Gigante da eletrónica Foxconn investe mais de 2.000 milhões em novas operações na Índia e EUA

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Um dos investimentos do grupo de Taiwan está ligado à reconfiguração da cadeia de fornecimento do iPhone, face ao agravamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Taiwan aprovou esta quarta-feira dois planos de investimento da Hon Hai (Foxconn) na Índia e nos Estados Unidos, num total superior a cerca de 2.060 milhões de euros, no âmbito da estratégia de diversificação do gigante da eletrónica.

De acordo com a legislação taiwanesa, qualquer investimento externo por parte de empresas locais carece de autorização do Ministério dos Assuntos Económicos (MOEA), que em 2024 validou investimentos no exterior no valor total de aproximadamente 38.667 milhões de euros.

Num comunicado, o Departamento de Revisão de Investimentos do MOEA indicou ter aprovado um projeto da Foxconn para investir 1.489 milhões de dólares (1.281 milhões de euros) na sua subsidiária em Singapura, que, por sua vez, irá reinvestir esses fundos numa nova fábrica na Índia, destinada à produção de componentes para telemóveis.

A iniciativa insere-se no esforço de reconfiguração da cadeia de fornecimento do iPhone, face ao agravamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Segundo o Financial Times, a Índia deverá tornar-se o destino final do fabrico de mais de 60 milhões de iPhones destinados ao mercado norte-americano até ao final de 2026.

O ministério aprovou ainda um segundo investimento de 735 milhões de dólares (632 milhões de euros), diretamente financiado pela Foxconn, para a criação da empresa Project ETA, dedicada à montagem e produção de servidores e centros de dados modulares nos Estados Unidos.

A produção de servidores para aplicações de inteligência artificial tornou-se uma das principais apostas da Foxconn, que estima ultrapassar este ano vendas no setor no valor de um bilião de dólares taiwaneses (29.251 milhões de euros), representando 50% do seu volume total de negócio nesta área.

Fundada em 1974, a Foxconn é atualmente o maior fabricante mundial de produtos eletrónicos por contrato, com fábricas e centros de investigação em países como China, Índia, Japão, Vietname e Estados Unidos.

Tal como outras empresas do setor tecnológico, a Foxconn tem beneficiado do crescente otimismo em torno da inteligência artificial, sendo atualmente um dos principais fabricantes dos servidores GB200, da norte-americana Nvidia.

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Hoje nas notícias: Novobanco, rendimentos e imigrantes

  • ECO
  • 25 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Venda do Novo Banco dá ganhos a atuais e antigos gestores e o rendimento das famílias trava a fundo no início do ano. Destaque ainda para as ligações de Mariana Leitão ao poder angolano através de uma empresa da Sonangol. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Venda do Novo Banco dá ganhos a atuais e antigos gestores

A venda do Novobanco aos franceses do BPCE por 6,4 mil mlhões de euros vai dar ganhos à equipa de gestão, presidida por Mark Bourke, ao presidente do conselho geral de supervisão, Byron Haynes, e também poderá beneficiar antigos administradores. O número de beneficiários não é conhecido. O fundo americano Lone Star montou em 2018 uma estrutura que, indiretamente, representava uma parte do capital do Novo Banco. Gestores aplicaram nesse veículo poupanças à espera de retorno – que está prestes a chegar.

Leia a notícia completa no Público (acesso livre)

Rendimento das famílias trava a fundo no início do ano

O ritmo de ganhos no rendimento real das famílias travou a fundo no início deste ano. O rendimento disponível bruto ajustado por habitante desacelerou fortemente, de um crescimento real de 2% no conjunto do ano passado para apenas 0,5% de subida no ano terminado no final de março. Apesar de estar a prever algum abrandamento, o Ministério das Finanças espera ainda que os gastos das famílias – a maior componente do produto anual da economia – se expandam em 2,4% neste ano.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Seis juízes em exclusivo para 54.381 ações contra a AIMA

Os seis juízes que trabalham exclusivamente nas ações movidos por imigrantes contra a Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) têm em mãos mais de nove mil processos cada um. Neste momento, ainda estão a aguardar decisão 54.381 processos – já foram mais de 70 mil. Com a avalanche de processos, seis dos 35 juízes foram alocados para esta tarefa, o que corresponde a 17% da força de trabalho do tribunal – que não se dedica a outros processos.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Mariana Leitão trabalhou em empresa da Sonangol

A candidata a líder da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, trabalhou durante 13 anos, até 2019, na Puaça, subsidiária portuguesa da petrolífera estatal angolana Sonangol, três deles como administradora, que fez um negócio imobiliário que está a ser investigado pelo Ministério Público, que confirma a abertura de um inquérito. Em causa está a compra, em 2009, de um edifício inacabado de 27 mil metros quadrados no Saldanha, em Lisboa, por cerca de 38,5 milhões de euros, que, passados 12 anos e sem que a obra tivesse sido terminada, foi vendido por apenas 30 milhões de euros. A deputada liberal diz que não tinha responsabilidades nessa área.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

CMVM apanha 33 famosos das redes a dar conselhos financeiros

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários identificou 33 famosos das redes sociais (influencers) a dar conselhos sobre investimentos financeiros. Para evitar que os arguidos se desfaçam do património para fugir a multas, a entidade reguladora avançou com medidas para apreender e congelar valores.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Advance lança Vitality Test, uma ferramenta digital para melhorar a vida dos cães seniores

  • Servimedia
  • 25 Junho 2025

Este questionário nasceu num contexto em que quatro em cada dez pessoas com cães idosos não têm conhecimento da fase de vida do seu animal de estimação.

Advance, uma marca especializada em nutrição canina e felina, lançou o Vitality Test, uma nova ferramenta digital que ajuda os pais de animais de estimação a identificar a fase de vida dos seus cães seniores e oferece conselhos sobre como cuidar deles.

Afirmou que o desconhecimento das fases da vida dificulta a prestação de cuidados corretos aos animais de estimação, especialmente em termos de nutrição. De acordo com os dados da Advance, 80% dos pais de animais de estimação consideram que nesta fase sénior é necessária uma dieta específica, o que reforça a necessidade de fornecer mais informações e recursos práticos aos tutores.

