Pedro Nuno Santos acusa Governo de “não ter vontade de cumprir o que o Parlamento aprovou”

O líder socialista deu o exemplo da descida do IRS aprovada pelos deputados. E defendeu que o Executivo tem de "garantir condições" para fazer passar o Orçamento do Estado para 2025.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou esta segunda-feira o Governo de “dar mostras de não ter nenhuma vontade em cumprir aquilo que o Parlamento aprovou”, como a descida do IRS proposta pelos socialistas e que foi viabilizada com a abstenção do Chega.

E, respondendo, aos avisos do primeiro-ministro que “prefere ir embora” a falhar compromissos com o povo, o líder socialista atirou: “Nós também temos um compromisso com quem votou no PS com os princípios que nortearam a elaboração do nosso programa. Temos esse compromisso e não é menos firme do que o do primeiro-ministro, é tão firme quanto o do primeiro-ministro”.

Pedro Nuno Santos criticou a “atitude” de Luís Montenegro, porque “quem tem a responsabilidade de apresentar um Orçamento do Estado e de garantir condições para o passar é o Governo, não é o maior partido da oposição”, afirmou, durante uma visita à Escola Básica e Secundária de Vila de Rei. Para além disso, “os grandes compromissos que o PSD e Luís Montenegro assumiram durante a campanha são partilhados com o Chega e Iniciativa Liberal, não são partilhados com o PS”, acrescentou.

Por exemplo, se a redução do IRC “é uma questão fundamental para o Governo”, então que PSD e CDS “pressionem os partidos que têm uma visão próxima do Governo nessa matéria”, defendeu. “Não estejamos sistematicamente a perguntar ao PS como vai votar o Orçamento, perguntem ao primeiro-ministro e aos partidos com que o primeiro-ministro tem maior proximidade em matéria de política económica e em matéria de política fiscal”, atirou.

“Temos de deixar de continuar a insistir com o PS, não é correto, não é justo para quem votou no PS. Não podemos exigir ao PS votar matérias com as quais discorda profundamente, desde logo quando o Governo dá mostras de não ter nenhum vontade em ceder em matérias que são essenciais para nós”, reforçou.

A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, já tinha sinalizado que medidas como IRC e IRS Jovem tornam “mais difícil” viabilização do Orçamento do Estado para 2025.

Assim, se o Governo “não está disponível em ceder em matérias fundamentais, então tem de procurar noutro sítio, desde logo com os partidos que têm a mesma posição com o PSD”, acrescentou.

Por outro lado, o líder do PS criticou a falta de diálogo do Governo e o desrespeito pelo Parlamento. “Há uma proposta do PS de redução do IRS que é aprovada no Parlamento contra a vontade do PSD. E, na realidade, a proposta que o PS apresentou é uma proposta trabalhada em cima da do Governo com algumas alterações para a tornar a menos injusta. Ela foi aprovada. E aquilo que temos hoje é um Governo a dar mostras de não ter nenhuma vontade em cumprir aquilo que o Parlamento aprovou. São sinais errados, de desrespeito pelo Parlamento”, observou.

“Se há vontade de dialogar, é bom que se deem sinais nesse sentido. Senão, são só palavras e isso não nos resolve problema nenhum”, rematou.

(Notícia atualizada às 17h56)

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Ministério da Saúde alerta para “mensagem fraudulenta” sobre Covid-19

  • ECO
  • 8 Julho 2024

O Ministério da Saúde alertou esta segunda-feira para "uma mensagem fraudulenta" que circula nas redes sociais sobre a variante XBB do SARS-CoV-2.

O Ministério da Saúde alertou esta segunda-feira para “uma mensagem fraudulenta” que circula nas redes sociais sobre a variante XBB do SARS-CoV-2. “A informação em causa não foi emitida pelo Ministério da Saúde, nem por nenhum dos organismos sob a sua tutela”, adianta o gabinete de Ana Paula Martins.

Desde o início de junho que o número de casos Covid voltaram a aumentar. De acordo com os últimos dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal apresentava, a 30 de junho, 26 casos na média a sete dias por cada 100.000 habitantes.

