Luís Paes Antunes é o nome proposto pela AD para suceder a Francisco Assis na presidência do Conselho Económico e Social

Ex-secretário de Estado vai ser o nome proposto pela Aliança Democrática para presidir ao Conselho Económico e Social, sucedendo ao socialista Francisco Assis que renunciou ao cargo.

O ex-secretário de Estado Luís Paes Antunes vai ser o nome proposto pela Aliança Democrática (AD) presidir ao Conselho Económico e Social (CES), avançou o Expresso e confirmou o ECO junto de três fontes próximas do processo. Paes Antunes poderá suceder a Francisco Assis, que deixou o lugar vago para ser candidato às eleições legislativas de março e entrou depois como número três na lista do PS às eleições europeias.

No entanto, o candidato proposto pela coligação de direita vai precisar de ser aprovado por dois terços dos deputados na Assembleia da República, sendo, por isso, necessário um entendimento com o PS.

O CES tem um papel relevante por atuar como órgão auxiliar no desenvolvimento de políticas económica e social, tanto internamente como nas instâncias europeias, incluindo a utilização dos fundos europeus. Pode, igualmente, dar parecer sobre as propostas de planeamento setorial e espacial e políticas de desenvolvimento socioeconómico que o Governo lhe submeta e apreciar a situação económica do país. Exerce também uma atividade promocional da concertação entre os parceiros sociais.

Luís Pais Antunes, Managing Partner da PLMJ, em entrevista ao ECO/Advocatus - 29ABR19
Luís Paes AntunesHugo Amaral/ECO

Advogado de profissão, Luís Paes Antunes foi secretário de Estado do Trabalho e da Segurança Social nos governos de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes, entre 2002 e 2005. Anteriormente, foi diretor-geral da Concorrência e Preços e também membro da direção do PSD liderada por Luís Marques Mendes.

Francisco Assis estava à frente do CES desde julho de 2020, depois de ter sido eleito com o voto favorável de 170 deputados. O antigo líder parlamentar socialista foi reeleito para um segundo mandato em abril de 2022, com 192 votos favoráveis. Este ano, por ter sido candidato do PS às eleições legislativas, pelo círculo do Porto, decidiu renunciar ao cargo mais cedo, por reconhecer uma “incompatibilidade ética”. O cargo foi então preenchido de forma interina pela socióloga e então vice-presidente, Sara Falcão Casaca.

Além de candidato nas duas eleições que decorreram este ano — será eurodeputado até 2029 –, Francisco Assis chegou a ser também o nome proposto pelo PS para a presidência da Assembleia da República. Um cargo que acabou por ser preenchido por José Pedro Aguiar-Branco.

(Notícia atualizada às 15h35)

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Governo contrata com municípios 328 milhões do PRR para reabilitar ou construir habitação

  • Lusa
  • 11 Junho 2024

O Governo acredita "convictamente" que vai conseguir atingir a meta dos 26 mil fogos reabilitados ou construídos até 2026.

O Governo começou esta terça-feira a assinar com mais de 80 municípios do Alentejo, Algarve, Centro e Norte termos de responsabilidade para a construção ou reabilitação de 2.871 fogos para famílias vulneráveis, num investimento de 328 milhões de euros.

A primeira destas cerimónias, no âmbito do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), decorreu esta terça-feira, em Évora, abrangendo concelhos do Alentejo e da Lezíria do Tejo, seguindo-se, esta tarde, outra sessão no Algarve. Até dia 20 estão programadas iniciativas de assinatura e homologação de termos de responsabilidade nas outras regiões, segundo o Governo.

Após a cerimónia em Évora, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, explicou que a assinatura de todos estes contratos “é muito importante”, porque “permite a cada um dos municípios iniciarem todos os procedimentos, nomeadamente concursais, para avançarem com a obra“.

A meta, realçou o governante, é chegar aos 26 mil fogos reabilitados ou construídos com que Portugal se comprometeu no âmbito do PRR, os quais têm de ser habitados pelas respetivas famílias selecionadas até 30 de junho de 2026, num investimento global de 1,8 mil milhões de euros.

Senão não cumprimos a meta e temos a necessidade de devolver verbas para a Europa e isso não pode acontecer.

Ministro das Infraestruturas e Habitação

Miguel Pinto Luz

Portugal tem que garantir que, nessa data, há “famílias a viver nestas casas”, sob pena de vir a perder financiamento: “Senão não cumprimos a meta e temos a necessidade de devolver verbas para a Europa e isso não pode acontecer”, disse Miguel Pinto Luz.

Este governo não aceita que isso aconteça e, por isso, está aqui a tentar acelerar” a execução do PRR nesta área da habitação, referiu o ministro, aludindo também a diversas outras medidas já anunciadas pelo executivo nesta área, como “o IMT jovem” ou alterações “ao IRS, à lei do alojamento local, às caducidades do apoio às rendas, ao arrendamento coercivo”.

