Consulta pública do novo contrato de concessão da RTP recebe 28 participações

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

Terminada a consulta, serão auscultadas a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), o Conselho Geral Independente (CGI) da RTP e o Conselho de Opinião da RTP.

A consulta pública do contrato de concessão do serviço público de media da RTP, que terminou na semana passada, recebeu 28 participações, disse à Lusa fonte oficial do gabinete do ministro dos Assuntos Parlamentares.

A consulta pública do contrato de concessão do serviço público de rádio e de televisão da RTP decorreu entre 8 de janeiro e 7 de fevereiro.

“No âmbito da consulta pública do contrato de concessão de Serviço Público de Media (SPM), que decorreu na plataforma consultalex, foram recebidas 28 participações”, adiantou fonte do gabinete de Pedro Duarte.

“Uma vez terminada a consulta, serão auscultadas três entidades: a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), o Conselho Geral Independente (CGI) da RTP e o Conselho de Opinião da RTP”, acrescentou a mesma fonte.

O novo contrato de concessão da RTP recomenda que a RTP1 deve tendencialmente deixar de ser financiada por publicidade, sem estabelecer prazo, caindo a imposição do seu fim em 2027.

A proposta de contrato prevê ainda que a RTP coloque “o enfoque do desenvolvimento do serviço público de media no aumento da oferta de serviços ou conteúdos ou funcionalidades nos serviços audiovisuais a pedido e outros serviços digitais” e autoriza a concessionária a proceder “ao lançamento e ao encerramento de serviços de programas televisivos e radiofónicos“.

Em relação aos canais referidos na proposta que está em consulta pública, aborda um canal informativo e um serviço de programas elaborado com base nos arquivos, seis rádios e três serviços “audiovisual a pedido”.

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Credores da Inapa Portugal apreciam relatório do administrador da insolvência a 1 de abril

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

O anúncio da sentença, que nomeia Bruno Costa Pereira para administrador da insolvência, determina um prazo de 30 dias para reclamação de créditos.

Os credores da Inapa Portugal reúnem-se a 1 de abril para apreciação do relatório do administrador judicial, segundo o anúncio da sentença de declaração de insolvência da empresa, proferida em 5 de fevereiro.

Disponibilizado no portal Citius, o anúncio da sentença – que nomeia Bruno Costa Pereira para administrador da insolvência – determina um prazo de 30 dias para reclamação de créditos, devendo ainda os credores “comunicar de imediato […] a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem”.

A reunião de assembleia de credores para apreciação do relatório do administrador da insolvência foi agendada para as 10:30 do próximo dia 01 de abril, podendo “ser aprovado plano de insolvência, com vista ao pagamento dos créditos sobre a insolvência, a liquidação da massa e a sua repartição pelos titulares daqueles créditos e pelo devedor”.

Podem apresentar proposta de plano de insolvência o administrador da insolvência, o devedor, qualquer pessoa responsável pelas dívidas da insolvência ou qualquer credor ou grupo de credores que representem um quinto do total dos créditos não subordinados reconhecidos na sentença de graduação de créditos.

Em declarações à agência Lusa no passado dia 23 de janeiro, o administrador judicial da Inapa Portugal Distribuição de Papel tinha já avançado que, face à inviabilização de um plano de revitalização, a insolvência seria o caminho para “salvar o negócio” da empresa. “Acredito que é possível salvar o negócio e não sair do mercado, porque a empresa continua a vender”, afirmou, na altura, Bruno Costa Pereira.

Segundo explicou, então, “a insolvência garante que a empresa se mantém debaixo do regime de proteção judicial, com a capacidade de continuar a operar sem a disrupção que poderia ser trazida pelo facto de ter dívidas que não foram reestruturadas no âmbito do PER [Processo Especial de Revitalização] e a consequente possibilidade de os credores poderem agir de forma isolada contra a empresa”.

Neste “clima regulado, sem preocupação com o passado”, Bruno Costa Pereira acredita que a Inapa Portugal – empresa de distribuição de papel do grupo Inapa-Investimentos, Participações e Gestão (Inapa IPG), que em julho do ano passado anunciou a insolvência – poderá “encontrar soluções que permitam ou a venda do negócio, ou um projeto de capitalização”, mantendo assim a atividade.

“Com o conhecimento que tenho do projeto, tenho a absoluta tranquilidade de que a Inapa Portugal consegue estar num processo de insolvência e ver os credores serem chamados a discutir o futuro da empresa, garantindo o cumprimento das obrigações laborais e das obrigações fiscais e contributivas, como aliás vem fazendo até esta data”, sustentou.

Bruno Costa Pereira salientou, aliás, que “a tentativa será essa: tudo fazer para, rapidamente, encontrar uma solução que viabilize a continuidade do negócio da Inapa, que tem valor pela antiguidade da empresa no mercado e pela capilaridade dos seus clientes e nível de fidelização que tem”.

