Fred. Olsen Express é distinguido nos Atlantic Today Awards pela sua contribuição para o transporte nas Ilhas Canárias

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  • 27 Junho 2024

Fred. Olsen Express foi distinguida com o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial na Categoria Transportes durante a terceira edição dos Atlantic Today Awards.

Este reconhecimento destaca a contribuição contínua da Fred. Olsen Express para a conetividade e o desenvolvimento económico das Ilhas Canárias.

O diretor de frota da Fred. Olsen Express, Juan Ignacio Liaño, e a responsável de Marketing e Comunicação, Marina González Jansá, foram os encarregados de receber o prémio. Liaño sublinhou o empenhamento da empresa na inovação e no desenvolvimento contínuo, recordando que a Fred. Olsen Express fará 50 anos dentro de algumas semanas. “Cada ano é uma nova iniciativa para nós”, afirmou, destacando a importância do apoio da administração, dos fornecedores e dos parceiros no seu sucesso.

Para além da Fred. Olsen Express, outras cinco empresas receberam prémios em várias categorias:

A Spawellplus recebeu o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial na Categoria Turismo. A fundadora e CEO, Elba Leandro, salientou a importância de continuar a aposta no turismo de bem-estar nas ilhas, sublinhando a necessidade de oferecer qualidade de vida aos turistas e residentes.

A Transvirgin recebeu o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial na categoria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Manuel Galindo Hernández, sócio fundador e diretor-geral, destacou a importância da sustentabilidade e da economia circular, mencionando as realizações da empresa na prevenção de descargas descontroladas no mar e o seu compromisso com a água dessalinizada.

Canarias sin deuda recebeu o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial em Inovação. Gil Machado, diretor de operações, agradeceu à equipa pelo seu esforço e empenho e destacou a importância da lei da segunda oportunidade para ajudar as pessoas através do seu projeto.

A Collbaix Canarias foi galardoada com o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial em Internacionalização. Embora o Diretor-Geral, Fran Contreras, não tenha podido estar presente devido a cancelamentos de voos, o reconhecimento destaca a expansão e o sucesso da empresa fora das Ilhas Canárias.

A Dinosol recebeu uma menção especial como Gestor do Ano, aceite por Jennifer Puga, filha de Javier Puga, Diretor-Geral. Javier Puga expressou a sua gratidão à equipa da Dinosol e destacou o ambiente familiar e de aprendizagem que tem rodeado a sua carreira.

O Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz de Tenerife, José Manuel Bermúdez, afirmou que “as atividades empreendedoras únicas são recompensadas e nesta terra temos muitos exemplos, sem ir mais longe nesta cidade, mais viva do que nunca, onde já existem mais de 7.000 empresas. As suas iniciativas contribuem para o desenvolvimento económico e social da nossa terra através do trabalho heroico e corajoso de criar uma empresa.

Corviniano Clavijo, presidente do Atlántico Hoy, sublinhou o valor do reconhecimento do esforço empresarial. “Esta Canárias produtiva deve ser conhecida e reconhecida. É aqui que um meio de comunicação envolvido no território deve servir de altifalante para estas iniciativas notáveis. Apelamos às autoridades para que facilitem o empreendedorismo nas Ilhas Canárias”, sublinhou.

Por seu lado, Martín Alonso, diretor do Atlántico Hoy, declarou que “abrir um negócio, começar um negócio, levar uma empresa para a frente é um ato de resiliência, um exercício coletivo que enriquece a sociedade. Nestas ilhas, todos os dias, cerca de 152.000 empresas levantam as suas persianas para, para além de desenvolverem a sua atividade, fazerem as Canárias”.

A Ministra do Turismo e do Emprego do Governo das Canárias, Jessica de León, manifestou o seu apoio às empresas locais, sublinhando o papel crucial do jornalismo na sociedade e salientou que “não estão sozinhas, o Governo das Canárias será o seu aliado para atingir os seus objetivos. A inovação, o esforço e o espírito empresarial são a melhor receita para dinamizar o tecido produtivo das ilhas. Nós, jornalistas, somos as costureiras da democracia. Obrigado ao Atlántico Hoy por estar do lado bom da história”.

Entre os patrocinadores do evento contam-se o Governo das Canárias, a Phillip Morris Espanha, a Emmasa, o CaixaBank e a Cofares, com a colaboração de vários municípios e autoridades portuárias. A gala será transmitida no dia 29 de julho, às 22h00, pelo canal regional privado Atlántico Televisión.

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O “efeito borboleta” das taxas de juro pela mão do BCE e da Fed

A divergência da política monetária do BCE e da Fed confere complexidade ao ambiente económico atual. Prudência e gradualidade são essenciais na gestão das taxas de juro, destacam economistas.

O cenário atual da política monetária global é marcado por uma divergência notável entre o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). Enquanto o BCE realizou recentemente o primeiro corte nas taxas diretoras em quase cinco anos, a Fed mantém uma postura mais cautelosa, adiando qualquer redução nas Fed Funds.

Esta dinâmica reflete a complexidade crescente do ambiente económico global, um tema central no recente trabalho de investigação dos economistas Kristin Forbes, Jongrim Ha e M. Ayhan Kose, que será apresentado no próximo Fórum do BCE, que decorrerá em Sintra entre 1 e 3 de julho.

Para os autores deste paper, o futuro da política monetária promovida pelos principais bancos centrais será marcado por uma crescente influência de fatores globais, exigindo uma abordagem cautelosa e gradual por parte dos bancos centrais.

