5 coisas que vão marcar o dia

Start Campus inaugura primeiro edifício do data center, em Sines. Lá fora, a Comissão Europeia negocia com Washington as tarifas alfandegárias anunciadas por Trump.

Entre os destaques desta sexta-feira está a inauguração do data center da Start Campus, em Sines, com a presença dos ministros da Economia, Pedro Reis, e das Infraestruturas e Habitação. Já lá fora, a Comissão Europeia inicia as negociações com Washington a propósito das tarifas alfandegárias anunciadas pela administração Trump. Prossegue a primeira cimeira entre os líderes da União Europeia e cinco países da Ásia Central.

Inaugurado data center em Sines

Os ministros da Economia, Pedro Reis, e das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, marcam presença na inauguração do primeiro edifício do data center da Start Campus, em Sines. Robert Dunn, CEO da Start Campus, também participa na iniciativa que inclui uma visita às instalações e a apresentação do projeto que posiciona Portugal como um hub tecnológico de referência na Europa.

Comissão Europeia negocia com Washington tarifas alfandegárias

O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, inicia esta sexta-feira conversações com os seus homólogos dos Estados Unidos a propósito das tarifas alfandegárias anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a aplicar sobre importações de produtos da União Europeia (UE). Nesta quarta-feira Trump anunciou novas tarifas de 20% a produtos importados da UE que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.

Como anda a economia por cá e na Europa

Esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga estatísticas do desporto. Lá fora, o Eurostat publica as contas setoriais com a atividade económica das famílias e empresas relativas ao quarto trimestre de 2024. O gabinete de estatística da União Europeia divulga ainda o índice de preços das importações industriais (IPI) referentes a fevereiro de 2025, além dos indicadores relativos às dormidas em alojamentos turísticos.

Divulgado relatório do emprego nos EUA

Esta sexta-feira são divulgados nos Estados Unidos os indicadores de emprego referentes a março deste ano. Em fevereiro os Estados Unidos criaram menos emprego do que o esperado pelos analistas e a taxa de desemprego subiu uma décima para 4,1%. E Jerome Powell tem prevsito um discurso, o primeiro depois de Donald Trump ter iniciado uma guerra comercial.

Cimeira entre União Europeia e Ásia Central

Prossegue esta sexta-feira a primeira cimeira entre os líderes da União Europeia e os cinco países da Ásia Central, numa iniciativa do presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, participam nesta iniciativa juntamente com líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Turquemenistão.

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“Falta crónica de recursos especializados” do IMT atrasa respostas a empresas

Procedimentos de recrutamento de trabalhadores para a área de veículos tem-se revelado insuficiente para suprir as necessidades, justifica o Ministério das Infraestruturas.

O IMT tem registado constrangimentos e atrasos nas respostas a empresas, que podem esperar meses pela conclusão dos processos, segundo denúncia feita pela Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), junto do grupo parlamentar do CDS-PP. O atraso é reconhecido pelo Governo, que assinala a “falta crónica” de recursos especializados do instituto.

O grupo parlamentar encabeçado por Paulo Núncio questionou o Ministério das Infraestruturas e Habitação sobre se tem conhecimento de que processos em atraso no IMT estão a dificultar a atividade económica no setor automóvel e quais as medidas que pretende tomar para que os procedimentos sejam realizados em tempo útil.

Em resposta aos deputados, o ministério tutelado por Miguel Pinto Luz indica conhecer a situação e estar a analisá-la junto do IMT, com vista à sua resolução. Contudo, justifica que “o IMT debate-se com uma falta crónica de recursos especializados”.

Não obstante os constantes procedimentos de recrutamento de trabalhadores para a área de veículos, o resultado dos mesmos tem-se revelado insuficiente para suprir as necessidades, continuando o IMT a lançar procedimentos de recrutamento e a estudar a possibilidade de estabelecer sinergias com entidades de referência na área das engenharias, em ordem a aumentar a capacidade instalada”, aponta.

O Governo garante, no entanto, que “o IMT está fortemente empenhado em reduzir os tempos de resposta em matéria de homologação e transformação de veículos, sem perder o rigor técnico exigido“, apelando ao “contributo das empresas, uma vez que ao longo do tempo constatou-se uma deficiente submissão de processos junto dos serviços do IMT”.

Explica ainda que outra medida com o intuito de melhorar a capacidade de resposta consiste num “processo de segmentação das pretensões relacionadas com a área de veículos, com o objetivo de distinguir aquelas que, pelo seu nível de complexidade, exigem análise técnica detalhada e especializada, das que não carecem dessa análise“.

A segmentação visa reorganizar os serviços do IMT, criando equipas especializadas para tratar pretensões mais complexas, promovendo a uniformização de procedimentos, a redução de pendências e o tempo médio para conclusão dos processos”, detalha.