Ou seja, continuou, essas “já foram decisões tomadas pelo Conselho de Ministros e, portanto, não foram só proclamações no anúncio do ‘Construir Portugal’, já são concretizações e isto é a prova de que estamos a concretizar”.

Reconhecendo que a política de habitação “já vinha do Governo anterior” e que, nesta área, é necessário haver “perenidade sem preconceitos de continuidade”, mas também “reforço e aceleração e alteração de algumas leis”, o ministro defendeu que os autarcas também têm que estar empenhados na concretização destas obras e é necessária a disponibilidade das empresas de construção civil.

O Governo acredita convictamente” que se vai conseguir atingir a meta dos 26 mil fogos até 2026, insistiu Miguel Pinto Luz, salientando que por isso é que o executivo está “com esta grande aliança nacional, com os autarcas” e com as empresas, já que também se decidiu “lançar um pacto e um desafio às empresas de construção”. Não se trata apenas de construir casas, porque também estão a ser construídos centros de saúde, escolas e infraestruturas.

“Estamos a fazer tanto, com tanta ambição, precisamos também de um setor da construção civil mobilizado para este grande desígnio nacional”, defendeu.

Na cerimónia, em que participou igualmente o ministro adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, Miguel Pinto Luz desafiou os autarcas para, “além de começarem a lançar as obras, que façam também já a análise de candidaturas para potenciais famílias e utilizadores destas casas”.

Estamos a fazer tanto, com tanta ambição, precisamos também de um setor da construção civil mobilizado para este grande desígnio nacional.

Miguel Pinto Luz

Ministro das Infraestruturas e Habitação

Não podemos perder tempo”, nem “estar à espera que as casas estejam prontas para depois ir decidir quem é que vai habitar essas casas”, insistiu.

O termo de responsabilidade permite às câmaras municipais avançarem na construção ou reabilitação de edifícios para habitação digna destinada às famílias mais vulneráveis, ficando a aprovação das candidaturas pelo Instituto de Habitação e Reabilitação (IHRU) para uma fase posterior, de acordo com o Governo.

Da meta das 26 mil casas até junho de 2026, “13 mil já vinham de trás”, do anterior Governo do PS, lembrou o ministro das Infraestruturas e Habitação, indicando que agora trata-se de formalizar os outros 13 mil fogos.

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ERC diz que lei permite que fundos sejam proprietários de órgãos de comunicação social

  • Lusa
  • 11 Junho 2024

A presidente da ERC foi ouvida a propósito da aquisição dos jornais Sol e I, tendo apontado que, por agora, está "praticamente tudo sanado" em termos de transparência e de formalidades.

A presidente da ERC registou esta terça-feira que o regulador atuou dentro dos seus meios na análise da dona dos jornais Nascer do Sol e Inevitável, apontando que a lei permite que fundos de investimento detenham órgãos de comunicação social.

A ERC está vinculada ao princípio da legalidade, só faz o que a lei permite, o que a lei habilita, e a lei permite que fundos de investimento sejam proprietários de órgãos de comunicação social“, afirmou Helena Sousa na Comissão De Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) foi chamada ao parlamento a pedido do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda sobre a aquisição dos jornais Sol e I e sobre as alegadas ligações a fundos associados ao Governo da Hungria e ao partido do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Numa exposição em que abordou o processo desde a compra das publicações, Helena Sousa registou que por se tratar “de uma operação que envolveu a imprensa, dois jornais sem liderança no mercado, a ERC não teve oportunidade de proceder a uma avaliação preliminar por via de um pedido de parecer por parte da Autoridade da Concorrência [AdC], o que pode acontecer noutras circunstâncias”.

Segundo a presidente, quando a Alpac Capital anunciou a compra da Newsplex, em 2022, atualizou a informação sobre a estrutura acionista junto da ERC, “em cumprimento de regime jurídico da transparência“.

Após a análise dos elementos comunicados, não se identificaram, à época, indícios que justificassem diligências adicionais“, explicou a presidente do Conselho Regulador da ERC.

No entanto, com a divulgação de uma investigação jornalística pelo semanário Expresso, em colaboração com órgãos de comunicação social de França e Hungria, que abordou “eventuais investimentos indiretos do Estado húngaro na compra da Euronews”, a ERC “entendeu, então, começar por verificar se a Newsplex cumpria cabalmente a lei da transparência”.

Após verificar os elementos transmitidos pela Newsplex, a ERC concluiu que esta “cumpria apenas parcialmente a lei da transparência e respetiva regulamentação“, uma condição que levou a vários pedidos de atualização de documentação.

No processo de cumprimento da lei da transparência, a ERC detetou, em 2022, “um fluxo de capital” sob a forma de “entrada de dinheiro a título de suprimentos pela Sunny Meridian [que detinha, então, 91% da Newsplex], que se converteu em aumento de capital em 2023”.