Os choques globais têm desempenhado um papel cada vez mais significativo na explicação das flutuações das taxas de juro nacionais, destacam os economistas Kristin Forbes, Jongrim Ha e M. Ayhan Kose.

Qualquer recalibração das taxas de juro daqui para a frente deve ser gradual, tendo em conta as interações entre fatores globais cada vez mais importantes e circunstâncias domésticas“, lê-se no documento, que foi publicado esta quinta-feira. Esta observação ganha relevância especial no contexto atual, onde vemos o BCE iniciando um ciclo de flexibilização monetária, enquanto a Fed mantém uma postura mais hawkish.A

A análise de Forbes, Ha e Kose agrega um histórico de 55 anos de dados de 24 economias desenvolvidas e revela uma tendência clara: os choques globais têm desempenhado um papel cada vez mais significativo na explicação das flutuações das taxas de juro nacionais.

Os economistas sublinham que, entre 2020 e 2024, “os choques globais explicaram 64% da variação nas taxas de juro”, notando queesta é a primeira vez na amostra que os choques globais desempenharam, em média, um papel maior do que os choques domésticos”.

Esta crescente sincronização global coloca novos desafios aos bancos centrais. A decisão do BCE de cortar as taxas, por exemplo, deve ser vista não apenas no contexto da economia europeia, mas também considerando as pressões inflacionárias globais e as decisões de outros bancos centrais, como a Fed.

Cautela e prudência nunca foram tão essenciais

Olhando para o futuro, os especialistas sugerem que os bancos centrais devem estar atentos à incerteza sobre se os ciclos das taxas de juro “reverterão para padrões pré-2008”. Esta dúvida reforça a necessidade de uma abordagem cautelosa na gestão das taxas de juro, algo que se pode observar na relutância da Fed em iniciar cortes das taxas de juro, apesar das expectativas do mercado apontarem para isso.

O paper dos três economistas destaca ainda que, em média, “a inflação e o crescimento do PIB e do emprego regressaram, em grande medida, às normas históricas para esta fase de um ciclo de aperto monetário”. No entanto, ressalvam que existem diferenças importantes entre países individuais, o que pode explicar as diferentes abordagens do BCE e da Fed.

O estudo também enfatiza a importância de distinguir entre diferentes tipos de choques globais. “Os bancos centrais precisarão de priorizar a diferenciação precisa entre choques globais de oferta e de procura”, lê-se no documento. Esta distinção será crucial para o BCE e a Fed, à medida que navegam no ambiente pós-pandemia, onde os choques da procura e da oferta se têm entrelaçado de maneiras complexas.

O futuro da política monetária, conforme delineado por Forbes, Ha e Kose, promete ser marcado por uma complexidade crescente, com os fatores globais desempenhando um papel cada vez mais preponderante.

Neste contexto, a prudência e a gradualidade serão palavras de ordem para os bancos centrais, sobretudo para o BCE e para a Fed, à medida que navegam num ambiente económico cada vez mais interligado globalmente.

A divergência atual entre as abordagens do BCE e da Fed pode ser vista como um reflexo dessa complexidade, sublinhando a necessidade de uma calibração cuidadosa das políticas monetárias em resposta a um cenário económico global em constante evolução.

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A UAX define a sua Faculdade de Música como “a academia dos novos talentos da indústria em Espanha”

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  • 27 Junho 2024

A Universidade Alfonso X el Sabio (UAX) afirmou na quinta-feira que a sua Faculdade de Música e Artes do Espetáculo se tornou a "grande referência e berço de novos talentos musicais no nosso país".

Tanto entre o seu corpo docente como entre os seus alunos e licenciados há músicos de renome que hoje triunfam em vários estilos. A UAX sublinhou que aplica uma metodologia própria, que alia a teoria à prática, “e que os prepara para enfrentar a carreira profissional, confrontando-os com espetáculos públicos desde o início da sua formação, para que possam mergulhar nas sensações que vão sentir em palco”.

Como complemento à formação musical, explicou que os alunos das diferentes licenciaturas da Faculdade de Música da UAX têm diferentes disciplinas que os instruem de forma abrangente para a atuação, como a gestão da ansiedade em palco ou o cuidado com a postura para evitar lesões.

ESTUDANTES

Sofía Zarzoso, Mestre em Performance e Investigação em Performance na UAX, é um dos grandes talentos da cena musical em Espanha. Zarzoso foi escolhida para dirigir a Banda Sinfónica Feminina da Federação de Sociedades Musicais da Comunidade Valenciana (FSMCV) para 2024, um cargo de grande responsabilidade que é renovado todos os anos e sob cuja direção se encontram cerca de 70 músicos de sociedades musicais da Comunidade Valenciana.

Óscar M. Leanizbarrutia, também com formação musical na UAX, tem vindo a triunfar junto do público há duas temporadas graças ao seu Requiem original composto em honra das vítimas da covid-19 e interpretado pelo Coro Juvenil I Thirst da Basílica de la Concepción de Nuestra Señora de Madrid. Leanizbarrutia é também uma referência na indústria cinematográfica, onde conseguiu uma nomeação para o prémio Goya de Melhor Música Original com o filme “Red de libertad”. Compôs também música para documentários, anúncios publicitários e trailers.

Leo de María, antigo aluno e atual professor da UAX, é considerado um dos melhores intérpretes da sua geração. Estudou na Faculdade de Música e Artes Cénicas da UAX sob a direção do Maestro Leonel Morales, de onde deu o salto para Salzburgo para continuar os seus estudos com o Maestro Pavel Gililov. Com apenas 29 anos de idade, já recebeu mais de 40 prestigiados prémios nacionais e internacionais.