“Este valor superou o pico de incidência do último inverno de 12 casos a 7 dias por 100.000 habitantes”, contudo, é “inferior ao pico de incidência do último verão de 42 casos por 100.000 habitante“, apontou a entidade liderada por Rita Sá Machado.

Já a mortalidade específica por Covid-19, “correspondeu a 15 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, tendo ultrapassado os valores máximos obtidos nos últimos inverno e verão, respetivamente 10 e 13 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes”.

Apesar da “tendência crescente” do número de casos de infeção por Covid-19, a DGS não está a equacionar mudanças no plano de vacinação. Não obstante, recomenda o uso de máscara para quem tem testes positivo e sintomas, bem como a higienização das mãos, através da sua lavagem frequente com água e sabão.

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Auditorias da IGF em 2023 detetaram 2,3 mil milhões em desconformidades e irregularidades nos dinheiros públicos

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

A IGF detetou 111 milhões de euros em irregularidades no âmbito da contratação pública, parcerias público-privadas e concessões e 821 milhões de irregularidades em matéria de receita pública.

A Inspeção Geral de Finanças (IGF) promoveu a auditoria de 20.144 milhões de euros de dinheiros públicos em 2023, tendo detetado 2,3 mil milhões de euros de valores mal aplicados ou com irregularidades. Estes dados constam do relatório de atividades da IGF relativo a 2023, agora divulgado publicamente, com o valor total controlado a registar uma subida face aos 19.315 milhões de euros do ano anterior.

Segundo mostra o documento, dos referidos 2.314 milhões de euros em que foram detetadas irregularidades ou desconformidades, a maior parcela (1.382 milhões de euros) envolve situações de inobservância de princípios e regras orçamentais e de erros nas demonstrações financeiras.

A entidade liderada por António Ferreira dos Santos detetou ainda, neste conjunto de auditorias, 111 milhões de euros em irregularidades no âmbito da contratação pública, parcerias público-privadas (PPP) e concessões e 821 milhões de euros de irregularidades em matéria de receita pública.

Neste universo, diz a IGF, estão incluídos 742 milhões de euros de infrações financeiras e outras, que foram objeto de participação às entidades externas competentes para as apreciarem. As ações de controlo orçamental concluídas pela Inspeção Geral de Finanças em 2023 incluíram a administração central e a contratação pública, com as primeiras a abrangerem um universo auditado de 3.130 milhões de euros.

Neste âmbito, lê-se no documento, foi realizada auditoria temática às medidas de eficiência e de controlo orçamental na administração central, envolvendo uma amostra de 36 entidades e um impacto orçamental inicial estimado de 1.088 milhões de euros, “tendo sido detetadas inadequações” de algumas medidas face aos objetivos de revisão da despesa pública.

Ainda no controlo orçamental da administração central, concretamente ao fundo personalizado que atua no setor da energia (com uma despesa anual de 134,4 milhões de euros), a IGF concluiu que falta a elaboração do relatório, previsto na lei, sobre o impacto nas tarifas de eletricidade, da aplicação da contribuição extraordinária na redução do défice tarifário.

Outra das conclusões é que o valor por cobrar de contribuição extraordinária [do setor energético], em contencioso judicial, ascende a 350 milhões de euros. Em 2023, o valor desta contribuição ascendeu a 112 milhões de euros, segundo as estatísticas das receitas fiscais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), sendo que há empresas que têm contestado o seu pagamento, ao longo dos anos.

Relativamente ao controlo orçamental da contração publica, as auditorias a 49 entidades e abrangendo um universo financeiro de 485 milhões de euros, permitiram concluir, entre outras, pela existência de 6,8 milhões de euros em despesa realizada sem submissão às regras do regime da contratação pública ou ainda desconformidades dos procedimentos relativos à formação dos contratos face aos requisitos previstos na lei.

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Câmara do Porto já autorizou início das obras da Linha Rubi do metro

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

"A última coisa que o município do Porto pode agora é ser responsabilizado por aquilo que vai acontecer de qualquer maneira, que é que a Linha Rubi não vai cumprir com os prazos do PRR", diz autarca.