Para a ERC, este movimento “deveria ser investigado com mais detalhe, por poder constituir um poder influência” e, em última instância, na perspetiva da defesa da independência editorial.

Helena Sousa apontou que, por agora, está “praticamente tudo sanado” em termos de transparência e de formalidades.

A exceção, segundo a presidente da ERC, prende-se com “uma questão que tem a ver com o fluxo financeiro que ocorreu precisamente na fase em que a Euronews foi comprada“. “Esse [fluxo] sim, suscitou-nos dúvidas e vontade de aprofundar”, registou.

Na sua audição, Helena Sousa voltou a insistir que a ERC não tem os meios humanos e os instrumentos legais para atuar do melhor modo em diversas situações.

A ERC precisa de outras condições, precisa de rever os seus estatutos“, reforçou, destacando que os deputados “têm um papel a desempenhar”.

“É necessário rever a legislação. Já na outra reunião, no outro encontro que tivemos aqui, em dezembro, falei e falamos todos da importância de rever a legislação”, recordou.

Além dos estatutos do regulador, Helena Sousa sugeriu que é necessária uma revisão da lei da transparência.

“Para nós, a lei da transparência é uma lei útil, mas que precisa de ser revista, e nós sabemos que precisa de ser revista porque a temos procurado implementar”, disse, acrescentando que está a preparar um documento que espera “que seja utilizado como uma base de trabalho” para os deputados.

A notícia divulgada pelo Expresso em abril dava conta que o empresário português Pedro Vargas David – filho do antigo eurodeputado do PSD Mário David, conselheiro político do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán – que detém os jornais Nascer do Sol e i Inevitável -, “recebeu 45 milhões do Estado húngaro” para comprar a cadeia europeia de televisão Euronews, da qual é atualmente presidente do Conselho de Administração.

Sobre esse assunto, Helena Sousa disse que a ERC “não tem nenhuma condição para investigar o Estado húngaro” ou Viktor Orbán.

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Banco Mundial vê economia global a crescer 2,6% este ano e a estabilizar até 2026

  • Lusa
  • 11 Junho 2024

As projeções do Banco Mundial apontam para taxas de crescimento bem inferiores às registadas na década anterior à pandemia, estimando um crescimento de 2,7% em 2024 e 2025.

O crescimento global deverá manter-se “estável pela primeira vez em três anos” em 2024, nos 2,6%, atingindo uma média de 2,7% em 2025-2026, “bem abaixo” da registada na década anterior à covid-19, prevê o Banco Mundial.

“A expectativa para 2024 é que, pela primeira vez em três anos, a economia global estabilize, embora num nível considerado baixo com base em padrões históricos recentes“, apontam as mais recentes Perspetivas Económicas Globais do World Bank Group, hoje divulgadas.

Nos dois anos seguintes — 2025 e 2026 — as projeções apontam para um crescimento médio global de 2,7%, “bem abaixo” da média de 3,1% registada na década que precedeu a pandemia.

Nas previsões divulgadas em janeiro, o Banco Mundial tinha apontado para um crescimento económico global de 2,4% para 2024 e baixado em três décimas a projeção para 2025, para 2,7%, devido à instabilidade política.

De acordo com a instituição, as previsões agora avançadas significam que, “ao longo do período 2024-2026, os países que representam coletivamente mais de 80% da população e do PIB [Produto Interno Bruto] globais cresceriam a um ritmo mais lento que na década anterior à covid-19”.

Quanto à inflação global, a expectativa do Banco Mundial é que recue para 3,5% em 2024 e 2,9% em 2025, um ritmo de queda “mais lento do que se previa há apenas seis meses”.

“Como resultado, a expectativa é que muitos bancos centrais mantenham cautela na redução das taxas de juros oficiais” e “é provável que as taxas de juros globais permaneçam elevadas em comparação aos padrões das últimas décadas — com uma média de cerca de 4% entre 2025 e 2026, aproximadamente o dobro da média de 2000–2019″, detalha.

Em termos gerais, as economias em desenvolvimento deverão crescer 4%, em média, entre 2024 e 2025, “um pouco mais lentamente” que em 2023, sendo a evolução de 5% em 2024, acima dos 3,8% de 2023.

“No entanto — nota o Banco Mundial no relatório hoje divulgado – as previsões de crescimento para 2024 refletem as regressões observadas em três de cada quatro economias de rendimento baixo desde janeiro”.

Já nas economias avançadas, o crescimento deve permanecer estável nos 1,5% em 2024, antes de subir para 1,7% em 2025.

Este ano, a expectativa do Banco Mundial é que “uma em cada quatro economias em desenvolvimento permaneça mais pobre do que era em 2019”, antes da pandemia, sendo essa proporção “duas vezes maior no caso de países afetados por fragilidades e conflitos”.

