Fim do programa das janelas eficientes deixa classe média “sem qualquer apoio financeiro”

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Anfaje defende ”o redesenho e reforço" do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAES+) ao invés da sua extinção, bem como o IVA reduzido de 6% na instalação de janelas eficientes.

fundos A Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (Anfaje) criticou esta terça-feira o fim do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAES+), alertando que as famílias da classe média ficam sem qualquer ajuda para melhorar o isolamento térmico das habitações.

Em comunicado, a Anfaje defendeu que o problema do isolamento térmico dos edifícios é “um desafio que não se limita apenas às denominadas ‘famílias vulneráveis’, mas que se estende igualmente às famílias da classe média, as quais ficam sem qualquer apoio financeiro à melhoria do conforto das suas habitações”.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou na sexta-feira, no Parlamento, o lançamento de dois novos programas de apoio, destinados a pessoas e regiões mais vulneráveis — o E-Lar e o Áreas Urbanas Sustentáveis — com cerca de 50 milhões de euros cada, e o fim do PAES+.

A Anfaje realçou esta terça-feira que o novo apoio destina-se à instalação de aparelhos de ar condicionado, com IVA reduzido à taxa de 6%, e de eletrodomésticos, mesmo que mais eficientes, sem que se inclua a melhoria do isolamento térmico das habitações.

Ao invés de melhorar o isolamento das suas habitações, [as famílias] terão de aumentar a sua fatura energética para deixar de ter frio no inverno e calor no verão“, apontou.

Para a associação, “as janelas eficientes, pelas suas características técnicas, evitam o consumo de energia, ao contrário dos aparelhos elétricos”, e, por isso, o caminho a seguir “é o redesenho e reforço do programa e não a sua extinção”.

A associação defende ainda a inclusão da taxa de IVA reduzido de 6% na instalação de janelas eficientes, como no caso da instalação de aparelhos de ar condicionado, continuando a aguardar a disponibilidade do Governo para a sua aplicação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EUA vão continuar a ser “mercado de excelência” para EDP

A vitória de Trump não altera a aposta estratégica da EDP nas renováveis nos EUA. Ainda assim, há indefinição sobre as tarifas e há um "risco enorme" para as exportações para o país.

Os Estados Unidos são um país fundamental para a EDP e continuarão a ser um “mercado de excelência” para a empresa, garante o diretor de desenvolvimento de negócios EDP em Portugal, Hugo Costa. O responsável reconhece, porém, que a eleição de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA traz riscos para as exportadoras.

“Reconheço que possa haver algum deslocar de financiamento para a Europa. Não acredito que haja paragem das renováveis“, refere Hugo Costa no Green Economy Forum, que está a decorrer esta manhã em Vila Nova de Gaia.

Hugo Costa, diretor de Desenvolvimento de Negócios em Portugal da EDPRicardo Castelo

O especialista admite que haja ainda algum “abrandamento em tecnologias menos maduras, como hidrogénio verde, atrasando licenças e incentivos”. Ainda assim, e apesar da “filosofia de aumentar atividade de oil & gas, vai ser preciso continuar com eólico e solar” e “70% investimentos renováveis são em estados republicanos e que defendem renováveis”.

Referindo-se ao caso concreto da EDP, o diretor da elétrica aponta que “mais de 50% do portefólio” de renováveis da empresa é nos EUA. “É uma peça fundamental nas renováveis, continuará a ser mercado de excelência para EDP”, garante.

Em relação à política comercial de Donald Trump, Hugo Costa diz que “há uma indefinição sobre o que serão tarifas às importações nos EUA”, apontando “um risco enorme” para as exportadoras.

A vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas castigou as ações das empresas renováveis, com os investidores a anteciparem um desinvestimento nestas áreas. O CEO do grupo EDP, Miguel Stilwell de Andrade, numa reação à queda de 11% das ações da EDP Renováveis adiantou que os mercados reagiram de forma exagerada.

“Vamos esperar para ver, mas não atiraria a toalha ao chão, penso que os mercados reagiram claramente de forma exagerada em baixa“, disse Miguel Stilwell de Andrade, em teleconferência com os analistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cabo Verde traz 15 startups à Web Summit

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

Cabo Verde leva este ano à conferência tecnológica 15 startups, em áreas como e-commerce, saúde e bem-estar, recrutamento e marketing digital, para promover o desenvolvimento digital do país.