Recorda ainda que desde 2023 foram transferidos para os Centros de Inspeção Técnica de Veículos (CITV) um conjunto de inspeções, estando a ser “reavaliado o conjunto de inspeções previstas para delegação nos CITV, priorizando as que têm maior impacto em termos de volume de trabalho e que proporcionem ganhos significativos para cidadãos e empresa“.

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Beneficio do IRS Jovem. Posso optar pela declaração automática?

Contribuintes que queiram beneficiar do IRS Jovem têm de o indicar no Modelo 3, pelo que não podem optar pela declaração automática. Regime a aplicar ainda é o desenhado por Governo anterior.

A campanha de IRS relativa aos rendimentos obtidos no ano passado já arrancou e há alguns cuidados a ter antes de avançar com a entrega da Modelo 3. Uma parte muito significativa dos contribuintes tem à disposição o IRS automático, mas quem quiser beneficiar do IRS Jovem (que alivia o imposto aplicado sobre os rendimentos) tem de optar pela entrega manual, esclarecem os fiscalistas ouvidos pelo ECO. Avisam também que as regras a aplicar nesta campanha ainda são as desenhadas pelo Governo anterior.

“Para usufruir do IRS Jovem referente aos rendimentos de 2024, é necessário submeter a declaração de IRS manualmente, pois o IRS automático não contempla este benefício”, sublinha Anabela Silva, partner da EY.

Também Rogério Fernandes Ferreira, managing partner da RFF Lawyers e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, garante que “o do IRS automático assume a opção pela não aplicação do regime do IRS Jovem“, pelo que “os contribuintes que pretendam beneficiar deste regime fiscal deverão optar pelo preenchimento manual da declaração de rendimentos”.

Por sua vez, Luís Leon, co-fundador da ILYA, recomenda que os jovens que queiram beneficiar deste regime devem optar pela declaração pré-preenchida, uma vez que, desta forma, muita da informação já constará da declaração anual.

Não podendo optar pelo IRS automático, os contribuintes que queiram ativar o IRS Jovem têm, então, de deixar clara essa intenção na Modelo 3. No caso de serem trabalhadores dependentes, tal deverá ser feito no anexo A (quadros 4A e 4F).

Como ativar IRS Jovem?

Trabalho dependente: anexo A, quadro 4A e 4F
Trabalho independente: anexo B, quadro 3E
Sócio de uma sociedade de profissionais abrangida pelo regime de transparência fiscal: anexo D, quadro 3C

O advogado José Pedroso de Melo, da Telles, explica que no quadro 4A, o contribuinte tem de indicar o código 417. Há também que preencher com o NIF da entidade pagadora, o montante de rendimentos, as retenções na fonte feitas em 2024 e as contribuições sociais realizadas no último ano.

Já no quadro 4F, o jovem tem de indicar o ciclo de estudos que foi concluído e o correspondendo nível de qualificação, a identificação fiscal do estabelecimento de ensino onde os estudos foram concluídos ou o código do país, salienta o advogado da Telles.

Por outro lado, se estiverem em causa rendimentos de trabalho independente, o quadro a preencher é o 3E do anexo B, no qual o contribuinte deve “fornecer informações sobre o ciclo de estudos concluído, incluindo o ano de conclusão, nível de habilitações e NIF do estabelecimento de ensino“, explica Anabela Silva.

Já no caso dos jovens que sejam sócios de uma sociedade de profissionais abrangida pelo regime de transparência fiscal, o anexo é a preencher é o D, especificamente o quadro 3C. Aí, o contribuinte deve indicar o ciclo de estudos concluído, incluindo o ano de conclusão, nível de habilitações e NIF do estabelecimento de ensino, observa a fiscalista da EY.

Ainda se aplicam regras do Governo de António Costa

O Governo de Luís Montenegro reviu as regras do IRS Jovem — prolongando e flexibilizando a medida –, mas o regime que será aplicado pela Autoridade Tributária neste acerto de contas (que é relativo aos rendimentos de 2024) ainda não será esse. Antes, serão aplicadas as regras desenhadas pelo Governo de António Costa.

“Na presente campanha de entrega de declarações, os contribuintes deverão declarar os rendimentos obtidos durante o ano de 2024, sendo esses os rendimentos sujeitos a tributação. O regime do IRS Jovem aplicável será, portanto, aquele que se encontrava em vigor durante o ano de 2024, o qual foi introduzido pelo anterior Governo. Já as alterações recentemente anunciadas pelo Governo liderado por Luís Montenegro apenas serão aplicáveis aos rendimentos auferidos no decurso deste ano, a declarar em 2026″, esclarece Rogério Fernandes Ferreira.

O regime do IRS Jovem aplicável será aquele que se encontrava em vigor durante o ano de 2024, o qual foi introduzido pelo anterior Governo.

