos obrigatórios, que têm que cumprir junto de diferentes entidades públicas, designadamente junto do registo comercial, da autoridade tributária ou mesmo da segurança social (para não referir outros exemplos em que aumentam as interações com outras entidades públicas).

Filipe Lobo d’Avila, Advogado, Country Manager Rödl & Partner

Uma sociedade portuguesa constituída por um qualquer grupo internacional (sócio pessoa singular ou sócio pessoa coletiva) é obrigada a declarar o início de atividade num prazo de 15 dias a contar da sua constituição em Portugal. Para o fazer, tem que identificar um IBAN português correspondente a uma conta bancária aberta em Portugal em nome dessa sociedade “portuguesa”, o que, no prazo referido, só com pura magia. Claro que poderá tentar ganhar tempo com algumas estratégias criativas, mas sem uma solução definitiva à vista para cumprir o imperativo legal.

Entre desculpas que imputam as culpas a novas normativas do Banco de Portugal ou justificações estapafúrdias (“nunca abrimos contas de sociedades portuguesas com sócios estrangeiros”), há situações concretas em que algumas destas empresas estão a demorar mais de seis meses para conseguir abrir uma mera conta bancária em Portugal. E, por vezes, esses seis meses não são suficientes. Uma mera conta bancária que lhes permita depositar capital social, provisionar com fundos para a atividade, pagar ao próprio Estado, aos trabalhadores ou mesmo a fornecedores.

Como se pretende convidar quem quer que seja a investir em Portugal se nem uma conta bancária se consegue abrir em Portugal? Os Bancos só podem estar estar doidos!

Os compliance bancários demonstram-se completamente incompetentes para lidar com estes processos, com sócios nacionais de outros países da União Europeia, questionando (e pondo em causa) a idoneidade desses mesmos cidadãos europeus, pedindo todo o tipo de informações pessoais sobre pessoas singulares e coletivas, sem que isso acelere procedimentos de forma a se conseguir cumprir com prazos legais imperativos ou sequer a dar uma explicação minimamente razoável.

Em regra, não conseguem pedir logo tudo, lembrando-se a conta-gotas de tudo e um par de botas para desespero de quem quer laborar em Portugal.

A primeira imagem que estas empresas e estes empresários europeus têm de Portugal é absolutamente desastrosa. Começa com o desnorte dos sucessivos pedidos de informação dos Bancos e acaba, invariavelmente, com uma carta de boas-vindas enviada pela Autoridade Tributária com uma primeira coima para pagar. Ainda não conseguem operar em Portugal e já estão a ser convidados a sair do país. Para além da ideia de incompetência que todos os intervenientes demonstram, a imagem que o país apresenta é uma lástima.

Um País que, afinal de contas, apesar de todas as boas intenções dos discursos políticos, da promoção do investimento, não consegue resolver uma questão tão básica e tão simples como uma mera abertura de conta bancária. Não venham com discursos políticos da treta de atração de investimento estrangeiro quando o país nem um processo de abertura de conta consegue simplificar.

Devemos estar todos doidos. Não apenas os Bancos.

Filipe Lobo d’Avila, Advogado, Country Manager Rödl & Partner

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Junta de Freguesia de Touro distinguida com projeto de parque infantil

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  • 20 Maio 2024

Foi com o Projeto “Parque Infantil de Touro”, que a Junta de freguesia de Touro recebeu uma menção honrosa na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

A Junta de Freguesia de Touro concorreu à 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano e, no passado dia 9 de Maio de 2024, saiu vencedora com o projeto “Parque Infantil de Touro”, que se distinguiu na categoria de Urbanismo e Espaços Verdes, subcategoria Boas Práticas de Sustentabilidade.

O presidente da Junta de Freguesia de Touro, Mário Morgado (no centro), João Ruano, arquiteto do parque (à esquerda) e Miriana Alves, vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva (à direita)

O desenvolvimento deste projeto é explicado pelo município:

1. Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A estratégia da Freguesia do Touro assentou, primeiro, num plano de comunicação e resgate de memórias. De seguida, entendemos o ambiente e a geografia como um desenvolvimento harmonioso. Mas para que esta vantagem se concretize, é preciso começar a preparar as gerações mais novas para a realidade da Freguesia, contrariando as assimetrias e algum negativismo da administração central e daí a criação do parque naturalizado, melhor que ver é experimentar.

2. Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento deste projeto?

Renovar um parque obsoleto, resgatando as brincadeiras das crianças e, dando ao mesmo tempo, condições e segurança para usufruírem da natureza.

3. Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

A utilização de materiais locais e o interface parque natureza foram os principais desafios. Foram superados com as ideias da freguesia e o desenho técnico, e contributo, de um arquiteto paisagista.

4. Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

Reforçar a notoriedade da Freguesia, como aposta no turismo, ambiente e natureza, em face dos investimentos e projetos em curso.

5. Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão, junto da sua comunidade?