“Além disso, a disparidade de rendimento entre as economias em desenvolvimento e as economias avançadas deve aumentar em quase metade dos países em desenvolvimento entre 2020 e 2024: a percentagem mais elevada desde a década de 1990”, lê-se no relatório.

Nessas economias, o rendimento ‘per capita’ deve crescer 3%, em média, até 2026, “bem abaixo” da média de 3,8% registada na década anterior à covid-19.

Quatro anos após os transtornos causados pela pandemia, por vários conflitos, pela inflação e pelo aperto monetário, parece que o crescimento económico global está a estabilizar”, afirma o economista-chefe e vice-presidente sénior do grupo Banco Mundial.

“No entanto, o crescimento encontra-se em níveis mais baixos que no período anterior a 2020”, nota Indermit Gil, salientando que “as perspetivas para as economias mais pobres do mundo são ainda mais preocupantes”, já que elas enfrentam “níveis punitivos de serviço da dívida, possíveis restrições comerciais e eventos climáticos que geram altos custos”.

Neste contexto, o Banco Mundial alerta que os países mais pobres — especialmente os 75 elegíveis para assistência concessional da Associação Internacional de Desenvolvimento — “não conseguirão fazer isso sem apoio internacional.”

O relatório hoje divulgado inclui ainda dois capítulos analíticos, um sobre como o investimento público pode ser usado para acelerar o investimento privado e promover o crescimento económico e o outro que analisa porque sofrem os pequenos Estados de “dificuldades fiscais crónicas”.

Referindo que o crescimento do investimento público nas economias em desenvolvimento caiu para metade desde a crise financeira global, atingindo uma média anual de 5% na última década, o Banco Mundial defende que o investimento público “pode ser uma poderosa alavanca para a promoção de políticas públicas”.

“No caso das economias em desenvolvimento com amplo espaço fiscal e práticas eficientes de gestão das despesas públicas, um aumento do investimento público equivalente a 1% do PIB é capaz de aumentar o nível de produção em até 1,6% no médio prazo”, enfatiza.

Já relativamente às “dificuldades fiscais crónicas” sentidas pelos Estados com uma população de até 1,5 milhões de pessoas, o Banco Mundial reclama “reformas abrangentes para enfrentar os desafios fiscais desses pequenos Estados”.

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Macron exclui demissão “seja qual for o resultado” das legislativas antecipadas

  • Lusa
  • 11 Junho 2024

Presidente francês considera que convocação de eleições antecipadas "foi a decisão correta” e apela à população do país: “Não tenham medo, vão votar".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, excluiu a possibilidade de se demitir “seja qual for o resultado” das eleições legislativas antecipadas convocadas após a derrota do seu partido nas eleições europeias, numa entrevista publicada esta terça-feira pela revista Le Figaro.

Questionado sobre o risco de o Rassemblement National (RN, extrema-direita) pedir a sua demissão em caso de vitória nas eleições de dia 30 deste mês (com segunda volta a 7 de julho), o Presidente francês afastou essa possibilidade, segundo o semanário.

Não é o RN que está a escrever a Constituição, nem o espírito dela. As instituições são claras, tal como o lugar do Presidente, seja qual for o resultado. Para mim, isso é intangível“, respondeu.

Macron disse estar novamente disposto a debater com Marine Le Pen, a líder dos deputados de extrema-direita na Assembleia Nacional dissolvida. “Claro! Estou pronto para usar as nossas cores e defender o nosso projeto”, disse.

“Vou lá para ganhar”, garantiu o Presidente na entrevista, realizada na tarde de segunda-feira, um dia depois do anúncio da dissolução, que apanhou toda a gente de surpresa, incluindo o seu próprio primeiro-ministro, Gabriel Attal.

Àqueles que o consideram “louco” por provocar uma tal reviravolta política, Emmanuel Macron responde: “não, de todo”. “Só estou a pensar em França. Foi a decisão correta, no interesse do país. E digo aos franceses: não tenham medo, vão votar“.

Antes da conferência de imprensa que deverá dar o mote para a campanha ‘macronista’, prevista para esta terça-feira mas entretanto adiada para quarta-feira, o candidato explicou que pretende ir a votos “alargando e clarificando a sua linha”.

Acrescentou a intenção de “estender a mão a todos aqueles que estão prontos para governar e trabalhar numa síntese na direção de um radicalismo ambicioso”, sem dizer exatamente como, uma vez que não conseguiu desde 2022 alargar a sua maioria relativa.

“Nunca acreditei nas sondagens. […] Uma nova campanha está a começar e não devemos olhar para os resultados de cada círculo eleitoral à luz dos resultados das eleições europeias“, continuou.