A Câmara do Porto autorizou o início das obras da Linha Rubi do metro, que ligará a Casa da Música a Santo Ovídio, por não querer ser responsabilizada pelo incumprimento dos prazos, anunciou hoje o presidente do município.

Nós tivemos que autorizar agora o início das obras da Linha Rubi [do Metro do Porto]. Vamos ter que iniciar, porque a última coisa que o município do Porto pode agora é ser responsabilizado por aquilo que vai acontecer de qualquer maneira, que é que a Linha Rubi não vai cumprir com os prazos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, afirmou Rui Moreira, em reunião do executivo municipal.

Interpelado pela vereadora social-democrata Mariana Macedo a clarificar de quem era a responsabilidade da ocupação do espaço público pela obras da Metro do Porto, Rui Moreira disse “não entender o PSD”.

“Pelos vistos este Governo está bastante contente com o funcionamento da administração da Metro do Porto porque na assembleia que decorreu acabou de apresentar um louvor à administração da Metro do Porto. Se apresentou um louvor é porque está contente com a forma como as coisas estão a decorrer”, afirmou, acrescentando que as obras da Metro não requerem licenciamento.

“Tomei nota de que o Governo entende que merece um louvor, portanto, a partir daqui estou bem entendido sobre quais são as posições”, acrescentou. O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas. Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026.

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Caso das gémeas. Chefe da Casa Civil e assessora de Marcelo ouvidos no fim do mês

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

Fernando Frutuoso de Melo será ouvido no 23 de julho e a assessora Maria João Ruela no dia seguinte.

O chefe da Casa Civil da Presidência da República e a assessora do chefe de Estado para os assuntos sociais vão ser ouvidos sobre o caso das gémeas no fim de julho, disse esta segunda-feira à Lusa o presidente da comissão. Rui Paulo Sousa avançou que Fernando Frutuoso de Melo será ouvido no 23 de julho e Maria João Ruela no dia seguinte.

Também o chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro primeiro-ministro António Costa à data dos acontecimentos, Francisco André, irá depor nessa semana, com audição agendada para 25 de julho. Estas são as três últimas audições da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras antes de os trabalhos serem suspensos durante cerca de um mês para as férias da Assembleia da República. Os trabalhos da comissão vão decorrer até 26 de julho e retomam no dia 10 de setembro.

Em causa no processo, que tem como arguidos o ex-secretário de Estado da Saúde Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, está o tratamento hospitalar das duas crianças luso-brasileiras que receberam o medicamento Zolgensma. Com um custo de dois milhões de euros por pessoa, este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.

O caso está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, mas a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde já concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal. Também uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso.

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Concursos de empreitadas de obras públicas crescem 95,7% até maio

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

Nos primeiros cinco meses de 2024, o total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados, e objeto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de junho, registou um acréscimo de 20,3%.

Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos registaram um crescimento homólogo de 95,7% até maio deste ano, anunciou a associação empresarial do setor.

Em 2023, o valor das obras públicas promovidas ascendeu a 6.047,6 milhares de euros, o que representou uma subida de 65,3%, face ao montante registado no ano anterior, refere a AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas no seu boletim de conjuntura sobre o setor.

Nos primeiros cinco meses deste ano, o total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e objeto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de junho, registou um acréscimo de 20,3%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, adianta.

Quanto à área licenciada pelas autarquias, até abril, a AICCOPN indica que se observou uma queda de 11,6% em termos homólogos, nos edifícios habitacionais e um recuou de 24,5% nos edifícios não residenciais. Já o número de fogos licenciados em construções novas, por seu turno, até abril registou um decréscimo de 15,3%, para 9.704 alojamentos.

Em relação ao número de habitações transacionadas no primeiro trimestre deste ano este ascendeu a 33.077, num valor de 6.731 milhões de euros, representando, respetivamente, uma queda homóloga de 4,1% em número e uma subida de 1,8% em valor. De acordo com a AICCOPN e com base na informação do Instituto Nacional de Estatística (INE), face ao último trimestre do ano passado, verificaram-se quedas nas transações de alojamentos, de 3,1% em número e de 6,2% em valor.