A este respeito, Jaume Fatjó, etólogo e responsável pelo Teste de Vitalidade, explica os vários fatores que dificultam a identificação desta fase específica da vida: “O primeiro é que se trata de um processo progressivo, pelo que é difícil de ver no animal. Por outro lado, existe uma componente emocional, ou seja, temos dificuldade em aceitar que o nosso animal de estimação está a entrar nesta fase da vida, quando não deveria ser esse o caso. É importante compreender que a fase sénior não é pior, mas sim diferente”.

Por seu lado, Ferran Ballester, Brand Manager da Advance, acrescenta que “aceitar o envelhecimento de um animal de estimação não é fácil para os pais. No entanto, compreender que ocorre a transição para esta etapa vital é fundamental para poder prestar-lhes os cuidados necessários e ajudá-los a manter a sua vitalidade”. Neste contexto, a Advance lançou uma ferramenta digital para os tutores de cães séniores, um questionário que visa ajudá-los a identificar em que fase da vida se encontra o seu animal de estimação, para que possam oferecer-lhe os cuidados adequados quando for sénior.

QUESTIONÁRIO

O Teste de Vitalidade, disponível no sítio Web da Advance, é composto por 20 perguntas que permitem ao tutor avaliar rápida e facilmente o nível de vitalidade do seu cão sénior. Uma vez concluído, o utilizador recebe um plano personalizado com recomendações sobre exercício, bem-estar emocional, socialização e uma dieta adaptada a esta fase.

“Com esta ferramenta, pretendemos que os tutores possam cuidar dos seus cães seniores de forma proactiva, ajudando-os a viver mais anos com qualidade e reforçando essa ligação especial. A chave, como sempre, é envelhecer bem, cuidando deles por dentro e por fora, para que continuem a ser esses companheiros vitais e cheios de vida que tanto amamos”, acrescenta Ballester.

No que diz respeito aos conselhos dietéticos, Jaume Fatjó explica que uma dieta adaptada é essencial, uma vez que “está adaptada aos níveis de energia desta fase vital e incorpora elementos nutricionais que favorecem um bom processo de envelhecimento e melhoram a vitalidade do animal. Ingredientes funcionais como o colagénio, o ácido hialurónico e os probióticos vivos podem ajudar a proteger a sua saúde e energia.

A adaptação ao ambiente também é fundamental para promover o seu bem-estar quando são mais velhos: “Temos de compreender que quando os cães atingem esta fase vital, temos de adaptar o seu ambiente, tanto físico como social, para que possam continuar a divertir-se e a manter a sua motivação”, resume Fatjó.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 25 de junho

  • ECO
  • 25 Junho 2025

Ao longo desta quarta-feira, 25 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 25 Junho 2025

Esta quarta-feira termina a cimeira da NATO em Haia, nos Países Baixos. No parlamento, debate-se as mudanças da nacionalidade a pedido do Chega e o Relatório Anual de Segurança Interna de 2024.

Esta quarta-feira as atenções estão viradas para Haia, nos Países Baixos, onde decorre a cimeira da NATO. Serão as últimas horas de reunião entre os líderes dos países membros e parceiros estratégicos. No Parlamento português, a segurança interna e Lei da Nacionalidade estará a debate entre os deputados.

Debate sobre nacionalidade e segurança

Na Assembleia da República, haverá uma sessão plenária a partir das 15h00 para um debate de urgência, requerido pelo partido Chega, sobre “o descontrolo na atribuição de nacionalidade e na necessidade de limitar o reagrupamento familiar”. A ordem de trabalhos prevê ainda a apreciação do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) referente a 2024.

Fim da cimeira da NATO

A cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em Haia termina esta quarta-feira, depois de ter sido reduzida de três para dois dias para evitar que o presidente norte-americano abandone o evento em Haia mais cedo do que o previsto. Além dos 32 países membros da organização, o encontro conta com a presença de parceiros estratégicos, cerca de 6.000 membros das delegações e aproximadamente 2.000 jornalistas, num total de 9.000 participantes. Portugal faz-se representar pelo primeiro-ministro, Luís Montenego, e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa, Paulo Rangel e Nuno Melo.

Presidente da Fed volta a discursar

O presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) vai ser ouvido na Comissão Bancária do Senado dos Estados Unidos. No âmbito do reporte semestral de política monetária ao Congresso, Jerome Powell discursa perante a Comissão de Banca, Habitação e Assuntos Urbanos do Senado às 10h00 locais (15h00 em Lisboa).

Eurostat mede comércio internacional

O Eurostat publica mais dados estatísticos sobre o comércio internacional dos Estados-membros da União Europeia, designadamente o comércio por características empresariais em 2023. A agenda deste organismo europeu prevê ainda a publicação de informação sobre dispositivos nas habitações no ano passado e o consumo de energia nas casas em 2023.

Glintt entra em ex-dividendo

A tecnológica portuguesa Glintt Global entra em ex-dividendo, porque vai distribuir o dividendo bruto de 4,3121 cêntimos por ação – num total de 3,75 milhões de euros – a partir do próximo dia 27 de junho. Por sua vez, o grupo industrial Martifer inicia a distribuição do dividendo bruto de 12 cêntimos por ação, num acumulado de 11,7 milhões de euros que serão entregues aos acionistas da empresa.

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Vestige Collection abre o Son Ermità, o seu segundo hotel numa propriedade rural no norte de Menorca

  • Servimedia
  • 25 Junho 2025

A Vestige Collection, empresa hoteleira e imobiliária de luxo que transforma espaços históricos em alojamentos únicos e exclusivos, abriu o seu segundo hotel de Menorca, o Vestige Son Ermità.

Este boutique hotel partilha uma propriedade rural de 800 hectares com Binidufà, o seu hotel irmão com vista para o vale. Como parte de uma abertura faseada, o Son Ermità, uma propriedade no topo de uma colina, já abriu as suas portas com 10 quartos e suites, enquanto o seu hotel irmão, Binidufà, abrirá a 22 de agosto. Os dois hotéis partilham uma propriedade privada de 800 hectares com acesso a três enseadas na costa selvagem e acidentada do norte da ilha, e estão separados um do outro por uma antiga floresta “encantada” que abriga a vida selvagem.