Pouco depois de se conhecerem as declarações de Macron, o líder do partido de direita Les Républicains, Eric Ciotti, apelou a “uma aliança” com o partido de extrema-direita RN para as eleições legislativas antecipadas de 30 de junho e 7 de julho em França.

“Precisamos de uma aliança, mantendo a nossa identidade, […] com o RN e os seus candidatos”, declarou Eric Ciotti no canal de televisão TFI, adotando oficialmente uma posição muito controversa no seio do seu próprio partido, herdeiro do movimento gaullista. O apelo de Ciotti foi já “bem recebido” pela líder da RN, Marine Le Pen, que o considerou “uma escolha corajosa”.

Le Pen saudou também o que considerou ser “o sentido de responsabilidade” de Ciotti.”Quarenta anos de um pseudo cordão sanitário, que levou à perda de muitas eleições, estão em vias de desaparecer”, declarou à AFP Le Pen, que ao longo da última década iniciou uma estratégia de ‘desdemonização’ e normalização do seu partido com o LR.

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Negociações para adesão da Ucrânia à UE deverão arrancar este mês, diz von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia anunciou ainda que vai avançar com um novo apoio de 1,9 mil milhões a Kiev até ao final do mês e um acordo com o setor financeiro para atração de investimento.

A presidente da Comissão Europeia anunciou que está disponível para dar início às negociações para adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) ainda este mês. O desenvolvimento surge depois de a Ucrânia ter cumprido todos os requisitos de reforma necessários para se tornar membro do bloco.

“A Ucrânia cumpriu todos os passos que tínhamos estabelecido. E é por isso que acreditamos que a UE deve iniciar as conversações de adesão com a Ucrânia já no final deste mês”, afirmou Ursula von der Leyen, esta terça-feira, durante a Conferência sobre a recuperação da Ucrânia que decorre na Alemanha.

A governante deu nota ainda de que a Comissão Europeia vai avançar com um apoio de 1,9 mil milhões de euros ao abrigo do mecanismo europeu de apoio à Ucrânia, até ao final do mês de junho como resultado das “reformas abrangentes e à estratégia de investimento” implementadas na Ucrânia.

“É o chamado Plano Ucrânia. O Plano Ucrânia inclui, por exemplo, reformas no setor da justiça e na luta contra a corrupção. Isto constitui a base para tornar a Ucrânia atrativa para as empresas e os investidores. E está também a aproximar a Ucrânia da nossa União Europeia”, referiu von der Leyen.

Esta verba junta-se aos 50 mil milhões de euros que os 27 Estados-membros se comprometeram, em 2023, a enviar para Kiev até 2027, sendo que desse total já foram entregues seis mil milhões de euros, avançou a líder do executivo comunitário, anunciando que no decorrer da conferência em Berlim serão assinados “os primeiros acordos no valor de 1,4 mil milhões de euros” entre os bancos parceiros da UE e a Ucrânia no sentido de serem criados iniciativas de atração de investimento.

“Desta forma, nós, a UE, ajudamo-los a eliminar alguns dos riscos associados aos investimentos em ações. O nosso objetivo é melhorar o acesso das empresas ucranianas ao financiamento, especialmente das pequenas e médias empresas, e das empresas em fase de arranque que podem ajudar a modernizar a economia ucraniana, por exemplo, em áreas como as de tecnologia, digitalização, as energias renováveis e as matérias-primas essenciais”, continuou a presidente da Comissão Europeia.

Além dos apoios financeiros, Ursula von der Leyen reiterou o apoio militar da UE à Ucrânia na resistência da invasão da Rússia que, segundo a própria, decorre há já 900 dias. Ao abrigo do imposto sobre os lucros excessivos (windfall tax), a Comissão Europeia conseguiu acumular cerca de 1,5 mil milhões de euros que ficarão disponíveis a partir de julho. “90% destes fundos destinar-se-ão à defesa e 10% à reconstrução”, anunciou a governante.

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ANA ainda não começou a negociar com o Governo novo aeroporto de Lisboa

  • ECO
  • 11 Junho 2024

Já Thierry Ligonnière indicou que Portugal tem "um problema muito complicado ao nível das fronteiras" e que a longa espera no controlo "mata o turismo, mata a atratividade e cria problemas de fluxo".

O presidente da Comissão Executiva da ANA Aeroportos sublinhou esta terça-feira que “há uma decisão e um processo que é público” sobre a construção do novo aeroporto de Lisboa, mas que “não há qualquer negociação ou contrapartida”. “Ainda nem sequer reunimos [com o Governo] para começar a negociar”, disse José Luís Arnaut.

Durante a sua audição desta terça-feira na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, José Luís Arnaut explicou que há 180 dias para apresentar um primeiro plano e 24 meses para se encontrar uma solução, pelo que escusou-se a fazer mais comentários, lembrando que ainda terá de ser criada uma comissão negocial. “Aguardemos com serenidade própria esse tempo”, atirou aos deputados.