PROFESSORES

Para além disso, entre os professores da licenciatura em Performance Musical da Faculdade de Música e Artes do Espetáculo da UAX, destacam-se nomes como Vicente Alberola, professor de clarinete na UAX. É um dos músicos espanhóis mais reconhecidos internacionalmente, devido à sua longa carreira como clarinetista e maestro de orquestra em instituições como a Ópera de Madrid e a Orquestra Sinfónica da Galiza. Foi também convidado como clarinetista solista pela Royal Concertgebouw Orchestra, a New York Philharmonic Orchestra, a Lucerne Festival Orchestra e a MMCK em Tóquio, entre muitas outras.

Ashan Pillai, professor convidado da UAX, é também um reputado violetista britânico, o que realça igualmente o caráter internacional deste corpo docente. Vencedor de concursos como o Lionel Tertis, o Concurso Internacional de Roma ou o Park Lane Group Competition em Londres, Pillai destaca-se por uma extensa discografia de viola, como as 11 sonatas para o Palácio Real de Madrid (1770-1819) para as Edições Boileau.

Miguel Romea, maestro da Orquestra Sinfónica da UAX desde a sua criação em 2015, com mais de 25 anos de experiência, tem um profundo conhecimento da música alemã, russa e escandinava, que é a base do seu desenvolvimento como maestro. Ao longo da sua carreira, dirigiu conjuntos como a Orquesta y Coro Nacionales de España, a Orquesta de la Radio Televisión Española, a Orquesta Sinfónica de Madrid, a Orquesta del Principado de Asturias ou a Orquesta de Castilla y León, entre muitos outros.

 

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Chega a Espanha o “Eylea 8 mg” da Bayer, a única terapia que permite prolongar o tratamento até cinco meses na DMRI e no EMD

  • Servimedia
  • 27 Junho 2024

Estima-se que, em Espanha, cerca de meio milhão de pessoas vivam com estas patologias, que são as principais causas de perda de visão a nível mundial e requerem injeções intra-oculares frequentes.

O Ministério da Saúde, do Consumidor e da Segurança Social incluiu no Sistema Nacional de Saúde (SNS) o financiamento do Eylea™ 8 mg (aflibercept 8 mg) para o tratamento da Degenerescência Macular Neovascular Relacionada com a Idade (DMRI) e do Edema Macular Diabético (EMD).

É o único medicamento aprovado para ambas as condições que permite extensões de tratamento até 5 meses, com um perfil de segurança e eficácia comparável à terapia de referência Eylea™ 2 mg (aflibercept 2 mg) e o potencial para reduzir a frequência das injecções e proporcionar um controlo rápido e sustentado dos fluidos.

Doenças como a DMRI e a DMRI, as principais causas de perda de visão em todo o mundo, requerem uma abordagem que envolve injecções intra-oculares frequentes para manter a acuidade visual, o que representa um encargo significativo para os doentes, os seus cuidadores e o SNS. A nova terapia permite que os profissionais de saúde prolonguem os intervalos entre as injeções até cinco meses, o que pode satisfazer uma necessidade importante dos doentes sem comprometer a eficácia e a segurança, e reduzir os encargos com os cuidados.

“O prolongamento dos intervalos de tratamento é uma das grandes necessidades não satisfeitas dos doentes de oftalmologia, do sistema e dos profissionais de saúde. Esta inovação terapêutica, com eficácia e um elevado perfil de segurança, contribui para responder a esta necessidade”, segundo o Dr. Alfredo García Layana, diretor do Departamento de Oftalmologia da Clínica Universidad de Navarra e presidente da Sociedade Espanhola de Retina e Vítreo (SERV).

“Esta extensão pode ser uma grande ajuda para aliviar a carga de cuidados do sistema, reduzindo o número de injecções e visitas hospitalares, sem reduzir a eficácia em comparação com outras terapias”, afirma a Dra. Patricia Udaondo, oftalmologista do Hospital Universitário e Politécnico La Fe em Valência, da Clínica Aiken e da Fundação Aiken.

“Estamos convencidos de que esta nova terapia pode representar um novo paradigma no tratamento de doenças oftalmológicas com uma elevada incidência e impacto na vida dos doentes, dos seus cuidadores e dos profissionais de saúde”, acrescenta Guido Senatore, diretor médico da Bayer em Espanha.

Em Espanha, estima-se que haja um milhão de pessoas com deficiência visual. Destas pessoas, estima-se que 205 000 sofram de DMRI e 250 000 de EMD. A perda de visão tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes, que também veem a sua saúde mental comprometida.

Neste contexto, a Bayer lançou o documentário “Enfocados”, realizado em colaboração com a Associação Macula Retina e a Sociedade Espanhola de Retina e Vítreo (SERV), com o objetivo de aumentar a sensibilização e o conhecimento sobre estas patologias.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de junho

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Ao longo desta quinta-feira, 27 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

António Costa pode ser nomeado para liderar o Conselho Europeu. BdP e INE divulgam indicadores. Deputados na AR debatem programa de emergência na AIMA.

No dia em que poderá ser confirmada a escolha de António Costa para presidir o Conselho Europeu, o Instituto Nacional de Estatística publica dados sobre as rendas da habitação a nível local, enquanto o Banco de Portugal mede a evolução dos empréstimos e depósitos bancários.

INE e BdP divulgam indicadores

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica hoje vários indicadores, incluindo os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores e as estatísticas das rendas da habitação a nível local correspondentes ao primeiro trimestre. O Centro, com uma subida de 13,5% das novas rendas em 2023, teve o maior aumento, segundo os dados do ano completo publicados pelo INE em março deste ano. Já no canto oposto esteve a Região Autónoma dos Açores, onde as novas rendas subiram “apenas” 9,8%. O Banco de Portugal (BdP) também divulga esta quinta-feira os indicadores do sistema bancário português e dos empréstimos e depósitos bancários.

