Von der Leyen pede a J.D. Vance “relação comercial justa” e “apoio inabalável à Ucrânia”

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

A presidente da Comissão Europeia, no encontro com JD Vance, sublinhou ainda a "necessidade de uma unidade contínua na prestação de um apoio inabalável à Ucrânia”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu esta terça-feira ao vice-presidente norte-americano, J. D. Vance, uma “relação comercial justa” entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE) e um “apoio inabalável à Ucrânia” face à Rússia.

A presidente Von der Leyen e o vice-presidente Vance debateram a cooperação em matéria de desafios partilhados. A presidente von der Leyen reafirmou o empenho da UE numa relação comercial justa, tendo ambas as partes manifestado a sua intenção de dar prioridade a áreas económicas de interesse mútuo, incluindo a energia”, refere um comunicado divulgado após o encontro.

A reunião bilateral ocorreu em Paris à margem da cimeira mundial sobre Inteligência Artificial numa altura de intensas tensões comerciais, que não haviam sido mencionadas por Ursula von der Leyen numa publicação logo a seguir ao encontro na rede social X, na qual relatou apenas uma “boa discussão” e disse esperar “continuidade da cooperação” transatlântica.

Agora, neste resumo da reunião divulgado à imprensa, lê-se que foi também abordada a guerra na Ucrânia causada pela invasão russa, quando se assinalam quase três anos do conflito.

A presidente Von der Leyen e o vice-presidente Vance reafirmaram a força das relações entre a UE e os Estados Unidos e o seu papel vital no atual panorama geopolítico. A presidente von der Leyen salientou o empenhamento da UE numa paz justa e duradoura para a Ucrânia (…) e sublinhou a necessidade de uma unidade contínua na prestação de um apoio inabalável à Ucrânia”, indica a nota informativa.

A questão da Inteligência Artificial também foi discutida, com a líder do executivo comunitário a vincar o compromisso da UE em desenvolver uma tecnologia “em benefício de todos, mantendo simultaneamente um mercado aberto e competitivo”. Este encontro de Von der Leyen e J.D. Vance trata-se da reunião de mais alto nível entre a Comissão Europeia e a nova administração norte-americana desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca (presidência).

Presente no encontro esteve também a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas. Fontes europeias têm indicado que, até ao momento, Ursula von der Leyen ainda não tem uma data marcada para um encontro bilateral com o Presidente norte-americano, Donald Trump, tendo apenas tido um contacto telefónico por ocasião da tomada de posse do republicano, no passado dia 20 de janeiro.

Outras fontes comunitárias ouvidas pela Lusa indicaram que o presidente do Conselho Europeu, António Costa, foi convidado para esta cimeira mundial sobre Inteligência Artificial em Paris, mas não pôde comparecer, pelo que não participou na reunião com J.D. Vance.

A reunião aconteceu após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado que irá impor tarifas de 25% sobre as importações do aço e do alumínio, contexto que afeta o setor da UE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro da Defesa alerta que modo de vida ocidental está em risco e questiona futuro da ONU

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

"O que está em causa é a nossa necessidade de defendermos o nosso modo de vida", disse Nuno Melo, antes de questionar se a ONU "está à altura dos desafios dos nossos tempos".

O ministro da Defesa alertou esta terça-feira para ameaças ao modo de vida ocidental e questionou a capacidade da ONU para enfrentar o contexto geopolítico, lembrando a extinta Sociedade das Nações e o risco de a história se repetir.

Durante um discurso de mais de 40 minutos num almoço organizado pelo International Club of Portugal, em Lisboa, Nuno Melo considerou que a segurança ocidental enfrenta desafios significativos, nomeadamente o papel da China como “pivô ocidental” das rotas da seda, a sua “parceria estratégica” com a Rússia e a crescente influência de países como o Irão e a Coreia do Norte, ainda que com “ambições geopolíticas muito distintas”.

O ministro alertou que a conjugação deste alinhamento estratégico com “as pretensões territoriais óbvias, nítidas, que são conhecidas e a vontade de afirmação no contexto geopolítico global de vários países” revela um “potencial de risco futuro de novos conflitos”.

Sobre o atual cenário internacional, Nuno Melo defendeu que a contestação ao alinhamento mundial definido no pós-Segunda Guerra Mundial “deve ser compreendida” e “deve ser contestada porque os países não têm de guardar para si o destino que outros quiseram para eles”. No entanto, sublinhou que o Ocidente “tem de estar à altura daquilo que lhe é pedido neste contexto mundial”.

“O que está mesmo em causa é o nosso modo de vida. E o que está em causa é a nossa necessidade de defendermos o nosso modo de vida. Eu tenho um bom modo de vida, e que não pretendo substituir por qualquer outro”, afirmou, acrescentando que estas mudanças no contexto geopolítico “reforçam a evidência da transição para uma ordem multipolar”.

Na mesma intervenção, Nuno Melo fez um aparte para notar que olha com atenção para a abordagem protecionista da administração norte-americana – que classificou de “nacionalismo económico” –, realçando as diferenças dessa política para a “globalização de mercado que permitiu o desenvolvimento de tantos povos”.