Tanto o presidente do conselho de administração da ANA Aeroportos, José Luís Arnaut, como o presidente da Comissão Executiva da ANA Aeroportos, Thierry Ligonnière, rejeitaram que tenha havido uma quebra dos investimentos, mas admitiram que houve alguns adiados. “Houve investimentos que foram adiados tendo em consideração o modelo de desenvolvimento que se ia fazer, se era [aeroporto] complementar ou novo aeroporto”, elencou Arnaut, explicando que a ANA ficou à espera da declaração de impacte ambiental. “O nosso enforque é, sobretudo, fazer investimentos úteis”, acrescentou Ligonnière, lembrando que foram feitos investimentos em segurança e na capacidade de estacionamento.

Já em relação à qualidade de serviço, Thierry Ligonnière realçou que a ANA tem “obrigações muito claras”, que constam no contrato, apontando que as maiores dificuldades se prendem com a entrega da primeira bagagem, bem como do controlo das fronteiras. “Temos um problema muito complicado ao nível das fronteiras”, admitiu, acrescentando que a longa espera “mata o turismo, mata a atratividade e cria problemas de fluxo“. Segundo o responsável, apesar do “enorme esforço” das forças de segurança, a falta de meios leva a este problema.

José Luís Arnaut afirmou ainda que “a Vinci não teve qualquer intervenção no processo de privatização, nem poderia ter tido por impedimento legal”, e que a empresa foi “apenas um dos concorrentes” e que foi escolhida pelo Governo português por a sua oferta ter superado a dos outros concorrentes.

Considerou ainda que a aposta da Vinci em Portugal foi arriscada devido à situação do país na época, em que até se discutia a saída de Portugal do euro, e que as “ações da Vinci desceram muito durante algum tempo” devido a essa decisão, elogiou as “autoridades públicas [de então] que souberam vender o país”. Antes de ser presidente da ANA, Arnaut (ex-ministro de Governos do PSD) foi um dos assessores da empresa Vinci à privatização da ANA.

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CoLAB português integra consórcio europeu para otimizar cadeia de valor de baterias

  • Lusa
  • 11 Junho 2024

Vasco da Gama CoLAB integra o consórcio europeu de baterias IPCEI EuBatIn, financiado em 2,9 mil milhões de euros pela Comissão Europeia.

O Laboratório Colaborativo Vasco da Gama, incubado na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, integra o consórcio europeu de baterias IPCEI EuBatIn, que visa desenvolver uma cadeia de valor “competitiva, inovadora e sustentável”.

Em comunicado, a UPTEC avança esta terça-feira que o Vasco da Gama CoLAB, que se foca no armazenamento de energia, irá juntar-se ao Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI) EuBatIn, financiado em 2,9 mil milhões de euros pela Comissão Europeia.

Com o intuito de desenvolver uma cadeia de valor de baterias “competitiva, inovadora e sustentável”, o IPCEI EuBatIn reúne os principais intervenientes europeus com sede na Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Polónia e Suécia, e os vários intervenientes que representam toda a cadeia de valor, desde o material, células, sistema de baterias e reciclagem.

Vasco da Gama CoLAB - VG CoLAB - UPTEC

Ao juntar-se a este consórcio, o laboratório colaborativo português pretende “acelerar a internacionalização, alavancar a inovação tecnológica e o desenvolvimento das exportações de Portugal” nos meios de armazenamento de energia necessários para a transição energética.

Fundado em 2019 no Porto, o Vasco da Gama CoLAB vai focar-se nas atividades de inovação e desenvolvimento das agendas mobilizadoras, bem como na cadeia de valor das baterias em Portugal, onde já desenvolveu tecnologias de conversão de energia modulares e agnósticas, bem como uma linha de produção piloto de baterias de ião-sódio em Portugal.

O laboratório “passa a assumir um papel de destaque no ecossistema europeu do armazenamento de energia ao ser membro associado deste projeto transacional, com uma contribuição importante para o crescimento, emprego e competitividade da indústria e economia da União Europeia”.

Os associados do VG CoLAB e os parceiros científicos, tecnológicos e de inovação têm aqui uma oportunidade muito interessante para contribuir para a afirmação europeia na área das baterias.

Cipriano Lomba

Presidente do Conselho Diretivo do Vasco da Gama CoLAB

Citado no comunicado, o presidente do Conselho Diretivo do Vasco da Gama CoLAB, Cipriano Lomba, salienta ser agora momento de “acelerar o desenvolvimento do ecossistema colaborativo” ambicionado para o laboratório e “contribuir com o mesmo para os desafios e oportunidades que o IPCEI EuBatIn representa”.

“Os associados do VG CoLAB e os parceiros científicos, tecnológicos e de inovação têm aqui uma oportunidade muito interessante para contribuir para a afirmação europeia na área das baterias”, acrescenta.