Cabo Verde traz este ano cerca de 15 startups, em áreas como e-commerce, saúde e bem-estar, recrutamento e marketing digital, à Web Summit Lisboa, cimeira tecnológica a decorrer até 14 de novembro, na FIL de Lisboa. O objetivo é promover o ecossistema digital do país. É o quarto ano que o país lusófono participa.

“Estar presente na Web Summit mais um ano e organizar o evento ‘Cabo Verde Nação Digital’ são dois marcos significativos para Cabo Verde, pois são fundamentais para o crescimento sustentável e global do nosso país, reafirmando o compromisso do arquipélago com o ecossistema digital”, afirma Milton Cabral, coordenador da Cabo Verde Digital, citado em comunicado.

A delegação cabo-verdiana conta com mais de 30 membros e pretende trazer à Web Summit “propostas para startups nacionais e condições para que entidades públicas e privadas” possam promover o desenvolvimento digital do país, pode ler-se em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Castro Almeida defende “menos radicalismos” na Política de Coesão

O ministro Adjunto e da Coesão defende "ajustamentos" na Política de Coesão, "com ponderação e seriedade". "Mafra não pode ter o mesmo tratamento que Hamburgo ou Berlim", reclama.

O ministro Adjunto e da Coesão defende a necessidade de fazer ajustamentos à Política de Coesão “com ponderação e seriedade”, de modo a reduzir os radicalismos que impedem regiões desenvolvidas como Lisboa a aceder a determinados fundos temáticos.

“Não entendo que se queira fazer aceleração tecnológica do país apostando em Portalegre, Bragança ou Viseu, deixando de fora Lisboa. Os programas operacionais temáticos não tocam em Lisboa”, frisou Manuel Castro Almeida a sessão de encerramento do Lisboa 2020. “Se concebo isto para infraestruturas municipais, não entendo que se mude o perfil tecnológico do país longe dos grandes centros tecnológicos”, acrescentou.

Por isso, defende que “há ajustamentos a fazer a Política de Coesão (…) com ponderação e seriedade”. “O país entende”, acrescenta. Castro Almeida frisa a necessidade de “menos radicalismos, que impedem totalmente regiões desenvolvidas como Lisboa a aceder a determinados fundos temáticos, sobretudo os da ciência e tecnologia”.

“Radicalismos que depois obrigam a truques. Fazemos truques”, confessa o responsável. “Financiamos com fundos as estruturas fora de Lisboa e com Orçamento do Estado as de Lisboa. É um truque. Os fundos deviam poder financiar todos”, defende.

“A política da Coesão não deve estar como está”, diz ainda. “Devemos dar passos em frente”, vaticina. “Na divisão da região de Lisboa, tratar Mafra como uma região desenvolvida não condiz com a realidade. Não pode ter o mesmo tratamento que Hamburgo ou Berlim. É um trabalho de casa que temos de fazer”.

O ministro Adjunto e da Coesão recorda que “há muitas tensões na Europa sobre o futuro da Política de Coesão”. “Portugal deve lutar com grande firmeza pela Política de Coesão porque é alicerce do desenvolvimento da Europa. É preciso acautelar condições de igualdade entre as diferentes regiões da Europa e as regiões devem ter decisão ativa na aplicação dos fundos europeus. Marcas essenciais para discutir como usar da melhor forma os recursos da Europa”, defendeu.

Já numas palavras gravadas em vídeo, a ainda comissária europeia da Coesão também sublinhou o debate que já se vai fazendo sobre a Política da Coesão pós-2027. “Cabe à nova Comissão Europeia avançar com propostas concretas e todos os intervenientes devem participar ativamente neste debate e na construção desta agenda”, frisou Elisa Ferreira.

Elisa Ferreira defendeu ainda que é necessário “assumir a coesão económica e social como uma prioridade”. “Até porque temos um alargamento à porta”, recordou. “Só o sucesso de todos os Estados-membros vai permitir o da Europa que todos desejamos”, frisou a responsável.

Em 50 anos, haverá três euros de ganho por cada euro investido de fundos

E os fundos europeus têm desempenhado um papel fundamental esse sucesso. “Estudos revelam que os fundos têm tido um impacto positivo sobre a economia. Em 50 anos, haverá três euros de ganho por cada euro investido, contribuindo assim para reduzir as disparidades regionais”, recordou a presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

Cláudia Joaquim sublinhou as grandes dificuldades enfrentadas no período de programação que está agora a terminar: a pandemia de Covid-19, a guerra a Ucrânia e a crise energética. Desafios a que a Comissão Europeia soube responder com mais rapidez e adaptação, recordou Elisa Ferreira.