Em julho do ano passado, a holding Inapa IPG anunciou a insolvência devido a uma “carência de tesouraria de curto prazo” da sua subsidiária Inapa Deutschland GmbH no montante de 12 milhões de euros, para a qual não foi encontrada solução. Fundado em 1965 e líder em Portugal na distribuição de papel e embalagens, o grupo Inapa tem como principal acionista a empresa pública Parpública, com 44,89% do capital social.

Em agosto, as Finanças demitiram a administração da Parpública, liderada por José Realinho de Matos, e escolheram Joaquim Cadete para lhe suceder. A saída foi justificada com a existência de uma postura mais reativa do que preventiva da administração, bem como com a falta de prestação de informação atempada ao ministério, segundo o Jornal de Negócios.

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Uma dose de economia: A Nova Rota da Seda

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2025

Neste episódio, Pedro Prata e Rafael Pinheiro analisam quais os planos do governo chinês para o futuro do comércio e política globais.

A antiga rota comercial que ligava o Oriente à Europa reemergiu e dá agora o seu nome ao megalómano projeto geopolítico da China. Neste episódio, Pedro Prata e Rafael Pinheiro analisam quais os planos do governo chinês para o futuro do comércio e políticas globais.

“Uma dose de economia” é um podcast onde alunos do ISEG discutem temas de atualidade ligados às finanças e à economia.

Este podcast é fruto de uma parceria entre o ECO e a associação ISEG Young Economics Society e todos os meses haverá um novo episódio.

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Lucros da Euronext sobem para recorde de 586 milhões de euros em 2024

Resultado líquido atribuível aos acionistas, do grupo que detém a bolsa de Lisboa, aumentou 14% em relação ao ano anterior.

A Euronext, dona da bolsa de Lisboa, teve um recorde de lucros de 585,6 milhões de euros em 2024, o que representa uma subida de 14% em relação ao ano anterior. O grupo bolsista reportou esta quinta-feira o sexto ano consecutivo de aumentos no resultado líquido atribuível aos acionistas.

O crescimento de receitas da Euronext também foi a dois dígitos (+10,3%) em 2024, para os 1.626,9 milhões de euros, o que a empresa liderada por Stéphane Boujnah justifica com um “perfil de receitas diversificado”.

Nas várias categorias de receitas do grupo ao qual pertence a Euronext Lisbon, destaque para as receitas e rendimentos não relacionados com o volume, que representaram mais de metade (58%) desse valor, embora dois pontos percentuais abaixo de 2023, e cobriram 153% das despesas operacionais subjacentes.

Quanto às receitas de custódia e liquidação, cresceram 8,7% para 270,5 milhões de euros devido ao aumento dos ativos sob custódia, pela atividade de liquidação dinâmica e pelo forte crescimento dos serviços de valor acrescentado.

Por sua vez, as receitas dos serviços de dados avançados aumentaram 7,5% para 241,7 milhões de euros (+7,5%) à boleia da procura contínua de dados de negociação de rendimento fixo, dados de negociação de energia e utilização dinâmica de retalho e também pela aquisição da GRSS, de acordo com o relatório financeiro divulgado esta tarde, após o fecho dos mercados.

“As receitas de admissão à cotação cresceram para 231,9 milhões de euros (+5,1%), apesar dos ventos contrários resultantes da depreciação do NOK [coroa norueguesa]. Isto reflete o forte desempenho contínuo das soluções empresariais e a resiliência das receitas de cotação. Com 53 novas cotações de ações e mais de 14.700 novas cotações de obrigações em 2024”, lê-se no documento.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado foi de 1.006,4 milhões de euros, após um crescimento homólogo de 16,4%, e a margem EBITDA ajustada foi de 61,9%, na sequência de um aumento de 3,3 pontos. Quanto à dívida líquida para o EBITDA, fixou-se nos 1,4x no final de dezembro de 2024.

Pela primeira vez, a Euronext atingiu o limiar significativo de mais de mil milhões de euros de EBITDA ajustado, um aumento de +16,4% em comparação com o ano passado. O nosso notável crescimento do lucro líquido ajustado de +16,7% em comparação com o ano passado, para 682,5 milhões de euros, sublinha a nossa rentabilidade e a nossa sólida saúde financeira.

O EPS ajustado (básico) aumentou +19,6% em 2024, para 6,59 euros por ação, em comparação com 5,51 euros por ação em 2023”, destacou o presidente do conselho de administração da Euronext.

Stéphane Boujnah garante que em 2025 a Euronext está “a construir as bases” para atingir os objetivos de crescimento para os próximos dois anos e a investir na inovação para o crescimento, exemplificando com a recente aquisição da atividade de futuros de energia nórdica da Nasdaq.