Rogério Fernandes Ferreira

Managing partner da RFF Lawyers

Luís Leon e José Pedroso de Melo confirmam-no, frisando que o regime aplicável é o que estava em vigor em 2024. “O IRS jovem aprovado no Orçamento do Estado para 2025 aplica-se aos rendimentos a receber em 2025. Estará na declaração de IRS do ano que vem“, realça o primeiro.

“As alterações introduzidas pelo Governo de Luís Montenegro pelo Orçamento do Estado para 2025 apenas se vão refletir no IRS do ano de 2025, a entregar em 2026“, declara o segundo.

Deste modo, nesta campanha, o IRS Jovem aplica-se aos jovens dos 18 aos 26 anos, que tenham recebido rendimentos de categoria A ou B (trabalho dependente ou independente), que não entreguem a declaração com os pais — isto é, que não sejam considerados dependentes — e tenham concluído, pelo menos, o ensino secundário obtido por “percursos de dupla certificação ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional”.

No caso dos doutorados, há uma benesse, ressalva Anabela Silva. A idade máxima está fixada em 30 anos, me vez dos referidos 26 anos.

Importa explicar que, ao abrigo desta medida — que não está disponível para quem tenha beneficiado do regime dos residentes não habituais –, estão isentos de IRS 100% dos rendimentos no primeiro ano do regime, 75% no segundo ano, 50% no terceiro e quarto ano e 25% no quinto ano.

A opção pelo regime pode ser efetuada em qualquer dos cinco anos elegíveis, sendo, contudo, a percentagem de isenção e limite aplicados os que corresponderem ao ano do benefício em causa.

Novo regime já pode ter efeito no salário mensal

Ainda que não tenha ainda reflexo no IRS anual, o novo IRS Jovem pode já ser sentido pelos jovens, nos seus salários mensais. Isto porque o Governo definiu que os contribuintes podem pedir a aplicação das novas regras à retenção na fonte, e os empregadores não o podem negar, conforme escreveu o ECO.

Ao abrigo das novas condições de acesso, o IRS Jovem está disponível para jovens com até 35 anos, estando disponível por um período de dez anos de obtenção de rendimentos dependentes ou independentes. O beneficiário não pode, porém, entregar o IRS com os pais e também não pode ter beneficiado do regime dos residentes não habituais.

A isenção prevista, no âmbito deste novo regime, é de 100% do rendimento no primeiro ano, 75% do segundo ao quarto ano, 50% do quinto ao sétimo ano, e de 25% do oitavo ao décimo ano de aplicação do regime.

Há que ter atenção, porém, que descontar menos durante o ano significa ter um reembolso menor em 2026, no acerto de contas com o Fisco, ou arriscar mesmo ter de pagar à Autoridade Tributária no verão do próximo ano.

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Fundos europeus pagam mais 16 milhões para renovar frota da Transtejo

PT2020 financiou 10,75 milhões de euros da renovação da frota da TTSL e estações de carregamento, um valor revisto em alta. Agora o PT2030 apoia com mais 16,37 milhões e entram as baterias dos navios.

Os fundos europeus afinal vão pagar 27,12 milhões de euros para ajudar a Transtejo a renovar a sua frota de navios elétricos, comprar estações de carregamento e baterias. O Executivo decidiu que o Portugal 2030 também vai financiar este projeto, que já se iniciou em 2019. À fatura de 10,75 milhões de euros do PT2020, o quadro comunitário anterior, vão agora somar mais 16,37 milhões. E as baterias, que inicialmente iam ser apoiadas pelo Fundo Ambiental, agora também têm parte do financiamento assegurado no atual quadro comunitário de apoio.

A Comissão Interministerial de Coordenação do Portugal 2030 aprovou o faseamento do projeto de renovação da frota da TTSL – Transtejo Soflusa, já que “todas as condições de elegibilidade da União Europeia e do Estado-membro, relativas ao período de programação 2014-2020, aplicam-se à operação da segunda fase, no âmbito do período de programação 2021- 2027”.

Assim, o Portugal 2020, através do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) financiou 10,75 milhões de euros da renovação da frota e construção e compra de estações de carregamento. Um valor revisto em alta face aos 9,72 milhões previstos inicialmente.

E agora o Sustentável 2030 vai comparticipar este projeto com mais 16,37 milhões de euros, “tendo sido assegurada a não sobreposição de investimento e de financiamento, através de uma delimitação clara do período de elegibilidade de cada uma das operações”, garantiu ao ECO fonte oficial deste programa temático.

“A concretização da operação global, cofinanciada pelo POSEUR e pelo Sustentável 2030, consiste na aquisição de oito navios de propulsão elétrica para substituição de oito embarcações a diesel, aquisição dos sistemas de armazenamento de energia (baterias), bem como a construção e aquisição de equipamento para as cinco estações de carregamento”, explicou a mesma fonte.

