Estado deve dar mais recursos financeiros aos municípios para “atacarem” pobreza, diz Rui Moreira

O autarca Rui Moreira diz que o financiamento proveniente de fundos comunitários é "uma oportunidade ímpar de atacar o problema" da pobreza e da exclusão social.

O presidente da câmara do Porto defendeu esta quinta-feira, na cidade, que “os municípios precisam de mais competências e recursos financeiros provenientes do Estado Central para serem efetivos na proteção dos mais vulneráveis“. Ainda assim, Rui Moreira considerou que o financiamento proveniente de fundos comunitários é “uma oportunidade ímpar de atacar o problema” da pobreza e da exclusão social que não se soluciona com caridade ou assistencialismo.

Durante a sessão de apresentação dos primeiros resultados dos Planos de Ação para as Comunidades Desfavorecidas das Áreas Metropolitanas de Porto e de Lisboa, no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, o autarca independente assinalou o relevante papel dos fundos comunitários para “atacar o problema da pobreza e exclusão no território metropolitano”.

Segundo o autarca da Invicta, “o Plano de Ação da Área Metropolitana do Porto beneficia de apoio imediato no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e, a partir de 2027, de financiamento pelos Fundos Europeus Estruturais de Investimento, designadamente através do Programa Operacional Regional do Norte”.

Destacou a urgência do “combate à pobreza e à exclusão enquanto desígnio nacional”. Apoiado em dados do estudo “Portugal, Balanço Social 2023”, Rui Moreira lembrou que “a pobreza e a exclusão social são evidentemente um dos grandes problemas nacionais. Em 2023, o risco de pobreza subiu para 17% da população, afetando mais 60 mil pessoas. São já cerca de 1,8 milhões de pessoas a viver em risco de pobreza no nosso país“.

O presidente da câmara do Porto realçou igualmente o “papel absolutamente central” dos municípios para mitigar este problema social, delineando estratégias que conciliem interesses e projetos na área da coesão social. Aliás, defendeu, compete às autarquias, que são quem conhece melhor a realidade local, encontrar soluções pensadas em função da realidade de cada território.

“Não falta diagnóstico. Contudo, a exclusão social e a pobreza exigem uma abordagem em função das diferentes realidades dos territoriais. Os municípios têm de desempenhar um papel absolutamente central, [uma vez que] que têm maior contacto com a realidade local”, frisou. Além de terem também “uma maior experiência de contacto com as comunidades desfavorecidas”.

Até porque, sublinhou Moreira, a pobreza e a exclusão social são “fenómenos complexos e multidimensionais”, concordando, por isso, com o seu homólogo de Lisboa, Carlos Moedas, “quando defende um estado social local“.

Para o autarca independente, urge implementar políticas nas áreas da mobilidade social, formação, capacitação, acesso a habitação, serviços públicos, empreendedorismo, criatividade, promoção de estilos de vida saudáveis, combate à infoexclusão e desenvolvimento de competências digitais.

Moreira lembrou ainda que as áreas metropolitanas escondem “os maiores fenómenos de exclusão”, desde o abandono escolar até à violência doméstica e integração de migrantes. Por isso mesmo, o autarca independente espera que este encontro sirva para “perceber melhor o retrato do país escondido que nos deve envergonhar e, ao envergonhar, nos deve motivar”.

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MAI garante que está em curso uma reestruturação nas polícias

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

O MAI refere ainda que está "em preparação um conjunto de ações e reestruturações no plano operacional que garantirão a salvaguarda da segurança – de proximidade, preventiva e reativa".

O Ministério da Administração Interna (MAI) garantiu esta quinta-feira que estão em curso ações de reestruturação nas polícias e esclareceu que o diagnóstico feito pela Inspeção-Geral da Administração Interna é referente ao período do anterior Governo.