Nuno Melo lembrou ainda o papel da Sociedade das Nações, criada em 1919 e dissolvida em 1946 como resultado, recordou, de não ter conseguido impedir os impulsos expansionistas que levaram à Segunda Guerra Mundial, deixando um aviso sobre a atual fragilidade das organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU).

“A ONU foi criada com o mesmo propósito. Resta saber se está à altura dos desafios dos nossos tempos. É desejável que não tenha o fim que a seu tempo teve a Sociedade das Nações por causa dessa incapacidade que todos acabamos por perceber medida em conflitos globais e em milhões de mortos. Isto para dizer o quê? É que por vezes a história repete-se e nós podemos desejar que não se repita”, afirmou.

O ministro da Defesa alertou ainda para o facto de, atualmente, estimar-se que o investimento da Rússia em defesa em 2025 deverá ultrapassar a globalidade dos 27 países membros da União Europeia, considerando que estes números são animadores e reforçou que a União Europeia deve reforçar a sua contribuição para a NATO para garantir a partilha de encargos e assegurar que não vive “debaixo do guarda-chuva protetor dos outros”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Associação dos “tuk-tuk” quer evitar protestos em Lisboa e pretende negociar com câmara

Autarquia pretende limitar circulação em mais 62 ruas a partir de 1 de abril. ANCAT vai pedir aos associados que não movam providências cautelares nem façam manifestações.

Ao contrário da intransigência sentida em Sintra, a Associação Nacional dos Condutores de Animação Turística (ANCAT) acredita que em Lisboa haverá lugar para acertar posições com o Executivo municipal, depois de se saber que a autarquia vai proibir a circulação de “tuk- tuk” em mais 62 ruas a partir de 1 de abril.

“Vamos ter reunião com os associados para que mantenham a calma, para que não movam ações, providências cautelares, ou manifestações. A diferença de Sintra e do Porto para Lisboa é que aqui temos diálogo e comunicação aberta, e estamos a ser ouvidos”. Inês Henriques, secretária-geral da entidade que representa operadores dos veículos de animação turística geralmente designados de “tuk-tuk”, diz ao ECO/Local Online que se vai bater por exceções à proibição de circulação nas 62 novas ruas que a câmara de Lisboa pretende interditar à circulação destes veículos.

A associação irá “verificar um a um estes cortes que estão a ser efetuados” e exigir que seja considerado no novo despacho camarário o “acesso a garagens, o atravessamento em vazio e as reservas para ir buscar clientes a alojamentos locais e e hotéis, bem como acesso a museus”, diz Inês Henriques.

A dirigente associativa teme a repetição das autuações registadas em Sintra, no que considera ter sido intransigência da autarquia liderada por Basílio Horta. “Podemos deparar-nos com elementos da autoridade com excesso de zelo. Em Sintra, houve ruas que foram cortadas e a GNR multa os operadores por levarem o tuk-tuk para a garagem” de recolha, explica.

Em Lisboa, a exceção “tem de ficar em explícita em despacho”, exige. “A nossa esperança é que possamos chegar a bom termo”.

Apesar desta via aberta com o município, Inês Henriques diz que a reunião tida nesta segunda-feira com a autarquia “foi marcada quase de um dia para o outro, se não se metesse o fim de semana. Fomos confrontados com o fecho destas vias”.

Ainda assim, assinala, a associação conseguiu evitar o encerramento do acesso a dois locais icónicos nos guias turísticos da cidade, a Senhora do Monte, na zona da Graça, e a costa do Castelo de São Jorge. “Ficou reduzido depois de termos dito que eram pontos fulcrais para o exercício da atividade”.

Nesta terça-feira ficou-se a saber do plano da autarquia em alargar a proibição de trânsito de veículos “tuk-tuk” a mais 62 arruamentos, elevando para 337 aqueles onde estes veículos não podem circular. O despacho com estas novas artérias será lançado a 1 de abril, confirmou ao ECO/Local Online o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, responsável pelo pelouro da mobilidade.

Inês Henriques nota que “outras localidades com restrições foram Sintra e o Porto”, e salienta que “as câmaras municipais têm toda a legitimidade para legislar sobre sinalética, inversão do sentido das vias, mas respeitando o Código da Estrada. Não podem condicionar uma atividade regulada pelo RNAAT [Registo Nacional de Agentes de Animação Turística], que é uma competência do Ministério da Economia”, salienta”.

As autarquias “não têm legitimidade para tal”, aponta, deixando uma garantia: “Somos a favor do dialogo. Esperamos e estamos otimistas que, através do diálogo, se resolva a situação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Candidaturas do PT2030 demoram 125 a serem analisadas. Meta era 60 dias

A gestora do Mar 2030 garante que o programa tem uma taxa de execução superior à maior parte dos programas do Portugal 2030, sendo apenas ultrapassado pelo Pessoas 2030 e pela Assistência Técnica.