“Mas se a execução financeira é relevante, a execução física é ainda mais”, frisou Cláudia Joaquim. A presidente da AD&C fez questão de lembrar os cerca de 800 projetos de competitividade e internacionalização financiados pelo Lisboa 2020 ou as quase 11 mil pessoas que beneficiaram de estágios profissionais. “Dados concretos que materializam o impacto dos fundos”, diz.

Apesar de o “cofinanciamento em Lisboa não ser igual às restantes regiões do país” – é mais baixo por ser uma região mais rica — com “grande esforço” foi possível realizar grandes projetos “impactantes”, nomeadamente as 50 infraestruturas técnico/cientificas, sublinhou a gestora do Lisboa 2020. “Foram estas infraestruturas que nos impactaram e envolveram, disse Teresa Almeida.

“Construímos isto juntos”, disse a responsável para o presidente do Técnico, Rogério Colaço, numa referência ao Tecnico Innovation Center, local onde decorreu a sessão de encerramento. Um edifício que assegurou regeneração urbana (era uma antiga central de camionagem) e ofereceu oito mil horas de estudo aos alunos do Técnico e duas dezenas de eventos de projeção de talento. Este edifício é “um sinal do sucesso do PT2020”, frisou Rogério Colaço, sublinhado que este “foi um sonho realizado”.

Há entrada, o centro tem uma exposição com os objetos que fazem parte da história do Técnico, construídos por estudantes da universidade ou cientistas consagrados, objetos que protagonizaram as 110 histórias do podcast do Técnico e que o ministro teve o cuidado de visitar, conversando com alguns alunos presentes.

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AstraZeneca aumenta as previsões de receitas e lucros para 2024, com base num forte desempenho e crescimento nos primeiros nove meses do ano

  • Servimedia
  • 12 Novembro 2024

A AstraZeneca apresentou os resultados do terceiro trimestre com um aumento das receitas de 19% para 39,182 mil milhões de dólares, impulsionado pelas fortes vendas dos seus medicamentos.

No terceiro trimestre, todas as áreas registaram um crescimento de dois dígitos, com a oncologia a subir 22%, a cardiovascular, renal e metabolismo a subir 20%, a respiratória e imunologia, vacinas e imunoterapias a subir 29% e as doenças raras a subir 11%.

De acordo com a empresa, estes resultados levaram a uma revisão em alta das previsões de receitas e lucros para o final de 2024. A empresa informou que investiu mais de 3,1 mil milhões de dólares em investigação e desenvolvimento no trimestre, ultrapassando os 3 mil milhões de dólares pela primeira vez. Isto representa aproximadamente 23% das receitas.

O presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou: “Estamos muito encorajados pelo amplo impulso subjacente a que estamos a assistir em toda a nossa atividade em 2024, e o crescimento parece destinado a continuar até 2025, proporcionando uma base sólida para concretizar a nossa ambição para 2030. Soriot também fez questão de destacar que “até agora, este ano, anunciámos vários resultados positivos de ensaios de alto valor e estamos a trabalhar para levar estas novas opções aos doentes o mais rapidamente possível. Além disso, a qualidade e o impacto da nossa investigação científica foram bem reconhecidos neste trimestre, com dados de medicamentos AstraZeneca apresentados em cinco sessões plenárias presidenciais sem precedentes nas duas principais conferências de oncologia em setembro”.

A empresa reforçou na sua comunicação que estes números fortes proporcionam uma base sólida para cumprir a sua ambição para 2030 de atingir receitas totais de 80 mil milhões de dólares. Isto inclui oferecer mais de 25 blockbusters até 2030, contra 13 no ano passado, continuar a aumentar as indicações para os seus medicamentos em todo o mundo, fornecer pelo menos 20 novas entidades moleculares até 2030, onde estamos a fazer bons progressos até agora, e tudo isto apoiado pelo desenvolvimento de uma série de tecnologias disruptivas que são o futuro da medicina: conjugados de anticorpos internos e medicamentos contra o cancro direcionados, terapias celulares e gestão de peso, entre outros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centros de emprego subcontratam contact centers a privados por 932 mil euros

Governo fez publicar portaria na qual autoriza IEFP a investir 932 mil euros na aquisição de serviços de contact center para, nomeadamente, servirem a 1.ª linha do Centro de Contacto do instituto.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai ter à disposição cerca de 932 mil euros para contratar serviços de contact center em regime de outsourcing nos próximos três anos. Este montante consta de uma portaria publicada esta terça-feira em Diário da República, que é assinada pelo secretário de Estado do Orçamento, José Maria Brandão de Brito, e pelo secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira.

