Vodafone e Three estão oficialmente ‘casadas’ no Reino Unido e vão gastar 13 mil milhões na lua-de-mel

Mercado britânico de telecomunicações tem novo xerife: a VodafoneThree acaba de se tornar a nova líder de mercado, após concluída a fusão entre as duas empresas, com 27 milhões de clientes no total.

A subsidiária britânica do grupo Vodafone uniu-se à rival Three para criar um gigante de telecomunicações com 27 milhões de clientesEPA/TOLGA AKMEN

O casamento está consumado. A Vodafone UK e a Three anunciaram esta segunda-feira a conclusão de uma fusão que dá origem a um gigante de telecomunicações no Reino Unido com 27 milhões de clientes. A nova empresa chama-se VodafoneThree e já é líder no mercado britânico, após o fecho desta transação avaliada em 15 mil milhões de libras (17,77 mil milhões de euros).

A fusão entre a Vodafone UK e a Three tinha sido anunciada em 2023 e mereceu a aprovação da Autoridade da Concorrência e dos Mercados (CMA) do Reino Unido em dezembro de 2024, embora sujeita a compromissos. Uma das promessas que ajudou a viabilizar o negócio foi o pacote de investimentos de 11 mil milhões de libras (cerca de 13 mil milhões de euros), para executar ao longo dos próximos dez anos, na melhoria da rede móvel 5G no país — que, segundo o grupo Vodafone, se tornará numa “das mais avançadas da Europa”.

Deste montante, a nova empresa — detida em 51% pelo grupo Vodafone e em 49% pela CK Hutchison, anterior dona da Three — planeia investir 1,3 mil milhões de libras (1,54 mil milhões de euros) já no primeiro ano após esta fusão. “Isto permitirá à empresa acelerar o desenvolvimento da sua rede”, refere a Vodafone num comunicado.

Por ordem do regulador da concorrência, as duas empresas tiveram de aceitar limites nos preços de um conjunto selecionado de tarifários por um prazo mínimo de três anos. Nesse período, ao nível grossista, terão ainda de praticar preços e termos contratuais predefinidos, para assegurar que os operadores móveis virtuais continuam a ter acesso a condições competitivas no mercado.

Ambas esperam que, ao fim de cinco anos, a contar a partir de agora, a combinação dos dois negócios permita gerar sinergias de 700 milhões de libras (829,6 milhões de euros) por ano, ao nível do investimento e de poupanças nos custos. Max Taylor, que era CEO da Vodafone UK, assume agora a liderança da VodafoneThree, que conta com Darren Purkis, que transita da Three, no cargo de CFO.

Com esta fusão entre a terceira e a quarta operadora em quota de mercado, o Reino Unido fica reduzido a três operadoras: a VodafoneThree, a BT/EE (maioritariamente detida pelo grupo indiano Bharti Televentures) e Virgin Media O2 (controlada a meias pela Liberty Global e pela Telefónica).

“Estamos ansiosos por dar início à construção da nossa rede e oferecer rapidamente aos clientes uma maior cobertura e qualidade de rede superior. A transação conclui a reformulação da Vodafone na Europa e, depois deste período de transição, estamos bem posicionados para o crescimento no futuro”, disse Martherita Della Valle, CEO do grupo Vodafone, citada num comunicado.

De acordo com o The Guardian, o sindicato Unite, um dos maiores do Reino Unido, estima que a fusão entre a Vodafone e a Three resulte na perda de 1.600 empregos. Um número que a Vodafone rejeita, argumentando que esta operação resultará na criação de mais emprego.

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Plataforma para mapear ecossistema do empreendedorismo arranca este ano com 1 milhão do PRR

Projeto promovido pela Startup Portugal foi adjudicado no início deste ano à empresa Leadership Business Consulting, na sequência de um concurso internacional.

Uma nova plataforma para mapear o ecossistema de empreendedorismo nacional de forma mais fina deverá arrancar no final deste ano, tendo obtido um financiamento de um milhão de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“A Startup Portugal está a desenvolver uma nova plataforma de mapeamento do ecossistema empreendedor, com o objetivo de proporcionar uma visão mais granular, atualizada e acionável sobre o ecossistema. Esta plataforma pretende complementar abordagens existentes, como a da plataforma Dealroom e com dados públicos, permitindo uma análise mais fina e adaptada à realidade nacional e servindo como um ponto de entrada para o ecossistema português de empreendedorismo“, explica fonte oficial da Startup Portugal ao ECO.