Este investimento conta com uma taxa de comparticipação de 85% em ambos os programas temáticos. No caso dos navios, “a despesa elegível corresponde apenas à diferença entre o custo de aquisição da embarcação ‘limpa’ e de embarcação equivalente (do mesmo tipo e capacidade) com propulsão a diesel”, acrescentou fonte oficial do programa liderado por Helena Azevedo.

A opção de fasear este investimento prende-se com o facto de não ter sido possível “concluir a operação no período de programação do Portugal 2020, no âmbito do POSEUR, cuja data de elegibilidade terminou a 31 de dezembro de 2023″. E por isso foi aberto um Aviso convite no Sustentável 2030 para concluir a operação.

Este investimento, que permite assegurar as ligações entre as margens norte e sul do Tejo, “promovendo a mobilidade urbana multimodal sustentável na Área Metropolitana de Lisboa, como parte da transição para uma economia com zero emissões líquidas de carbono”, sofreu vários reveses. A TTSL comprou dez barcos elétricos, mas nove sem bateria. O objetivo era comprá-las à parte, com uma alteração contratual e com um ajuste direto. Mas o Tribunal de Contas não o permitiu e agora, as baterias vão ser também financiadas pelo Sustentável 2030 como confirmou ao ECO fonte oficial do programa temático e da TTSL. E o primeiro navio recebido, com bateria, chegou danificado. Pelo meio a administração da empresa apresentou a demissão.

No Orçamento do Estado para 2025 está previsto que a TTSL conclua, ao longo deste ano, “a execução do plano de renovação da sua frota, o qual inclui a aquisição de dez novos navios elétricos, a aquisição de nove packs de baterias para os equipar e a aquisição e construção de postos de carregamento”. Uma renovação que tem inscrito no OE2025 20 milhões de euros.

Mas neste projeto há ainda verbas do Fundo Ambiental para ajudar a financiar as baterias, que ascendem as 16 milhões de euros. Em causa estavam 6,8 milhões a serem assegurados pelo fundo.

Mas os montantes inscritos na Portaria de março de 2024 serão agora “atualizados com a atual calendarização/programação”, confirmaram ao ECO ambas as fontes.

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Países mais pobres estão entre os que vão pagar as tarifas mais elevadas aos EUA. Veja aqui a tabela interativa

Donald Trump impôs tarifas de 50% ao Lesoto e ao pequeno arquipélago de São Pedro e Miquelão, desafiando a sobrevivência económica de nações já em crise. Mas as incongruências não se ficam por aqui.

O presidente norte-americano voltou a surpreender o mundo com uma nova política de tarifas comerciais que promete alterar profundamente as relações económicas globais. Como ponto de partida, as importações dos EUA de todos os países serão alvo de pelo menos uma taxa base de 10% a partir de 5 de abril.

No entanto, há um conjunto de 86 países (em que se incluem os 27 Estados-membros da União Europeia) que foram alvos de taxas acima da taxa base, com as novas tarifas a entrarem em vigor a 9 de abril.

Entre os países mais penalizados pelas tarifas de reciprocidade de Donald Trump estão, de forma surpreendente, o Lesoto e São Pedro e Miquelão, dois territórios pequenos e pouco conhecidos, mas que agora enfrentam tarifas de 50% sobre as suas exportações para os EUA — apenas superados pela China, que apesar de ter uma taxa de reciprocidade de 34%, tem uma taxa global de 54% por conta de tarifas anteriormente adicionadas.

Este movimento, justificado pela Casa Branca como uma resposta “recíproca” às tarifas impostas por esses países sobre produtos americanos, levanta questões sobre a lógica e a eficácia desta abordagem. O economista Jeffrey Sachs chegou mesmo a classificar o plano de Trump como “infantil” e “bizarro”, vaticinado que “irá destruir a economia dos EUA”.

O Lesoto, um país africano rodeado em todas as suas fronteiras pela África do Sul e com uma população de apenas 2,3 milhões de habitantes, viu-se no centro das atenções após Trump anunciar que aplicaria a tarifa mais alta de todas: 50% sobre as suas exportações.

Este país tem uma economia altamente dependente do comércio com os EUA, sendo o segundo maior parceiro comercial do Lesoto depois da África do Sul. Em 2024, os EUA importaram 237 milhões de dólares em bens provenientes de Lesoto, enquanto as exportações americanas para o país totalizaram apenas 2,8 milhões de dólares, criando um défice comercial de 234 milhões de dólares, referem os dados do Departamento

As principais exportações de Lesoto incluem diamantes e têxteis, como as calças de ganga da Levi’s e da Wrangler, produtos que representam mais de 10% do PIB do país. Estas exportações eram facilitadas pelo African Growth and Opportunity Act (AGOA), um acordo que permitia a entrada preferencial de bens africanos nos EUA. No entanto, as novas tarifas marcam o fim prático deste acordo, colocando em risco milhares de empregos em fábricas têxteis no país.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir a tabela.