“Fica o IEFP autorizado a celebrar o contrato para aquisição de prestação de serviços de contact center em outsourcing para o Instituto do Emprego e Formação Profissional, para o triénio 2025-2027, até ao montante de 932.601,60 euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor”, lê-se no diploma divulgado esta manhã.

Esse total será dividido em quatro tranches: cerca de 285 mil euros em 2025, quase 311 mil euros em 2026, quase 311 mil em 2027 e os demais 26 mil euros em 2028. O saldo apurado no final de um determinado ano pode ser transferido para o ano seguinte, indicam os secretários de Estado.

A portaria determina, por outro lado, que “os encargos decorrentes da execução do contrato de aquisição de serviços envolvem somente receitas próprias e são suportados por verbas adequadas, inscritas e a inscrever no orçamento do IEFP”.

“O IEFP, I. P., enquanto organismo público responsável pela execução das medidas de emprego e formação profissional, revela-se uma instituição que, pelas suas atribuições, tem grande impacto junto do cidadão. O âmbito do presente procedimento é a prestação de serviços de primeira linha do Centro de Contacto do IEFP, bem como disponibilização de uma plataforma de apoio à gestão e funcionamento do Centro de Contacto, incluindo a produção de indicadores e medidores de satisfação dos utilizadores”, detalha o governo, no mesmo diploma.

Com esta portaria publicada, o IEFP pode agora dar início ao concurso público para a aquisição destes serviços.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FEI apoia fundos da Armilar, Faber e 33N com 90 milhões de euros

O Fundo Europeu de Investimento (FEI) acredita que estes três fundos portugueses de capital de risco conseguirão atrair mais de 400 milhões para acelerar startups de deeptech.

O Fundo Europeu de Investimento (FEI) vai alocar 90 milhões de euros a três fundos portugueses de capital de risco, com vista a acelerar o crescimento de startups em áreas como inteligência artificial e cibersegurança, entre outras ligadas à deep tech.

Armilar Venture Partners IV, Faber Tech III e 33N Cybersecurity and Infrastructure Software Fund são os três nomes agraciados pelo apoio. Com este investimento, a CEO do FEI, Marjut Falkstedt, espera conseguir mobilizar “mais de 400 milhões de euros para o ecossistema europeu de capital de risco”, anunciou numa conferência de imprensa inserida na Web Summit, em Lisboa.

Na mira destes investidores vão estar startups em fase de arranque, inseridas no mercado europeu. “O capital de risco não é um negócio nacional, é um negócio europeu”, afirmou a gestora, lembrando que o fundo 33N, de Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva, apoiado pela primeira vez pelo FEI, também conta com o apoio de um fundo do Luxemburgo.

Num comunicado, o FEI revela que já existem “operações em andamento”. “O novo financiamento realça a confiança internacional em Portugal enquanto plataforma tecnológica, demonstrando simultaneamente o papel fundamental do FEI na promoção de investimentos estratégicos no setor tecnológico na Europa”, acrescenta.

Esta operação do FEI tem o apoio do programa InvestEU da Comissão Europeia, que também pretende mobilizar mais 372 mil milhões de euros, pelo menos, em investimentos adicionais até 2027. O investimento do FEI é apoiado pela garantia de 26,2 mil milhões de euros do InvestEU, explicou também, na Web Summit, António Vicente, vice-líder da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Shell vence recurso que obrigava a petrolífera a reduzir emissões de CO2

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Tribunal de Recurso dos Países Baixos considerou que não se pode exigir apenas à empresa Shell que deixe de vender petróleo e gás, uma vez que "essa parte do negócio seria assumida pela concorrência".

A Shell ganhou o recurso interposto pela Justiça holandesa e que obrigava a petrolífera a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 45% até 2030 anulando uma decisão de 2021 e que foi considerada uma vitória histórica na luta contra as alterações climáticas.

O Tribunal de Recurso dos Países Baixos considerou que não se pode exigir apenas à empresa Shell que deixe de vender petróleo e gás, uma vez que “essa parte do negócio seria então assumida pela concorrência”.