A gestora do Mar 2030 revelou esta terça-feira que, no Portugal 2030, as entidades de gestão levam em média 125 dias para analisar as candidaturas dos beneficiários, quando a meta definida pelo Governo é de as mesmas sejam analisadas em 60 dias. Neste programa temático, os números melhoram ligeiramente, mas ainda muito aquém do objetivo, são 86 dias úteis. “Não é o que desejamos, estamos a fazer um esforço de aceleração”, disse a Dina Ferreira.

Na Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do PRR e PT2030, a gestora avançou que ao nível dos pagamentos as metas também não são cumpridas. O ministro Adjunto e da Coesão quer que as autoridades de gestão paguem aos beneficiários em 30 dias úteis – “apesar de a legislação europeia permitir se sejam feitos em 80 dias”, lembrou a responsável –, mas no Mar 2030 é preciso esperar 47 dias, revelou Dina Ferreira.

Ao nível do PT2030, os pagamentos estão a ser feitos em 12 dias porque estão em causa sobretudo pagamento iniciais, explicou, que são mais céleres já que não carecem de certificação de despesas.

A gestora do Mar 2030 garante que o programa tem uma taxa de execução superior à maior parte dos programas do atual quadro comunitário de apoio, sendo apenas ultrapassado pelo Pessoas 2030 e pelo programa de ajuda técnica e que as eventuais demoras nada têm a ver com atrasos na análise dos pedidos de pagamento.

Não há atrasos na análise dos pedidos de pagamento que leve a taxa de execução mais baixa. Mas estamos a trabalhar com as CCDR para acompanhar no terreno as dificuldades dos operadores económicos na execução dos projetos e incentivar a submissão de pedidos de pagamento”, disse Dina Ferreira.

“É preciso acelerar o Mar 2030”, reconheceu a gestora, avançando que a meta de execução de 10% “é interna”, foi proposta internamente, “é ambiciosa” e com a regras do N+3 “é necessário acelerar a execução do programa”, admitiu.

Dina Ferreira revelou aos deputados que até dezembro de 2024 já foram aprovadas 1.872 candidaturas que correspondem a 148,91 milhões de euros aprovados, o que coloca a taxa de compromisso nos 37,93%. No entanto, o valor executado desce para 31,56 milhões de euros, o que coloca a taxa de compromisso em 8,04%.

A gestora garante que o programa compara bem com os restantes apesar de este ser “um programa pequeno” – tem uma dotação global de 392 milhões de euros. Mas ainda não existem dados referentes a dezembro para os restantes programas operacionais. Se forem tidos em conta os dados de dezembro, surge em primeiro lugar o Pessoas 2030 com uma taxa de 15,9%, seguido da Assistência Técnica (14,4%) e depois o Mar 2030 (8,04%).

Dina Ferreira explicou que a falta de dados referentes ao Mar 2030 se deve a um problema de comunicação das plataformas da Agência para o Desenvolvimento e Coesão e do IFAP, que a responsável espera ser resolvido em breve. Esta ausência de dados levou a fortes críticas por parte dos deputados que acusaram a gestora de falta de transparência.

A gestora da Autoridade de Gestão do Programa Mar 2030 na Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do PRR e PT2030 sublinhou que Portugal tem o quinto maior envelope financeiro deste fundo (FEAMP) entre os vários Estados-membros, o que lhe dá “responsabilidade acrescida de implementação”.

Dina Ferreira disse ainda que ao nível do Mar 2020, referente ao quadro comunitário que está em encerramento, a última certificação de despesa já foi entregue em Bruxelas.

“Faço um balanço muito positivo da capacidade de chegar aos operadores da pesca”, disse já que os estudos revelam que “40% dos operadores do setor têm apoios deste programa”, que “conseguiu influenciar as condições de funcionamento dos portos e as condições de segurança a bordo das embarcações”, acrescentou.

A reunião da Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do PRR e PT2030 começou com a aprovação por unanimidade da audição da Associação Nacional de Municípios, proposta pelo Partido Socialista.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas adota medidas antidumping sobre biodiesel chinês

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

Uma investigação demonstrou que as importações de biodiesel objeto da China “estavam a prejudicar a indústria da UE, que enfrentava uma concorrência desleal e o eventual encerramento de fábricas".

A Comissão Europeia anunciou esta terça-feira ter aplicado medidas antidumping sobre as importações de biodiesel da China após uma investigação que revelou a existência de concorrência desleal para produtores de 18 países da União Europeia (UE).

Em comunicado, o executivo comunitário revela então ter instituído “medidas ‘antidumping’ [isto é, para contrariar vendas abaixo do preço de custo] sobre as importações de biodiesel da China, ajudando a proteger cerca de 6.000 postos de trabalho na UE em mais de 60 produtores de 18 Estados-membros”.

A iniciativa surge após uma investigação que demonstrou que as importações de biodiesel objeto de ‘dumping’ provenientes da China “estavam a prejudicar a indústria da UE, que enfrentava uma concorrência desleal e o eventual encerramento de fábricas”.

Serão, por isso, aplicados direitos sobre o biodiesel em estado puro ou incluído numa mistura, estando excluídos os biocombustíveis para a aviação conhecidos como combustível sustentável para a aviação. Os direitos variam entre 10% e 35,6% e substituem os direitos provisórios instituídos em agosto de 2024.