“O lançamento da plataforma está previsto até ao final do ano, em linha com o calendário estabelecido e com o plano de execução em curso”, diz a mesma fonte. “O investimento rondará 1 milhão de euros, financiado por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, diz ainda.

“O processo de contratação pública internacional foi amplamente participado, tendo recebido múltiplas propostas. O procedimento pré-contratual foi concluído com a adjudicação do projeto à empresa Leadership Business Consulting, em janeiro de 2025“, diz fonte oficial.

Qual o objetivo da plataforma?

A plataforma chegou a ter uma data de arranque apontada “desejavelmente” para 2023, ano em que estava previsto o lançamento do processo de concurso internacional, tal como o ECO noticiou em dezembro de 2022. A concretizar-se o novo calendário, a plataforma chega ao mercado dois anos depois do inicialmente antecipado.

Na época, a Startup Portugal justificava a necessidade da nova plataforma com a necessidade de apresentar um retrato mais detalhado da realidade do ecossistema nacional.

“Além daquilo que é público — capturado por notícias de órgãos da especialidade, informações muito valiosas para depois poderemos fazer a estatística e a caracterização do ecossistema — e que está a ser capturado pelos atuais fornecedores de informação, queremos ir mais além e fazer uma recolha de informação junto de entidades relevantes para o ecossistema, que agregam stakeholders, sejam eles investidores, incubadoras, tech companies ou outros, que nos vai permitir complementar a informação que já temos”, explicava António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal.

“Isto tem de ser feito através de uma plataforma desenhada à nossa medida, que se alimente de fontes de informação muito variada, mais do que hoje, e que nos permita fazer uma curadoria, uma confrontação de dados, de modo a que o resultado final seja coerente”, reforçava na altura.

“Queremos que esta plataforma permita uma interação rápida e fácil entre stakeholders do ecossistema, nomeadamente, incubadoras, universidades e investidores, e seja um ponto de contacto, de estabelecimento de parcerias, de iniciativas comuns, que possam por via desta plataforma informática aproximar estas entidades”, concluía.

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PAF Advogados assessora venda da Clínica Oftalmológica das Antas a grupo espanhol Miranza

A venda da Clínica Oftalmológica das Antas ao grupo espanhol Miranza contou com a assessoria jurídica da PAF Advogados.

A PAF Advogados assessorou a venda da Clínica Oftalmológica das Antas ao grupo espanhol Miranza. Com esta operação, a Miranza entra no mercado português.

“Temos vindo a acompanhar todo o processo da parte da Clínica Oftalmológica das Antas, fazendo o due diligence, toda a parte contratual, encabeçando ainda todo o processo negocial. Esta operação representa não só um marco para a clínica, ao integrar um grupo internacional de referência, como também reforça a importância de um acompanhamento jurídico especializado e estratégico em processos de aquisição, em particular numa área tão sensível como a área da saúde. A nossa missão passou por assegurar que todos os interesses da clínica fossem devidamente protegidos, garantindo segurança, transparência e eficácia em todas as fases da transação”, refere em comunicado a sócia fundadora Cristina Alves de Freitas.

O grupo Miranza dedica-se à área dos cuidados oftalmológicos e bem-estar em Espanha e conta com mais de 20 centros localizados nas principais regiões do país. A entrada em Portugal é agora assinalada através da compra da Clínica Oftalmológica das Antas, que conta com mais de 20 anos dedicados aos cuidados oftalmológicos.

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Pérez-Llorca entra na Colômbia através da integração da Gómez-Pinzón

Prevê-se que a integração esteja concluída nas próximas semanas, após a aprovação dos órgãos sociais de ambas as empresas.

A Pérez-Llorca assinou um acordo de integração com o escritório de advogados colombiano Gómez-Pinzón. Segundo o escritório, prevê-se que a integração esteja concluída nas próximas semanas, após a aprovação dos órgãos sociais de ambas as empresas.

Esta operação permitirá à Pérez-Llorca entrar no mercado colombiano com o objetivo de participar como assessor jurídico nos fluxos de investimento para a Colômbia provenientes de todo o mundo, em particular dos Estados Unidos, Europa, México, Ásia e outros mercados sul-americanos”, revela a firma em comunicado.