Mesmo assim, o tribunal referiu que não está isenta da luta contra o aquecimento global e “foram precisamente os produtos de empresas como a Shell que geraram o problema climático”.

Em 2021, a organização não-governamental holandesa Amigos da Terra (Milieudefensie) tinha conseguido vencer o processo contra a Shell, que obrigava a petrolífera a reduzir as emissões de CO2 em 45% até 2030, uma decisão que teve um grande impacto internacional.

A Shell deixou os Países Baixos pouco depois da decisão e mudou a sede para Londres.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal envia para Valência força conjunta da Proteção Civil e Forças Armadas

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

A partida da coluna terrestre com 100 operacionais e meios para Espanha está prevista para esta terça-feira em Vendas Novas. Portugal disponibilizou ajuda no próprio dia da tragédia em Valência.

Portugal vai enviar uma força conjunta de Proteção Civil e das Forças Armadas (FOCON) para apoiar a situação no terreno em Valência (Espanha), ao abrigo do pedido de ajuda internacional ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.

De acordo com um comunicado conjunto do Ministério da Defesa Nacional e do Ministério da Administração Interna, a FOCON será constituída por 101 operacionais oriundos da Proteção Civil, Sapadores de Lisboa, bombeiros voluntários, INEM e 28 militares dos três ramos das Forças Armadas.

A força conjunta tem uma capacidade de sustentação mínima de sete dias. “Portugal disponibilizou ajuda no próprio dia da tragédia em Valência. A ativação efetiva ocorreu no tempo determinado pelo mecanismo europeu”, detalha. A partida da coluna terrestre para o país vizinho está prevista para esta terça-feira, em Vendas Novas.

Estará equipada com 40 veículos, dos quais 28 são operados por elementos da Proteção Civil, entre os quais três retroescavadoras, uma motobomba de lama alto débito, seis eletrobombas de esgoto, uma motobomba esgoto de alto débito, um modulo de bombagem de lamas, cinco eletrobombas para lama.

Por sua vez, Marinha, Exército e Força Aérea enviam 12 veículos: duas retroescavadoras, uma bomba de esgoto alto débito, duas motobombas esgoto, duas bombas esgoto pequeno débito, uma escavadora giratória, uma pá carregadora de rodas, dois camiões de transporte de terras e um bobcat.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor a seis e a 12 meses descem para novos mínimos

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que recuou para 3,034%, continuou acima da taxa a seis meses (2,797%) e da taxa a 12 meses (2,502%).

A Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais longos para novos mínimos desde janeiro de 2023 e outubro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 3,034%, continuou acima da taxa a seis meses (2,797%) e da taxa a 12 meses (2,502%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou esta terça-feira para 2,797%, menos 0,034 pontos e um novo mínimo desde 05 de janeiro de 2023. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, baixou esta terça-feira para 2,502%, menos 0,026 pontos do que na segunda-feira e um novo mínimo desde 06 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu esta terça-feira, ao ser fixada em 3,034%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP aposta em futuros líderes do setor energético e doa bilhetes para Web Summit à Escola 42 Lisboa

  • BRANDS' ECO
  • 12 Novembro 2024

A iniciativa integra-se numa estratégia mais ampla da EDP para capacitar e recrutar jovens inovadores e promover o desenvolvimento de soluções sustentáveis.

A EDP uniu-se à Escola 42 Lisboa para proporcionar uma experiência educativa e oportunidades de candidatura para estágios curriculares e profissionais, no âmbito da Web Summit 2024, que decorre de 11 a 14 de novembro, em Lisboa. A iniciativa integra-se numa estratégia mais ampla da EDP para capacitar e recrutar jovens, apoiando um modelo de ensino futurista e inovador, e proporcionando a oportunidade de experienciar a maior feira de tecnologia do mundo.

A parceria consiste na oferta de 15 bilhetes para a Web Summit aos alunos da 42 Lisboa, uma escola inovadora que desafia os modelos tradicionais de ensino e promove um ambiente de aprendizagem baseado na prática e na colaboração, e também a possibilidade de recrutamento para estágios na EDP.