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UE reforça código de conduta contra desinformação para grandes plataformas

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

A integração das regras voluntárias do código de conduta sobre desinformação na Lei dos Serviços Digitais visa mitigar riscos através da transparência das plataformas e da remoção de conteúdos falsos.

A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira a integração das regras voluntárias do código de conduta sobre desinformação na Lei dos Serviços Digitais, reforçando assim a mitigação de riscos através da transparência das plataformas e da remoção de conteúdos falsos.

“A Comissão e o Conselho Europeu dos Serviços Digitais aprovaram a integração do Código de Conduta voluntário sobre a Desinformação no quadro da Lei dos Serviços Digitais. Esta integração tornará o código numa referência para determinar a conformidade das plataformas” com a nova lei, indica o executivo comunitário em comunicado.

Em causa está um código de conduta criado em 2018 e reforçado aquando da pandemia de Covid-19 para conter a desinformação na União Europeia (UE), com regras voluntárias para empresas tecnológicas signatárias como a Google, a Meta, a Microsoft e o TikTok. Agora, estas normas passam — a partir de 1 de julho de 2025 — a ser reguladas no âmbito da recentemente criada Lei dos Serviços Digitais.

Assim, a legislação em vigor permitirá à Comissão Europeia avaliar o cumprimento dos compromissos das signatárias do código de conduta contra a desinformação, por exemplo na garantia de integridade dos serviços (remoção de contas falsas, da informação de bots, de falsificações profundas maliciosas e outros comportamentos manipulativos) e na transparência da publicidade política (com rotulagem mais eficiente).

Estão também em causa esforços das plataformas para desmonetização (redução dos incentivos financeiros para os propagadores de desinformação) e capacitação dos utilizadores, investigadores e verificadores de factos.

Estas medidas combatem os riscos de desinformação, ao mesmo tempo que defendem plenamente a liberdade de expressão e aumentam a transparência“, adianta Bruxelas.

A UE tornou-se, desde final de agosto passado e após um período de adaptação, a primeira jurisdição do mundo com regras para plataformas digitais, que passam a estar obrigadas a remover conteúdos ilegais.

As empresas que não cumprem esta nova legislação podem ter coimas proporcionais à sua dimensão, sendo que as companhias de maior dimensão podem ser sancionadas até 6% do seu volume de negócios global.

Estas obrigações devem-se à entrada da Lei dos Serviços Digitais na UE, no âmbito da qual a Comissão definiu 19 plataformas em linha de muito grande dimensão, com 45 milhões de utilizadores ativos mensais, que terão de cumprir as novas regras.

A nova Lei dos Serviços Digitais foi criada para proteger os direitos fundamentais dos utilizadores online e tornou-se numa legislação inédita para o espaço digital que responsabiliza plataformas por conteúdos ilegais e prejudiciais, nomeadamente desinformação.

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Polémica na remodelação? “Especulação vã”, responde Leitão Amaro

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

O ministro da Presidência frisou que “a formação e recomposição” do Governo foram feitas com “uma tranquilidade, um recato que não deixa muito espaço para essa especulação bastante vã e inútil”.

O ministro da Presidência afirmou esta quinta-feira que os seis novos secretários de Estado foram unicamente escolhidos por critérios capacidade pessoal, profissional e política, “num ajustamento normal” no Governo, e desvalorizou a “especulação vã e inútil”.

António Leitão Amaro falava no final da reunião do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre a primeira remodelação no Governo chefiado por Luís Montenegro, designadamente sobre a escolha controversa do deputado do PSD e ex-presidente da Câmara de Vagos Silvério Regalado e sobre a ausência de mudanças no setor da Saúde.

O ministro da Presidência começou por defender que as mudanças nos governos “são normais, embora o atual seja poupadíssimo comparado, por exemplo, com o anterior”.

Estamos perante um ajustamento normal na equipa, feito com discrição, no momento adequado, envolvendo a entrada de pessoas novas, todas de grande talento. As escolhas foram feitas unicamente considerando, e respeitando em absoluto e de forma escrupulosa, as capacidades pessoais, profissionais e políticas de cada uma das personalidades”, sustentou António Leitão Amaro.

O titular da pasta da Presidência acentuou que este “foi o único critério que justificou a seleção dos seis novos secretários de Estado que iniciarão funções daqui a pouco”, num executivo que “continua com forte vigor reformista”. Leitão Amaro aproveitou depois para deixar alguns avisos, embora sem especificar destinatários, após ter sido interrogado sobre outras mudanças que se admite que podiam ter chegado a outros setores do executivo.

“Não são alvitres na praça pública que comandam a ação do governo. Talvez quem estava habituado a querer comandar a agenda mediática esteja desolado com a tranquilidade mediática com que o Governo e, em particular, primeiro-ministro conduz tudo o que tem a ver com a governação em geral, mas, em particular, também com a composição do Governo”, declarou.