Com uma equipa de 120 advogados, a Gómez-Pinzón possui escritórios em Bogotá e Medellín. “A transação baseia-se no forte posicionamento e na trajetória da Gómez-Pinzón no mercado local, e contempla a incorporação dos seus sócios e de todos os seus profissionais na estrutura da Pérez-Llorca“, revelam.

Segundo Pedro Pérez-Llorca, sócio diretor da Pérez-Llorca, esta integração permitirá competir pela liderança na Colômbia e “consolidar” o escritório na região latino-americana. “Aspiramos, juntamente com a Gómez-Pinzón, construir um escritório que seja a escolha natural para os grandes clientes, tanto a nível nacional como internacional, nas suas transações mais complexas, litígios ou assuntos regulatórios”, nota.

Já o sócio diretor da Gómez-Pinzón, Mauricio Piñeros, a combinação da experiência e capacidade de ambos os escritórios permitirá um maior acompanhamento aos clientes em assuntos “mais complexos e transfronteiriços”. “Estamos convencidos de que esta integração marcará um ponto de viragem na evolução da prática jurídica na região”, refere.

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Euribor a três meses cai para um novo mínimo desde final de 2022

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

Esta segunda-feira, as Euribor caíram em todos os prazos: a três meses para 1,979%, a seis meses para 2,063% e a 12 meses para 2,057%.

A Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira, no prazo mais curto para um novo mínimo desde dezembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 1,979%, ficou abaixo das taxas a seis (2,063%) e a 12 meses (2,057%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou, ao ser fixada em 2,063%, menos 0,006 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,057%, menos 0,033 pontos do que na sexta-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2% desde 30 de maio passado, recuou para 1,979%, menos 0,016 pontos e um novo mínimo desde 8 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses): desceu 0,150 pontos para 2,099% a três meses, 0,082 pontos para 2,120% a seis meses e 0,062 pontos para 2,091% a 12 meses.

Esta semana, em 5 e 6 de junho, em Frankfurt, realiza-se a próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e os mercados antecipam uma nova descida da taxa diretora, de 0,25 pontos, para 2%. A concretizar-se, esta descida será a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, a última deste ano. Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o BCE desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Número de advogados em Portugal desce em 2024 para 38.581

Em 2024 estavam inscritos na OA 38.581 advogados, menos 1.484 do que em 2023. Mais da maioria são do sexo feminino, representando cerca de 57% da classe. Maior quebra foi nos estagiários.

O número de advogados inscritos na Ordem dos Advogados desceu em 2024. Segundo os dados provisórios divulgados pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) do Ministério da Justiça, existem atualmente 38.581 advogados, menos 1.484 do que em 2023.

Dos 40.065 advogados contabilizados em Portugal em 2024, mais da maioria são do sexo feminino, totalizando cerca de 57%, ou seja 21.976 advogadas. Já advogados do sexo masculino foram contabilizados 16.605, ou seja cerca de 43% da classe.

No que concerne ao número de estagiários, em 2024 existiam 1.929, ou seja, cerca de 5% dos advogados inscritos. Um recuo de mais de 1.500 estagiários face a 2023, em que estavam inscritos 3.431. Também entre os estagiários o sexo feminino impera com 1.255 advogadas face aos 674 advogados.

Apesar de ao longo dos últimos anos este número ter vindo a crescer, em 2024 houve uma quebra do número de advogados inscritos. Segundo os dados, verifica-se apenas oito quebras no número de advogados inscritos nos anos de 1988, 1991, 1996, 2002, 2007, 2009, 2020 e agora em 2024. A maior quebra foi em 2007, em que estavam registados 22.345 advogados face aos 25.716 em 2006, ou seja, um decréscimo de 3.371. Mas esta descida teve uma razão: decorria o bastonato de Marinho e Pinto e por alguns meses desse ano houve suspensão de inscrição de advogados estagiários.

Quanto ao género, foi no ano de 2006 que pela primeira vez exerceram advocacia mais mulheres do que homens. Nesse ano contabilizaram-se 12.996 advogadas face aos 12.720 profissionais do sexo masculino. Desde então que o sexo feminino tem dominado a classe, com exceção do ano de 2008. Recorde-se que a advocacia esteve durante vários anos restringida às mulheres e só em 1918 é que viram assegurado o seu direito de acesso à profissão.