Conselho Europeu poderá nomear Costa

Começa esta quinta-feira o Conselho Europeu, em Bruxelas, onde poderá ser formalizada a nomeação do anterior primeiro-ministro António Costa para a presidência deste organismo da União Europeia. Ursula Von der Leyen também está na calha para continuar a liderar a Comissão Europeia por mais um mandato. O encontro estende-se até sexta-feira.

Secretário-geral do PS em Bruxelas

Enquanto isso, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, também estará em Bruxelas. O líder da oposição participa esta quinta-feira, pelas 12h15 (hora de Bruxelas), numa reunião dos socialistas europeus pré-Conselho Europeu, no Square Brussels Convention Centre.

Regularização de imigrantes discutida em plenário

Os deputados discutem pelas 15h00, em plenário, na Assembleia da República, um projeto de lei do PCP sobre o programa de emergência para a regularização dos processos de autorização de residência pendentes na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). Em debate está igualmente uma recomendação ao Governo para que centralize os pedidos de renovação de autorizações de residência na AIMA e que alargue as funcionalidades do seu portal de serviços.

Ministro da Educação na apresentação dos resultados de Literacia Financeira

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, participam na sessão de apresentação dos resultados de Literacia Financeira no âmbito do PISA 2022, numa iniciativa do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE). O evento conta ainda com a presença do representante da Comissão Europeia em Portugal, Carlos Morais Pires, e da vice-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Inês Drumond, além de Eulália Alexandre, subdiretora-geral da Direção Geral da Educação, Miguel Ferreira, vice-diretor da Nova SBE, e João Carlos Mesquita, professor do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite.

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Apoio unânime da Assembleia Geral de Cofares ao seu presidente, Eduardo Pastor

  • Servimedia
  • 27 Junho 2024

A Cofares realizou a sua Assembleia Geral em Madrid na quinta-feira, com a presença de um grande número de membros das diferentes comunidades autónomas.

Durante o evento, a empresa aprovou a sua Política Geral, o Relatório do Presidente e as Contas para o ano fiscal de 2023. Antes do evento, o Presidente, Eduardo Pastor, reuniu-se com os membros da cooperativa através de um total de treze Reuniões Preparatórias espalhadas por todo o país.

Após o evento, o Presidente da Cofares agradeceu o apoio dos associados. “Mais uma vez, este ano, os associados estiveram no centro da nossa estratégia e agradeço-lhes todo o apoio nesta Assembleia. Tenho orgulho em presidir a esta organização, que é a maior força de farmacêuticos comunitários em Espanha”.

Este trabalho permitiu à empresa cumprir os objetivos do seu Plano Estratégico um ano antes do previsto e, para além da gestão da sua própria atividade como empresa líder de serviços, está centrada principalmente na defesa da farmácia comunitária. “A minha missão é gerir o património dos membros da Cofares e valorizar a sua contribuição para a sociedade com lealdade, conhecimento e experiência, e defender os seus interesses específicos enquanto proprietários de farmácias. Para o efeito, o nosso modelo cooperativo é essencial, pois significa união, solidariedade e entreajuda”, sublinhou Eduardo Pastor.

Em 2023, Cofares bateu um recorde com vendas de 4.061 milhões de euros, representando um crescimento de 3,4%. A empresa cumpriu todos os seus objetivos financeiros, alcançando uma quota de mercado de 29,85%. Com 450 milhões de unidades de medicamentos e produtos de saúde geridos em 2023, Cofares consolidou mais uma vez a sua posição de empresa líder em serviços de saúde e agente estratégico na cadeia de valor do medicamento, com uma média de 2,7 entregas diárias nas farmácias e a abertura de 87 novas rotas.

De acordo com o seu Plano Estratégico, a cooperativa realizou investimentos no valor total de 41,9 milhões de euros, dos quais mais de 23,5 milhões foram afetados à expansão, melhoria e modernização da sua extensa rede de armazéns (incluindo a Farmavenix), o que se traduz em mais 14,5% do que em 2022. Com a abertura em 2023 de dois novos centros em Linares (Jaén) e Ourense, a que se seguirá nos próximos dias a abertura de Onda (Castellón), Tarragona na segunda metade de 2024 e Saragoça em 2025, “construímos a maior rede de distribuição farmacêutica do nosso país”, sublinhou o presidente da Cofares.

Cofares integra a sustentabilidade e o respeito pelas pessoas e pelo planeta no seu trabalho quotidiano. Nesta linha, em 2023, aderiu à iniciativa “Lean & Green”, comprometendo-se a reduzir as suas emissões de CO2 em 20% nos próximos cinco anos, com o objetivo de ser uma organização neutra em termos de emissões até 2050.

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Estafetas já têm reunião marcada com plataformas digitais. “Estamos ansiosos”

Plataformas digitais vão ficar a conhecer reivindicações dos estafetas, que pedem, nomeadamente, o pagamento mínimo de três euros para qualquer entrega. Contratos de trabalho não fazem parte da lista.

Os estafetas vão sentar-se à mesa com a Associação Portuguesa das Aplicações Digitais (APAD) na próxima semana, em Coimbra. Em declarações ao ECO, Hans Melo, do movimento Estafetas Unidos, explica que o encontro servirá para apresentar às plataformas digitais as reivindicações de quem lhes presta serviços, nomeadamente o pagamento mínimo de três euros para qualquer entrega e o fim dos pedidos triplos. Já um dos temas mais quentes do trabalho nas plataformas digitais (os contratos de trabalho) não consta dessa lista.