“Foi tornado público o relatório da IGAI [Inspeção-Geral da Administração Interna] referente às ações inspetivas levadas a cabo ao longo do ano civil 2023. E, como é sabido, este Governo só tomou posse no dia 02 de abril de 2024. Tratando-se de situações referentes ao período do Governo anterior, não iremos tecer quaisquer comentários”, refere o MAI, em comunicado.

A resposta do ministério surge após a IGAI ter alertado num relatório para a falta de viaturas à disposição da PSP e GNR, escalas de serviço que “não asseguram patrulhas 24 horas” e polícias “em quantidade insuficiente para assegurar o funcionamento” das instalações policiais.

O Ministério tutelado por Margarida Blasco salienta que, após a tomada de posse do Governo, o MAI se inteirou “das deficiências e dificuldades operativas e de infraestruturas das forças de segurança“, tendo “de imediato” desencadeado “ações corretivas e de reestruturação que foram entendidas como necessárias”. O MAI dá conta de medidas já tomadas pelo atual executivo como a nomeação do novo diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, a análise e revisão das necessidades infraestruturais e de meios em ambas as forças de segurança.

“A audição das associações sócio profissionais e a negociação com os sindicatos das forças de segurança, visando o reconhecimento da sua ação e a melhoria das condições retributivas e de reconhecimento da carreira dos membros destas forças de segurança, está em curso. Julgamos que em breve, num quadro de responsabilidade, de cooperação e atentas as disponibilidades financeiras do Estado, tal tarefa será concluída com a participação e empenho de todas as partes”, frisa o MAI.

No comunicado, o Ministério indica também que está a ser desenvolvido um trabalho com várias autarquias locais, que são “um elemento essencial para a estratégia e ação”. O MAI refere ainda que está “em preparação um conjunto de ações e reestruturações no plano operacional que garantirão a salvaguarda da segurança – de proximidade, preventiva e reativa – assegurando o bem-estar dos cidadãos, a proteção dos seus bens, o respeito pelos direitos fundamentais e pelo Estado de Direito democrático”.

Para o Ministério, desta forma “serão supridas muitas das deficiências” que, vindas do passado, “são agora, e bem, elencadas no relatório da Inspeção Geral da Administração Interna”. A IGAI detetou algumas falhas durante as inspeções sem aviso prévio realizadas em 2023 a 63 instalações policiais, 42 das quais a postos territoriais da Guarda Nacional Republicana e 21 a esquadras da Polícia de Segurança Pública.

O âmbito de intervenção da IGAI, que anualmente realiza estas inspeções, contemplou as condições de atendimento ao público, de trabalho dos elementos policiais, zona de detenção, intervenção no âmbito da Lei Tutelar Educativa, da Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo e da Lei de Saúde Mental, reclamações de cidadãos, estatuto da vítima e guarda de armas, protocolos de segurança e acondicionamento e selagem dos bens apreendidos.

A Inspeção-geral da Administração Interna apontou irregularidades ao espaço de acolhimento de estrangeiros no aeroporto de Lisboa e recomendou à PSP que avalie o sistema de videovigilância e encontre uma solução para os cidadãos alojados por períodos longos.

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Estado contrata mais trabalhadores com vínculo precário

No final do segundo semestre do ano passado, existiam 17.110 tarefeiros ou prestadores em regime de avença, uma subida de 5,6% em termos homólogos. Porém, verifica-se uma descida em cadeia.

O Estado contratou mais trabalhadores com vínculo precário no segundo semestre do ano passado em comparação com o mesmo período de 2022. A 31 de dezembro de 2023, existiam 17.110 recibos verdes, uma subida de 5,6% ou de 913 funcionários em termos homólogos, segundo o boletim estatístico do emprego público publicado esta quinta-feira no site da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Desse montante global, 8.589 eram tarefeiros e 8.521 estavam em regime de avença. Maior aumento verificou-se nos ministérios do Trabalho e da Justiça.