O ministro da Presidência frisou que “a formação e recomposição” do Governo foram feitas com “uma tranquilidade, um recato que não deixa muito espaço para essa especulação bastante vã e inútil”.

“A partir do momento que alguém aparece a fazer especulações, todas as perguntas dos jornalistas são legítimas, mas nós dizemos que há especulações que são vãs. Este Governo, este primeiro-ministro já habituou o país ao recato, ao sentido institucional”, insistiu.

Perante os jornalistas, o titular da pasta da Presidência também advogou que o recente “ajustamento” foi feito num tempo “bastante parco para o habitual no passado, sobretudo olhando para o exemplo do último, que teve grande perturbação interna”.

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PRR vai financiar dois centros temporários para imigrantes em Odivelas e no Norte

Construção dos dois centros temporários para acolher imigrantes irregulares vai custar 30 milhões. Financiamento é assegurado pelo PRR. Ausência de centros explica inexistência de repatriamentos.

O Governo aprovou a construção de dois centros de instalação temporária para imigrantes em situação ilegal que vão custar 30 milhões de euros e serão financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Um será construído em Odivelas e o outro mais a Norte e ambos terão capacidade para acolher 300 imigrantes.

A decisão foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Leitão Amaro classificou a medida como “necessária” porque “Portugal não tem capacidade para instalar cidadãos estrangeiros em situação ilegal”. Razão pela qual “Portugal não faz praticamente afastamento e retorno”, acrescentou o ministro da Presidência na conferência de imprensa do final da reunião.

Mas a razão não é apenas essa. Acresce o facto de o SEF ter sido extinto sem alocar essa responsabilidade à PSP. “Já tentámos, mas os outros dois partidos de maior decisão chumbaram”, disse. Leitão Amaro explicou ainda que faltam centros de instalação temporário.

Um dos centros será construído em Odivelas, num terreno que está há muito identificado para tal – “faltava o dinheiro e ação política”, disse Leitão Amaro – e outro mais a Norte, sendo “ainda estão a ser identificadas várias possibilidades”. Em conjunto os dois centros terão capacidade para acolher 300 pessoas

O ministro da Presidência revelou ainda que acabou de ser publicada a lei que foi promulgada pelo Presidente da República e agora uma portaria assinada por três ministros – Justiça, administração Interna e Presidência – que “permite resolver uma situação precariedade de vistos de residência de 220 mil cidadãos estrangeiros”. Um número que nada tem a ver com os cerca de 400 mil que a AIMA está a tratar, frisou o responsável.

Em causa estão 220 mil pessoas dos países da CPLP que receberam um título de residência, que era “um papel que não lhes permitia circular e que não tinham controlos de segurança fundamentais”, explicou Leitão Amaro.

“Com estes dois diplomas estamos a acabar com esse título precário” que será substituído “por um cartão que implica a recolha de dados biométricos” na sua concessão e “a verificação dos documentos necessários”, disse Leitão Amaro, indicando que a operação de recolha e substituição de cartões se inicia a partir da próxima semana.

“Dizemos que Portugal tem uma política de imigração que privilegia os cidadãos da CPLP mas, por opção do Governo anterior, tratávamo-los como imigrantes de segunda”, porque não tinham “um cartão que lhes dava mobilidade no espaço Schengen”.

Leitão Amaro garante que a medida dá mais dignidade aos imigrantes e dá mais segurança ao país porque são recolhidos os dados biométricos e verificada a documentação. Desta forma é também eliminado o risco de Portugal passar por um processo de infração do direito europeu, explicou. “Tudo resultado da política de imigração descuidada, desastrada e desregulada do Governo anterior”, criticou o responsável.

O ministro da Presidência aproveitou para sublinhar que “acabou a política das portas escancaradas”. “É bom que o mundo saiba que, com a entrada em funções deste Governo, acabou a política das portas escancaradas. E não vai voltar com este Governo”. Leitão Amaro acrescentou que não vai “recriar manifestações de interesse em versão light“.

“Portugal quer receber bem e em vários setores precisa de receber imigrantes, mas com dignidade e capacidade de integração, com controlo e com regras”, acrescentou.

Nota: Notícia atualizada com a localização dos centros.

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Governo aprova verba para expansão do Museu Nacional de Arte Antiga

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

Leitão Amaro lembra que o MNAA “não tinha obras sérias desde 1940” e “só consegue, dada a limitação de espaço, expor 5% da sua coleção de cerca de 50 mil peças”.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, verbas para expansão do Museu Nacional da Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, anunciou o ministro da Presidência.

António Leitão Amaro lembrou, em conferência de imprensa, que o MNAA “não tinha obras sérias desde 1940”, e que “só consegue, dada a limitação de espaço, expor 5% da sua coleção de cerca de 50 mil peças”.

Para a expansão do museu é preciso adquirir três imóveis, situados também na zona das Janelas Verdes, “coisa que é viabilizada com esta aprovação”.