A abertura do Son Ermità & Binidufà é a segunda iniciativa hoteleira da Vestige Collection, que em 2023 abriu o Vestige Son Vell, também em Menorca, com grande sucesso. Enquanto o Son Vell é uma propriedade sofisticada perto de Ciutadella, o Son Ermità & Binidufà convida-o a descontrair num ambiente mais remoto. Todos os projetos Vestige em Menorca partilham um profundo respeito pelo ambiente, uma compreensão do património arquitetónico de cada propriedade e a colaboração com artesãos locais, tanto na restauração dos edifícios como na decoração dos interiores.

Os dez quartos luminosos e espaçosos do Son Ermità estão distribuídos entre a nobre Casa del Payés (casa principal) e antigos edifícios agrícolas maravilhosamente renovados. Existe também uma propriedade separada, a Villa Ullastres, para os viajantes que procuram mais privacidade, mas com as instalações do hotel a uma curta distância a pé. O hotel tem duas piscinas com vistas deslumbrantes, terraços espaçosos com vista para as colinas que se estendem até ao mar, uma plataforma de ioga e um ginásio bem equipado.

Brisa, o restaurante do Son Ermità, servirá pratos que dão destaque aos ingredientes locais num menu inspirado na história da ilha, particularmente no período de ocupação francesa no século XVIII, que, embora breve, teve um impacto duradouro e sofisticado na gastronomia de Menorca. O chefe executivo Joan Bagur criou uma reinterpretação leve e deliciosa dos sabores e técnicas francesas e espanholas. O bar de assinatura, Llum, presta homenagem aos sabores amadurecidos pelo sol, com um brilhante menu de cocktails que inclui criações com e sem álcool, bem como bebidas clássicas, vinhos e bebidas espirituosas. Existe também um bar junto à piscina com snacks e bebidas para refrescar e relaxar.

As origens de Son Ermità remontam ao final do século XVIII; a data exata da construção é incerta, mas a sua arquitetura é claramente influenciada pela tradição neoclássica palladiana. Os primeiros registos escritos documentam que os proprietários pretendiam acrescentar um oratório dedicado a São Paulo, o eremita, o que constitui a origem provável do seu nome (La Ermita em espanhol). Vestige Estudio, o estúdio de arquitetura, design de interiores e paisagismo da marca, foi encarregado de restaurar o edifício com o máximo respeito pelo original. Em colaboração com os melhores artesãos de Menorca, utilizaram métodos tradicionais de alvenaria e cal natural, evitando quase completamente o cimento, a fim de preservar as proporções e o caráter do edifício, criando um equilíbrio entre o passado e o presente.

Da mesma forma, os jardins foram concebidos como espaços de reflexão tranquila e para tirar partido da localização no topo da colina e das deslumbrantes vistas de 360° sobre o campo e o mar. A vegetação está integrada na envolvente natural: oliveiras antigas, oliveiras selvagens, palmeiras anãs, tamargueiras, alecrim e arbustos mediterrânicos. Mais de 5000 plantas foram integradas em ambos os projetos seguindo princípios sustentáveis: caminhos permeáveis, irrigação gota a gota, espécies autóctones e apoio ativo à biodiversidade.

Em termos de design de interiores, a Son Ermità exibe a mesma elegância tranquila que as restantes propriedades Vestige, utilizando materiais naturais e uma paleta de tons suaves, inspirados na natureza, com toques subtis. Grande parte do mobiliário foi desenhado pelo Vestige Estudio e criado por artesãos locais, enquanto outras peças são antiguidades cuidadosamente restauradas. A estética reinterpreta a tradição das Baleares, evitando clichés de design e centrando-se na autenticidade. Uma colaboração com a NUMA, uma nova fundação de arte contemporânea sediada em Ciutadella, complementa o design sofisticado e subtil com uma seleção de obras contemporâneas de artistas locais e espanhóis.

No Son Ermità & Bindufà, uma vasta gama de experiências permitirá aos hóspedes tirar o máximo partido da localização rural e incentivá-los a explorar e a conhecer o seu ambiente natural. São oferecidos gratuitamente passeios guiados a pé e de bicicleta de montanha pela propriedade, proporcionando uma compreensão profunda da flora, fauna, geologia e história da ilha. Fora da propriedade, os hóspedes podem participar em workshops com artesãos locais, explorar as suas oficinas ou visitar quintas e vinhas locais para desfrutar da generosidade desta ilha fértil. São oferecidas massagens relaxantes e tratamentos faciais, o primeiro com óleos orgânicos perfumados com ervas e flores da ilha, o segundo com ROWSE, uma marca espanhola de beleza e bem-estar baseada na natureza.

Em agosto, a abertura do Binidufà, localizado no vale, trará mais 11 quartos e suites, um excitante conceito de restauração alternativa centrado na cozinha vegetariana, um bar glamoroso e mais instalações de lazer. Os hóspedes poderão viajar entre as duas propriedades numa estrada privada em buggies 4×4, permitindo-lhes desfrutar de diferentes ambientes e comodidades.

Com o lançamento do Son Ermità & Binidufà, a Vestige Collection espera partilhar uma parte de Menorca que até agora tem sido um segredo. É uma área que os fundadores e a equipa amam e respeitam profundamente, convencidos de que os visitantes que procuram a tranquilidade da natureza num ambiente elegante serão igualmente seduzidos pela sua beleza selvagem.

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Associação sindical impugna movimento de juízes dos tribunais administrativos

Em causa está o movimento ordinário de magistrados aprovado pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF). Mas nem todos os associados do Sindicato concordam.

A Associação sindical dos Juízes Portugueses impugnou o movimento de juízes dos tribunais administrativos. A ação judicial de impugnação, acompanhada de uma providência cautelar para exigir a suspensão de eficácia do movimento, deve dar entrada esta quarta-feira.

Em causa está o movimento ordinário de magistrados aprovado pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF) e publicado em Diário da República a 26 de maio, no qual se determina que apenas se podem candidatar magistrados com pelo menos dois anos de colocação no lugar que ocupam atualmente, mesmo que a vaga a que se queiram candidatar neste concurso corresponda a um lugar novo.

A regra de pelo menos dois anos de colocação é o procedimento habitual, previsto nos estatutos dos tribunais administrativos e fiscais e no próprio estatuto dos magistrados judiciais, mas há exceções, e uma delas é precisamente quando o lugar aberto corresponde a lugar novo.