No período analisado e apesar da diminuição nas transações de alojamentos, o índice de preços da habitação denotou um crescimento de 7%, em termos homólogos, e de 0,6%, face ao quarto trimestre de 2023, segundo a associação empresarial do setor.

No que respeita ao montante do novo crédito à habitação atribuído pelas instituições financeiras, excluindo as renegociações, até ao mês de abril, este situou-se em 4.971 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de mais 33,6%, em termos homólogos. Em abril deste ano, por sua vez, o stock de crédito das empresas do setor da construção detido pelas instituições financeiras diminuiu em 2%, face a idêntico mês de 2023, para 6.283 milhões de euros, salienta a associação empresarial do setor.

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Biden recusa desistir da corrida à Casa Branca: “É hora de acabar com isso”

  • ECO
  • 8 Julho 2024

Na missiva, de duas páginas, Joe Biden recusou, uma vez mais, desistir da reeleição presidencial e diz-se comprometido a manter-se na corrida à Casa Branca e a derrotar Donald Trump. 

Numa carta dirigida aos democratas do Congresso, Joe Biden recusou, uma vez mais, desistir da reeleição presidencial apelando à união do partido e diz-se comprometido a manter-se na corrida à Casa Branca e a derrotar Donald Trump.

Na missiva, de duas páginas, Joe Biden realça que foi escolhido por mais de 14 milhões de eleitores democratas e apela para que parem de pressionar para que desista da corrida à Casa Branca. “Qualquer enfraquecimento da determinação ou falta de clareza sobre a tarefa que temos pela frente só ajuda Trump e prejudica-nos. É hora de nos unirmos, avançarmos como um partido unificado e derrotar Donald Trump“, escreveu.

“A questão de como seguir em frente tem sido bem ventilada por mais de uma semana”, apontou Biden. “E é hora de acabar”, pediu, garantindo que está “firmemente comprometido” com a candidatura e em “derrotar Donald Trump”.

A pressão para que Biden, candidato do Partido Democrata, desistisse de concorrer começou na semana passada, após o fraco desempenho do presidente norte-americano no primeiro debate eleitoral. Biden reconheceu que teve falhas no ‘frente-a-frente’ contra o ex-presidente dos Estados Unidos, mas tem vindo a garantir que não desiste.

Na carta, Biden recorda ainda que teve “quase 3.900 delegados” nas eleições primárias do partido, tornando-o no “candidato provável” dos democratas. Nesse sentido, e escusando-se em dados económicos, como o nível de emprego ou da redução do preço de medicamentos, diz não ter “dúvida nenhuma” de que consegue derrotar Trump.

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Dona do Beirão compra licor Safari à gigante Diageo para “triplicar” exportações em cinco anos

É a maior aquisição de uma marca de bebidas espirituosas por parte de uma empresa portuguesa. Casa Redondo estima “aumento imediato de cerca de 70% nas exportações” com a compra do licor Safari.

A Casa Redondo, proprietária do Licor Beirão, comprou o licor Safari à gigante das bebidas Diageo, que é o maior operador mundial do setor das bebidas e detém marcas globais como o Baileys, os whiskies Johnnie Walker e J&B, a vodka Smirnoff ou a cerveja Guinness.

Garantindo ser a maior aquisição de uma marca de bebidas espirituosas por parte de uma empresa portuguesa, o presidente executivo, Daniel Redondo, fala num “passo significativo no crescimento internacional” da companhia sediada na Lousã (distrito de Coimbra).

“Com esta nova adição, a nossa empresa ambiciona fortalecer a sua presença em mercados estratégicos como Holanda, Bélgica e Alemanha. Prevemos um aumento imediato de cerca de 70% nas exportações globais do grupo e temos como objetivo triplicar este valor nos próximos cinco anos”, refere o empresário.

Daniel Redondo, CEO da Casa Redondo

Sem adiantar o valor envolvido, em nota enviada ao ECO refere que a operação foi financiada com capitais próprios e “permitirá à empresa criar sinergias de portefólio, investir em equipas comerciais e de marketing e aprofundar as relações com os parceiros de distribuição, consolidando assim a posição como um produtor de referência na categoria de licores”.