O laboratório colaborativo português reúne parceiros públicos e privados da academia e indústria como a EFACEC, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Instituto Superior Técnico, a A400 – Projetistas e Consultores de Engenharia, a Visblue Portugal, a EDP Inovação, o INESC TEC, a C2C-New Cap, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, a Simoldes Plásticos e a BEPA – Batteries European Partnership Association.

Focado no desenvolvimento de tecnologias, protótipos e prestação de serviços, o Vasco da Gama CoLAB desenvolve soluções tecnológicas aplicadas ao armazenamento de energia, técnicas que facilitam a utilização dos equipamentos após a primeira vida de utilização e tecnologias de conversão à medida.

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Startups do Porto atingem mais de 6,4 mil milhões de euros de valor associado

Porto passa a posicionar-se no Top 100 dos Ecossistemas Emergentes. O valor do ecossistema de startups portuense cresceu 53% em 2023 face a 2021.

As startups do Porto atingiram mais de 6,4 mil milhões de euros (6,9 mil milhões de dólares) em valor do ecossistema, entre 1 de julho de 2021 e 31 de dezembro de 2023, de acordo com o Global Startup Ecosystem Report (GSER) 2024, da Startup Genome, lançado na London Tech Week, avança o município liderado pelo independente Rui Moreira. Este resultado, anuncia, “confere entrada direta à cidade do Porto no Top 100 dos Ecossistemas Emergentes”.

Estes dados traduzem-se num crescimento anual de 53% do valor do ecossistema tecnológico do Porto em relação a igual período de 2021. “Face ao expressivo crescimento desta medida de impacto económico (calculada através do valor das exits e de avaliações das startups), o Porto sobe mais de 30 lugares”, destaca a câmara. A cidade passa, pela primeira vez, a posicionar-se no Top 100 dos Ecossistemas Emergentes. “Esta subida evidencia o notável progresso do Porto no último ano”, sublinha o comunicado da Startup Genome, refere a autarquia.

O Porto está a afirmar-se como um dos principais polos de empreendedorismo da Europa, com um ecossistema de startups em franca expansão.

Ricardo Valente

Vereador vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara Municipal do Porto

“Com uma grande pool de talento tecnológico e um extenso pipeline de startups em estágio inicial, o valor do ecossistema de startups do Porto cresceu de forma impressionante em 53%, tornando-o um dos ecossistemas de crescimento mais rápido não só em Portugal, mas também na Europa”, frisa o cofundador e presidente da Startup Genome, Marc Penzel, citado em comunicado da câmara portuense.

Já o vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo assinala, por sua vez, o potencial da cidade para captar startups. “O Porto está a afirmar-se como um dos principais polos de empreendedorismo da Europa, com um ecossistema de startups em franca expansão”, sustenta Ricardo Valente. “Este sucesso é fruto do compromisso da cidade em criar um ambiente propício para as startups prosperarem, mas primordialmente ao nível do talento e da dedicação dos nossos empreendedores”, completa.

O Global Startup Ecosystem Report 2024 coloca ainda cidade entre os 35 melhores ecossistemas europeus em talento acessível.

De acordo com o município, o GSER é desenvolvido a partir de informações sobre ecossistemas de startups de todo o mundo, com dados de mais de 4,5 milhões de empresas em mais de 300 ecossistemas de inovação.

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Retalhista online Autodoc atinge volume de negócios recorde e quer contratar 150 em Portugal

O mercado nacional e Itália representam 14% das receitas do retalhista online alemão. O hub tech em Portugal já emprega cerca de 200 pessoas.

O retalhista online alemã Autodoc atingiu um volume de negócios “recorde” no ano passado, com uma subida de 16%, para mais de 1,3 mil milhões de euros e quer reforçar com mais 150 profissionais o seu centro tecnológico em Portugal.

“O talento português corresponde exatamente à nossa filosofia de transformação tecnológica de produtos e essa é a base da nossa operação aqui”, afirma Dmitry Zadorozhny, CEO da Autodoc e diretor-geral da Autodoc Portugal.

“Em Portugal queremos construir o próximo ecossistema para todo o setor de peças de automóvel. A qualidade do ensino superior em Portugal é elevada e congratulamo-nos pelo potencial da força de trabalho que o acompanha. Queremos elevar a liderança no setor tecnológico e construir uma abordagem de gestão madura para uma simbiose tecnológica de produto perfeita”, refere ainda, citado em comunicado.

A empresa registou vendas de 1.307,7 milhões de euros, mais 16% do que há um ano, com um EBITDA ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 134 milhões, uma subida de 31%.

Em Portugal, a empresa tem registado uma taxa de crescimento anual na ordem dos 29%, entre 2018 e 2023. No ano passado, o mercado nacional e Itália representam 14% das receitas. Em Portugal a empresa tem mais de 466 mil clientes, tendo registado mais e 300 mil encomendas no ano passado.