Reportagem com estafetas da Uber Eats durante a pandemia de Covid-19 - 14ABR20

“É a primeira reunião da APAD connosco. Estamos ansiosos“, sublinha o porta-voz, que detalha que a reunião acontecerá na próxima terça-feira, dia 2 de julho, pelas 14h00. Ainda que esse encontro esteja marcado para Coimbra, Hans Melo salienta que a luta é nacional, pelo que deverão participar também estafetas vindos do Porto.

Ainda assim, no email enviado aos estafetas, a que o ECO teve acesso, as plataformas digitais deixam claro que “os assuntos operacionais não poderão ser discutidos“, por “motivos de concorrência“. A APAD, convém explicar, junta a Uber, a Glovo e a Bolt, aplicações que têm modelos de negócios distintos e que estão em concorrência entre si.

Num comentário enviado ao ECO, a associação confirma que é a primeira reunião que a APAD terá com os estafetas, mas frisa que as plataformas em si têm reunido com regularidade com esses indivíduos, “para receber feedback, como parte do seu funcionamento normal“.

“Sempre afirmámos que a APAD está recetiva e disponível para se reunir com qualquer pessoa que queira levantar alguma questão, e estes estafetas não são diferentes. Esta é uma oportunidade para abordar diretamente qualquer questão“, assinala a associação.

Quanto às reivindicação que serão levadas a este encontro, importa referir que o movimento Estafetas unidos – que tem por base uma comunidade no Whastapp que conta com mais de mil membros – já identificou as suas oito prioridades.

À cabeça, surge o pagamento mínimo de três euros para qualquer entrega até 1,99 quilómetros. Além do pagamento mínimo, da lista consta a exigência de compensações por cada quilómetro percorrido (50 cêntimos por cada quilómetro entre dois e 4,9 quilómetros, e um euro por quilómetro para viagens acima dos cinco quilómetros de distância).

Os estafetas querem também que os pedidos duplos sejam pagos individualmente e que acabem os pedidos triplos. Pedem, além disso, que a deslocação até ao ponto de recolha seja remunerada e que as plataformas (Uber, Bolt e Glovo) abram escritórios nas principais cidades, com os quais possam dialogar e reportar eventuais dúvidas ou problemas.

“Esta pauta, este clamor é nacional. Logo, todas as cidades devem ser contempladas. Estamos juntos“, lê-se no documento que tem circulado nas comunidades digitais de estafetas.

E os contratos de trabalho?

É de destacar que fora desta lista está um dos temas que foi mais realçado pelo Governo anterior, quanto às plataformas digitais: o contrato de trabalho. Tanto que na primavera do ano passado a lei do trabalho foi alterada, de modo a abrir a porta a que os estafetas sejam considerados trabalhadores por conta de outrem ao serviço das plataformas digitais, desde que sejam reconhecidos indícios de subordinação. Por exemplo, se a plataforma fixar a retribuição ou tiver poder disciplinar, pode estar em causa um laço de subordinação.

Entre os estafetas, essa não é uma questão consensual. Ainda que haja quem queira, há também quem não esteja interessado nessa subordinação. O movimento Estafetas em luta chegou a defendê-lo, enquanto o movimento Estafetas unidos nunca incluiu esse tema na sua lista de reivindicações.

Também nos tribunais esse tema não tem conseguido consensos. A Glovo, por exemplo, adiantou ao ECO que já conseguiu no total 28 sentenças que lhe dão razão (e negam contratos de trabalho), mas ainda este mês o Tribunal de Viseu decidiu reconhecer um vínculo entre dois estafetas e essa plataforma anunciou que vai recorrer.

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Dos cargos de topo à adesão da Ucrânia. Os oito temas na agenda do Conselho Europeu

O nome de António Costa deverá ser proposto para presidir ao Conselho Europeu. Mas além do próximo ciclo institucional, os líderes irão debater Ucrânia, segurança e defesa.

Será uma das cimeiras mais importantes para Portugal, desde logo, porque conta com um português como um dos protagonistas. António Costa será o nome indicado para liderar o Conselho Europeu nos próximos cinco anos, e tudo indica que será eleito de forma consensual. Entre os 27 Estados-membros, incluindo Portugal, o ex-primeiro-ministro é o nome mais forte para liderar os trabalhos da instituição na próxima legislatura, sucedendo a Charles Michel que esteve na posição por dois mandatos.

A convicção [do Governo], é que a candidatura se irá consumar“, afirmou Luís Montenegro, esta quarta-feira, durante o debate quinzenal na Assembleia da República. “António Costa é o melhor socialista daqueles que estão com condições de ser candidatos” para presidir o Conselho Europeu, disse ainda o primeiro-ministro que irá representar Portugal neste encontro.

A eleição de Costa será também das mais fáceis. Para receber ‘luz verde’, o candidato português precisa não só de 55% dos Estados-membros, como também que esses países representem 65% da população na União Europeia.

O apoio de Espanha e Alemanha, dois dos países mais populosos da União Europeia (UE), esteve desde o início garantido uma vez que Pedro Sanchéz e Olaf Sholz fazem parte da família socialista da qual António Costa também faz parte, e são também os dois principais negociadores deste processo. França, que embora seja liderada pelo liberal Emmanuel Macron, também já se mostrou disponível para suportar a candidatura de António Costa.