De acordo com um comunicado da Diageo, que salienta que esta transação está “em linha com a estratégia de manter um foco apertado” na gestão do portefólio, as vendas da Safari estão concentradas “predominantemente” na região do Benelux, em Portugal e na Turquia, pelo que a empresa portuguesa é “a dona certa” para este novo capítulo da marca.

“A Safari é uma marca histórica no setor de bebidas espirituosas e esta integração reforça o nosso compromisso em expandir o portefólio com ofertas premium, reconhecidas globalmente pelos consumidores”, conclui o CEO da Casa Redondo, que está a investir dez milhões de euros na construção de uma nova unidade na Zona Industrial do Alto do Padrão, na Lousã, para sustentar o crescimento internacional da marca Licor Beirão.

Além do Licor Beirão, a empresa de bebidas criada em 1940 por José Carranca Redondo, que já vai na terceira geração, comercializa também outras marcas de bebidas como Aperitivo Per Se, Amarguinha ou FoxTale Gin, tendo recentemente expandido o portefólio com a compra da marca de brandy Aldeia Velha.

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Portugal é o segundo país que mais erros cometeu na aplicação das verbas da Coesão

Três projetos indevidamente financiados pelo Feder colocam Portugal em destaque no uso incorreto das verbas segundo as regras nacionais e da UE. Restaurante JNcQUOI de Paula Amorim foi um deles.

Grandes erros nas despesas da Política de Coesão e falta de controlo da Comissão Europeia e dos Estados-membros para os corrigir são algumas das críticas do Tribunal de Contas Europeu (TCE), que aponta Portugal como o segundo país que mais erros cometeu no período de programação entre 2014 e 2020. A principal razão foram as infrações às regras em matéria de auxílios de Estado.

O TCE calcula o nível de erro nos fundos da coesão — que não mede a fraude, a falta de eficiência ou o desperdício –, ou seja, é uma estimativa do dinheiro que não foi usado de acordo com as regras nacionais e da UE. E, segundo o relatório publicado esta segunda-feira, nos períodos orçamentais de 2007-2013 e 2014-2020, os erros baixaram de 6% para 4,8%, mas ainda estão acima dos 2% definidos pelas regras e com um pico em 2022.

“A maior parte dos erros na área da coesão nos últimos anos resulta, em primeiro lugar, de se dar dinheiro para despesas e projetos inelegíveis (ou seja, que não têm direito ao apoio) e, em segundo, de os beneficiários dos subsídios não cumprirem as regras dos auxílios estatais e dos contratos públicos”, explica o relatório de Helga Berger, membro do TCE responsável pelo documento.

É precisamente aqui que Portugal se destaca. Os erros relacionados com infrações às regras de auxílios de Estado “atingiram um pico em 2018, devido a uma grave insuficiência sistémica que o Tribunal e a Comissão detetaram em Portugal, onde as regras nacionais não eram coerentes com as regras da UE em matéria de auxílios estatais”, sublinha o relatório da entidade que funciona como a última linha de defesa no cumprimento das regras de despesa.

Em 2018, o Tribunal encontrou três projetos financiados pelo Feder em Portugal que “não tinham um efeito de incentivo e constatou que as regras nacionais não eram coerentes com as regras da UE no que se refere aos efeitos de incentivo”.

Em causa estavam projetos como o JNcQUOI, o restaurante de luxo de Paula Amorim, que ia ser financiado pelo Programa Operacional de Lisboa, e projetos hoteleiros financiados pelo Compete, apurou o ECO, que iniciaram os investimentos antes de as candidaturas serem aprovadas. Como os programas operacionais estavam em execução, foi possível substituir os 121 milhões de euros (100 milhões do Compete e 20 milhões do PO Lisboa). Uma regra basilar dos fundos é demonstrar que os projetos não se executariam sem os fundos e que todas as despesas, para serem elegíveis, têm de ter data posterior à aprovação da candidatura. O ECO questionou a AD&C e o TCE para saber quais as operações em causa, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

“Antes da auditoria do Tribunal de Contas Europeu, a Comissão assinalou várias operações afetadas pelo mesmo erro e solicitou à autoridade de gestão do programa em causa que as excluísse das contas”, recorda o relatório. Portugal alterou as regras nacionais “para assegurar a coerência com as regras da UE e evitar outras irregularidades no futuro”, mas, segundo o TCE, nem as autoridades nacionais nem a Comissão “tomaram medidas corretivas suficientes para eliminar estes erros ou para compensar o impacto potencial através de uma correção financeira das despesas já certificadas relativamente ao exercício contabilístico de 2016-2017”. Isto porque Portugal só reviu as operações que potencialmente apresentariam problemas idênticos nesses dois PO.