As incongruências das tarifas de Trump

São Pedro e Miquelão, um território ultramarino francês situado ao largo da costa canadiana, também foi atingido pela tarifa máxima de 50%. Com uma população de cerca de apenas 6 mil pessoas e uma economia baseada na pesca e no processamento de crustáceos, este arquipélago exportou apenas 3,4 milhões de dólares em bens para os EUA em 2024, segundo dados oficiais dos EUA. Por outro lado, importou apenas 100 mil dólares em produtos norte-americanos.

A aplicação de uma tarifa de 50% sobre os bens importados deste pequeno arquipélago parece desproporcional quando comparada com o volume reduzido de comércio entre os dois países. Além disso, São Pedro e Miquelão já enfrenta desafios económicos devido a disputas sobre quotas de pesca com o Canadá, fazendo com que esta situação ameace agravar ainda mais a situação económica local.

Outro ponto que gera alguma perplexidade é a disparidade nas tarifas aplicadas a Israel e ao Irão. Apesar das tensões políticas entre os EUA e o Irão, as tarifas sobre bens iranianos foram fixadas em “apenas” 10% – taxa base comum a todos os países –, enquanto Israel enfrenta uma taxa de 17%. Este contraste é particularmente surpreendente dado que Israel eliminou recentemente todas as tarifas sobre produtos norte-americanos numa tentativa de apaziguar Trump.

Enquanto alguns analistas defendem que estas tarifas visam proteger os interesses económicos dos EUA, outros alertam para os impactos negativos tanto para os consumidores americanos quanto para os países afetados.

A fórmula utilizada para calcular as tarifas também tem sido alvo de críticas. Nos casos de Lesoto e São Pedro e Miquelão, foi aplicada uma lógica que penaliza países com baixos volumes de importação dos EUA. Este método não só parece arbitrário como ignora dinâmicas económicas mais complexas.

Há também um conjunto de países em que, apesar de os EUA terem um excedente comercial, foram alvo de taxas acima dos 10%. É o caso de vários países europeus, como os Países Baixos, Bélgica e Espanha, que foram colocados no pacote da União Europeia que foi sujeita a uma taxa de 20%.

As novas tarifas comerciais impostas por Trump revelam um mar de incongruências que podem surgir quando decisões económicas são tomadas com base em critérios simplistas ou políticos.

Países com pequenas economias como Lesoto e São Pedro e Miquelão, mas também como Laos, Guiana, Madagáscar (um dos 10 países mais pobres do mundo) e até as Ilhas Falkland estão agora sob forte pressão económica devido a medidas que parecem desproporcionais face à sua relevância na balança comercial dos EUA e face ao seu nível de desenvolvimento.

Além disso, a disparidade nas taxas aplicadas ao Irão e a Israel levanta questões sobre a consistência da política externa americana. Enquanto alguns analistas defendem que estas tarifas visam proteger os interesses económicos dos EUA, outros alertam para os impactos negativos tanto para os consumidores americanos quanto para os países afetados. No final das contas, esta política pode acabar por prejudicar mais do que beneficiar os EUA, minando décadas de cooperação internacional baseada em regras claras e previsíveis.

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Três em cada dez empregos portugueses em risco de “colapso” por causa da tecnologia

Estudo da FFMS estima que 29% dos empregos portugueses têm alta exposição aos efeitos destrutivos (automação) e baixa exposição a efeitos transformativos da tecnologia. Estão em risco de "colapso".

Quase 30% dos trabalhadores em Portugal estão em profissões em risco de colapso, isto é, em empregos “seriamente ameaçados” pela automação e com reduzidas possibilidades de aproveitarem o potencial da inteligência artificial (IA). Em causa estão, por exemplo, trabalhadores relacionados com vendas, empregados de mesa e bar e operadores de máquinas para o fabrico de têxteis, identifica um novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que apela à formação dos trabalhadores.

Com base nos números dos Quadros de Pessoal, e numa altura em que a digitalização já está a transformar o mercado de trabalho, a Fundação Francisco Manuel dos Santos decidiu analisar que empregos estão mais expostos aos efeitos (positivos e negativos) da tecnologia, reconhecendo que, com esse conhecimento, será possível “desenhar estratégias concretas para aproveitar os benefícios e reduzir os impactos negativos da mudança tecnológica“.

No que diz respeito aos efeitos destrutivos, os investigadores consideram a substituição de tarefas anteriormente realizadas por humanos por ferramentas tecnológicas.

Já por efeitos transformativos entendem-se aplicações de IA que “complementam, aumentam e transformam o trabalho humano, tornando-o mais produtivo”.

Com base nestas definições, o novo estudo divide, então, o emprego total registado em Portugal em quatro grandes terrenos: profissões em ascensão (alta exposição a efeitos transformativos e baixa a efeitos destrutivos), profissões em colapso (baixa exposição a efeitos transformativos e alta a efeitos destrutivos), terreno dos humanos (baixa exposição tanto a uns como a outros) e terreno das máquinas (alta exposição tanto a uns como a outros).