O mesmo não se pode dizer de Itália, que conta com a conservadora Giorgia Meloni como chefe do Governo que já se demonstrou descontente com o decorrer das negociações. Mas esta ausência não será crítica. À partida, os 12 líderes que integram o Partido Popular Europeu (PPE) no Conselho Europeu deverão subscrever à candidatura de António Costa. Estas três famílias políticas — das quais integram o PS, a Iniciativa Liberal e PSD e CDS, respetivamente — irão viabilizar a eleição para a presidência do Conselho Europeu, garantiu Luís Montenegro.

Em cima da mesa, será proposto também Kaja Kallas para alta representante da União Europeia (UE) para a política externa e simultaneamente vice-presidente da Comissão Europeia. Resta saber se o caminho estará seguro para a reeleição de Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão. Até ao momento, os socialistas ainda não formalizaram o apoio à candidata alemã e isso poderá ameaçar a recondução uma vez que, tanto no Conselho Europeu como no Parlamento, von der Leyen precisa de uma maioria a suportar a sua reeleição.

Estão a decorrer negociações para os mais altos cargos. Não julgo que seja este o momento para dizer [se os socialistas apoiarão Von der Leyen]”, disse Ana Catarina Mendes, eurodeputada eleita pelo PS e a nova vice-presidente da bancada da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D).

E não será expectável que o façam, uma vez que Ursula von der Leyen, durante a campanha eleitoral, mostrou-se disponível para negociar com a bancada da extrema direita, em Estrasburgo, em particular os Conservadores e Reformistas Europeus. Esta abertura não agradou o S&D que consideram a direita mais extremada como uma “linha vermelha”.

Ucrânia, Gaza e segurança no topo da agenda

Conselho Europeu com António Guterres - 23MAR23

Mas a agenda do Conselho Europeu, que se estende entre 27 e 28 de junho, não estará apenas focada no próximo ciclo institucional. Os 27 Estados-membros, debaterão a Agenda Estratégica para 2024-2029, na qual serão definidas as as prioridades e as orientações estratégicas da UE para os próximos cinco anos, a adesão da Ucrânia à UE, a guerra no Médio Oriente, a segurança e defesa e a competitividade.

No tema da Ucrânia, os líderes europeus, que se mantêm fiel ao apoio ao país face à invasão da Rússia, irão abordar a trajetória para à adesão à UE, tal como já tinha sido proposto por Ursula von der Leyen e defendido por 12 Estados-membros, incluindo Portugal.

Em matéria de política externa, os 27 irão abordar também a eventual adesão da Moldávia à UE.

O conflito militar na Faixa de Gaza também será outro tema abordado, no qual os líderes europeus deverão voltar a apelar a um cessar-fogo imediato e a libertação de reféns. “É urgente e prioritário uma cessação das hostilidades. O Conselho Europeu vai instar o Hamas a proposta de cessar fogo”, esclareceu Luís Montenegro, durante o debate quinzenal.

Os trabalhos dos dirigentes da UE prosseguirão com um foco de aumentar as capacidades globais da UE em matéria de defesa. Neste contexto, analisarão as opções para mobilizar mais financiamento para a indústria europeia deste setor. Mas não só, haverá tempo para dar início ao processo da transposição do Pacto para as Migrações, aprovado em abril, durante a legislatura anterior do Parlamento Europeu. Estes dois temas serão os de maior foco em Bruxelas e irão testar as capacidades de negociação e costrução de consensos de António Costa.

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Descida do IRC em 7,5 pontos deverá custar mil milhões de euros

Redução do imposto de 20,3% para 12,8% iria exigir medidas de compensação que poderiam passar por aumentar IVA ou IRS ou cortar transferências para apoios sociais, segundo o economista Pedro Brinca.

A descida do IRC em 7,5 pontos percentuais, de 20,3% para 12,8%, deverá custar ao Estado cerca de mil milhões de euros em perda de receita fiscal, de acordo com as contas do economista Pedro Brinca, da Nova School of Business and Economics (SBE), durante uma conferência realizada no ECO, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), para a apresentação do estudo sobre “O impacto do IRC na economia portuguesa”.

O também coordenador do trabalho elaborado para a FFMS, que propõe uma redução do imposto sobre as empresas de 7,5 pontos percentuais (p.p.), calculou o impacto orçamental da medida já descontando o efeito positivo da descida do IRC na aceleração do PIB. Assim, e face à taxa média efetiva do imposto, de 20,3%, apurada pela Autoridade Tributária (AT), é possível cortar a tributação até 12,8% com “ganhos efetivos para o crescimento económico”, segundo Pedro Brinca. O professor de macroeconomia estima que “o PIB poderia subir 1,44%” com a redução deste imposto.

A proposta é mais ambiciosa do que a que consta no programa com que a Aliança Democrática (AD) ganhou as últimas eleições legislativas, de 10 de março. Nesse documento, PSD e CDS, os partidos que suportam o atual Governo, defendem uma queda do imposto de 21% para 15%, isto é de seis pontos, de forma faseada, à razão de dois pontos ao ano, entre 2025 e 2027. E preveem que o impacto orçamental ronde os 1,5 mil milhões de euros, um custo superior ao estimado por Pedro Brinca.

O economista explica que, nas suas contas, “foi descontado o efeito positivo do crescimento do PIB, enquanto a AD deve ter contabilizado de forma automática o impacto orçamental”.

“Para as simulações que fiz, a quebra de receita, já tendo em conta o efeito da aceleração económica, assumindo que os agentes económicos a consideravam credível, e contornando o fator incerteza, seria de cerca de 970 milhões de euros, grosso modo mil milhões de euros“, indicou Brinca.