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Produção da indústria portuguesa baixa 2,2% em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2025

Produção industrial voltou a cair em abril, embora menos do que no mês anterior. Só o agrupamento da energia apresentou uma variação homóloga positiva.

O Índice de Produção Industrial registou um decréscimo homólogo de 2,2% em abril, após a descida de 5,4% no mês anterior, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Excluindo o agrupamento de energia, o indicador passou de uma quebra de 4,2% em março para um recuo de 3% em abril.

Evolução do Índice de Produção Industrial

Fonte: INE

No mês em análise, as indústrias transformadoras tiveram um decréscimo de 3,1%, que compara com uma descida de 4,8% em março.

De acordo com o gabinete estatístico, “todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram melhores desempenhos, em termos homólogos, do que os observados no mês anterior”.

Enquanto os bens de consumo e os bens de investimento apresentaram “os principais contributos” para a variação do índice total (-1,1 e -1,0 pontos percentuais, respetivamente), originados por taxas de variação de -3,6% e -4,9%, na mesma ordem (-4,4% e -5,5% no mês anterior), o agrupamento de bens intermédios passou de uma queda de 3,1% em março para um recuo de 1,2% em abril, contribuindo com -0,4 pontos percentuais.

Já o agrupamento de energia foi o único com um contributo positivo, de 0,3 pontos percentuais, em resultado de uma taxa de variação de 1,5%, quando em março tinha caído 10,5%.

Em termos mensais, a produção industrial registou uma variação de 1,2% em abril, depois de ter caído 3,9% no mês anterior.

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Desemprego em Portugal recua para mínimos de julho de 2023

Taxa de desemprego caiu 0,1 pontos percentuais para 6,3%. É o valor mais baixo desde julho de 2023, indica o INE. Já a população empregada está no nível mais elevado desde o início da série.

A taxa de desemprego recuou em abril, tanto face ao mês anterior, como em comparação com o mesmo mês do ano passado. Fixou-se, assim, em 6,3%, o valor mais baixo desde julho de 2023, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já a população empregada manteve-se no nível mais elevado desde o início da série estatística.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,3% e diminuiu 0,1 pontos percentuais em relação a março de 2025 e a abril de 2024″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã. No total, no quarto mês do ano, 349,1 mil pessoas estavam desempregadas em Portugal, menos 4,1 mil do que no mês anterior.

Por outro lado, a população empregada aumentou 0,6% em cadeia e 3,0% em termos homólogos, para 5,2 milhões de pessoas. Segundo o INE, é o valor mais elevado desde o início da série estatística.

Ora, com esta evolução do desemprego e do emprego, em abril, a população ativa engordou tanto em cadeia (0,5%) como face há um ano (2,9%), passando a abranger quase 5,6 milhões de pessoas.

Já a população inativa encolheu face ao mês anterior (0,9%) e ao período homólogo (1,8%), cobrindo cerca de 2,5 milhões de indivíduos.

Por outro lado, a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 10,6% em abril, valor inferior ao março de 2025 (0,2 pontos percentuais) e ao de abril de 2024 (0,4 pontos percentuais).

Apesar dos desafios, o mercado de trabalho português tem dado sinais de resiliência, embora haja algumas “entorses” a resolver, como o desemprego jovem (que se mantém muito acima da taxa global).

(Notícia atualizada às 11h22)

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Dívida pública cresce 0,9% e supera os 280 mil milhões de euros pela primeira vez

A dívida pública aumentou em abril pelo quinto mês consecutivo, atirando o stock da dívida para um valor recorde de 280,9 mil milhões de euros, o equivalente a mais de 97% do PIB.

Há cinco meses consecutivos que a dívida pública está a crescer. Em abril, segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira, o stock da dívida pública na ótica de Maastricht aumentou 2,59 mil milhões de euros para um valor recorde de 280,9 mil milhões.

“Esta variação refletiu o aumento dos títulos de dívida (+2,3 mil milhões de euros) e dos Certificados de Aforro (+0,5 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensado pela diminuição dos empréstimos (-0,1 mil milhões de euros) e dos certificados do Tesouro (-0,1 mil milhões de euros)”, refere o Banco de Portugal em comunicado.