Em janeiro do ano passado foi aprovada em Conselho de Ministros uma despesa de 10 milhões de euros para a aquisição de três edifícios para o projeto de ampliação do museu. O anúncio foi feito pelo então primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Cultura da altura, Pedro Adão e Silva.

O atual diretor do MNAA, Joaquim Caetano, disse à Lusa, meio ano mais tarde, em junho de 2024, que os três edifícios anunciados em janeiro já tinham sido adquiridos pela empresa de capitais públicos Estamo – Participações Imobiliárias. “É uma necessidade sentida e expressa há mais de 60 anos pelos sucessivos diretores do museu”, recordou na altura o responsável.

Para o prosseguimento do projeto “tem de haver um plano prévio do museu, um plano de arquitetura e um concurso para as obras, que terão de ser internacionais porque será uma obra grande”, referiu Joaquim Caetano. “Nós já temos um estudo de volumetria e de ocupação global dos espaços, mas só com os projetistas é que se trabalhará no acerto concreto da museografia”, acrescentou.

A necessidade deste projeto está definida há mais de 60 anos, quando já o historiador de arte e especialista em pintura portuguesa João Couto, diretor do MNAA de 1937 a 1962, dizia que o museu precisava de se expandir para expor as coleções.

A concretização do projeto deverá permitir a expansão da área expositiva e das reservas do museu que alberga tesouros como os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, e a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por Manuel I e datada de 1506.

Os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença de portugueses no Japão, e o tríptico “As Tentações de Santo Antão”, de Hieronymus Bosch, são outras peças relevantes do acervo do MNAA.

Criado em 1884, o MNAA detém a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como “tesouros nacionais”, assim como a maior coleção de mobiliário português.

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Prémios Lusófonos da Criatividade: a oportunidade de brilhar na indústria criativa

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  • 13 Fevereiro 2025

Se ainda não submeteu os seus trabalhos, esta é a última oportunidade para garantir um lugar entre os melhores da indústria criativa lusófona. As inscrições encerram a 14 de março.

O mundo da criatividade lusófona tem um palco privilegiado de reconhecimento e celebração: os Prémios Lusófonos da Criatividade. Desde a sua criação, estes prémios têm sido um reflexo da excelência e inovação na publicidade, no design, no marketing e na comunicação, destacando os melhores profissionais e agências do universo lusófono.

Criados em 2013, os Prémios Lusófonos da Criatividade surgiram com o objetivo de preencher uma lacuna no mercado publicitário dos países de língua portuguesa. Até então, não existia um festival dedicado exclusivamente a premiar e discutir a criatividade das nações lusófonas, apesar da riqueza cultural e do impacto que a publicidade e a comunicação têm nesses mercados.

Ao longo dos anos, os prémios consolidaram-se como uma referência, atraindo agências de renome e talentos emergentes de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Além da competição em si, o evento promove debates, masterclasses e networking, proporcionando um espaço de troca de experiências entre profissionais do setor.

A Mecânica do Ranking e as Etapas Quadrimestrais

A singularidade dos Prémios Lusófonos da Criatividade reside também no seu formato dinâmico, com um sistema de ranking que acompanha o desempenho das agências ao longo do ano. Ao contrário de outros festivais internacionais, que ocorrem uma vez por ano, os Prémios Lusófonos possuem três etapas quadrimestrais. Durante cada quadrimestre, as agências, produtoras e clientes somam pontos de acordo com os prémios conquistados e as shortlists que alcançam em cada categoria. Esta avaliação contínua cria um ambiente competitivo ao longo de todo o ano, mantendo as agências focadas na excelência e inovação constante.

No final de cada quadrimestre, os pontos acumulados são atualizados no ranking, e as agências competem para garantir a sua posição. Ao longo do ano, os melhores colocados em cada uma das três etapas recebem reconhecimento pelo seu desempenho. Em junho, é atribuída a Agência/Produtora do Ano em cada categoria e país, além da distinção de Agência/Produtora Lusófona do Ano, que reconhece a excelência no mercado global de língua portuguesa.

Este sistema de pontuação e reconhecimento contínuo permite que as agências/produtoras se destaquem durante todo o ano, não apenas no momento do evento final, criando uma trajetória de sucesso que é valorizada de forma constante.

As Agências em Destaque no 1.º Quadrimestre

No primeiro quadrimestre da edição 2024/2025, os líderes do ranking são:

● Publicidade: Bastarda (Portugal) – 520 pontos
● Design: Estúdio Ricardo Daniel (Portugal) – 270 pontos
● Media: NAVEGA VALE (Portugal) – 220 pontos
● Ativação e Eventos: New Sheet (Portugal) – 180 pontos
● Relações Públicas: Llorente & Cuenca (Portugal) – 180 pontos
● Digital: t_insight (Portugal) – 120 pontos
● Cliente Mais Premiado: Natixis in Portugal – 60 pontos

A competição segue renhida, com diversas agências a destacarem-se pela sua criatividade e inovação nos mais variados campos da comunicação.