Em cadeia, verifica-se uma descida de precários, já que a 30 de junho do ano passado, o valor tinha chegado aos 18.707 trabalhadores, o valor mais alto da série estatística que se inicia em 2011.

Já se analisarmos o conjunto dos dois anos, 2023 mantém-se como o exercício em que a Administração Pública recorreu mais a recibos verdes. Somando os prestadores de serviços que ainda se mantinham no Estado no último dia de cada um dos dois semestres do ano, havia, em 2023, 35.817 tarefeiros ou trabalhadores em regime de avença, o que corresponde a mais 2.557 prestadores ou a um aumento 7,69% face aos 33.260 funcionários que tinham este tipo de vínculo em 2022.

“No último dia do segundo semestre de 2023, observou-se um aumento de 5,6% das prestações de serviços, comparando com o período homólogo”, lê-se no relatório. Mais de metade do aumento global de precários (913) verificou-se nas autarquias, que foram responsáveis pela contratação de mais 527 recibos verdes. Na Administração Central, os serviços recrutaram mais 386 prestadores e, na Administração Regional, apenas a Madeira recorreu a mais dois prestadores em comparação com o último semestre de 2022.

“No aumento observado face ao período homólogo, salienta-se o acréscimo das prestações de serviço na modalidade de tarefa na área governativa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social”, de acordo com o mesmo boletim.

Assim, só o Ministério do Trabalho, na altura liderado por Ana Mendes Godinho, tinha 4.746 funcionários contratados à tarefa ou com uma avença, o que significa um aumento de 249 trabalhadores com este tipo de vínculo. Este também é o gabinete que mais recorre a recibos verdes.

Em segundo lugar, o Ministério da Justiça empregava, no final do segundo semestre do ano passado, 1.046 recibos verdes, uma subida de 94 funcionários nesta modalidade contratual.

O boletim estatístico também analisa a distribuição dos prestadores de serviço por atividade económica e conclui que, “a 31 de dezembro de 2023, a grande maioria dos prestadores de serviços (91,1%) exerciam a sua atividade em entidades enquadradas na atividade ‘Administração Pública, Defesa e Segurança Social obrigatória'”.

Se olharmos para os números do conjunto do segundo semestre do ano passado e não apenas para os 17.110 trabalhadores que, a 31 de dezembro, estavam com um contrato de prestação de serviços com o Estado, verifica-se que a quantidade de prestadores de serviço é muito maior: 26.966. Mas este valor não tem em conta as saídas que entretanto decorrerem naqueles seis meses.

Comparando o último semestre de 2023 com o de 2022, a DGAEP registou igualmente um aumento significativo de recibos verdes: foram contratados mais 2.388, o que corresponde a uma subida de 9,72% face aos 24.578 tarefeiros ou funcionários com regime de avença que trabalhavam no Estado.

Neste caso, a Administração Central foi a que mais contribuiu para o aumento de precários, recorrendo a mais 1.507 prestadores, enquanto nos municípios verificou-se uma subida de 881 trabalhadores com este tipo de vínculo.

Também aqui, o Ministério do Trabalho é o maior empregador de prestadores de serviço. No conjunto do semestre, tinha 8.043 trabalhadores a recibos verdes. São mais 1.105 face ao período homólogo. A segunda posição já não vai para a Justiça mas antes para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que tinha 2.159 vínculos precários, o que significa que foram contratados mais 288 prestadores em comparação com o segundo semestre de 2022.

O boletim estatístico revela ainda que, “no segundo semestre de 2023, 61,8% do total de contratos de prestações de serviços foram celebrados na modalidade de tarefa”.

(Notícia atualizada às 18h57)

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Fundação Social Bancária lança prémio para distinguir trabalhos jornalísticos sobre questões sindicais e laborais

  • + M
  • 27 Junho 2024

Ao melhor trabalho jornalístico relacionado com as áreas sindicais ou laborais, publicado no ano passado e independentemente do meio, será atribuído um valor monetário de cinco mil euros.