Ora, nas tais profissões em colapso — que “correm sérios risco de extinção, dada a sua vulnerabilidade à disrupção tecnológica”, avisa a FFMS — encontram-se 28,8% dos empregados em Portugal.

Pior, uma das profissões que está nessa categoria — e, portanto, fortemente ameaçada — é uma das mais comuns em Portugal: em causa estão os trabalhadores relacionados com vendas (corresponde a 5,3% do emprego do país). “Tal evidencia a dimensão do problema“, sublinham os autores do estudo.

Mais, das dez profissões com mais empregados em Portugal, três estão “em colapso” (além da já referida, destacam-se as “outras profissões elementares”, que abrangem 3,5% dos empregos, e os empregados de mesa e bar, que cobrem 2,5% dos postos de trabalho).

Além destas, estão também “em colapso” (ainda que tenham menor peso no mercado de trabalho), os operadores de máquinas para fabrico de produtos têxteis, de pelo com pelo e couro, os trabalhadores de chapas metálicas, os trabalhadores qualificados de transformação de alimentos, os cozinheiros, e os operadores de caixa e venda de bilhetes.

O estudo da FFMS alerta que os trabalhadores das profissões em colapso recebem, em média, rendimentos de trabalho mais baixos do que os demais empregados e têm, regra geral, poucas qualificações (só 5,4% têm o ensino superior concluído). “Encontram-se, portanto, numa posição mais vulnerável em caso de desemprego ou de emprego precário“, assinalam os autores.

E recomendam que os decisores políticos acautelem já um cenário de pressão adicional sobre o sistema de Segurança Social, bem como considerar a implementação de políticas ativas, “com objetivos como a requalificação dos trabalhadores e desempregados” e a reinserção de desempregos no mercado de trabalho.

“É importante fazer notar que também os empregadores devem assumir um papel importante na requalificação das suas forças de trabalho, com programas internos de formação e aquisição de qualificações e competências”, lê-se ainda no estudo.

A notícia menos má é que os esforços de requalificação destes trabalhadores “podem não ser especialmente exigentes”, uma vez que as competências exigidas pelas profissões em colapso são próximas daquelas exigidas nalguns empregos que estão no terreno dos humanos (baixa exposição aos efeitos destrutivos e transformativos da tecnologia), o que “poderá facilitar a transição dos trabalhadores”.

Profissões em ascensão abrangem menos de um quarto do emprego

Na transformação em curso no mercado de trabalho, quem sairá a “ganhar” mais deverão ser os trabalhadores nas profissões em ascensão, mas menos de um quarto dos empregados portugueses estão em funções que se enquadrem nessa categoria.

Em causa estão empregos que estão posicionados para desfrutar dos efeitos transformativos da inteligência artificial, ao mesmo tempo que estão potencialmente protegidos dos efeitos destrutivos da automação, pelo que poderão ter um “papel crucial no crescimento económico“, explica o novo estudo da FFMS, que avança que 22,5% dos empregos em Portugal estão nesse terreno.

Nesta categoria, estão, por exemplo, os analistas e programadores de software, web e aplicações, mas também os administrativos e secretários especializados, especialistas em finanças e contabilidade e médicos.

Quase um quarto da força de trabalho encontra-se no terreno das profissões em ascensão, posicionada para desfrutar dos efeitos transformativos da IA, e potencialmente protegida dos efeitos destrutivos da automação.

FFMS

Importa destacar que, entre as dez profissões com maior peso no emprego em Portugal (ver tabela acima), não há nenhuma em ascensão, ainda que sejam estes os empregos que poderão ajudar Portugal a ser mais produtivo e a crescer mais depressa.

“A nossa análise revela que algumas das competências particularmente importantes para as profissões em ascensão se prendem com as capacidades de trabalhar em conjunto com outros, comunicar, resolver problemas, criar e partilhar conhecimento, bem como com capacidades para recolher, organizar e analisar informação para fazer estudos, avaliações e previsões que informem a tomada de decisões, e ainda com competências de gestão”, detalha a fundação.

Ou seja, apesar da importância transversal das competências digitais, estas não são “especialmente essenciais” para as profissões que mais deverão beneficiar da transformação do mercado de trabalho, “à medida que as ferramentas de IA se difundem e assumem formas de utilização mais intuitivas e menos técnicas”.

Assim, os programas de formação não devem focar-se apenas nas competências mais técnicas. Antes, devem ser desenhados com foco “no desenvolvimento e aprofundamento de competências associadas ao trabalho interpessoal e colaborativo e à análise de informação diversa”, é recomendado.