Adesão completa e total das crianças, ajudados pela Escola local.

6. Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024.

É uma das âncoras, conjuntamente com objetivos já executados e outros em planeamento.

7. Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa?

A relação com a natureza, o alerta para a biodiversidade, a pedagogia junto dos mais novos e, sobretudo, o encontro de gerações.

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Um em cada quatro utentes de Lisboa e Vale do Tejo sem médico de família

  • Lusa
  • 20 Maio 2024

Monitorização da ERS revela que, no último ano, 24,6% dos utentes inscritos em Lisboa e Vale do Tejo não tinham um médico de família, percentagem que aumentou face aos 18,2% de 2021 e 19,2% de 2022.

Um em cada quatro utentes inscritos nos cuidados de saúde primários não tinha médico de família em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) em 2023, enquanto no Norte apenas 2,3% dos utentes estavam nessa situação.

“Continua a observar-se uma tendência de diminuição na percentagem de utentes com médico de família atribuído, e grandes heterogeneidades a nível regional, com impacto nos indicadores de acesso aos cuidados de saúde prestados nas unidades de cuidados de saúde primários (CSP)”, alerta a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) numa monitorização divulgada esta segunda-feira.

Segundo os dados do portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) consultados pela agência Lusa, no final de abril deste ano, 1.565.880 utentes não tinham médico de família em Portugal continental, mais 26.658 do que no mês anterior.

A monitorização da ERS sobre acesso aos CSP indica que, no último ano, 24,6% dos utentes inscritos em LVT não tinham um médico de família atribuído, percentagem que aumentou face aos 18,2% de 2021 e 19,2% de 2022.

O Algarve é a segunda região de Portugal continental com mais pessoas sem acesso a um especialista de medicina geral e familiar, um cenário que também evoluiu negativamente nos últimos três anos – 15,1% em 2021, 17,6% em 2022 e 20% em 2023.

De acordo com os dados da ERS, no Alentejo verificou-se o maior aumento percentual de pessoas sem médico de família — oito pontos percentuais -, passando dos 9,4% em 2021 para os 17,3% em 2023.

No Centro, o número de pessoas inscritas, mas sem terem médico de família atribuído, passou dos 6% para os 12,6% de 2021 para 2023.

A região Norte destaca-se pela positiva nesse indicador, uma vez que apenas 2,3% dos utentes inscritos nos centros de saúde não tinham médico de família no último ano, um ligeiro crescimento face aos 1,9% de 2021 e de 2,2% de 2022.

No final de 2023, 83,5% dos utentes inscritos nos CSP tinham médico de família atribuído em Portugal continental, continuando a verificar-se uma tendência de redução de 2,1 pontos face a 2022 e de 5,3 pontos em relação a 2021. O Norte apresentou a maior percentagem de utentes inscritos com médico de família atribuído (97,6% em 2023), enquanto em LVT esse valor baixa para cerca de 70%.

Segundo os dados da entidade reguladora, a taxa de utilização de consultas médicas apresentou, em 2023, um valor de 69%, com todas as regiões a seguirem esta tendência de redução.

“Do confronto das percentagens de utentes com médicos de família com as taxas de utilização de consultas, destaca-se que as regiões LVT e do Algarve exibiram as taxas mais baixas em todos os anos em análise nestes indicadores, o que sugere que a disponibilidade de médico de família representa um importante fator promotor do acesso aos CSP no SNS”, alerta a ERS.

Em 2023, as consultas médicas presenciais aumentaram 3,7%, seguindo a mesma tendência de 2022, mas ainda em número inferior aos registados em 2019 (20.715.482). Já as consultas médicas não presenciais registaram uma diminuição de 6,3% em 2023, face a 2022, também seguindo a tendência de 2022.

A comparação destes dados “parece sugerir uma alteração na forma da prestação de cuidados de saúde, com o reforço das consultas médicas presenciais, em detrimento das consultas não presenciais, e, por outro lado, privilegiando as consultas de enfermagem não presenciais, face às presenciais”, indica a entidade reguladora.

Relativamente aos rastreios de doenças oncológicas, com exceção das mamografias, que registaram uma diminuição em 2023, os restantes rastreios de base populacional analisados (colpocitologias e cancro do colo e reto) aumentaram, tendo todos registado valores superiores aos de 2019.

Segundo a ERS, tendo em conta que o Norte apresenta melhores indicadores e que é a região com maior percentagem de Unidades de Saúde Familiares de modelo B, o seu “melhor desempenho poderá estar associado ao modelo organizacional destas unidades”.

Já no que se refere à retoma da atividade assistencial, a ERS constatou “não ter sido possível recuperar os níveis do ano de 2019”, ano anterior à pandemia da covid-19, nos indicadores de consultas presenciais (médicas e de enfermagem), consultas médicas ao domicílio, percentagem de recém-nascidos com domicílio de enfermagem até aos 15 dias de vida e consultas por motivo de gripe.

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