O CSTAF entendeu neste movimento aplicar a regra a todos os lugares disponíveis. “Entendemos que essa interpretação é uma interpretação ilegal, portanto, viola a lei. (…) Vamos impugnar o movimento em defesa da legalidade”, disse à Lusa o presidente da ASJP, o desembargador da Relação de Lisboa, Nuno Matos.

A ação judicial de impugnação, acompanhada de uma providência cautelar para exigir a suspensão de eficácia do movimento, ou seja, com o objetivo de impedir que se mantenha em vigor o movimento, deve dar entrada na quarta-feira e será decidida pelo Supremo Tribunal Administrativo, uma vez que sendo uma contestação a uma decisão do Conselho só o tribunal superior se pode pronunciar sobre ela, explicou Nuno Matos.

O presidente da associação sindical dos juízes explicou que o recurso à Justiça ocorre depois de um diálogo com o CSTAF, no qual foram apresentadas justificações jurídicas pelo Conselho para a decisão tomada para este movimento, com as quais a ASJP não concorda, tendo decidido avançar com a impugnação.

Em comunicado sobre a impugnação do movimento, a ASJP defendeu que “a dignidade do poder judicial exige que todas as decisões com impacto na organização e funcionamento da magistratura estejam em estrita conformidade com a lei”, acrescentando que “a normalização de atos ilegais compromete esse princípio e corrói a confiança nas instituições”.

Defendeu ainda que a “omissão face a uma deliberação ilegal seria, ela própria, uma forma de conivência” e que são responsabilidade do CSTAF quaisquer “eventuais efeitos” desta ação e “adotar as medidas necessárias para reparar a situação criada”.

Carta aberta contra impugnação do sindicato

Entretanto, várias dezenas de juízes da jurisdição administrativa e fiscal assinaram uma carta aberta em que se opõem à intenção da ASJP de impugnar a deliberação do Conselho Superior dos Tribunais Administrativo e Fiscais de abertura do movimento judicial ordinário de 2025. “É uma atuação unilateral da ASJP sem participação dos associados que representa, que não foram auscultados a propósito deste assunto”, diz a carta. Segundo apurou o ECO, os juízes tiveram conhecimento através de uma ata que se encontra no site da ASJP de que isto seria deliberado pela Direção Nacional da ASJP. E, posteriormente, tiveram conhecimento de que esta atuação se concretizaria através de um e-mail recebido na terça-feira, que não explicitou em que moldes esta ação será apresentada. “Trata-se de uma impugnação que se baseia numa interpretação não consensual entre os magistrados de uma norma que influencia o destino do movimento judicial de 2025, colocando em risco a colocação dos juízes. É uma situação intolerável que a Associação atue à revelia dos juízes associados”, disse Luisa Albertina Silva, Associada da ASJP e Juíza de Direito do Tribunal Administrativo e Fiscal.

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Autárquicas em Braga aquecem. Quem sucederá a Ricardo Rio e quem ficará a ver a câmara por um canudo?

Um candidato que é vereador e viu o nome envolvido no caso Spinumviva. Outro que foi vereador de Mesquita Machado e tem oposição no seu PS. E também Rui Rocha, ex-presidente da IL. A luta promete.

Quem chega a Braga pela estação onde Rui Rocha desembarcou no seu vídeo de apresentação como candidato depara-se com os cartazes dos candidatos social-democrata e socialista. O primeiro identifica-se unicamente com o movimento “Juntos por Braga”, sem siglas nem o logótipo do PSD. O socialista opta pelo trocadilho “Sou Braga”.

Desde que há democracia, Braga teve apenas dois presidentes de câmara eleitos, Mesquita Machado, ao longo de 27 anos, e Ricardo Rio, que termina o seu terceiro e último mandato. Nas próximas autárquicas, vereadores de ambos vão à luta por PSD e PS. Já pelo Chega, terceiro partido nas legislativas de há dois meses, a escassos 2500 votos dos socialistas, corre o candidato que em 2021 obteve 90 votos em Vieira do Minho. Na IL, a menor força partidária do “top 4” das legislativas, Rui Rocha vai de presidente demissionário do partido a candidato a edil em menos de um mês. Mesmo que não seja provável a sua vitória, o filho da freguesia bracarense de Nogueiró, onde a IL até bateu o Chega em maio, pode constituir um travão às ambições do PSD. E, como se sabe, numa câmara governa quem ganha, sem “geringonças”.

Aos candidatos do PSD e o do PS não falta a notoriedade local, mas o seu nome também é falado no resto do país, e nem sempre pelas melhores razões.

O primeiro, João Rodrigues, é o vereador da Regeneração Urbana, está anunciado como candidato há quase um ano e o seu nome foi sobejamente referido este ano aquando dos casos envolvendo a empresa Spinumviva, de Luís Montenegro. O pai do candidato social-democrata é o dono da gasolineira que contratou a empresa de Montenegro para a reestruturação do negócio. Já a mulher de João Rodrigues — advogado de profissão — é Inês Varajão Borges, a advogada que em 2022 substituiu Luís Montenegro como especialista de proteção de dados na empresa de Espinho e que no comunicado de fevereiro da Spinumviva (ainda antes da moção de confiança que levou à queda do Governo) foi identificada como Inês Patrícia.

Essa polémica [de João Rodrigues com a Spinumviva] não é, de todo relevante para a avaliação da sucessão. Aliás, o próprio primeiro-ministro era o primeiro visado nesse mesmo processo. Os portugueses reforçaram a confiança nele e votaram mais portugueses nele nestas últimas eleições do que tinham votado nas anteriores. Acho que essa apreciação também irá ocorrer em relação ao candidato de Braga. Do ponto de vista da capacidade de gestão do projeto, dá todas as condições, fazendo uma boa equipa para que o projeto possa ter a continuidade que todos desejamos

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

Sobre o seu vereador e potencial sucessor à frente da câmara “laranja” desde 2013, Ricardo Rio disse ao ECO/Local Online, numa entrevista realizada no início do mês, achar que “essa polémica não é, de todo relevante para a avaliação da sucessão. Aliás, o próprio primeiro-ministro era o primeiro visado nesse mesmo processo. Os portugueses reforçaram a confiança nele e votaram mais portugueses nele nestas últimas eleições do que tinham votado nas anteriores. Acho que essa apreciação também irá ocorrer em relação ao candidato de Braga”. Ainda sobre João Rodrigues, o autarca afirmou que “do ponto de vista da capacidade de gestão do projeto, dá todas as condições, fazendo uma boa equipa para que o projeto possa ter a continuidade que todos desejamos”.