A Fundação Social Bancária (FSB) lançou o Prémio “Jornalismo de Mérito e Excelência” com o objetivo de distinguir “trabalhos jornalísticos em língua portuguesa que contribuíram para um melhor entendimento da opinião pública sobre questões sindicais e laborais, promovendo a excelência na cobertura destes temas nos meios de comunicação social”.

Com o lançamento deste prémio, a Fundação Social Bancária (FSB) “reforça o seu compromisso com a promoção de uma cobertura jornalística de alta qualidade sobre temas da atualidade do setor, reconhecendo a importância do papel dos jornalistas na construção de uma sociedade mais informada e consciente sobre os direitos dos trabalhadores e as dinâmicas dos movimentos sindicais”, refere-se em nota de imprensa.

Ao melhor trabalho jornalístico relacionado com as áreas sindicais ou laborais, publicado no último ano e independentemente do meio (seja imprensa, rádio, televisão ou online), será atribuído um valor monetário de cinco mil euros.

As candidaturas podem ser submetidas entre 1 de agosto e 8 de novembro. Depois dessa fase inicial, as candidaturas aprovadas serão comunicadas aos candidatos até ao dia 12 de dezembro de 2024. A avaliação dos trabalhos terá por base quatro critérios principais, sendo eles o interesse sindical, a originalidade, a relevância informativa e os recursos linguísticos.

Ao prémio agora lançado podem candidatar-se jornalistas de qualquer nacionalidade, desde que titulares de carteira profissional ou equivalente e que o seu trabalho tenha sido publicado em órgãos de comunicação social portugueses. Os trabalhos podem ser individuais ou coletivos.

O regulamento e ficha de inscrição estão disponíveis aqui.

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Tribunal da Relação anula absolvição da TVI e de ex-diretor no processo sobre a resolução do Banif

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

O caso é referente à divulgação de uma notícia sobre o banco Banif ser alvo de uma medida de resolução. A decisão terá agora de regressar ao Juízo Central Criminal de Lisboa para ser reformulada.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) anulou a absolvição da TVI e do seu ex-diretor Sérgio Figueiredo no processo sobre a divulgação de uma notícia sobre o banco Banif ir ser alvo de uma medida de resolução.

Em causa está a notícia divulgada na noite de 13 de dezembro de 2015 de que estaria tudo preparado para o fecho do banco e que poderia haver perdas para acionistas e depositantes acima dos 100 mil euros.

A notícia foi desmentida pela instituição bancária e o Banco de Portugal e o Ministério das Finanças emitiram comunicados no dia seguinte que apontavam apenas para um processo de venda. No entanto, o colapso do Banif viria mesmo a ser confirmado uma semana depois, após uma queda nos depósitos de quase 1.000 milhões de euros no espaço de uma semana.

“Acordam os Juízes que compõem a 3.ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa em conceder provimento ao recurso e consequentemente anular a sentença, (…) que deve ser reformulada em conformidade”, lê-se no acórdão do TRL, que reverte a absolvição na primeira instância em maio de 2022.

Segundo a decisão do TRL, os juízes desembargadores Maria da Conceição Miranda, Rosa Vasconcelos e Alfredo Costa entenderam que houve omissão de pronúncia na sentença, por considerarem que o tribunal não indicou qualquer posição sobre a valorização dos depoimentos de duas testemunhas ouvidas durante o julgamento.

É necessário expressar objetivamente na sentença a relevância que os meios probatórios produzidos na audiência de julgamento (…) tiveram para formar a convicção do tribunal“, reiteraram os desembargadores, que, com base nesta nulidade invocada pelo Banif (assistente no processo) e pelo Ministério Público (MP), já nem apreciaram as restantes questões apresentadas no recurso.

A decisão terá agora de regressar ao Juízo Central Criminal de Lisboa para ser reformulada.