Este movimento atira a dívida pública para um valor acima dos 97% do PIB, depois de no primeiro trimestre o rácio de endividamento da República ter-se situado nos 96,3% do PIB.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Só este ano, nos quatro primeiros meses, o stock da dívida engordou mais de 10 mil milhões de euros. Em termos homólogos, os dados do Banco de Portugal revelam ainda que a dívida pública registou em abril um crescimento de 3,16% face aos 272 mil milhões de euros contabilizados em maio de 2024. Há sete meses consecutivos que o fardo da dívida regista crescimentos homólogos.

O Banco de Portugal revela ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 20,4 mil milhões de euros, “o que corresponde a um aumento de 1,6 mil milhões de euros relativamente a março”. Deduzida desses depósitos, “a dívida pública aumentou mil milhões de euros, para 260,4 mil milhões de euros”, conclui o Banco de Portugal.

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Malo Clinic sobe faturação para 23 milhões de euros com 25 mil clientes em 2024

Com cinco clínicas em Portugal e uma na Polónia, a empresa de medicina dentária detida pela capital de risco Atena diz ter crescido 20% no ano passado, em que realizou mais de 107 mil consultas.

A Malo Clinic, detida por um fundo da Atena Equity Partners desde maio de 2019, registou um volume de negócios superior a 23 milhões de euros em 2024, o que representa um crescimento de cerca de 20% em relação ao ano anterior.

De acordo com dados divulgados esta segunda-feira, a empresa de medicina dentária que conta com uma rede de cinco clínicas em Portugal (Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Funchal) e uma na Polónia (Varsóvia) realizou mais de 107 mil consultas.

Além de portugueses e polacos, a Malo Clinic, fundada em 1995 e que emprega mais de 350 pessoas, diz ter prestado cuidados de saúde oral a clientes de países como Suíça, Angola, França, Reino Unido e Estados Unidos da América, num total de 25 mil de 55 nacionalidades.

Pedro Alvarez, CEO da Malo ClinicMalo Clinic

Pedro Alvarez, CEO da Malo Clinic desde novembro de 2023, frisa que o investimento em inovação, “a par do esforço da equipa e das parcerias com as seguradoras e empresas tecnológicas, favoreceu o reconhecimento pelos clientes da proposta de valor” da empresa, o que acelerou o crescimento e “reforça a ambição para o futuro”.

A par dos tratamentos, a empresa portuguesa tem apostado numa academia de formação que, contabiliza na mesma nota de imprensa, já formou cerca de 750 médicos dentistas e profissionais de saúde oral, dos quais quase 90% estrangeiros, com destaque para profissionais oriundos de França, Canadá e Polónia.

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Em “voos que nunca imaginou”, Sílvia Pereira de Castro, do Grupo United Hospitality Management, na primeira pessoa

Trocou o Minho pelo Algarve em 2018, para trabalhar em marketing no setor de hospitality. É adepta do coaching, pois considera muito importante que quem gere pessoas tenha componentes de liderança.

Indo de Ponte da Barca (no distrito de Viana do Castelo) para Albufeira (Faro), alimentada por uma vontade de trabalhar no setor de hospitality, Sílvia Pereira de Castro já trabalhou no marketing de alguns grupos hoteleiros, tendo assumido em março a direção de marketing para a Europa do United Hospitality Management, dono de unidades como o Pine Cliffs Resort (Albufeira), o Sheraton Cascais Resort ou o Yotel Porto. “É um trabalho muito interessante, que me está a levar para voos que nunca imaginei quando era mais miúda“, diz.

Quando era mais nova, nunca imaginei hoje em dia estar aqui a desenvolver este tipo de trabalho e sinto-me muito grata e humildemente muito orgulhosa por ter conquistado esta possibilidade e este lugar. À medida que fui crescendo e avançando na minha carreira, obviamente que houve momentos em que tive de fazer um setback para depois poder dar passos mais largos, e hoje consigo perceber que realmente valeu tudo muito a pena. Tudo acontece por uma razão e não podemos fugir do nosso instinto, tal como eu não fugi há uns anos quando me mudei para o Algarve“, afirma a diretora regional de marketing do grupo para a Europa.

Nascida em Braga, mas vivendo os seus primeiros 18 anos de vida em Ponte da Barca, Sílvia Pereira de Castro fez uma licenciatura em Gestão, na Universidade do Minho, não tendo escolhido logo o marketing à partida, quando se licenciou, porque há uma década “não era uma área que as pessoas trabalhassem” assim tanto. Trabalhou depois em várias áreas, como em projetos de investimento ou na área comercial, até que começou a dar formação em marketing e a ajudar empresas a desenvolver esta área.