“O Tech Hub em Portugal contribuiu com desenvolvimentos importantes para impulsionar o crescimento da empresa”, destaca a empresa. O centro emprega cerca de 200 pessoas, 33% dos quais deslocalizados.

Um ano após a abertura do centro tecnológico, “prevê aumentar a equipa em cerca de 150 pessoas em 2024″, informa a retalhista online de peças e acessórios automóveis.

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Lidl cria recintos em Lisboa e Braga para adeptos verem o Euro 2024

  • + M
  • 11 Junho 2024

Além de uma zona de restauração, a marca vai promover diversas atividades e transmitir em direto jogos do campeonato europeu, onde se incluem as partidas de Portugal na fase de grupos.

O Lidl, enquanto patrocinador oficial do Euro 2024, vai criar recintos em Lisboa e Braga para os adeptos verem o campeonato europeu de futebol.

A iniciativa da marca de retalho tem como objetivo “criar experiências únicas e juntar milhares de adeptos, um dos pilares centrais do seu patrocínio ao campeonato europeu, salientando a sua oferta de produtos frescos com a máxima qualidade ao melhor preço, o seu compromisso de apoio ao desporto e a uma alimentação saudável, bem como a justiça e o trabalho em equipa“, refere-se em nota de imprensa.

Além de uma zona de restauração, estes “Lidl Euro Lounges” contam com diversas atividades, como matraquilhos humanos, jogos variados onde os presentes podem ganhar prémios ou viagens de balão de ar quente, através de um voo cativo. Sendo mês de Santos Populares, estes locais contam ainda com animação musical, como acontece com a banda Turb’o Baile, nos dias 22 de junho (em Braga) e 26 de junho (em Lisboa).

Em Lisboa, no Parque de Jogos 1º de Maio, no dia 16 de junho (das 13h30 às 24h) os adeptos podem assistir ao jogo da Sérvia contra Inglaterra, enquanto a 26 de junho (16h às 24h) podem torcer por Portugal no confronto com a Geórgia.

Já em Braga, numa localização central entre a Praça da República, a Praça de Agrolongo e a Praça do Pópulo, a iniciativa decorre no dia 18 de junho (16h às 24h) com a transmissão do primeiro jogo de Portugal contra a Chéquia e no dia 22 de junho (13h à 24h), com a transmissão da partida entre Portugal e Turquia.

O próximo Campeonato da Europa decorre na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho de 2024. No grupo F, Portugal vai enfrentar a Turquia, a Chéquia e a Geórgia.

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El Corte Inglés com faturação e lucros recorde em Portugal

Cadeia atinge cerca de 600 milhões de euros de faturação e lucros de 36 milhões no país. Globalmente, obtém os melhores resultados desde 2009.

O El Corte Inglés fechou o ano fiscal de 2023-2024 com 599 milhões de euros de faturação e lucros de 36 milhões, “os maiores de sempre” em Portugal. Globalmente, grupo fechou o exercício com 16.333 milhões de euros de volume de negócios e 359 milhões de euros de lucros.

“O destaque do exercício foi o crescimento de todas as áreas de retail, especialmente nos departamentos de moda e beleza e alimentação e restauração”, destaca o retalhista espanhol, em comunicado, sobre a evolução do negócio no mercado nacional.

Em Portugal a cadeia, que detém dois armazéns em Lisboa e Porto, fechou e fevereiro o ano fiscal do ano passado com 599 milhões de euros de faturação, uma subida de 5% face ao ano anterior. A operação no mercado português atingiu um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 59,6 milhões, mais 16 % que no ano anterior, tendo assinalado lucros de 36 milhões de euros, uma subida face aos 19,5 milhões no ano passado, até então os melhores resultados do grupo no país onde está presente há mais de duas décadas.

Globalmente, o Grupo El Corte Inglés faturou 16.333 milhões de euros, com o EBITDA de 1.081 milhões (+13,6%) e um resultado líquido operacional de 359 milhões de euros. Foram “os seus melhores resultados operacionais desde 2009, tendo crescido nas suas principais áreas de atividade”, refere o retalhista.

“Dos 16.333 milhões de euros faturados pelo Grupo, 12.845 milhões correspondem ao volume de negócios das áreas de retail. A empresa portuguesa participa com 599 milhões, que correspondem a um aumento de 5% relativamente ao ano anterior”, destaca o grupo.

“A área da moda continua a ser a mais destacada, com centenas de marcas internacionais e também portuguesas, além das marcas próprias do El Corte Inglés, muitas delas fabricadas em Portugal”, aponta o grupo, destacando ainda os “grandes crescimentos” nas áreas de alimentação e restauração “fruto dos investimentos na renovação dos espaços e no enriquecimento da oferta, tanto nas áreas Gourmet, como nos Supermercados e Restaurantes.

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