A Comissão Europeia adianta que as medidas “protegem uma alternativa renovável aos combustíveis fósseis no setor dos transportes da UE – a principal utilização do biodiesel – reforçando assim a segurança energética da UE”.

Para além das medidas adotadas sobre o biodiesel proveniente da China, a UE tem em vigor direitos ‘antidumping’ e de compensação sobre as importações de biodiesel provenientes de outros países terceiros.

O mercado de biodiesel da UE tem um valor anual de 25 mil milhões de euros. O ‘dumping’ ocorre quando uma empresa exporta um produto a um preço inferior ao valor normal do produto no seu mercado interno.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Violet Faisan é a cor do ano para a Dyrup

  • + M
  • 11 Fevereiro 2025

A apresentação da cor do ano representa a oportunidade que a Dyrup proporciona aos seus clientes para dar uma nova vida às suas casas, diz a marca.

Violet Faisan é a cor do ano para a Dyrup. Trata-se de um tom que “traduz o calor e o mistério entre o azul e o vermelho, que se distingue pela capacidade de criar atmosferas sofisticadas, promovendo simultaneamente a criatividade e a tranquilidade”, descreve a marca.

“A apresentação da cor do ano representa a oportunidade que a Dyrup proporciona aos seus clientes para dar uma nova vida às suas casas. Uma mudança de cor e a conjugação de novos apontamentos de decoração são os primeiros passos para uma casa com um novo brilho. O Violet Faisan, um reflexo do nosso tempo, das nossas emoções e necessidades, representa o equilíbrio entre a criatividade e a serenidade, proporcionando um ambiente acolhedor e, ao mesmo tempo, sofisticado. Esta tonalidade versátil permite que o cliente explore infinitas formas de decoração, seja em combinações subtis ou como protagonista de um espaço”, diz Bruno Toscano, brand manager da PPG Dyrup, citado em comunicado.

Identificada pelos especialistas de cores e tendências da marca, a cor “caracteriza-se por ser uma tonalidade versátil para interiores e exteriores, associado tradicionalmente à introspeção e ao bem-estar”, refere-se em nota de imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jéssica Lourenço assume direção de marketing da Sekurit Service e Glassdrive 

  • + M
  • 11 Fevereiro 2025

Além de um percurso profissional de quatro anos na Saint-Gobain Portugal, Jéssica Lourenço passou pela indústria do retalho, no E.Leclerc Portugal.

Até agora coordenadora de comunicação externa da Saint-Gobain Solutions, Jéssica Lourenço é a nova diretora de marketing e de desenvolvimento de negócio da Sekurit Service Portugal e da Glassdrive Portugal, marcas do grupo Saint-Gobain.

Além de um percurso profissional de quatro anos na Saint-Gobain Portugal, Jéssica Lourenço passou também pela indústria do retalho, no E.Leclerc Portugal.

“A Saint-Gobain tem sido a minha casa nos últimos anos, e o profundo conhecimento da empresa e da sua dinâmica no mercado serão essenciais para este novo desafio, que abraço com total dedicação e sentido de responsabilidade. O objetivo desta nova etapa é dar continuidade ao trabalho já desenvolvido, fortalecendo ainda mais a cultura Saint-Gobain na Glassdrive”, diz Jéssica Lourenço, citada em comunicado.

No caso da Glassdrive, a nova diretora de marketing e de desenvolvimento de negócio junta-se à marca para “dar continuidade à estratégia da empresa de consolidação do seu posicionamento como a maior rede nacional de substituição e reparação de vidro em todo o tipo de viaturas”, refere-se.

Licenciada em Marketing, pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, é também pós-graduada em Marketing Digital, pela Aveiro Digital School.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“A IGF é independente há 95 anos e que ninguém o ponha em dúvida”, diz inspetor-geral das Finanças

Inspetor-geral de Finanças afirnou que nunca recebeu pedidos de governantes para condicionar o resultado das auditorias.

O Inspetor-geral de Finanças afirmou esta terça-feira no Parlamento que a entidade que lidera é independente do ministro das Finanças e sempre o foi, apesar de depender hierarquicamente deste. António Ferreira dos Santos garantiu que nunca recebeu instruções de um governante para condicionar o resultado de uma auditoria.

“Aquela casa é uma casa independente e é-o há 95 anos e que ninguém o ponha em dúvida”, disse o inspetor-geral de Finanças, que foi ouvido esta tarde pelos deputados da Comissão de Economia e Obras Públicas sobre o relatório da auditoria às contas da TAP, a requerimento do PSD e PAN.

Ferreira dos Santos respondia à acusação de que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) não é independente do Ministério das Finanças e que o relatório na TAP não tem qualquer validade, feita por Filipe Melo, deputado do Chega.

“Lei orgânica do Ministério das Finanças diz que a IGF tem uma suposta autonomia administrativa. Suposta porque funciona na dependência direta do ministro das Finanças. Mais do que promíscuo é indecente”, afirmou o deputado do partido de André Ventura, que chegou a trabalhar na IGF.

Nunca houve nenhum ministro que me tenha feito um pedido: ‘senhor inspetor ou senhor inspetor-geral vai fazer este trabalho e gostava que fosse encaminhado por ali’.