Entretanto, apercebeu-se que a gestão pura e dura não era o que a aliciava, pelo que decidiu tirar um mestrado em Turismo e Inovação, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Foi nesse seguimento que surgiu a mudança da região do Minho para a do Algarve, em 2018. “Decidi que adorava e queria mesmo trabalhar em hotelaria. Vim para o Algarve, sozinha, e estive um pouco ainda a perceber em que área queria ingressar até que percebi que o marketing já era uma paixão antiga. Quando fazia consultoria em empresas adorava a parte do marketing, e decidi então abraçar esta área“, recorda.

Foi no Algarve que experienciou então uma “ascensão muito rápida, quase exponencial“. Iniciou a sua carreira no setor da hospitalidade no Vila Vita Parc, tendo depois ajudado a lançar, em 2020, o primeiro Wyndham Grand na Península Ibérica como marketing communications manager. No início de 2022 deu luz verde a uma proposta “que não podia recusar”, para assumir a posição de head of marketing & admissions da Nobel Algarve British International School. “Posso dizer que não faço candidaturas desde 2020. Já não tenho currículo nem trabalho essa parte, porque depois fui sempre sendo convidada para os projetos”, refere a diretora de marketing de 37 anos.

Em maio de 2023 assumiu a direção de marketing da Details Hospitality Sports & Leisure, onde geriu, como marketing director, o portefólio de 16 hotéis, até que recebeu o convite para ingressar no United Hospitality Management, onde é regional director of marketing para a Europa desde março.

Este tem sido um “desafio é muito giro”, onde Sílvia Pereira de Castro não só é responsável pelos hotéis na Europa do grupo, como também por outras verticais de negócio, que vão do imobiliário (UIP Real Estate), à construção civil (UIP Construction & Development) ou ao recrutamento (Talent Shift). Cada uma das unidades de negócio tem um responsável de marketing próprio, pelo que Sílvia Pereira de Castro (e a sua equipa) acaba por funcionar um pouco como “estratega e consultora“.

Sempre que uma equipa tem alguma dificuldade, fala comigo e resolvemos os problemas em conjunto. Sempre que percebo que não estamos a conseguir atingir um KPI ou que estamos com pouco pickup [número de reservas para um determinado período] nas unidades, por exemplo, eu atuo diretamente junto da pessoa responsável pelo marketing dessa unidade e alteramos, por exemplo, as estratégias das campanhas para investimos mais em conversão e menos em awareness“, exemplifica.

A nível global, Sílvia Pereira de Castro trabalha também no desenvolvimento do grupo UHM, nomeadamente na captação de investidores e de pessoas que queiram apostar no grupo para gerir os seus ativos e na presença em feiras internacionais, encontrando-se neste momento a negociar a presença do grupo numa feira em Hong Kong.

Na sua recente posição, Sílvia Pereira de Castro ambiciona ajudar a que a comunicação do UHM seja “muito clara, muito coerente, muito consistente, nunca esquecendo o propósito”. “Do ponto de vista de posicionamento da marca e branding, e olhando para os nossos concorrentes em Portugal, o posicionamento é diferente e conseguimos perceber isso pela forma como comunicamos, pelo nosso logótipo e pela nossa paleta de cores. É um posicionamento muito diferente, pois nos nossos ativos há sempre um sentido e um propósito, seja num segmento mais de luxo ou tecnológico, como acontece com o Yotel Porto, nada acontece ao acaso”.

O UHM conta assim com uma comunicação que “prima pela clareza, consistência e coerência” e com um posicionamento “mais premium e high-end, algo que Sílvia Pereira de Castro diz não ver os outros players do mercado a comunicar da mesma forma.

Mas cada uma das unidades tem o seu próprio plano de comunicação: “comunicamos de forma diferente em cada um dos ativos, porque as marcas assim o obrigam, temos brand guides, são formas de comunicar diferentes, e obviamente que tendo nós outros ativos, outras marcas, a comunicação também é diferente”.

Não obstante, o UHM também comunica do ponto de vista do grupo. “Temos sempre projetos a acontecer, e a UHM não comunica apenas e só a partir dos seus hotéis e unidades de negócio, comunica também do ponto de vista do grupo”, descreve.