Mas, ao contrário da AD, que não inscreveu medidas para pagar esta medida, acreditando que o crescimento da economia, por si, poderia compensar a perda de receita fiscal, o estudo reconhece que são necessários mecanismos de compensação. E indica quatro: agravamento do IVA, subida do IRS, corte na despesa pública ou diminuição das transferências do Orçamento do Estado para prestações sociais.

Questionado sobre qual das quatro contrapartidas seria a melhor, o economista refere que “é uma questão de opção política”. Até poderia ser mais fácil optar pelas transferências do Orçamento do Estado. Isto é, cortar verbas destinadas a apoios sociais para financiar a descida do imposto sobre as empresas. Contudo, Pedro Brinca alerta que “sem o papel redistributivo do Estado, a taxa de risco de pobreza, em vez de ser 18%, seria 43,5%”. “É preciso ter aqui um mínimo de bom senso”, sublinhou.

Independentemente das escolhas do decisor político, haverá sempre “um aumento significativo do PIB, do consumo privado e dos salários dos trabalhadores”, frisou. O economista avisou ainda que, “se Portugal não acompanhar a descida do imposto que se verifica a nível mundial, vai perder competitividade fiscal que, neste exercício, representa cerca de 1,8% do PIB”.

Neste sentido, lançou um apelo a que PSD e PS se entendam em torno de uma “proposta credível” para a redução do IRC. “Aquilo que gostaria de ver em Portugal foi aquilo que, por exemplo, aconteceu na Irlanda. Temos um cenário político em que existe uma fragmentação das forças de poder. Não existe uma maioria absoluta e, por isso, era importante haver um certo sentido de responsabilidade política para que os principais partidos do arco da governação conseguissem chegar a um entendimento do que deve ser o mínimo ou um teto para as estruturas fiscais, independentemente do nível das taxas”, defendeu.

Na Irlanda, exemplificou Pedro Brinca, “os partidos do arco da governação entenderam-se em torno de um quadro fiscal a 20 anos, o que deu uma grande estabilidade, que é fundamental para a atração de investimento”.

Mas não basta um acordo. “É necessário que esse compromisso seja credível, porque, no passado, já houve esse compromisso e não foi cumprido”, lembrou. Pedro Brinca referia-se ao entendimento inédito, em 2013, entre o Governo PSD/CDS, chefiado por Pedro Passos Coelho, e o PS de António José Seguro, para baixar o IRC até 17%. Mas o pacto foi rasgado assim que António Costa chegou à liderança dos socialistas.

Transformar derrama estadual num crédito fiscal

A redução dos impostos sobre as empresas é determinante para dar um novo impulso à economia portuguesa, reforçou Sara do Ó, fundadora e CEO do Grupo Your, que também participou na conferência realizada no ECO em parceria com a FFMS. “Temos de deixar de ser um país de micro, pequenas e médias empresas. 96% são micro, pequenas e médias empresas (MPME)”, criticou.

Na senda da diminuição do IRC, a empresária deixou uma sugestão: “Converter a derrama estadual num crédito fiscal dirigido às MPME”. A derrama estadual é o que torna o IRC um imposto “progressivo e, por isso, pernicioso, porque penaliza os lucros, isto é quem mais produz”, afirmou. Funciona como uma espécie de sobretaxa que incide sobre lucros acima de 1,5 milhões de euros. Ou seja, além do IRC, empresas com lucros tributáveis entre 1,5 milhões e 7,5 milhões têm de pagar mais 3%, taxa que pode chegar aos 9% no caso de ganhos superiores a 35 milhões de euros.

Tabela da derrama estadual

“A derrama estadual é um peso para uma grande empresa, então por que não colocá-la ao serviço de uma MPME? Poderia funcionar como um crédito fiscal, um instrumento de investimento de grandes empresas numa micro empresa”, propõe Sara do Ó.

Desta forma, o valor em derrama que as empresas têm de entregar ao Estado seria aplicado numa MPME. Trata-se de “redirecionar a carga fiscal para um instrumento de investimento”, reforçou. Medida que Sara do Ó admite propor ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

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Orçamento do Estado para 2025 já vai incluir avanços na reforma das finanças públicas

Ministro das Finanças quer incluir no próximo Orçamento "novidades" sobre a reforma das finanças públicas, uma das suas principais bandeiras. Objetivo é melhorar eficiência da despesa e transparência.

O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) irá incluir “novidades” sobre o processo de reforma das finanças públicas, um tema caro ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que ao longo dos anos tem defendido publicamente alterações na gestão financeira do Estado.

A informação foi avançada na quarta-feira por Miranda Sarmento durante uma audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), no âmbito de um requerimento do PS sobre as contas públicas. O governante garantiu que o “OE2025 trará já algumas novidades” nesta matéria.

“É, obviamente, uma reforma que pretendemos executar ao longo de quatro anos e, que diria, de médio prazo, pelo que precisará de um período relativamente longo de estabilidade para chegar à sua conclusão”, defendeu.

É, obviamente, uma reforma que pretendemos executar ao longo de quatro anos e, que diria, de médio prazo, pelo que precisará de um período relativamente longo de estabilidade para chegar à sua conclusão.

Joaquim Miranda Sarmento

Ministro das Finanças

Miranda Sarmento revelou que o Executivo está “a começar” a trabalhar num “programa para melhorar a eficiência da despesa pública” e “melhorar a prestação das contas públicas”, nomeadamente com “spending reviews em todos os Ministérios” com o objetivo de aumentar a poupança, mas não diminuindo a capacidade dos serviços.