Resta saber se os bracarenses concordam. João Rodrigues, tal como os seus adversários conhecidos para a câmara, nasceu em Braga, no seu caso na freguesia de São José de São Lázaro, e o seu aniversário pode coincidir com o dia das eleições. Segundo a Lei em vigor, as autárquicas têm de decorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro, sendo que o último domingo deste intervalo calha precisamente a 12, quando o candidato fará 38 anos.

A idade é um dos elementos que coloca Rodrigues num campo oposto ao de António Braga, candidato do PS. O ex-presidente da Assembleia Municipal foi vereador de Mesquita Machado, que se viu a braços com a justiça após deixar a câmara. Ao longo dos 27 anos de governação, Mesquita, “dinossauro” socialista que chegou a ser secretário de Estado do Governo de Bloco Central liderado por Mário Soares — e dali regressou à câmara de Braga após suspeitas de ter feito, enquanto autarca, negócios com uma empresa de construção da qual era sócio — enfrentou vários casos polémicos e chegou mesmo a ser condenado a três anos com pena suspensa em 2019, num caso de negócio conhecido como do quarteirão das Convertidas e que, alegadamente, beneficiara a filha e o genro.

Com a saída de Mesquita Machado da ribalta bracarense, António Braga perdeu visibilidade e também, de forma categórica, a luta pela liderança da concelhia do PS de Braga, contra Vítor Sousa, seu colega no Executivo de Mesquita, enquanto vice-presidente, e que em 2013 foi o candidato do PS nas autárquicas ganhas por larga vantagem e por maioria por Ricardo Rio — mais tarde, Vítor Sousa acabaria detido por suspeitas de recebimento de luvas num caso envolvendo a aquisição de autocarros para a empresa municipal TUB, mas em 2019 foi absolvido, por prescrição do crime.

Agora, em 2025, António Braga, que nos cartazes espalhados pela cidade não dispensa um trocadilho entre o seu nome e o do concelho a que quer presidir, consegue finalmente chegar a candidato. Pelo caminho ficou a ambição do ex-secretário de Estado Hugo Pires, candidato autárquico socialista em 2021, de ser o candidato em 2025.

Em dezembro, Hugo Pires dizia à Rádio Universitária do Minho que ponderava candidatar-se como independente, e que vários presidentes de junta socialistas também estavam nessa disposição, devido à discordância perante a escolha de António Braga. Contudo, o aval do então secretário-geral Pedro Nuno Santos tornou a situação incontornável, a favor do seu ex-colega de bancada parlamentar e governante durante a X Legislatura, quando Pedro Nuno chegou à Assembleia da República. O preterido, Hugo Pires, tinha sido um dos novos secretários de Estado escolhidos por António Costa aquando da remodelação governamental que se seguiu à demissão do então ministro das Infraestruturas e Habitação.

Uma das razões apontadas nas conversas em Braga para esta agitação interna do PS é a idade de António Braga (72 anos completados em abril), num momento que poderá ser considerado a maior oportunidade do PS no concelho desde 2013, perante a saída de cena de Ricardo Rio, que termina o terceiro e último mandato permitido por lei. António Braga é licenciado em Filosofia, está já reformado, mas não vira as costas à luta no concelho onde foi presidente da Assembleia Municipal no derradeiro mandato de Mesquita Machado. Numa das suas últimas funções políticas, enquanto deputado na legislatura do primeiro Governo de Passos Coelho, já com António José Seguro como líder socialista, foi uma das vozes defensoras do legado de José Sócrates, de quem foi secretário de Estado das Comunidades.

Rui Rocha regressa à terra, o Chega lança o líder local e acresce um independente para baralhar as contas

Olhando a participação nas últimas autárquicas e nas legislativas de 18 de maio, um dado salta à vista logo à partida: na segunda reeleição de Ricardo Rio, por maioria, foram às urnas 57% dos mais de 166 mil eleitores, enquanto há dois meses houve 71% de bracarenses a votar. Mas se é certo que votaram mais 15 mil eleitores, também é constatável que o PSD perdeu cerca de 3.000 votos e o PS mais de 1.500. Em sentido contrário, a IL ganhou quase 9.000 votos mais que em 2021 e o Chega superou a sua votação das autárquicas em mais de 20 mil “cruzinhas” no boletim das legislativas.

Para segurar estes eleitores, a candidatura da IL é, em teoria, mais forte. Na cara do pelotão liberal para a câmara está Rui Rocha, que esta semana se apresentou aos bracarenses nas redes sociais, num vídeo em que sai do Alfa Pendular proveniente de Santa Apolónia. Uma maneira simbólica de mostrar aos seus concidadãos, habituados a vê-lo cumprir o dever cívico na assembleia de voto do Centro Cívico da freguesia de Nogueiró e Tenões — a sua morada oficial — que depois de abandonar a liderança nacional da IL, quer ser o inquilino principal da Praça do Município.

Pelo Chega, o presidente da concelhia de Braga assume a candidatura do partido. Também natural de Braga, como Rui Rocha, Filipe Aguiar diz-se um empresário “ligado a vários negócios em várias partes do mundo”. Quando se candidatou a Vieira do Minho em 2021 afirmou numa entrevista: “vim para esta candidatura com convicção de ganhar”. Acabaria por amealhar 90 votos, menos que os nulos, entre os 9.000 eleitores do concelho.

Já na apresentação à corrida a Braga, afirmou, numa entrevista à Rádio Antena Minho, que “esta é uma candidatura de sentimento e de amor à cidade que me viu crescer. É uma candidatura diferente das outras todas que temos até agora e será assente na proximidade com os bracarenses”. E, numa reedição da ambição de 2021 em Vieira do Minho, declarou estar “a trabalhar para ganhar as eleições autárquicas em Braga” e que não duvida da conquista de mais do que os dois deputados na Assembleia Municipal eleitos em 2021.