“A venda de uma companhia aérea pública a um privado passa por dois ministros, das Finanças e das Infraestruturas. Neste caso, o senhor inspetor teria de inspecionar o seu superior. Não iria fazer queixa do seu patrão. Com todo o respeito, o relatório da IGF vale zero”, acrescentou Filipe Melo.

Fez afirmação lesivas da independência da IGF. Informo o seu deputado que a IGF faz 95 anos a 8 de abril 95 anos. Ao longo desses 95 anos, com altos e baixos, fomos fazendo o nosso percurso e vendo reconhecido o nosso trabalho”, respondeu o inspetor-geral.

“Durante este período tivemos quase 30 ministros das Finanças. Sabem quantos inspetores-gerais houve. Considerando dois que estiveram pouco tempo fui antecedido de 12 colegas. A Inspeção consegue ser mais estável do que os governos. Isto mostra a nossa independência”, acrescentou.

Nunca houve nenhum ministro que me tenha feito um pedido: ‘senhor inspetor ou senhor inspetor-geral vai fazer este trabalho e gostava que fosse encaminhado por ali'”, disse ainda. “Eu sou tecnicamente independente, politicamente não sou, porque o senhor ministro das Finanças em qualquer momento pode dizer que eu tenho de sair ou apresentar a minha demissão”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal cai a pique no combate à corrupção. Casos Influencer, Tutti-Frutti e Vórtex contribuíram

Portugal desceu no Índice de Perceção da Corrupção 2024. Aumentar o rigor do controlo de património e rendimentos dos políticos é uma das recomendações, mas como se pode mudar o estado das coisas?

Portugal desceu quatro pontos na pontuação do Índice de Perceção da Corrupção 2024 da organização Transparência Internacional. Um dos piores desempenhos entre os países da Europa Ocidental e o pior do país desde que o índice começou a ser publicado, em 2012. Numa escala de 0 a 100, em que 100 é percecionada como muito transparente e 0 com muito corrupto, Portugal ficou posicionado com 57 pontos, abaixo da média da União Europeia, que se situa nos 64. Já em termos globais, o país está na 43.ª classificação, descendo nove posições.

Segundo o estudo, a descida deveu-se à deterioração das avaliações de várias fontes utilizadas no cálculo do índice, sendo que o declínio foi particularmente impulsionado pela perceção de abuso de cargos públicos para benefícios privados e por fragilidades nos mecanismos de integridade pública para evitar esse abuso. À Advocatus, os advogados apontam que a metodologia usada é apenas baseada em perceções de corrupção no setor público e não na medição objetiva da corrupção.

“Não se foca apenas na prevalência dos crimes praticados, mas também na efetiva investigação e julgamento destes, o que nos ajuda a compreender que a falta de celeridade, a proliferação de megaprocessos e os atrasos e adiamentos nos tribunais, motivados pela falta de investimento e recursos humanos, são, por si só, fatores preponderantes para esta perceção. Ao mesmo acresce a notoriedade de certos megaprocessos, com repercussões na vida política nacional – notoriamente, a Operação Influencer, Processo Tutti-Frutti, Processo Vórtex, Processo Babel -, que têm criado a perceção da infiltração da corrupção na esfera pública, ao mais alto nível“, refere a associada da MFA Legal Juliana Vasconcelos Senra.

A advogada alerta que não deixa de ser paradoxal que o aumento da repressão da corrupção através da investigação e julgamento de processos ligados a esse fenómeno tenham o “efeito perverso de gerar um aumento do índice de perceção pública da corrupção no nosso País”.

Embora não seja positiva a descida destes nove lugares, o sentido de urgência que transmite, e que já vem sendo reconhecido pelo governo, será importante para legitimar a implementação de mudanças que se esperam efetivas, sensatas e duradouras“, acrescenta.

O Índice aponta ainda alguns fatores como a avaliação negativa da eficácia do combate à corrupção e do funcionamento das instituições públicas, as fragilidades na implementação de política anticorrupção e na supervisão do setor público, incluindo lacunas na prevenção de conflitos de interesse e na declaração de bens por políticos, e a avaliação negativa devido a nepotismo, favoritismo político e financiamento partidário pouco transparente.

Mas o que pode ser feito para reverter esta situação que coloca em causa os mecanismos contra a corrupção? Segundo a advogada Juliana Vasconcelos Senra, é essencial que as magistraturas tenham “mais recursos humanos” para prosseguir a investigação e o julgamento destes processos, “o que requer a valorização destas carreiras e a alocação de mais fundos para o sistema de justiça”.

“Um sistema de justiça eficaz, célere e imparcial é um garante do funcionamento das medidas anticorrupção nacionais, mas o mesmo não pode ser atingido à custa da diminuição dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos arguidos. Certamente não se medirá o sucesso de uma política anticorrupção pelo aumento do número de condenações efetivas, sem assegurar que o regime processual, as garantias de recurso e os direitos de todos os intervenientes processuais são protegidos”, acrescenta.