No ano seguinte (2019), o TCE voltou a detetar um problema idêntico, estando assim em causa cinco projetos. “Nessa altura, a Comissão solicitou às autoridades portuguesas que identificassem todas as operações afetadas nos dois exercícios contabilísticos seguintes e que efetuassem as correções necessárias para excluir as despesas irregulares das contas. As correções resultantes totalizaram mais de 174 milhões de euros”, recorda o relatório.

Assim, por causa destes problemas, Portugal ocupa o segundo lugar do pódio no número de erros detetados pelo TCE na utilização do dinheiro da Coesão de acordo com as regras nacionais e da UE – sendo o primeiro lugar ocupado por Espanha e o terceiro pela Alemanha. Quando a comparação é feita com base no número de irregularidades detetadas pelas autoridades nacionais, então Portugal desce para último lugar.

O problema não é apenas nacional. A análise plurianual do tribunal demonstra que “foram constantemente assinalados erros nas operações auditadas que não foram detetados ao nível dos Estados-membros”. Mas é entre os principais beneficiários da Política de Coesão que foram detetados os maiores níveis de erros. “Nove Estados-membros são responsáveis por 76% das despesas da política de coesão: Polónia, Itália, Espanha, Portugal, Hungria, República Checa, Roménia, Grécia e Alemanha e estes representam 91% do nível de erro estimado pelo TCE.”

Em geral, o TCE aponta três grandes causas das falhas:

  • fraca administração dos Estados-membros, que inclui más decisões e verificações pouco eficientes das autoridades de gestão;
  • negligência ou possível violação intencional das regras por parte dos beneficiários e
  • problemas relacionados com a interpretação destas normas.

“Para evitar que o orçamento da UE seja prejudicado”, a Comissão Europeia pode aplicar correções financeiras por “deficiências graves de controlo”. No entanto, “até à data, os erros não levaram a uma perda direta de fundos para os Estados-membros abrangidos”, critica o TCE. “Pelo contrário, estes foram autorizados a usar as verbas resultantes das correções para mais projetos”. Segundo o TCE, isto “não só reduz o efeito preventivo das correções como também não encoraja os Estados-membros a melhorarem os seus sistemas e, assim, evitarem falhas desde o início”.

O Tribunal de Cotas europeu considera que a Comissão e os Estados-membros “podem melhorar os seus controlos das despesas da coesão” e alerta que “o risco de ocorrerem erros continua a ser alto”. “A sobreposição entre as verbas dos orçamentos plurianuais, por um lado, e os fundos de recuperação da UE relacionados com a Covid-19, por outro, está a aumentar a pressão sobre alguns Estados-membros para garantirem que o dinheiro é gasto segundo as regras”, alerta ainda o tribunal.

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Grupo chinês BYD vai abrir fábrica de veículos elétricos na Turquia

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

O acordo prevê um investimento de mil milhões de dólares (cerca de 922 milhões de euros) para a abertura de uma fábrica com uma capacidade de produção de "150.000 veículos por ano".

A Turquia assinou esta segunda-feira um acordo com o construtor de veículos elétricos chinês BYD para a abertura de uma fábrica em território turco. O acordo foi assinado em Istambul pelo ministro da Indústria e Tecnologia turco, Fatih Kacir, na presença do Presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, numa cerimónia que foi transmitida pelos ‘media’.

O acordo prevê um investimento de mil milhões de dólares (cerca de 922 milhões de euros) para a abertura de uma fábrica com uma capacidade de produção de “150.000 veículos por ano”, segundo o ministério. Erdogan recebeu previamente o Conselho de Administração do grupo BYD e o seu presidente, Wang Chuanfu, segundo fotos divulgadas pela presidência.

