Mais de 46 mil professores efetivos querem mudar de escola
Há agrupamentos dos quais vão sair mais de 90 docentes, sendo as zonas do Norte e Centro as mais afetadas por esta realidade. Excesso de trabalho será o principal motivo.
Há 46.088 docentes que, no concurso interno de professores para o próximo ano letivo, concorreram para sair das escolas onde estão a lecionar, avança o Diário de Notícias (acesso pago). Este número representa um aumento de 37% face ao concurso anterior, em 2022, cujo número de pedidos de mudança foi de 33.700. Embora haja motivos variados, o excesso de trabalho é a principal causa apontada pelos professores.
São sobretudo agrupamentos das zonas Norte e Centro do país que mais professores vão perder. Só no Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado, em Vila Nova de Famalicão, e no Agrupamento de Escolas de Vilela, em Paredes, mais de 90 docentes do quadro de escola (em cada um) concorreram para sair.
Ao DN, a porta-voz do movimento Missão Escola Pública, Cristina Mota, disse acreditar que o modelo de gestão está por detrás desta realidade, enquanto uma docente a lecionar na zona de Braga acrescenta a retirada de poder de decisão aos professores como outro motivo. As mudanças das regras de aposentação (anteriormente, os professores tinham direito a aposentar-se mais cedo por terem um horário alargado) e a falta de redução de horário são outras razões, além do excesso de trabalho que destas decorrem.
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