A associada da MFA Legal considera ainda que o enfoque principal deverá ser a “aposta em medidas preventivas”, com o reforço do papel do Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) através, por exemplo, do reforço de recursos materiais e humanos. “Tal como anunciado pela Estratégia Nacional de Combate à Corrupção, devem encetar-se esforços para detetar os riscos de corrupção no setor público e assim legislar de forma informada sobre estes”, disse, sublinhando que o país deve ainda aproveitar as avaliações e recomendações feitas por organismos internacionais dedicados a este fenómeno, como o GRECO, OCDE e Comissão Europeia.

O próprio Índice apresenta algumas recomendações de forma a melhorar a reputação internacional de Portugal no combate à corrupção:

  • Fortalecer a implementação da estratégia nacional anticorrupção, “garantindo não apenas a identificação e correção das falhas que persistem até hoje, mas também a definição de metas objetivas e métricas claras que permitam avaliar progressos anuais até 2030, alinhadas com recomendações internacionais”;
  • Reforçar as entidades responsáveis pelo combate à corrupção, como a Entidade para a Transparência e o Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC), com recursos financeiros e autonomia orçamental adequados, “permitindo-lhes atuar de forma eficaz e independente no cumprimento da sua missão”;
  • Aprovar uma legislação específica para o lobbying, seguindo as melhores práticas internacionais;
  • No setor judicial, reforçar a eficácia da aplicação da lei no combate à corrupção, devendo ser adotado um novo quadro legal e operacional que permita “acelerar investigações e julgamentos de crimes económico-financeiros, eliminando a complexidade dos megaprocessos, combatendo expedientes dilatórios e reduzindo o risco de prescrição por atrasos processuais”;
  • Melhorar a transparência na administração pública através, por exemplo, do “desenvolvimento de ferramentas digitais acessíveis à sociedade civil” que permitirá um escrutínio independente e informado sobre o funcionamento das instituições públicas;
  • Aumentar o rigor do controlo de património e rendimentos dos políticos, de forma a “evitar conflitos de interesse e garantir uma administração pública íntegra”.

Portugal cai nove posições a nível global

A média global dos 180 países avaliados manteve-se baixa, nos 43 pontos, com mais de dois terços dos países a registarem pontuações abaixo de 50. A Dinamarca (90), a Finlândia (88) e a Singapura (84) ocupam o topo da lista como sendo vistos como os mais transparentes. Já o país com maior perceção de corrupção é o Sudão do Sul, com 8 pontos em 100. No ranking global, Portugal desceu nove posições, para 43.º lugar em 180 países.

 

Segundo o estudo, o Índice de Perceção da Corrupção 2024 revelou uma “tendência preocupante de estagnação” e “retrocesso global” no combate à corrupção. “Países com democracias frágeis ou regimes autoritários continuam a apresentar as piores classificações, demonstrando a forte correlação entre corrupção, falta de transparência e ausência de instituições democráticas robustas. Alguns países do Golfo Pérsico, como Bahrein, Omã e Arábia Saudita, registaram melhorias significativas, nomeadamente em resultado de implementação de reformas de governança e digitalização de processos públicos”, lê-se.

Com 64 pontos de pontuação média, a região da Europa Ocidental e União Europeia é a mais bem pontuada no ranking. Ainda assim, no ano passado esta região apresentou cerca de um terço dos seus 31 países com reduções de pontuação iguais ou superiores a três, “refletindo uma degradação generalizada das pontuações nos países europeus, pelo segundo ano consecutivo, e onde apenas Islândia, Eslovénia, Luxemburgo e Chipre se destacam pela positiva”. Malta e Eslováquia, com menos cinco pontos, foram os países da região com maior degradação na sua pontuação. Portugal é um dos 5 países com quedas de quatro pontos.

Registe-se o retrocesso em grandes economias europeias, como França (-4 pontos), Alemanha (-3 pontos), Espanha (-4 pontos) e Itália (-2 pontos), evidenciam falhas nos mecanismos de integridade e aplicação da lei. Salienta-se a existência de desafios na transparência de contratos públicos, onde continuam a surgir casos de favoritismo e corrupção em grandes projetos de infraestrutura. A queda de vários países europeus é também atribuída a desafios na implementação de medidas anticorrupção e na fiscalização de crimes financeiros e empresariais”, referem.

Qual deve ser a prioridade do Governo no combate à corrupção?

O Governo apresentou, assim que tomou posse em abril de 2024, uma agenda anticorrupção que tem vindo a trabalhar. A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, avançou que na próxima quinta-feira o Conselho de Ministros vai aprovar novas medidas para combater a morosidade processual. Mas qual deve ser a prioridade do Executivo?

A advogada Juliana Vasconcelos Senra defende que a transparência das instituições é “essencial” para o combate à corrupção no setor público, sendo assim necessária a transparência do processo legislativo, nomeadamente na legislação em matéria do combate à corrupção. “A prioridade neste momento deve ser a de envolver a sociedade civil na definição destas políticas – numa altura em que se anunciam várias medidas legislativas vindouras e a revisão de normas processuais, deverão ser atendidos os contributos da comunidade jurídica, privilegiando mudanças informadas e garantísticas, e não movidas pelo imediatismo e pela urgência de alterar positivamente a perceção pública”, aponta.