A localização da futura fábrica não foi indicada, mas deverá ficar na província de Manisa, na região ocidental do país. Para os observadores, a instalação de uma fábrica da BYD na Turquia vai permitir ao fabricante automóvel aceder ao mercado europeu contornando as taxas impostas na semana passada por Bruxelas aos veículos elétricos chineses.

A Comissão Europeia anunciou na quinta-feira que “impôs direitos de compensação provisórios sobre as importações” destes automóveis, nove meses depois do início de uma investigação aos subsídios estatais de veículos elétricos por parte da China. Os direitos compensatórios são um tipo de tributação cobrada sobre bens importados para compensar os subsídios concedidos aos produtores desses bens no país exportador.

Por outro lado, a união aduaneira celebrada pela Turquia com a União Europeia no final de 1995 abriu o mercado europeu aos automóveis produzidos na Turquia, facilitando a exportação de 70% da produção local para a Europa Ocidental.

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Novo grupo europeu do Chega já é a terceira força no Parlamento Europeu. Tânger-Corrêa eleito vice-presidente

Hemiciclo em Estrasburgo volta a mudar de figura. Partido de Le Pen junta-se a Orbán e Conservadores de Meloni passam ao quarto maior partido. Tânger-Corrêa será vice-presidente do Patriotas da Europa

A ambição de Viktor Orbán concretizou-se: a nova família política de extrema-direita fundada pelo próprio será a terceira força política no Parlamento Europeu, na próxima legislatura, agora que conta com o apoio dos 30 eurodeputados eleitos pela União Nacional (Rassamblement Nacional), de Marine Le Pen. Jordan Bardella, que este domingo falhou as eleições para primeiro ministro de França, será o presidente deste novo grupo político. Já António Tânger-Corrêa, cabeça de lista pelo Chega às eleições europeias, foi eleito um dos quatro dos vice-presidentes do grupo, sabe o ECO.

A sessão constitutiva do partido decorreu esta segunda-feira, em Bruxelas. Em comunicado, citado pelo Politico, o novo líder francês considerou que os Patriotas da Europa “representam a esperança para as dezenas de milhões de cidadãos das nações europeias que valorizam a sua identidade, a sua soberania e a sua liberdade”, garantindo que irão trabalhar na próxima legislatura para “recuperar as nossas instituições e reorientar as políticas ao serviço das nossas nações e dos nossos povos”.

Segundo as regras europeias, para a formação de um novo grupo político são necessários, no mínimo, 23 eurodeputados que representem sete Estados-membros, mas o Patriotas da Europa superam por muito esse requisito. Ao todo, somam-se 84 eurodeputados de 12 Estados-membros. A maior fatia provém da extrema-direita francesa, com 30 eurodeputados, seguindo-lhe os 11 eurodeputados do partido Fidesz, de Viktor Orbán, que estavam, desde a legislatura anterior, sem família política depois de se terem desvinculado do Partido Popular Europeu (família do PSD e CDS).

De Itália, surgem os oito eurodeputados do Lega, partido de Matteo Salvini, enquanto da República Checa proveem sete representantes eleitos pela Aliança dos Cidadãos Descontentes (ANO) e dois pelo Přísaha and Motorists. Os seis eurodeputados do Partido da Liberdade da Áustria (FPO) também se juntam à nova família europeia, acompanhados da meia dúzia de representantes do espanhol Vox e outros seis do Partido pela Liberdade dos Países Baixos. Já o Vlaams Belang da Bélgica contribui para a formação deste novo grupo com três eurodeputados.

Portugal não fica de fora. Tal como o ECO noticiou, os dois eurodeputados eleitos pelo Chega trocaram de família europeia, passando também a integrar o Patriotas da Europa. As contribuições mais pequenas surgem do Partido Popular Dinamarquês, Latvia First, da Letónia, e Afroditi Latinopoulou, da Grécia, cada um com um eurodeputado.

Com 84 eurodeputados, os Patriotas da Europa tornam-se assim na terceira força política destronando o Conservadores e Reformistas europeus (ECR), liderado por Giorgia Meloni, que com a saída do Vox, viram a sua bancada a encolher para os 78 assentos. Em sentido contrário, o Identidade e Democracia, do qual integrava o partido de Marine Le Pen e o de André Ventura, deixa de existir por já não reunir as condições mínimas.