A reforma das finanças públicas é um dos grandes objetivos de Miranda Sarmento, que enquanto académico vinha a defender há vários anos mudanças na gestão financeira do Estado. No livro “A Reforma das Finanças Públicas em Portugal”, publicado em 2019, Miranda Sarmento agrega as principais alterações que sustentam o que denomina como “Reforma da Administração Financeira do Estado para o Século XXI (RAFE XXI)”, que integrou posteriormente o programa eleitoral da Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas de 10 de março.

No programa eleitoral, a AD estabeleceu como principais vetores da RAFE XXI:

  • Reorganização de funções, e extinção de observatórios “inúteis, estruturas duplicadas e revisão de despesa associada, transversal a toda a Administração Pública”;
  • Elaboração de um plano para realizar revisões da despesa nos principais ministérios e nas grandes áreas de despesa, baseados em auditorias externas, avaliações independentes, com o apoio do Tribunal de Contas, da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico;
  • Elaboração de um quadro de referência orçamental de médio prazo, enquadrado por uma regra da despesa, definindo quais os tetos máximos de despesa por ministério;
  • Aumento da “flexibilidade gestionária dos organismos e entidades operativas”, dando maior autonomia financeira aos ministérios e reduzindo o grau de rigidez da despesa corrente;
  • Reformar o processo orçamental, “melhorando a sua transparência”, e reforçar o papel do Conselho de Finanças Públicas;
  • Implementar uma efetiva orçamentação por programas (OP), definindo para cada ministério objetivos, indicadores e metas. “Trata-se de uma alteração da tradicional orçamentação centrada nos recursos disponíveis (inputs), para uma lógica assente em objetivos e metas para a produção do setor público (outputs) e para os impactos das políticas (outcomes)”;
  • Implementar o Sistema de Normalização Contabilística para Administrações Públicas (SNC-AP) e ter uma contabilidade analítica em cada serviço, apurando o custo de cada bem/serviço produzido e de cada departamento interno;
  • Criar um portal da transparência orçamental que permita aos portugueses conhecer, de uma forma acessível, onde são aplicados os recursos que cedem ao Estado sob a forma de impostos e outras transferências.

Algumas das alterações são impostas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê a modernização e simplificação da gestão financeira pública. “O objetivo global desta reforma consiste em melhorar a qualidade e a sustentabilidade das finanças públicas e, em especial, reforçar o controlo das despesas e uma orçamentação adequada”, pode ler-se no plano.

Entre as iniciativas previstas estão “o desenvolvimento da orçamentação dos programas e a sua integração no planeamento e no acompanhamento orçamentais, bem como a entrada em vigor da legislação que desagrega a Entidade Contabilística Estado”. Paralelamente, prevê que “as revisões de despesa se tornem um elemento estrutural do processo orçamental de Portugal, mediante a sua melhor integração no ciclo orçamental anual e a avaliação posterior de possíveis ganhos de eficiência”.

As próprias alterações ao Semestre Europeu obrigarão a mudanças, nomeadamente na Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), uma vez que esta prevê, por exemplo, a entrega do Programa de Estabilidade, em abril, documento que será substituído pelo plano orçamental estrutural de médio prazo.

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Nadine Côrte-Real nomeada responsável pela área de IA da Ageas Portugal

  • ECO Seguros
  • 26 Junho 2024

A responsável tem como missão que Ageas Portugal tome, cada vez mais, as suas decisões com base na análise de dados. Fica ainda responsável por desenvolver políticas, regulamentos e código de ética.

Nadine Côrte-Real foi nomeada responsável pela área de Inteligência Artificial do Grupo Ageas Portugal, anunciou o grupo em comunicado.

Nadine Côrte-Real foi nomeada responsável da área de Inteligência Artificial da Ageas Portugal: “Acredito firmemente que as organizações que abraçam e celebram estes aspetos [referindo-se à maternidade] dos seus empregados, cultivam uma cultura de sucesso”
Neste cargo tem como missão o desenvolvimento da vertente digital da marca, usufruindo das potencialidades da inteligência artificial para cumprir os objetivos estratégicos do grupo. Para tal, está a contribuir para definir uma estratégia de implementação de IA, para maior usufruto das potencialidades destas tecnologias, garantindo a sua adoção e valor para o negócio.

Ainda nas suas funções vai liderar uma equipa dedicada no desenvolvimento e capacitação de projetos de inteligência artificial que crie as ferramentas e competências necessárias para tornar o grupo numa organização que tome cada vez mais as decisões baseando-as na análise e interpretação de dados.

Também é responsável por desenvolver políticas, regulamentos e códigos de ética relacionados com a IA.

Estou pronta para contribuir com as minhas competências e paixão para impulsionar a inovação no panorama da IA”, publicou a responsável nas suas redes sociais em março deste ano. “Estou ansiosa por provar que ser um profissional dedicado e uma mãe amorosa não são mutuamente exclusivos. De facto, complementam-se mutuamente, criando um indivíduo holístico e completo. Acredito firmemente que as organizações que abraçam e celebram estes aspetos dos seus empregados cultivam uma cultura de sucesso.”

Nadine Côrte-Real leva para o cargo a sua experiência como professora na NOVA IMS e investigadora no centro de investigação MagIC, cargos que ainda ocupa. Assim como, conhecimentos obtidos enquanto doutorada em Gestão de Informação, especializada em gestão estratégica de Big Data Analytics e sistemas de Inteligência Artificial, mestrado em Business Intelligence e licenciada em Estatística e Gestão de Informação na NOVA IMS.

Nos últimos 15 anos, passou pelo Banco de Portugal e pelo Banco Central Europeu a trabalhar na área de Analytics, Data Governance e Inteligência Artificial.

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