Nos candidatos conhecidos a Braga contam-se ainda João Baptista, pela CDU, e o independente Ricardo Silva, do Movimento Amar e Servir Braga.

Este, com 42 anos, está a cumprir o seu terceiro e último mandato na freguesia de São Victor. Foi eleito em 2013 e 2017 numa coligação liderada pelo PSD, mas acabaria por avançar em 2021 enquanto independente, voltando a ganhar a freguesia. O movimento RS21 teve 4.399 votos e a coligação liderada pelo PSD somou 3.096. Já o PS ficou nos 2.084.

Na mesma freguesia, mas no boletim referente à eleição para a câmara, os de São Victor, freguesia do centro da cidade com 25 mil eleitores inscritos, deram 4.621 votos à aliança de direita encabeçada por Ricardo Rio e 3.147 aos socialistas. Ao PSD, Ricardo Silva tomou mais de 1.500 eleitores, e ao PS mais de mil, o que prova a sua capacidade de penetração em ambos os partidos, pelo menos na sua terra. Se a decisão para as autárquicas de 2025 tiver um final renhido, como ocorreu na última vitória de Mesquita Machado em 2009 — decidida por menos de 3.000 votos, com o candidato social-democrata derrotado, Ricardo Rio, a “culpar” o voto útil, visível na fraca votação no BE e no PCP — o independente promete ser, tal como o liberal Rui Rocha e o candidato do Chega, um elemento a ter em conta.

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Perdas seguradas provocadas por incêndios florestais aumentam 650% em 20 anos

"Na Europa, atualmente 85% da área ardida situa-se no sul da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia) devido às condições meteorológicas de maior risco na região", diz a Allianz.

Entre 2000 e 2020, as perdas seguradas globais provocadas por incêndios florestais subiram mais de seis vezes de 8,7 mil milhões para 56,3 mil milhões de dólares. Segundo o relatório publicado pela Allianz Commercial, o aumento da frequência e intensidade e alcance geográfico dos incêndios florestais foi impulsionado pelas alterações climáticas, atividade humana e novas dinâmicas de uso do solo.

De acordo com o estudo da série ‘Emerging Risk Trend Talk’, áreas que anteriormente eram “consideradas de baixo risco estão agora igualmente expostas”, como revelam os casos recentes de incêndios no Canadá, Escandinávia, Rússia e Coreia do Sul. Portugal, assim os restantes países do sul da Europa, continua a ter exposição elevada a risco de incêndio florestal.

Há fatores da vegetação que aumentam o risco. Os troncos das árvores ardem frequentemente mais tarde, depois de a frente de fogo ter passado. O óleo natural inflamável dos eucaliptos” plantados em Portugal aumentam a carga de combustível local, indica.

“Na Europa, atualmente 85% da área ardida situa-se no sul da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia) devido às condições meteorológicas de maior risco na região mediterrânica”, lê-se no relatório.

Os principais riscos são danos à propriedade (como edifícios, equipamentos, mercadoria, entre outros), interrupção do negócio, lesões corporais e até a morte, danos ambientais (como a poluição do ar e destruição de habitat) e danos reputacionais – este último quando se é parcial ou totalmente responsável por provocar o incêndio.

Para evitar que o risco se materialize e mitigar os seus efeitos, a seguradora recomenda que as empresas apostem na “criação de espaços defensáveis e gestão de vegetação envolvente” e que utilizem “materiais não combustíveis nas infraestruturas”.

Na área de mitigar os efeitos dos incêndios, a Allianz aconselha os empresários a desenvolver “planos de continuidade de negócios específicos para incêndios florestais” e a adaptarem permanentemente “a novas tecnologias de deteção, previsão e supressão”.

O fornecimento de energia está mais exposto a este risco que outros serviços. Também o setor imobiliário e da construção, a agricultura, o transporte e o retalho pertencem ao grupo dos setores mais expostos ao risco de incêndio florestal.

O relatório conclui que a atenuação dos riscos de incêndio florestal exige uma abordagem integrada, que combine conformidade regulatória, adaptação às alterações climáticas e investimento contínuo em tecnologia e planeamento estratégico.

A série Emerging Risk Trend Talk da Allianz Commercial destaca tópicos dedicados aos riscos críticos para as empresas, juntamente com medidas recomendadas de mitigação de riscos e prevenção de perdas.

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Cada euro no cartão de refeição injeta 3,15 euros na economia

Um estudo da Nova IMS revela que a atribuição do subsídio de refeição em cartão aos trabalhadores do setor privado gera um impacto fiscal positivo de 87 milhões de euros.

São muitas as empresas que optam por pagar o subsídio de alimentação através de um cartão de refeição, permitindo que os colaboradores recebam um valor superior sem qualquer tributação. Um regime que tem também impacto positivo para o Estado já que este montante é utilizado para consumir e não para poupar. Um estudo da Nova IMS mostra que cada euro consumido pelos trabalhadores do setor privado através destes cartões alimenta a economia com 3,15 euros.

“A atribuição do subsídio de refeição em título (cartão de refeição) gera um impacto fiscal positivo de 87 milhões de euros e aumenta o produto interno bruto (PIB) em 0,718% (1,74 mil milhões de euros). Isto significa que, por cada euro de consumo feito através do título de refeição, são injetados 3,15 euros na atividade económica e o PIB cresce 2,11 euros”, revela o estudo “Impacto macroeconómico da titularização do subsídio de refeição em Portugal” realizado para a SVoucher, a associação portuguesa que representa as empresas de soluções de benefícios sociais em Portugal.

"A atribuição do subsídio de refeição em título (cartão de refeição) gera um impacto fiscal positivo de 87 milhões de euros e aumenta o produto interno bruto (PIB) em 0,718% (1,74 mil milhões de euros).”

Estudo da Nova IMS

A análise, que se baseia na atribuição de 9,60 euros por dia (o montante máximo isento de subsídio de refeição em cartão em 2024) a 1,3 milhões de trabalhadores do setor privado, conclui que, “apesar das isenções fiscais inerentes, o título de refeição afigura-se sempre como vantajoso, tendo um impacto marcadamente positivo nas contas do Estado”. Com o Orçamento de Estado para 2025, este valor subiu para 10,20 euros.