A associada da MFA Legal sublinha ainda que a transparência em processos de contratação pública, quanto às declarações patrimoniais de titulares de cargos públicos e o registo de interações do setor público com entidades privadas, são alguns exemplos de como esse mote pode ser atingido. “O setor público tem de dar o exemplo: se proliferam os estudos que identificam uma permissibilidade de certas condutas de corrupção no setor público e privado, é certo que esta perspetiva top down verterá os seus benefícios também para o setor privado, ao sinalizar uma mudança de paradigma“, acrescenta.

Uma coisa é certa, segundo revela o Índice de Perceção da Corrupção 2024, apesar do reforço do quadro normativo e institucional nos últimos anos, como a criação do MENAC e a adoção da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção, Portugal continua a enfrentar desafios estruturais significativos. Entre os desafios apontados estão:

  • Falta de clareza e compromisso político: a estratégia anticorrupção carece de metas concretas, convicção e empenho político, resultando numa implementação tardia e ineficaz;
  • Baixa eficácia na aplicação das leis anticorrupção: os processos judiciais são excessivamente demorados, frustrando as expectativas dos cidadãos e revelando fragilidades na condução justa e célere da justiça;
  • Recursos insuficientes nas entidades de fiscalização: a falta de meios humanos e financeiros compromete a capacidade de monitorização, punição de infrações e atuação eficaz, gerando desconfiança na sociedade quanto à real utilidade dessas instituições;
  • Ausência de regulamentação do lobbying: Portugal continua sem um quadro legal específico para a representação de interesses, ao contrário de vários países europeus. Essa lacuna prejudica a transparência, a qualidade do processo legislativo e a confiança na tomada de decisões públicas;
  • Deficiências na declaração de património e rendimentos de políticos: a Entidade para a Transparência, criada em 2019, apenas começou a operar efetivamente em 2024, tendo ainda um longo percurso para ganhar a confiança da sociedade civil e de organismos internacionais.

“Portugal tem agora o desafio de demonstrar progressos concretos na implementação de reformas, para evitar que a sua posição continue a deteriorar-se nos próximos anos e para recuperar a confiança internacional na integridade do seu setor público”, revelam.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caixa deve olhar para o Novobanco “em função dos seus interesses”, defende ex-governador Carlos Costa

Ex-governador do Banco de Portugal considera que a Caixa avançar para a compra do Novobanco é uma "questão empresarial" que depois terá de ser avaliada pela Autoridade da Concorrência.

O ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, considera que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) deve olhar para o Novobanco “em função dos seus interesses”, independentemente de o seu acionista ser público.

“A Caixa é uma entidade que deve ser gerida pelo acionista segundo os seus interesses, mesmo que o acionista seja público. E em função dos seus interesses olha para o Novobanco”, declarou Carlos Costa ouvido esta terça-feira durante uma audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

“É uma questão de natureza empresarial”, acrescentou mais tarde. Ainda assim, destacou que se a Caixa comprar o Novobanco “isso irá implicar questões que depois a Autoridade da Concorrência terá de avaliar para perceber se daí resulta um entorse da concorrência”.

Carlos Costa foi chamado ao Parlamento por causa do fim antecipado do acordo de capital contingente do Novobanco. “Felicito-me porque é a normalização do sistema. Ter uma instituição com um asterisco, não era bom para o sistema financeiro”.

Para o ex-governador, todas as partes ganharam com isso. “Ganhou o comprador? Claro que ganhou. O Fundo de Resolução e o Estado ganharam? Ganharam”, afirmou aos deputados.

Mais: “Deixou de se politizar o Novobanco. No dia em que se encerrou [o CCA] deixamos de discutir transferências para o Novobanco, é um capítulo fechado. Permitiu fechar a incerteza do processo e a litigância do processo”

No final da audição, Carlos Costa aproveitou para se despedir dos deputados de uma forma especial. “Das 14 vezes que passei por aqui guardo uma memória grata, contribuí para esclarecer a opinião pública e escrutinar os outros”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santana Lopes volta às listas do PSD nas autárquicas. Veja aqui os candidatos (até agora) do partido

Comissão Política Nacional do PSD anuncia os nomes de 57 candidatos para as próximas eleições autárquicas. Além de Santana Lopes, veja aqui os outros candidatos oficializados nesta terça-feira.

É oficial. Pedro Santana Lopes vai ser candidato à Câmara Municipal da Figueira da Foz com o apoio da Comissão Política Nacional do PSD, depois de, em 2021, o antigo líder social-democrata ter conquistado o município como independente. O ex-primeiro ministro é um dos 57 candidatos anunciados pelo partido nesta terça-feira para as próximas eleições autárquicas, que acontecem no outono deste ano.

“Destas escolhas, destaque para o regresso de Pedro Santana Lopes a candidaturas do PSD, num sinal claro de unidade e agregação“, lê-se no comunicado enviado às redações pela Comissão Política Nacional.