Além de contar com o apoio, em Portugal, das agências WLP (comunicação), Devoteam (marketing digital) e Social Impact (marketing de influência), Sílvia Pereira de Castro tem cerca de 15 pessoas na sua equipa central, que supervisiona o trabalho das equipas do marketing nas diferentes unidades.

Mas, “à parte de todo o investimento e formação” que fez na área do marketing — nomeadamente com formações em instituições como a Universidade de Tóquio e de Berkeley — Sílvia Pereira de Castro aposta também bastante na área comportamental, através de coaching, investindo em si mesma “como pessoa e como líder”.

Acho que é muito importante uma pessoa nesta posição ter essas componentes de liderança, pois caso contrário pode ser um desastre. A partir do momento em que se gere pessoas, é muito importante que se tenha estas soft skills, para se conseguir liderar com propósito. Não é mandar fazer, é explicar à equipa o porquê de se fazer, como é que se vai fazer e o que é que se vai fazer efetivamente para se conseguir atingir os resultados“, afirma.

Isto também porque, no marketing, Sílvia Pereira de Castro “funciona muito por KPI” (key performance indicator). “Eu sou muito criteriosa quanto aos KPI, mas também sei o momento que eu tenho que cuidar das equipas e o momento em que posso começar a exigir. É muito bom ter este balanço e não ser só pedir, pois às tantas, as equipas começam a ficar cansadas. É preciso também conseguir ouvi-las e perceber o que precisam para que o seu dia a dia seja facilitado“, entende.

Isto é algo que a diretora de marketing considera que já está a acontecer “em catadupa” com a inteligência artificial (IA), numa altura em que se assiste a uma “evolução tecnológica muito grande que ajuda imenso a área do marketing, com processos de automatização que vêm ajudar muito as equipas”.

É preciso estar-se sempre atento àquilo que se passa no mercado, a nível nacional, europeu e mundial, para termos as ferramentas necessárias para conseguirmos fazer com que o dia a dia seja mais facilitado. ChatGPT ou Microsoft Pilot são ferramentas que uso já há algum tempo e precisamos de embutir mais estas ferramentas, não sermos avessos à tecnologia e à mudança, e em vez disso abraçá-la para que estas nos possam ajudar“, defende.

Nortenha, Sílvia Pereira de Castro nasceu em Braga e viveu até aos 18 anos em Ponte da Barca, tendo depois regressado à cidade onde nasceu para estudar e viver. Morou depois ainda em Viana de Castelo, Esposende e Moledo, um “sítio giríssimo para se viver”. Foi quando estava em Moledo que decidiu “dar o salto” e ir para sul, “um bocadinho em busca de trabalhar na área de hospitality” mas também do bom tempo e “ritmo menos acelerado” que existe no sul do país.

Tendo trocado o Minho pelo sul de Portugal em 2018, Sílvia Pereira de Castro comprou há dois anos um apartamento dentro de um hotel perto da praia Maria Luísa, num “pequenino ecossistema em Albufeira, que não parece Albufeira”, já que é uma zona “muito pacata e calma”.

No seu percurso, tem reparado que no mercado algarvio há poucas pessoas locais para trabalhar em áreas de gestão. “Noto esta tendência de pessoas que vêm de fora, do norte e de Lisboa, e pessoas que vêm até do Reino Unido e de outros países europeus, e que acabam por vir trabalhar para o Algarve e estabelecerem-se aqui“, diz.

A escolha pelo Algarve, deu-se então por este também ser um “meio mais calmo, tranquilo e rural”, uma vez que Sílvia Pereira de Castro gosta de se desviar de grandes centros e cidades, até porque é muito conectada com a natureza. Essa conexão vem já dos tempos de infância e juventude, uma vez que cresceu também num meio “mais rural”, em que a família sempre teve jardins e cultivos.

Mas sempre presente na sua memória está também o facto de os pais, “visionários na altura”, tenham sido “os principais motores” da sua mudança. “Enquanto criança, adolescente e jovem adulta, assistir aos meus pais e à forma como eles encaravam o seu trabalho, inspirou-me muito”, diz.

Muito do seu tempo livre é dedicado a fazer programas de coaching, de várias áreas, além de ler e procurar “perceber muita coisa”. “Acho que é a melhor forma de nós conseguirmos estar no nosso lugar no mundo e na nossa relação connosco próprios e com os outros. É um bocadinho por esta via de de estudar, de perceber os nossos padrões. Dedico muito tempo ao desenvolvimento pessoal“, aponta.