Na sequência desta situação, o Governo e o Banco de Portugal decidiram em dezembro de 2015 vender a atividade do Banif e a maior parte dos seus ativos e passivos ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou também o plano português de uma ajuda adicional de 2,25 mil milhões de euros para a cobrir o “buraco” financeiro no Banif, segundo as regras europeias.

A alienação foi tomada “no contexto de uma medida de resolução” pelas “imposições das instituições europeias e inviabilização da venda voluntária do Banif”, segundo um comunicado do Banco de Portugal então divulgado.

A operação envolveu “um apoio público estimado em 2.255 milhões de euros que visam cobrir contingências futuras, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões diretamente do Estado”, informou o banco central, garantindo que esta solução era a que melhor protegia “a estabilidade do sistema financeiro português”.

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Apritel escolhe M Public Relations para assegurar a sua comunicação

  • + M
  • 27 Junho 2024

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli ou Heineken são os principais clientes da agência.

A M Public Relations é agora a agência responsável por trabalhar a assessoria de imprensa e estratégia de comunicação da Apritel, associação dos operadores de comunicações eletrónicas, que representam cerca de 4% do PIB nacional e mais de 13 mil postos de trabalho diretos.

“Queremos continuar a valorizar a excelência da nossa indústria e a demonstrar a importância das comunicações na valorização da sociedade. Estamos por isso entusiasmados com o início desta ligação com a M Public Relations como nosso parceiro de comunicação”, diz citado em comunicado Pedro Mota Soares, secretário-geral da associação dos operadores de comunicações eletrónicas.

Já por parte da M Public Relations, o seu CEO refere que a agência “quer contribuir para o reconhecimento da importância do setor das comunicações“. “É com grande orgulho que começamos a trabalhar com uma instituição tão relevante no tecido associativo português”, acrescenta Daniel Vaz.

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli ou Heineken são os principais clientes da M Public Relations.

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Derrota de Portugal frente à Geórgia foi vista por 3,4 milhões de telespectadores

  • + M
  • 27 Junho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

A derrota de Portugal frente à Geórgia, por duas bolas a zero, foi acompanhada por cerca de 3,4 milhões de telespectadores. De acordo com a análise elabora pela Dentsu/Carat para o +M, a TVI registou uma audiência média de 3,2 milhões de telespectadores (33,5% aud. média) com 62,5% share. Na Sport TV, foram quase 163 mil os telespectadores que viram o jogo.

A partida foi o segundo jogo mais visto do Euro 2024 até agora pelos portugueses, ficando apenas atrás do jogo de estreia de Portugal, frente à Chéquia, que foi acompanhado por 3,6 milhões de pessoas nas transmissões da SIC e Sport TV. O top três fica completo com o confronto entre Portugal e Turquia, que foi visto por 2,8 milhões de telespectadores na RTP1 e Sport TV.

Sem contar com os jogos da seleção portuguesa, a partida mais vista foi a que opôs as seleções de Espanha e Itália e que foi vista por mais de 1,8 milhões de telespectadores na RTP1 e Sport TV.

Os primeiros 13 dias de Europeu foram acompanhados por 25 milhões e 37 mil telespectadores. Portugal, Chéquia, Geórgia, França e Itália captaram até agora as maiores audiências do Europeu.

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase e Audiência Acumulada

Audiência Fase a Fase

Audiência por seleção

Jogos e Resultados – 1ª Fase

Audiência por Marca

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CCDR-N e Xunta da Galiza tomam posição conjunta pela alta velocidade Porto-Vigo

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

As duas entidades mostram-se favoráveis à ligação ferroviária entre Porto e Vigo por entenderem ser uma “infraestrutura prioritária e estratégica” para o desenvolvimento económico e social.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte e a Xunta da Galiza assinam na terça-feira, em Valença, uma declaração conjunta onde defendem como “uma prioridade óbvia” a ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo (Espanha). No documento, a que a Lusa teve esta quinta-feira acesso, a CCDR-N e a Xunta da Galiza mostram-se favoráveis a esta ligação ferroviária por entenderem ser uma “infraestrutura prioritária e estratégica” para o desenvolvimento económico e social de Portugal e Espanha.