Ao estar isento de IRS/IRC e TSU, aumenta o montante destinado à alimentação e o rendimento disponível em 738 milhões de euros. Isto traduz-se num incremento do potencial de consumo em 775 milhões de euros, visto que o título fomenta o consumo direcionado a um setor específico, em território nacional, e não permite, por exemplo, a poupança”, refere o estudo, acrescentando que “de forma a responder a esta procura são criados 72.498 novos postos de trabalho (diretos e indiretos)”.

O aumento do valor diário do subsídio em cartão para 10,80 euros teria um impacto fiscal de 98 milhões de euros, impulsionando o PIB em 0,809% (em 1,96 mil milhões de euros) e gerando 97 mil novos postos de trabalho. Já se o aumento fosse para 12 euros diários, o impacto fiscal seria de 113 milhões de euros, com um reforço do PIB de 0,90% (2,18 mil milhões de euros) e seriam criados 108 mil novos postos de trabalho.

"Ao estar isento de IRS/IRC e TSU, aumenta o montante destinado à alimentação e o rendimento disponível em 738 milhões de euros. Isto traduz-se num incremento do potencial de consumo em 775 milhões de euros.”

Estudo da Nova IMS

Por outro lado, se o universo de beneficiários crescesse de 1,3 milhões para os potenciais 2,9 milhões, é estimado que o atual efeito no crescimento do PIB de 0,718% (1,74 mil milhões de euros) seria projetado para os 1,615% (3,91 mil milhões de euros), com 192,3 mil novos postos de trabalho gerados e um impacto fiscal positivo de 200 milhões de euros, indica.

Para Jorge Miguel Bravo, professor da Nova IMS, o estudo mostra que o apoio fiscal à titularização do subsídio de refeição é um modelo de financiamento equilibrado para o Estado. Este sistema de cartão de refeição existe atualmente em mais de 40 países e 17 Estados-Membros da União Europeia.

Já Eunice Valério, porta-voz da SVoucher, sublinha a importância de se atribuir o subsídio de alimentação em cartão, uma vez que a “titularização de benefícios tem provas dadas em todo o mundo e é, inclusivamente, utilizada para apoiar áreas como a cultura ou a ecologia, sempre com um impacto fiscal positivo. Portugal poderia também beneficiar com a criação de soluções semelhantes”.

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Tribunais administrativos e fiscais têm de acelerar processos mais antigos

Este plano estratégico será levado esta quarta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Jorge Aragão Seia, à ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF) quer impôr objetivos aos vários tribunais – no triénio 2026/2028 – para resolver os processos mais antigos que ainda estão pendentes, de forma a que, até ao final de 2028, estejam por resolver apenas processos entrados há quatro anos. Ou seja, processos de 2024. Atualmente há casos de 2004 ainda pendentes nestes tribunais.

O objetivo foi discutido com os juízes dos tribunais administrativos e fiscais e estes passarão, assim, a dar prioridade aos processos mais antigos em detrimento dos mais recentes, exceto se estes forem de natureza urgente. Este plano estratégico será levado esta quarta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Jorge Aragão Seia, à ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Jorge de Aragão Seia.

A juíza secretária do CSTAF, Eliana de Almeida Pinto, explicou que, na primeira instância, a taxa de resolução dos TAF é, em muitos casos, superior à dos Tribunais comuns. Na maioria dos tribunais, estando acima dos 100% em 12, dos 17 tribunais representados, o que significa que o nível da capacidade de resposta do sistema é superior à procura. O Tribunal Tributário de Lisboa lidera a tabela com 241% de taxa de resolução, seguido do TAF de Sintra (171%) e do TAF de Castelo Branco (155%).

O Tribunal Central Administrativo – Norte (TCA Norte) atingiu os 100% de taxa de resolução, enquanto no TCA Sul se registou uma taxa de 77,64%.

Já os Tribunais da Relação – os de segunda instância da jurisdição comum – registaram taxas de resolução entre 96,12% (Coimbra) e 99,90% (Guimarães). Em 2024, estavam em funções 406 juízes desembargadores nos Tribunais da Relação e 70 nos tribunais administrativos e Fiscais.

Carga processual por juiz na jurisdição comum versus tribunais administrativos

Os Tribunais da Relação têm de cerca de seis vezes mais juízes desembargadores que os tribunais responsáveis por julgar litígios que envolvem o Estado, ainda que o número total de processos (entrados e pendentes) nas Relações (38.302) seja, apenas, o dobro do número de processos (entrados e pendentes) nos Tribunais Centrais Administrativos (17.807), aproximadamente.

Segundo dados revelados pelo CSTAF, a carga processual por juiz nos Tribunais Centrais Administrativos varia entre os 174 processos por desembargador (no Norte) e os 326 (no Sul). Já nos Tribunais da Relação, um juiz desembargador tem a seu cargo entre 81 a 109 processos.

O número de juízes desembargadores em funções no Tribunal da Relação de Lisboa é quatro vezes superior ao de juízes desembargadores do TCA Sul, apesar dos valores aproximados, no que diz respeito ao total de processos pendentes e entrados no TCA Sul (12.059) e na Relação de Lisboa (15.460).

Se atentarmos exclusivamente nos processos entrados, constata-se que os valores referentes ao TCA Sul (3.291) e o Tribunal da Relação de Coimbra (3.554) são, também eles, equivalentes. Ainda assim, por comparação, a Relação de Coimbra tem mais 14 juízes desembargadores em funções, o que representa uma diferença de 38% de juízes adicionais face ao TCA Sul.

O mesmo acontece com o Tribunal da Relação de Évora, que tem mais 32% de juízes desembargadores que o TCA Sul. A desproporção no número de juízes desembargadores em funções, entre jurisdições, reflete-se, depois, no nº de processos pendentes por juiz, inevitavelmente mais elevado do lado da JAF.

“Considerando que 70 desembargadores dos TCA resolvem 4.609 processos por ano, e que entram 5.345 processos por ano; atendendo ao número de processos pendentes (13.198), podemos calcular que, se existisse na JAF, o dobro dos desembargadores (140) em três anos e meio deixariam de existir processos pendentes. Ou seja, em meados de 2029 já teriam sido resolvidos todos os processos pendentes e a partir daí os juízes desembargadores ficariam com uma média de 30 processos, ainda assim superior à da justiça comum – que se situa entre os 14 e os 30. Assim se impediria, também, a formação de novas pendências nesta instância”, diz o mesmo órgão.