Ser premiado nos Prémios Lusófonos da Criatividade é um selo de qualidade e reconhecimento que pode impulsionar a notoriedade e credibilidade de uma agência ou profissional. Além do prestígio, os vencedores têm a oportunidade de se destacar no mercado, reforçando a sua presença num setor cada vez mais competitivo.

Entre as categorias premiadas estão Publicidade, Design, Digital, Media, Ativação e Eventos, e Relações Públicas, abrangendo diversas áreas de atuação da indústria criativa. Além disso, os prémios também distinguem os Clientes Mais Premiados e os Profissionais Mais Criativos, destacando indivíduos e empresas que impulsionam a criatividade no universo lusófono.

Inscrições Abertas: Última Chamada!

Se ainda não submeteu os seus trabalhos, esta é a última oportunidade para garantir um lugar entre os melhores da indústria criativa lusófona. As inscrições para o segundo quadrimestre encerram no dia 14 de março. Não perca a chance de ver o seu trabalho avaliado por um painel de jurados de renome e de fazer parte desta comunidade de talento e inspiração.

A criatividade lusófona merece reconhecimento. A sua também. Submeta aqui os seus projetos e faça história nos Prémios Lusófonos da Criatividade!

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Zelensky não reconhecerá nenhum acordo que exclua Kiev das negociações

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

"Não podemos aceitar, enquanto país independente, quaisquer acordos (feitos) sem nós. Quero deixar isto muito claro aos nossos aliados", avisou o presidente ucraniano.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta quinta-feira que não aceitará nenhum acordo sobre a Ucrânia que não inclua Kiev nas negociações.

Nos seus primeiros comentários à comunicação social desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve conversas telefónicas individuais com o líder russo, Vladimir Putin, e posteriormente com o próprio Zelensky, o líder ucraniano disse que o principal era “não permitir que tudo corra de acordo com o plano de Putin”.

“Não podemos aceitar, enquanto país independente, quaisquer acordos (feitos) sem nós. Quero deixar isto muito claro aos nossos aliados: quaisquer negociações bilaterais sobre a Ucrânia, não sobre outros temas, mas quaisquer conversas bilaterais sobre a Ucrânia sem nós, não aceitaremos”, frisou Zelensky aos jornalistas, durante uma visita a uma central nuclear no oeste da Ucrânia.

Zelensky revelou ainda que, durante a sua conversa com Trump, na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos lhe transmitiu que queria falar com os líderes russo e ucraniano ao mesmo tempo. “Ele nunca mencionou que Putin e a Rússia eram uma prioridade. Nós, hoje, confiamos nestas palavras. Para nós é muito importante preservar o apoio dos Estados Unidos da América”, concluiu Zelensky.

Na quarta-feira, Trump e Putin mantiveram uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a iniciar “de imediato” negociações sobre o assunto.

“Acordámos trabalhar em conjunto de forma muito próxima, inclusive visitando os países um do outro. Também concordámos que as nossas equipas iniciarão de imediato as negociações, e começaremos por telefonar ao Presidente (ucraniano, Volodymyr) Zelensky para o informar da conversa, o que farei agora mesmo”, declarou Trump na ocasião.

Poucas horas depois, Zelensky disse que tinha falado ao telefone com o homólogo norte-americano sobre as “possibilidades de alcançar a paz” na Ucrânia. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia. O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

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Quem são os novos secretários de Estado?

Silvério Regalado, Maria Luísa Oliveira, Filipa Lima, Jean Barroca, Carla Rodrigues e Alberto Santos tomam posse esta quinta-feira. Conheça os novos governantes.

Os seis novos secretários de Estado tomam posse esta quinta-feira ao final da tarde, no Palácio de Belém. Silvério Regalado, Maria Luísa Oliveira, Filipa Lima, Jean Barroca, Carla Rodrigues e Alberto Santos serão os próximos governantes com a pasta da Administração Local e Ordenamento do Território, Administração e Inovação Educativa, Segurança Social, Energia, Igualdade e Cultura, depois de o primeiro-ministro ter aproveitado a saída de Hernâni Dias para fazer a primeira remodelação no Governo.

Energia

Jean Gil Barroca foi nomeado como o novo secretário de Estado da Energia, substituindo Maria João Pereira no cargo. Era, desde setembro de 2024, partner da consultora Deloitte, empresa na qual esteve ao longo dos últimos sete anos. Nesta empresa, tornou-se líder global de Modernização Digital do Setor Público, papel no qual se dedicou a desenvolver e implantar soluções para a digitalização deste setor. Trabalhou em particular a solução CitySynergy, através da qual a Deloitte apoia iniciativas de cidades inteligentes e mobilidade.

