Como abraçar a mudança?

  • Ana Maçãs
  • 8 Julho 2020

Esta capacidade de abraçar a mudança deveria ser uma das principais competências a ser ensinada no nosso processo de crescimento e desenvolvimento.

Embora a mudança seja uma constante na nossa vida, pois lidamos com ela desde pequenos, de alguma forma todos lhe resistimos. Esta capacidade de abraçar a mudança deveria ser uma das principais competências a ser ensinada no nosso processo de crescimento e desenvolvimento. Afinal é algo que seguramente vamos ter, sempre, de viver.

Começamos por estar sozinhos com os nossos pais e família mais próxima, depois temos de nos adaptar à mudança e aprender a ficar todo o dia com estranhos. Conforme vamos crescendo, várias mudanças surgem: começamos a tomar decisões sozinhos, saímos de casa dos pais, novos empregos, mais responsabilidades e seguramente muitas mudanças.

Como é que isto se passa na nossa mente? Por um lado, temos um conjunto de impulsos neurais que nos motivam a entrar em ação e, por outro, temos um conjunto de impulsos que nos fazem ficar onde estamos, na realidade que já conhecemos. O nosso cérebro está preparado para impedir que algo de mal nos aconteça, física e emocional, e é este sistema que faz com que não queiramos correr riscos.

Perante uma situação nova, o nosso cérebro faz uma avaliação rápida dos riscos que corremos, através da avaliação do ambiente à nossa volta e das memórias que temos. Desta avaliação surge uma tomada de decisão, agir ou não agir.

A mudança é uma das poucas certezas que temos no mundo. Os nossos maiores processos de crescimentos dão-se quando passamos por situações de grande mudança, quando, por decisão própria ou empurrados pela vida, usamos o medo e a sua energia para entrar em ação.

Neste momento vivemos uma situação de mudança única. Mudámos hábitos, a forma como nos relacionamos, a forma como trabalhamos. Todos nós tivemos de encontrar novas soluções para nos adaptarmos a estes momentos de incerteza.

E, embora não tenhamos nenhum poder sobre esta mudança, pois ela está a acontecer, temos todo o poder sobre a forma como a percecionamos. Neste sentido podemos colocar-nos algumas questões:

  • De que forma posso transformar esta nova situação numa oportunidade?
  • Posso, de alguma forma, ter um papel de controlo neste processo? Como me adaptar, criar novas realidades?

Se depois de responderes a estas questões e de pensares em novas soluções a tua mente ainda estiver focada no lado negativo desta mudança, é natural estares preocupado, stressado.

Todas as partes do nosso cérebro trabalham em conjunto, e o problema é que a nossa mente criativa, aquela que te vai ajudar a encontrar as melhores soluções para os desafios pelos quais estás a pensar não está a trabalhar no seu maior potencial quando estás focado no lado negativo. Nestas situações talvez o melhor que possas fazer é aceitar que neste momento não podes fazer nada, dar-te um tempo.

Um tempo para relaxar, para fazer algumas coisas que te fazem feliz, um tempo para ganhar energia e depois, sim, voltar a pensar em novas soluções.

  • Ana Maçãs

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