Segundo estas entidades, o desenvolvimento harmonioso dos territórios, com igualdade de tratamento e atitude solidária, proporciona uma evolução da qual todas as partes beneficiam. “A riqueza partilhada gera oportunidades e promove sinergias de bem-estar através do envolvimento coletivo”, referem.

No que diz respeito às redes de comunicação, esta perspetiva é “especialmente relevante” porque isso significa a plena utilização dos territórios e do capital humano, sublinham ainda. Na missiva, a CCDR-N e a Xunta da Galiza salientam que os estudos realizados sobre a ligação ferroviária em alta velocidade demonstram “dados incontestáveis” quanto ao seu potencial de utilização e rentabilidade.

O que, com os laços culturais existentes entre os dois países, constitui “um capital valioso” para alcançar progressos significativos na construção de projetos baseados na intercomunicabilidade, acrescentam. Insistindo que esta ligação é “uma prioridade óbvia”, as entidades ressalvaram a necessidade da mesma ser acompanhada de um orçamento e de um calendário realista para as concretizar dentro dos prazos previstos.

“Exigimos, assim, o desenvolvimento de um programa completo de ações, investimentos e etapas para a ligação [Porto-Vigo] com prioridade para a saída Sul de Vigo”, vincam. A CCDR-Norte e a Xunta da Galiza solicitam ainda aos governos de Portugal e Espanha que se articulem na definição da nova ligação internacional no rio Minho.

“Recordamos que a atual ligação, o chamado Comboio Celta entre Porto e Vigo, efetua-se em duas horas e meia com material muito obsoleto e oferece condições de serviço que devem ser atualizadas com urgência, enquanto a ligação do Eixo Atlântico não se concretizar para tornar possível que tal viagem ocorra no tempo máximo de uma hora”, frisaram.

Esta declaração, que vai ser assinada na terça-feira às 11:00, na antiga alfândega de Valença, no distrito de Viana do Castelo, vai ser enviada às entidades territoriais da Eurorregião, confederações empresariais e sindicais e entidades locais. Entre as entidades locais figura a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, que na segunda-feira em reunião pública do executivo municipal avalia esta declaração, segundo a agenda a que a Lusa teve hoje acesso.

A 23 de maio, o ministro das Infraestruturas assegurou, após um breve encontro com o presidente do governo regional da Galiza, que o executivo mantém o compromisso da ligação ferroviária em alta velocidade entre Lisboa e Vigo, bem como a Madrid. A ligação do Porto a Vigo, na Galiza, que está a ser desenvolvida paralelamente à linha de alta velocidade entre Porto e Lisboa, contempla estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

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UE compromete-se a dar apoio “de longo prazo” à Ucrânia

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A assistência global da UE e dos Estados-membros à Ucrânia ascende a quase 108 mil milhões de euros, incluindo 39 mil milhões de euros de apoio militar.

A União Europeia (UE) comprometeu-se esta quinta-feira a dar “um apoio previsível e de longo prazo” à segurança e defesa da Ucrânia, segundo uma declaração conjunta divulgada em Bruxelas.

O compromisso, assinado pelos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que se deslocou a Bruxelas para assinar o documento, à margem da reunião que junta os líderes europeus, estipula que a UE se empenha em dar “um apoio previsível, a longo prazo e sustentável à segurança e defesa da Ucrânia”.

A UE continuará, com a criação do Fundo de Assistência, a apoiar o fornecimento de equipamento militar letal e não letal e de formação a Kiev, com um orçamento de cinco mil milhões de euros (ME) para 2024, podendo ainda haver “aumentos anuais comparáveis até 2027, com base nas necessidades ucranianas e sob reserva da orientação política do Conselho” da UE.