Jean BarrocaHugo Amaral

Antes disso, foi durante sete anos consultor no Banco Mundial, debruçando-se sobre projetos de inovação em cidades inteligentes. Trabalhou em projetos deste âmbito na Colômbia, no Chile e em Moçambique. Iniciou a carreira como gestor de projeto na Alfamicro e depois tornou-se partner na BaG! Consulting, com sede em Castelo Branco. Como formação, tem a licenciatura de Engenharia Eletrotécnica, que frequentou no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, e um mestrado em Gestão, do Instituto Superior de Gestão.

Segurança Social

Na Segurança Social, sai Jorge Campino e entra Filipa Lima para o lugar de secretária de Estado. Doutorada em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), Filipa Lima era, até aqui, professora auxiliar convidada da Nova Information Management School e diretora-adjunta do departamento de sistemas de informação e tecnologia do Banco de Portugal. Nas suas novas funções, terá sob a sua alçada, a propósito, a continuação da digitalização do sistema da Segurança Social.

Filipa LimaDR

Outras notas no seu currículo que merecem destaque são a sua passagem pelo Banco Central Europeu, em 2001, como research analyst, bem como a sua passagem pelo Bank for International Settlements, em 2006, em funções semelhantes. No Banco de Portugal, desempenhou também as funções de diretora-adjunta do Departamento de Estatística, de 2011 a 2020.

Administração e Inovação Educativa

Já na Administração e Inovação Educativa, Maria Luísa Oliveira fica no lugar que até aqui era ocupado por Pedro Cunha. A nova responsável já integrava o Ministério da Educação, mas como diretora-geral da Administração Escolar e como adjunta.

Maria Luísa OliveiraDR

Ao longo da sua carreira, foi docente em Tomar e vereadora da Câmara desse mesmo município. Entre 2018 e 2019, foi também coordenadora da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Licenciada em Geografia e Planeamento Regional e mestre em Ciências da Educação pela Universidade Nova de Lisboa, em 2019 recebeu o prémio “Excepcional Women of Excellence” pelo Women Economic Forum.

Igualdade

A ex-deputada social-democrata Carla Rodrigues é a substituta de Carla Mouro no cargo de secretária de Estado adjunta e da Igualdade. Além do trabalho enquanto deputada do PSD na Assembleia da República, destaca-se no seu currículo a presidência do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), cuja missão é pronunciar-se sobre as questões éticas, sociais e legais em torno da fertilização in vitro, etc.

Carla RodriguesPSD

Tem tido um papel interventivo nas questões da infertilidade, tendo sido coordenadora do grupo de trabalho para a coadoção e também relatora na comissão parlamentar de saúde para o aprofundamento de medidas destinadas à promoção da natalidade e defensora de maior celeridade na regulação das barrigas de aluguer.

É licenciada em Direito pela Universidade Moderna do Porto e tem desempenhado funções como advogada (associada sénior) na sociedade JPAB – José Pedro Aguiar Branco & Associados. Num âmbito de política local, foi presidente da Assembleia de Freguesia da Vila de Cucujães e vereadora sem pelouro na Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.

Cultura

O atual presidente da Comissão Científica da Rota do Românico e comissário cultural do Festival Literário “Escritaria” desde 2014, Alberto Santos, toma posse enquanto novo secretário de Estado da Cultura, substituindo no cargo Maria de Lurdes Craveiro. Advogado de profissão, foi presidente da Câmara Municipal de Penafiel – eleito pela coligação PSD/CDS – durante três mandatos consecutivos (2001-2013) e é atualmente presidente da Assembleia Municipal do mesmo município. É ainda presidente da concelhia do PSD de Penafiel depois de ter derrotado a lista encabeçada pelo atual presidente da autarquia.

Alberto Santos foi também presidente da Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRB), da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CITS), da Associação de Municípios do Vale Sousa (AMVS), da Comunidade Urbana do Vale do Sousa (CUVS), da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, bem como administrador da SimDouro – Saneamento do Grande Porto e da Fundação do Futebol, da Liga Portugal.

Administração Local e Ordenamento do Território

Formado em gestão no ISEG em 2003, com 23 anos, e pós-graduado em Marketing Management no ano seguinte, Silvério Rodrigues Regalado chega a secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território para substituir Hernâni Dias. Foi um dos deputados presentes na Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, no passado dia 4, quando o antecessor respondeu a perguntas sobre a constituição das empresas que levaram à sua demissão.

Silvério RegaladoPSD

O social-democrata, eleito a 29 de setembro de 2013 para o primeiro de três mandatos com maioria absoluta como presidente da Câmara de Vagos, deixou a autarquia do distrito de Aveiro aquando da eleição para a Assembleia da República, em 2024. Entre 2006 e 2009 foi membro da Assembleia Municipal e de 2009 até à primeira candidatura à presidência exerceu o cargo de vereador das finanças, juventude e desporto.

