Sara Coelho, Diretora-Geral da Choice Car é a convidada do sétimo episódio do podcast ECO Auto
A Diretora- geral da Choice Car, Sara Coelho, passou pela área de corporate finance e turismo, antes de integrar a unidade de mobilidade e transição energética do Grupo Salvador Caetano.
Neste episódio Sara Coelho sublinha a mudança de comportamento em relação ao automóvel com várias soluções flexíveis de mobilidade, que alteram o sentimento de propriedade ainda bastante arreigado em alguns segmentos de mercado mas verifica-se uma tendência crescente para procurar soluções de mobilidade que não obriguem à propriedade. “A lógica da utilização de um veículo sem obrigar à sua posse é hoje uma tendência que se consolida perante as várias soluções existentes no mercado desde aluguer flexível, renting ou rent a car entre outras” e garante que a eletrificação das frotas é já uma realidade e um importante contributo para a descarbonização e redução das emissões de CO2. Os construtores estão sob pressão para reduzir os atuais indicadores e no caso de Portugal onde o parque automóvel elétrico ainda é inferior a 2%, a trajetória para atingir os objetivos da descarbonização é muito exigente.
powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.
“Em relação à média europeia precisamos de duplicar este ano a venda de veículos elétricos ou eletrificados para compensar os níveis de emissões de CO2 exigidos e o mercado deverá ter que aumentar os incentivos à aquisição de viaturas elétricas.”
Sara Coelho também alerta para as metas previstas para a descarbonização que vão obrigar as cidades a introduzir novas iniciativas. “As cidades têm um grande desafio para mudanças substanciais que permitam uma melhor circulação no centro das cidades, mais espaços verdes, maior mobilidade partilhada e o alagamento dos transportes públicos, realidade que as cidades vão ter que acolher”.

Cidades como Londres introduziram as “Low emission zone” que já abrangem 9 milhões de habitantes e Madrid já obriga a que no centro, as viaturas sejam híbridas ou elétricas e medidas para a limitação da circulação de veículos que não sejam “Low Emission” serão cada vez mais frequentes, enquanto Paris desenvolveu o conceito dos 15 minutos de distância no trajeto entre a casa a escola e o trabalho para que não ocupem tanto espaço na circulação e assim tornar as cidades mais agradáveis.
A Missão das 100 cidades europeias está a criar iniciativas entre si para atingirem os objetivos da neutralidade carbónica previsto para 2030. “Portugal tem 3 cidades que integram a “Missão das 100 cidades”: Lisboa, Porto e Guimarães, que representam 65% do País, estão a criar condições para aumentar a mobilidade partilhada, maior percentagem de viaturas mais verdes, zonas de “kiss and ride” junto às escolas para evitar o estacionamento e o alargamento da oferta de transportes públicos”, concluindo que estamos a viver um momento de grande transformação no setor da mobilidade.
Quanto ao futuro dos veículos autónomos considera que o “game changer” da mobilidade são os veículos e a condução autónoma que vão mudar o paradigma da mobilidade, dado que um veiculo autónomo não vai precisar de ser estacionado e será mais partilhado” e adianta que a legislação será porventura o maior problema para a introdução dos veículos autónomos na Europa porque como sabemos os americanos inventam e criam, os chineses copiam e a Europa legisla, mas é inevitável que aconteça e com o uso de inteligência artificial vão saber com mais precisão onde se devem posicionar e terão rotas mais otimizadas.
O Podcast ECO Auto resulta de uma parceria com o Mundo Automóvel e está disponível no Spotify e na Apple Podcasts.
Se preferir, assista aqui:
powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.