A assistência global da UE e dos Estados-membros à Ucrânia ascende a quase 108 mil milhões de euros, incluindo 39 mil milhões de euros de apoio militar, dos quais 6,1 mil milhões de euros através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

A UE criou ainda o Mecanismo Ucrânia de 50 mil milhões de euros para prestar apoio financeiro previsível à Ucrânia durante o período 2024-2027 (7,9 mil milhões já desembolsados) e também concordou em utilizar as receitas extraordinárias provenientes dos ativos imobilizados da Rússia para apoiar Kiev.

A Ucrânia compromete-se a prosseguir com as reformas necessárias para a futura adesão à UE, bem como na área da segurança, serviços de informação e defesa.

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Google Tradutor passa a incluir português de Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A gigante tecnológica, através do recurso a IA, anunciar que vai incluir 110 novos idiomas no Google Tradutor, entre os quais o português de Portugal.

A Google anunciou esta quinta-feira que está a implementar 110 novos idiomas no Google Tradutor, ferramenta de tradução da tecnológica, sendo a “maior expansão de todos os tempos”, e que inclui o português de Portugal.

Em 2022, a Google tinha adicionado 24 novos idiomas utilizando a tradução automática ‘zero-shot’, onde um modelo de aprendizagem de máquina aprende a traduzir para outro idioma sem nunca ver um exemplo e anunciou “a Iniciativa 1.000 Línguas, um compromisso para construir modelos de IA [inteligência artificial] que vão oferecer suporte aos 1.000 idiomas mais falados no mundo”, recorda a Google.

“Agora, estamos a usar a IA para expandir a variedade de idiomas suportados” e, “graças ao nosso grande modelo de linguagem PaLM 2, estamos a começar a implementar 110 novos idiomas no Google Tradutor, a nossa maior expansão de todos os tempos, incluindo o português de Portugal”, refere, numa publicação online. Ou seja, o Google Tradutor vai passar a distinguir as variantes do português (Portugal versus Brasil).

“Do cantonês ao Q’eqchi’, estas novas línguas representam mais de 614 milhões de falantes, permitindo traduções para cerca de 8% da população mundial”, refere a Google. Cerca de um quarto das novas línguas “são de África e representam a nossa maior expansão de línguas africanas até à data, incluindo Fon, Kikongo, Luo, Ga, Swati, Venda e Wolof”, adianta.

Entre os idiomas que agora passam a ser suportados no Google Tradutor estão o afar, uma língua tonal falada no Djibouti, Eritreia e Etiópia. “De todos os idiomas neste lançamento, afar teve o maior número de contribuições voluntárias da comunidade”, sublinha. Depois, o cantonês, que era há muito “um dos idiomas mais solicitados no Google Tradutor”, prossegue.

Outros exemplos são o manx, língua celta da Ilha de Man, que foi quase extinta com a morte do seu último falante nativo em 1974, mas “graças a um movimento de renascimento em toda a ilha, existem agora milhares de falantes”, e o nko, uma forma padronizada das línguas Manding da África Ocidental que unifica muitos dialetos numa língua comum.

“O seu alfabeto único foi inventado em 1949 e possui uma comunidade de pesquisa ativa que hoje desenvolve recursos e tecnologia para ele”, refere a Google, na sua publicação. Há ainda o punjabi (Shahmukhi), variedade do punjabi escrito na escrita perso-árabe (Shahmukhi) e é a língua mais falada no Paquistão, o tamazight, língua berbere falada no Norte da África, e o tok pisin, um “crioulo de origem inglesa e a língua franca da Papua Nova Guiné”.