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Mestres ganham mais 86% do que trabalhadores com ensino secundário

Mercado de trabalho português valoriza cada vez mais mestrados: prémio salarial é dos maiores, desemprego entre estes profissionais é mais baixo e ofertas de emprego exigem cada vez mais este grau.

Ainda vale a pena ir para a universidade? Um novo estudo desenvolvido pelo think tank EDULOG realça que “as vantagens salariais associadas ao ensino superior continuam a ser evidentes”, sendo os mestrados, em particular, cada vez mais valorizados no mercado de trabalho português. Também no que diz respeito à empregabilidade, ter um diploma universitário é um “trunfo“.

Comecemos pelos vencimentos. “As vantagens salariais associadas ao ensino superior continuam a ser muito notórias no mercado português”, é salientado nesta edição do “Balanço Anual da Educação“. “Os ganhos salariais relativos estão cada vez mais concentrados nos mestres, numa tendência que se tem vindo a reforçar rapidamente”, acrescentam os autores.

Em concreto, de acordo com o novo relatório, em média, um mestre ganha mais 86% do que um profissional com o ensino secundário. Já os licenciados registam prémios salariais de cerca de 69% face a quem conclui o 12.º ano de escolaridade, como mostra o gráfico abaixo.

Confrontada com estes dados, Isabel Leite, do conselho consultivo do EDULOG, adianta que há duas razões para o prémio salarial associado aos mestrado ser não só dos mais expressivos, como dos que mais crescem: por um lado, o mercado de trabalho está a valorizar o conhecimento altamente especializado e, por outro, há cada vez mais licenciados, o que “diminui o valor” desse grau académico e traz vantagem a quem prossegue estudos (e só cerca de 40% dos licenciados avançam para mestrado).

O “Balanço Anual da Educação” alerta, contudo, que a vantagem salarial dos mestrados está “cada vez mais concentrada nos mestres do sexo masculino“, agravando as desigualdades.

“Tem muito que ver com as áreas de estudo que são escolhidas pelos homens“, argumenta Isabel Leite, referindo que eles tendem a preferir as áreas da informática e engenharia.

Ora, as áreas da informática, matemática, estatística, engenharias e ciências empresariais aparecem no topo da lista dos salários médios, como mostra o gráfico abaixo.

Um licenciado no setor da informática ganha, em média, 2.426 euros por mês e um mestre 2.764 euros por mês. Em contraste, um licenciado dos serviços sociais tem um salário médio de 1.343 euros, e um mestre 1.379 euros.

Isabel Leite recomenda, por isso, que elas sejam apoiadas ao longo do seu percurso escolar, para que melhorem o desempenho na matemática e se sintam, assim, encorajadas a seguir para as referidas áreas. E defende que se desmistifique a participação feminina nesses setores, em linha com o que já aconteceu na saúde e no direito.

Mais ofertas de emprego exigem mestrado

O relatório que será apresentado esta quinta-feira, dia 26 de junho, deixa claro que não é apenas nos salários que se verifica a valorização crescente dos mestrados no mercado de trabalho nacional. Os autores referem mesmo num “crescente hiato de valor atribuído a diplomas de mestrado e diplomas de licenciatura“. E, nas próprias ofertas de emprego, é possível perceber essa valorização crescente do grau de mestre.

A referência explícita a requisitos de qualificações a nível do mestrado nos dados sobre ofertas de emprego tornou-se preponderante, sobretudo no período imediatamente após a pandemia”, explicam os autores do “Balanço Anual da Educação”.

“Essa referência explícita é mais provável em ofertas de emprego em que não esteja implícita um requisito de qualificação específico“, continuam. Sobre este ponto, Isabel Leite alerta para o credencialismo, admitindo que tal poderá levar a casos de sobrequalificação.

Após três anos de recuperação, os diplomados do ensino superior apresentavam taxas de desemprego inferiores às anteriores à pandemia (abaixo de 6%). A população ativa com o 3º ciclo do ensino básico continua com um desemprego superior ao período pré‐COVID.

Balanço Anual da Educação 2025

Com os anúncios de emprego a exigir mais qualificações, não surpreende, pois, que este novo relatório mostre que os trabalhadores com mais estudos tendem a estar menos expostos ao desemprego.

“Nos últimos cinco anos, a crise pandémica agravou o desemprego dos jovens e penalizou, sobretudo, os menos qualificados. Após três anos de recuperação, os diplomados do ensino superior apresentavam taxas de desemprego inferiores às anteriores à pandemia (abaixo de 6%). A população ativa com o 3º ciclo do ensino básico continua com um desemprego superior ao período pré‐COVID e os detentores de CTeSP exibiram taxas acima de 10%”, afirmam os autores.

Também neste ponto os profissionais com o grau de mestre são os que conseguem maiores vantagens, com uma taxa de desemprego em torno de 4,7%.

Gap entre competências e empregos

O “Balanço Anual da Educação” indica também que o mercado de trabalho português regista um desajustamento entre as competências procuradas e oferecidas, mas reconhece que este tem permanecido “contido e estável”.

Em concreto, entre os mais jovens, cerca de 20% dos diplomados do ensino superior estão em profissões que não requerem essas qualificações.

“Existem também diferenças marcadas no risco de sobrequalificação das diferentes áreas de estudo. As áreas das TICs, da saúde e das engenharias (e em menor grau, das ciências) têm uma incidência significativamente mais baixa de sobrequalificação aparente, e as áreas dos serviços, em particular, mas igualmente das artes e humanidades, têm uma incidência muito superior à média”, detalham os autores.

A sobrequalificação vai criar problemas a longo prazo: desmotivação, quebras no seu retorno salarial e perda de potencial de produtividade.

Isabel Leite

Conselho consultivo do EDULOG

Sobre estes dados, Isabel Leite salienta que a sobrequalificação pode criar problemas a longo prazo, como a desmotivação, a quebra do retorno salarial e a perda de potencial de produtividade.

O think tank EDULOG enquadra-se na Fundação Belmiro de Azevedo. O seu objetivo é “contribuir para a construção de um sistema de educação de referência” e a informação das políticas públicas “para a inovação e mudança na Educação”.

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