Faz também retiros de yoga e gosta de experimentar coisas novas, embora “de uma forma muito moderada e nunca muito radical”. Gosta também muito de desporto, de agarrar na prancha e ir fazer surf, mas também de jogar ténis, padel, voleibol, andebol, basquetebol ou fazer hiking.

As viagens, já fazem parte da sua vida desde a infância e adolescência, pelo que viaja ou faz “escapadinhas” sempre que pode”. “Seja num alojamento local, num Airbnb muito peculiar, numa grande cadeia de hotéis ou num hostel, gosto de manter a mente aberta e estar aberta também a experiências que são diferentes daquela que é o meu dia-a-dia. Quando vou para algum sítio, vou sempre em visita de estudo, sempre atenta a tudo“, revela.

Tudo aquilo que eu faço, faço com sentido de presença. Desenvolvi muito a minha escuta ativa e a minha presença e tudo o que faço, faço com intencionalidade. Esta perspetiva muito mindfulness que eu adquiri com o passar dos anos e com o estudo que fiz de coaching faz-me sentir muito grounded e leva-me a propagar isso mesmo, dando também estas ferramentas não só às pessoas que trabalham comigo, mas também àquelas com que me cruzo na vida pessoal” acrescenta.

Sílvia Pereira de Castro em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível nacional, “Começar de Novo”, da Vodafone (2021), uma campanha de sensibilização profundamente humana, emotiva e com propósito claro. Alertou-nos para uma realidade muitas vezes silenciada, lembrando-nos de que estamos sempre a tempo de ajudar o outro e de recomeçar.

Pensando no internacional, “Beleza Real”, da Dove (2004), há mais de 20 anos transformou branding em propósito, com consciência e coragem. Apelou à autoestima das consumidoras e à perceção de que a verdadeira beleza é aquela que é real.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Parar uma campanha com um excecional retorno de investimento.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

O detalhe, o bom gosto e o bom senso.

4 – O briefing ideal deve…

Responder a: “porquê”, “como” e “o quê”. Com foco e clareza.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Sonha connosco, desafia com coragem, propõe com alma.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar com inteligência.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Juntaria os melhores talentos, contaria histórias relevantes e com significado à volta do meu produto através do melhor storytelling e dos melhores conteúdos digitais — e faria todo mundo sentir.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Um talento imenso, a pedir maior diversificação de meios.

9 – Construção de marca é?

Coerência, relevância e emoção — em constante repetição.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seria empreendedora. Teria o meu próprio negócio ligado ao turismo de surf em Portugal.

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Deco quer novas regras para o marketing de influência

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

Apesar da "boa vontade" de iniciativas para sensibilizar os promotores para o cumprimento da lei, a Deco lembra que a publicidade não identificada "continua a ser uma constante".

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) pediu regras mais claras para o “marketing de influência”, nas redes sociais, alegando que a linha que separa simples conteúdos de conteúdos publicitários é cada vez mais ténue.

Em comunicado, a Deco considera necessário alterar o Código da Publicidade para melhor se adaptar a estas novas realidades e a diferentes formas de comunicar. “É urgente que se avance com um conjunto de restrições ao objeto da publicidade e a uma simplificação do regime processual“, refere a associação.

A Deco lembra que, nos últimos anos, com o crescimento da economia digital e das redes sociais, “o marketing de influência alterou definitivamente o paradigma da publicidade, sendo já considerado a forma mais eficaz de publicidade em linha”.

Apesar da “boa vontade” de iniciativas para sensibilizar os promotores para o cumprimento da lei em matéria de publicidade e promover boas práticas na comunicação comercial, a Deco lembra que a publicidade não identificada “continua a ser uma constante”, sendo muitas vezes difícil reconhecer quando se trata de conteúdos publicitários.

E dá exemplos de práticas comerciais comuns no marketing de influência que precisam de “mais atenção e limites claros”, como a publicidade dissimulada à promoção de procedimentos estéticos, suplementos alimentares ou planos de emagrecimento, com potencial de “influenciar negativamente públicos mais vulneráveis”.

Por isso, a Deco apela a uma densificação das regras e à introdução de novas proibições, para reforçar a transparência da publicidade nas plataformas digitais, facilitar a aplicação das regras e a sua fiscalização, protegendo os mais vulneráveis.

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