As línguas “têm uma imensa variação: variedades regionais, dialetos, diferentes padrões ortográficos” e, na verdade, “muitos idiomas não possuem um formato padrão, por isso é impossível escolher a variedade ‘certa'”. Mas “a nossa abordagem tem sido priorizar as variedades mais usadas comummente em cada idioma”, adianta.

“O PaLM 2 foi uma peça-chave neste puzzle, ajudando o Tradutor a aprender com mais eficiência idiomas intimamente relacionados entre si, incluindo idiomas próximos do hindi, como awadhi e marwadi, e os crioulos franceses, como o crioulo das Seicheles e o crioulo das Maurícias”, explica. E à medida que a tecnologia evoluiu “e continuamos a fazer parcerias com linguistas especializados e falantes nativos, apoiaremos, ao longo do tempo, ainda mais variedades linguísticas e convenções ortográficas”.

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Capital Securities cessa atividade em Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A empresa de investimento "cessou a sua atividade em Portugal com efeitos a partir de 14-06-2024”, indicou a CMVM .A atividade da Capital Securities estava temporariamente suspensa.

A Capital Securities, empresa de investimento, cessou a sua atividade em Portugal, com efeitos desde 14 de junho, anunciou esta quinta-feira a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A atividade da empresa estava temporariamente suspensa.

“[…] A CMVM vem informar que a Capital Securities, S.A. cessou a sua atividade em Portugal com efeitos a partir de 14-06-2024”, indicou, em comunicado, o regulador. Em 22 de abril, a também corretora Capital Securities, que opera desde a Grécia, tinha sido suspensa temporariamente, pelo regulador grego, de poder exercer a sua atividade.

A CMVM adiantou, na altura, que a suspensão foi tomada por um período de 45 dias, a partir de 09 de abril, pelo regulador grego Hellenic Capital Market Commission (no nome em inglês). Não foram indicados os motivos da suspensão.

Já no início de junho, a CMVM disse que a autoridade de supervisão grega tinha decidido prolongar a suspensão temporária por um período adicional de 30 dias, com efeitos a partir de 21 de maio. A Capital Securities estava habilitada a prestar serviços financeiros em Portugal através do regime de Livre Prestação de Serviços (LPS).

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Desempenho das contas públicas deveu-se a “elevada carga fiscal”, diz UGT

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A central sindical alertou que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes” e que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal”, sobretudo sobre os trabalhadores.

A UGT assinalou esta quinta-feira que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal” e que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes”. Os alertas fazem parte de uma resolução do secretariado nacional da UGT, que foi aprovada por unanimidade.

A central sindical alertou que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes” e que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal”, sobretudo sobre os trabalhadores. A UGT pediu que as instituições europeias não esqueçam os progressos realizados e que o Governo português não feche os olhos aos problemas.

Na resolução, a UGT reafirmou a importância do acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade e do acordo plurianual da administração pública. A estrutura sindical mostrou-se ainda disponível para “discutir, revisitar e atualizar” o acordo de médio prazo, notando que os restantes parceiros sociais subscritores têm reiterado o seu compromisso.

A UGT saudou também a apresentação do relatório final do projeto-piloto da semana de quatro dias, que vincou ser concebível apenas “no modelo proposto, com redução da jornada de trabalho e sem redução de salário”. Na última reunião de concertação social foi apresentado o livro verde sobre o futuro da segurança e saúde no trabalho.

Para o secretariado nacional este livro é uma necessidade que “indiscutivelmente se impõe” devido ao progresso tecnológico e às novas formas de trabalho.

“É indiscutível que o mercado de trabalho e os locais de trabalho estão em constante mudança, trazendo profundas alterações na forma como o trabalho é organizado. A digitalização, a globalização, as mudanças demográficas, as alterações ambientais e climáticas têm um impacto profundo na sociedade e no mercado de trabalho”, sublinhou.

Por último, a UGT saudou a eleição de Luís Pais Antunes como novo presidente do Conselho Económico e Social (CES), destacando a sua experiência e conhecimento.

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