O hemiciclo em Estrasburgo volta assim a mudar de figura com um reforço em peso da direita e extrema-direita, mas até dia 16 de julho são esperadas mais novidades uma vez que ainda há cerca de 37 eurodeputados não inscritos (que poderão permanecer assim) e 43 recém-eleitos que não estão filiados em qualquer dos grupos políticos do Parlamento cessante.

O PPE continua a ser a maior bancada, ocupando 188 lugares no Parlamento Europeu e a segunda maior é da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), da família europeia do PS, que conta com 136 eurodeputados. Em terceiro surge agora o Patriotas da Europa, com 84 eurodeputados, e logo a seguir o ECR com 78. A uma curta distância, mantêm-se os liberais do Renovar Europa com 76 eurodeputados e os Verdes com uma bancada composta por 53 lugares. O grupo mais pequeno continua a ser o da Esquerda que nas últimas eleições elegeu 46 representantes.

As negociações para a formalização de novos grupos políticos ou para o recrutamento de novos eurodeputados vão decorrer entre 16 e 19 de julho, altura em que 720 eurodeputados eleitos tomarão posse na primeira sessão constitutiva, em Estrasburgo. Nessa sessão, será votado também o presidente e vice presidente do Parlamento Europeu, e ainda a nomeação de Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia. Para a aprovação da candidata alemã são precisos 361 votos.

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Mercado publicitário global deve crescer 10% este ano e atingir 855 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

No caso de Portugal, o mercado publicitário deverá crescer cerca de 10% este ano, estimando-se receitas na ordem dos 880 milhões de euros.

O mercado global publicitário deverá crescer 10% este ano, em termos homólogos, para 927 mil milhões de dólares (855 mil milhões de euros), de acordo com as conclusões do relatório de junho do grupo IPG Mediabrands, divulgadas esta segunda-feira.

O relatório é elaborado pela Magna, unidade de intelligence do grupo IPG Mediabrands que fornece dados e análises que apoiam as estratégias de investimento das equipas das agências e clientes, que garantem uma vantagem competitiva no mercado, segundo a empresa.

De acordo com as previsões da IPG Mediabrands, “o mercado global publicitário em 2024 deverá registar um aumento de 10% relativamente a 2023, e atingir cerca de 927 mil milhões de dólares, impulsionado pela estabilidade da economia e o seu desenvolvimento mais forte em mercados como a Espanha (14%), Índia e Reino Unido (ambos com 12%), França e EUA (ambos com 11%)”.

A Alemanha e a China “enfrentam um abrandamento económico com impacto no ritmo de crescimento publicitário mais lento (8%)”, estima. Nos EUA, o mercado publicitário deverá crescer “cerca de 10,7% este ano, para um máximo histórico de 374 mil milhões de dólares [345 mil milhões de euros]”.

Este aumento beneficia “desproporcionalmente os players digitais puros (+13,5%) para 263 mil milhões de dólares [242 mil milhões de euros], com as receitas de publicidade nos segmentos de search e trade a crescer 13%, e aumentos de 16% em social media e vídeos de curto formato para as redes sociais”.

O out-of-home (OOH) “continua a mostrar resultados orgânicos significativos de crescimento (+7%) para 35 mil milhões de dólares [32 mil milhões de dólares], impulsionado pelos outdoors digitais que representam quase 40% do investimento publicitário”.

Em termos globais, “os investimentos em publicidade foram mais fortes do que o esperado, relativamente ao previsto pela Magna no último relatório de dezembro, observando-se crescimento em todos os segmentos de media, incluindo os media tradicionais”.

Os eventos cíclicos de 2024 (UEFA, Jogos Olímpicos de Paris, Copa América, eleições gerais, entre outros acontecimentos) “vão proporcionar um crescimento adicional de 1,3% à economia global, impulsionando os investimentos publicitários”, conclui.

O mercado publicitário português deverá crescer cerca de 10% este ano, estimando-se receitas na ordem dos 880 milhões de euros.

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