Pedro Santana Lopes, ex-primeiro-ministro, a discursar no congresso do PSD, no 37.º Congresso dos sociais-democratas, decorridoPaula Nunes/ECO

“A Comissão Política Nacional determinou, ainda, avocar o processo de escolhas de todos os candidatos autárquicos no concelho de Lisboa, sendo que esta decisão foi tomada de acordo com as respetivas estruturas”, lê-se na mesma nota.

O anúncio do PSD surge no rescaldo da notícia da acusação do Ministério Público a 60 autarcas no processo Tutti-Fruti.

Entre as novidades desta lista dos social-democratas surge o nome de José Alves Bizarro Duarte, atual presidente da Assembleia Municipal de Mafra, como candidato à câmara desta localidade. Um nome que contraria o que foi anunciado em novembro de 2024.

A Concelhia do PSD de Mafra tinha então apontado o atual presidente do município, Hugo Luís, para a corrida às próximas eleições autárquicas. O autarca assumiu a liderança da autarquia em junho, na sequência da tomada de funções como eurodeputado do então presidente de câmara Helder Silva.

Na mesma nota conhecida esta terça-feira, a comissão refere que “o PSD privilegia a escolha dos melhores candidatos e projetos em cada localidade”.

Seguindo essa estratégia, a comissão escolheu o empresário hoteleiro Hélder Martins e atual presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) para entrar na corrida à câmara de Loulé. Ex-vice-presidente da edilidade louletana no início do século, Hélder Martins procura conquistar o município liderado há 12 anos pelo socialista Vítor Aleixo, que já não se pode candidatar novamente.

A aposta social-democrata no representante dos hoteleiros algarvios acontece num município que detém uma vasta extensão de território turístico de luxo, incluindo Quinta do Lago, Vale do Lobo e Vilamoura

Veja abaixo os candidatos do PSD a 57 câmaras municipais homologados pela Comissão Política Nacional do partido e dados a conhecer nesta terça-feira:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

ISA escolhe Saint Pirate e El Hey para posicionar e comunicar a instituição

  • + M
  • 11 Fevereiro 2025

A comunicação vai procurar criar um conceito umbrella de marca para comunicar o ISA com "consistência e coerência nos próximos anos" bem como incrementar o interesse e procura pela sua oferta.

O Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa apostou na consultora de estratégia de marca Saint Pirate e na produtora El Hey para o desenvolvimento de um “projeto profundo que visa pesquisar, pensar posicionamento e comunicar” a instituição de ensino.

Num projeto que conta com diversas fases, a primeira passa pela “imersão” junto de diversos stakeholders como estudantes, ex-estudantes, professores e diretores do ISA, através de pesquisa quantitativa e qualitativa, cujo objetivo passa por “mapear pontos fortes, debilidades e caminhos de inovação no plano oferta bem como novos caminhos de comunicação que permitam incrementar notoriedade, consideração e potencial de conversão e recrutamento de mais e melhores estudantes”, explica-se em nota de imprensa.

A segunda fase, de pensamento estratégico, pretende fazer uma “profunda reflexão sobre como posicionar o ISA de forma a relançar o universo das ciências agrárias como uma ótima opção de carreira para os jovens portugueses“. Já a última fase consiste na construção de um plano de comunicação integrado “que se tangibilizará numa campanha de comunicação que terá como target os alunos do 12º ano em fase de escolha de curso de ensino superior”.

A comunicação irá procurar criar um conceito umbrella de marca para comunicar o ISA com “consistência e coerência nos próximos anos”, bem como incrementar o interesse e procura pelas sete licenciaturas da instituição, ou seja, Engenharia Agronómica, Engenharia Alimentar, Engenharia do Ambiente, Engenharia Florestal e dos Recursos Naturais, Engenharia Zootécnica, Biologia e Arquitetura Paisagista.

“O ISA tem a responsabilidade de atrair e formar os melhores talentos. Este projeto permite refletir estrategicamente sobre o nosso posicionamento, reforçar a comunicação da nossa oferta formativa e reafirmar o ISA como uma referência incontornável no ensino e na investigação. Além disso, queremos que este seja o primeiro passo para desconstruir os estereótipos desatualizados sobre as ciências agrárias“, diz Madalena Lordelo, vice-presidente do ISA, citada em comunicado.

“A agricultura é uma área profundamente modernizada, alicerçada na tecnologia e na inovação, promotora da sustentabilidade e do desenvolvimento. Esperamos que esta iniciativa inspire outros stakeholders, como organismos públicos e empresas privadas, a juntarem-se a este esforço para comunicar e reforçar a atratividade desta fileira estratégica“, acrescenta.

Já Miguel Bacelar, managing director da Saint Pirate, refere que é um “enorme privilégio” para a agência poder juntar o ISA ao ISEG e ao Técnico, que já são seus clientes. “O universo do ensino superior tem que ser um desígnio nacional e o universo das ciências agrárias deve merecer de todos uma atenção especial. É estratégico para Portugal conseguirmos resgatar o interesse dos jovens pela produção de alimentos respeitando a natureza e por todos as áreas que em redor dela gravitam. Mostrar o lado tecnológico e business da agronomia é o caminho do futuro”, diz o responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.