Inês Vieira Brodheim, Diretora de Desenvolvimento de Inovação da EDP (à esquerda) e os alunos da 42 Lisboa

Antes do evento, os alunos participarão num webinar que fará uma introdução sobre a EDP e sobre a sua participação no Web Summit. Será ainda promovida uma conversa, destinada aos alunos da 42 Lisboa que estão na fase final do curso e que pretendam ingressar no mercado de trabalho, permitindo-lhes conhecer melhor a equipa de recrutamento e os programas de estágio disponíveis. Durante o evento, os alunos terão a oportunidade de participar em “speed interviews” com a equipa de recrutamento da EDP para partilhar as suas motivações e conhecer as oportunidades mais ajustadas ao seu perfil.

Com esta colaboração, a EDP não só reforça seu compromisso com a educação e a inovação, mas também abre oportunidades de estágio para os jovens da Escola 42 Lisboa. Ao apoiar um modelo de ensino futurista baseado no peer-to-peer learning, a EDP oferece aos alunos a oportunidade de se prepararem para os desafios futuros do setor energético. Através desta iniciativa, a empresa reforça o investimento na formação de novos talentos, contribuindo para um ecossistema energético mais inovador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno fala em “números enganadores” e diz que Portugal consegue reter licenciados

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Segundo Mário Centeno, Portugal tem conseguido ser um recetor líquido de diplomados com o ensino superior, havendo equívocos nos dados sobre emigração jovem.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, disse esta terça-feira que há “números enganadores” quanto à capacidade de Portugal reter jovens qualificados e disse que o país consegue ser um recetor líquido de licenciados.

Mário Centeno fez a intervenção inicial na conferência do Banco de Portugal dedicada à educação e qualificações, em Lisboa, considerando que por vezes “o país vive focado numa realidade que é descrita com números enganadores” e que cabe a uma entidade com a responsabilidade do Banco de Portugal “alertar para isso”, pois não é possível fazer “boas políticas económicas sem bons dados e boa análise económica”.

Segundo o governador do BdP, nos últimos oito anos a população ativa com formação superior aumentou em média 70 mil indivíduos por ano e das universidades portuguesas (públicas e privadas) saem por ano pouco mais de 50 mil pelo que, concluiu, “Portugal tem conseguido ser um recetor líquido de diplomados” com o ensino superior.

Centeno disse ainda que os dados do Eurostat “mostram que a percentagem de jovens portugueses que emigram é inferior – menos de metade – da que se observa em países como Alemanha, Dinamarca ou Países Baixos”.

"A percentagem de jovens portugueses que emigram é inferior – menos de metade – da que se observa em países como Alemanha, Dinamarca ou Países Baixos.”

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

Em várias ocasiões públicas Centeno tem falado da capacidade de Portugal reter talento jovem, considerando que há equívocos nos dados sobre emigração jovem.

Há precisamente um ano, em novembro de 2023, o ex-ministro das Finanças de governos PS (de António Costa) alertava para números estatísticos errados sobre licenciados na população ativa, um erro que — disse então — estava a deixar “quase todos no divã do psicanalista”.

“Onde estão os nossos licenciados? Estão cá. Desde 2013 o número de licenciados na população portuguesa aumentou de 1,3 milhões para 2,0 milhões. O INE dizia-nos (…) que no segundo trimestre deste ano havia menos 180 licenciados em Portugal, o que não era verdade. Segundo a versão corrigida do INE, o número de licenciados terá aumentado 71 mil em termos homólogos”, afirmou então Centeno, que é economista especialista em mercado de trabalho, na CNN Portugal Summit.

Hoje, na conferência, Centeno apelidou o progresso que Portugal tem feito na educação de “revolução silenciosa“, depois de um “regime que reduziu [o país] à ignorância”. Contudo, alertou, esta “nunca é uma revolução conquistada, definitiva ou terminada mesmo” e estimou que falta pelo menos mais 20 anos para Portugal recuperar do atraso acumulado.

Para Centeno, entre as apostas atuais deve estar o ensino pré-escolar e a recuperação dos estudantes impactados pela crise pandémica (em que o ensino se fez à distância), considerando que se não se conseguir corrigir o atraso dos jovens cuja instrução sofreu devido à crise da covid-19 tal terá impacto na sua vida ativa com menos capacidade de competir no mercado de trabalho com outras gerações.

“A educação é, sem dúvida, o maior investimento que podemos fazer para construir Portugal como sociedade mais forte, mais unidade e mais bem preparada para desafios do futuro”, disse Centeno.

O governador do Banco de Portugal afirmou ainda que para garantir o futuro das novas gerações e da democracia é preciso garantir a estabilidade do país, “desde logo a financeira, mas também a económica e a institucional”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.