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STJ terá juízes mais novos e distribuição de processos dispensa presença de juiz e MP

Ministra acaba com a portaria do anterior Governo, que previa presença de juiz e procurador na distribuição de processos. Juízes da Relação com menos tempo de carreira podem entrar no STJ.

A distribuição de processos judiciais, que é feita eletronicamente nos tribunais, deixa de exigir a presença física de um juiz e de um magistrado do Ministério Público. Paralelamente, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) passa a poder ter magistrados mais jovens.

Estas são duas das quatro medidas que a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, apresentou esta quinta-feira, depois de aprovadas no Conselho de Ministros.

As novas regras definem ainda que o juiz de turno à distribuição é designado pelo presidente do tribunal, em regime de rotatividade nos tribunais onde haja mais de um juiz e as operações de distribuição passam a ser obrigatoriamente documentadas, ao pormenor. Os advogados passam a ter acesso ao auto das operações de distribuição, podendo, a todo o tempo, pedir certidão desse ato.

“Nos casos em que haja atribuição de um processo a um juiz, deve ficar explicitado nas páginas informáticas de acesso público do Ministério da Justiça e dos tribunais, que houve essa atribuição e os fundamentos legais, bem como o acesso eletrónico ao auto e respetivos anexos”, diz o diploma.

“Uma medida que une advogados, juízes, procuradores, funcionários judiciais: a distribuição de processos judiciais, que é feita eletronicamente, deixa de exigir a presença física de todos os intervenientes. E, simultaneamente, cria regras de maior transparência e escrutínio das operações da distribuição. É uma medida que, por si só, vai tornar mais eficiente o procedimento, eliminando a prática de atos inúteis que têm causado entropias no funcionamento diário dos tribunais”, diz a ministra.

As leis que alteram as regras de distribuição processual foram aprovadas pelo parlamento em 2021 e esperaram mais de um ano pela portaria que as regulamenta, que foi publicada em Diário da República no final de março de 2023 e entrou em vigo em maio do mesmo ano.

As preocupações manifestadas ao longo destes quase quatro anos pela magistratura judicial e pelo Ministério Público prendem-se com a nova obrigação de “reunir diariamente, em todos os locais onde ocorre distribuição, um conjunto de operadores da justiça para assistir ao ato da distribuição, que até aqui dispensava, na maioria dos casos, qualquer intervenção humana, e elaborar uma ata à qual é anexado o resultado da distribuição”, conforme determinava a portaria que deixará de estar em vigor.

Justiça. Campus de Justiça. Advocatus GenérioHugo Amaral/ECO

Acesso de juízes mais novos ao STJ

Assim, o Governo decidiu ampliar o universo de concorrentes ao concurso de acesso ao Supremo Tribunal de Justiça, viabilizando-o a magistrados mais jovens.”Esta regra vai propiciar maior estabilidade no corpo de juízes do STJ, ao contrariar a excessiva
e indesejada rotatividade dos magistrados”, diz o comunicado do Conselho de Ministros.

De que forma? Os juízes desembargadores dos Tribunais da Relação que se encontrem no terço superior da lista de antiguidade à data da abertura do concurso e que não renunciem à promoção, em vez do critério atualmente em vigor, que tem por referência o quarto superior da referida lista. Mais: “com o objetivo de melhorar a celeridade processual.

Neste contexto, a presente proposta de lei altera a Lei de Organização do Sistema Judiciário e o Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais. O que se pretende com as alterações agora introduzidas “é permitir que em diploma autónomo se sistematize a regulamentação das assessorias em todas as categorias de tribunais e se crie as assessorias na segunda instância onde não atualmente não existem.

“Não hesito ao dizer que é assim que se faz a Reforma da Justiça … com medidas como as que hoje aprovamos, que se juntam a outras já aprovadas e em execução, e às quais se juntarão as que estão a ser estudadas, ponderadas e preparadas. Em matéria de reforma da Justiça, o Governo está a fazer a sua parte. Esperamos que cada um faça a sua”, diz a titular da pasta da Justiça.

Segundo dados oficiais do Conselho Superior da Magistratura (CSM), o STJ tem atualmente em funções um total de 57 juízes conselheiros, num quadro global de 60 magistrados previstos. Panorama que será agravado já que “há ainda 32 juízes conselheiros que reunirão condições para pedir a jubilação ou aposentação ao longo do ano de 2025”, assegura fonte oficial do órgão de gestão da magistratura judicial. Somando os anteriores 18 conselheiros jubilados ou com pedido de jubilação apresentado com estes 32 juízes em condições de acederem à jubilação no próximo ano, chegamos a um total de 50 juízes conselheiros com saída à vista no espaço de apenas um ano. Assim, há 87,7% de juízes conselheiros que podem deixar o STJ no espaço de apenas um ano. O que significa, do ponto de vista prático, nove em cada 10 magistrados.

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