Numa perspetiva de mais longo prazo, também os currículos do ensino escolar devem ser repensados, por forma a dotarem as próximas gerações com as aptidões necessárias num mundo em que a IA abranja todas as atividades.

FFMS

Os autores aconselham, além disso, a repensar os próprios currículos do ensino escolar, de modo a “dotarem as próximas gerações com as aptidões necessárias num mundo em que a IA abranja todas as atividades, acompanhando a evolução das
exigências do mercado de trabalho.

“É importante promover parcerias entre instituições educativas e indústrias, com vista a garantir que os programas de formação profissional estejam alinhados com as necessidades atuais e futuras do mercado”, salienta ainda o estudo.

“Terreno dos humanos” é o mais representativo

Entre os vários empregos que compõem o mercado de trabalho nacional, as profissões que estão no terreno dos humanos são as mais comuns.

Abrangem 35,7% do emprego no país, incluindo, por exemplo, a trabalhadores de limpeza em casas particulares, hotéis e escritórios (3,8% do emprego), vendedores em lojas (3,1% do emprego), trabalhadores qualificados da construção das estruturas básicas e similares (3,0%) e trabalhadores de cuidados pessoais nos serviços de saúde (2,6%).

Estes são empregos que correm baixo risco de automação, mas também não têm potencial para serem alavancados pela inteligência artificial, realça o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Empregados de escritório sob ameaça

Por outro lado, 12,9% dos empregados estão no “terreno das máquinas”, isto é, estão altamente expostos aos efeitos destrutivos, mas também aos efeitos transformativos, o que significa que poderá haver ganhos de produtividade nestas funções com a adoção de tecnologia.

No top três das profissões com maior expressão em Portugal, uma está neste terreno das máquinas. Tratam-se dos empregados de escritório em geral, que correspondem hoje a 3,7% dos trabalhos no país. No terreno das máquinas, estão também empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes, bem como o pessoal de receção e de informação a clientes.

“Para que estes efeitos se concretizem, é necessário que a adoção da IA, nas suas várias vertentes, se faça a um ritmo acelerado. Existe espaço para a criação de incentivos à adoção da IA por parte das empresas“, lê-se na análise da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Esses incentivos, defendem os autores, devem ir além dos tradicionais apoios (subsídios e benefícios fiscais), ponderando-se eventualmente a “concessão de apoios à aquisição de competências de utilização destas tecnologias por parte dos trabalhadores“.

Lisboa com quase um terço do emprego em profissões em ascensão

No que diz respeito a cada um destes quatro terrenos de digitalização, há diferenças significativas entre as várias regiões do país. Por exemplo, no que diz respeito às profissões em ascensão, quase 33% do emprego em Lisboa encaixa-se nesta categoria e quase 26% no Porto. Destaque ainda para Coimbra (25,6%) e para Vila Real (25,8%).

Por outro, quanto às profissões em colapso, em Lisboa só 27% do emprego tem estas características, o que contrasta com Braga (45,6%), Aveiro (44,8%) e Viseu (41,2%).

“Por outro lado, os distritos do interior apresentam baixa exposição tanto aos efeitos transformativos quanto aos efeitos destrutivos da digitalização, o que se traduz em proporções consideráveis do emprego no terreno dos humanos”, observam os autores.

Perante esta “diversidade de níveis de exposição”, recomendam que as políticas tomem em consideração as especificidades das economias locais. “Poderá também ser útil investir no estabelecimento de polos de tecnologia ou incubadoras em regiões vulneráveis, para estimular a criação de postos de trabalho em setores emergentes”, indicam os especialistas.

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Filipe Araújo faz queixa-crime contra deputado municipal do PSD/Porto Rodrigo Passos

  • Lusa
  • 3 Abril 2025

O vice-presidente da Câmara do Porto avançou com uma queixa-crime contra o deputado do PSD Rodrigo Passos, na sequência das declarações deste na Assembleia Municipal sobre a Associação Porto Digital.

“Instruí o meu advogado para avançar com a competente queixa-crime”, pode ler-se num comunicado enviado às redações, a título pessoal, pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, em que afirma não se conformar com um ataque “vergonhoso” de que foi alvo na Assembleia Municipal de segunda-feira, envolvendo a Associação Porto Digital.

Para Filipe Araújo, “a política deve pautar-se pelo respeito, pela elevação e pelo compromisso com a verdade”, adiantando que não se deixará “nunca condicionar”, seguindo princípios de “transparência, rigor e serviço público”.

“Não cedo a ameaças, a calúnias, nem a falsos testemunhos. Na política não pode valer tudo”, vincou.

Na sessão, disponível em vídeo na Internet, o eleito do PSD Rodrigo Passos referiu-se a três contratos da Associação Porto Digital, “da qual a Câmara do Porto é sócia maioritária e que é presidida por Filipe Araújo”, considerando que geram dúvidas sobre se “existem dinheiros municipais a ser, porventura, canalizados para propaganda eleitoral, ainda para mais considerando as pessoas envolvidas na associação”.

Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do PortoScaleUp Porto

Na Assembleia Municipal, Araújo acusou o deputado do PSD de “prestar serviços” a alguém.

“Uma intervenção reles. O senhor deputado não tem categoria para estar sentado onde está. O senhor cale-se quando eu estiver a falar. Não me dirige a palavra assim, mantenha-se calminho. Se tem dúvidas, foi eleito, ponha as dúvidas e será esclarecido. A maior parte das insinuações que aqui fez, sabe a resposta. Uma intervenção indecorosa. Se vem aqui prestar serviço a alguém, ponha essa pessoa a falar comigo, não venha aqui prestar serviços”, respondeu o vice-presidente da autarquia.

Esta quinta-feira, Filipe Araújo considerou que a intervenção de Rodrigo Passos na segunda-feira foi “pejada de imputações e insinuações, produzidas completamente a despropósito e à revelia da ordem de trabalhos estabelecida para a referida Assembleia”.

Para o autarca, as afirmações do deputado do PSD/Porto configuraram “um vil ataque ‘ad hominem’, concebido com o único propósito de aviltar e lançar as mais abjetas dúvidas e suspeitas, por absolutamente infundadas”, ferindo a sua “honra e consideração” e atentando contra o seu “bom nome”.

Não cedo a ameaças, a calúnias, nem a falsos testemunhos. Na política não pode valer tudo..

Filipe Araújo

Vice-presidente da Câmara Municipal do Porto

Em consequência, diz que causaram “danos e prejuízos” para a sua vida “pessoal, familiar e profissional“.

“Foi claro que o deputado municipal do PSD não teve qualquer intenção de esclarecer ou ser esclarecido, servindo-se, apenas, do seu espaço de intervenção, para fazer um ataque ao meu caráter e à conduta do executivo municipal”, entende o vice-presidente do executivo liderado por Rui Moreira (independente).

Filipe Araújo disse ainda ter enviado na quarta-feira ao presidente da autarquia “toda a informação sobre contratos de comunicação e marketing da Associação Porto Digital através de um relatório circunstanciado sobre o assunto”, bem como aos vereadores e líderes dos grupos municipais.

Na terça-feira, Rodrigo Passos revelou que iria pedir uma auditoria a contratos da Porto Digital para saber se foram usados para “propaganda” do vice-presidente da câmara, Filipe Araújo, que lamentou o “ataque de caráter”.

“Nos próximos dias farei chegar um requerimento à câmara a formalizar a auditoria”, disse à Lusa o deputado Rodrigo Passos, sem querer acrescentar mais dados à intervenção feita na Assembleia Municipal [AM] do Porto de segunda-feira, que Filipe Araújo classificou de “reles” e “indecorosa”.

Rodrigo Passos indicou três contratos da associação, que totalizam mais de 110 mil euros, com a LPM, Comunicação, a Marquinista e a Freitas e Próspero, questionando “se é natural e razoável uma assessoria tão intensa e mediática para uma associação onde nunca existiu um investimento deste nível no passado”.

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Tarifas de Trump derrubam Wall Street com estrondo. Nasdaq tomba 6%

  • ECO
  • 3 Abril 2025

Muro tarifário nos EUA desmorona-se sobre Wall Street. Nasdaq cai 6%, empurrado pelas quedas dos títulos das Sete Magníficas. Mas Trump acredita num "boom" dos mercados.

As principais bolsas nova-iorquinas vergaram com a guerra comercial iniciada por Donald Trump, que na noite anterior – já depois do fecho de Wall Street – anunciou as tarifas para (quase) todos os países do mundo, incluindo 20% para os produtos importados da União Europeia.

Na sessão desta quinta-feira, o índice de referência S&P 500 perdeu 4,84%, para os 5.396,61 pontos, no pior dia em cinco anos. Já o industrial Dow Jones caiu 3,98% ou 1.679 pontos, para os 40.545,93 pontos. O tecnológico Nasdaq, o mais castigado, tombou 5,97% ou 1.050 pontos, para os 16.550,61 pontos.

Apesar do tombo de Wall Street ao longo do dia, o presidente dos EUA disse, esta quinta-feira, que a sua estratégia comercial estava a “correr muito bem”. E acredita num “boom” dos mercados. “As ações vão prosperar, o país vai prosperar”, prevê.

A pesar no Nasdaq estiveram as perdas, substanciais, das grandes tecnológicas, que viram evaporar cerca de 800 mil milhões de dólares em capitalização bolsista. As ações da Apple, por exemplo, afundaram 9,25%, para o pior dia em bolsa desde março de 2020. A empresa, liderada por Tim Cook, produz o iPhone em vários centros fora dos EUA que, assim, fica sujeito a direitos aduaneiros ao entrar no mercado norte-americano.

A Amazon e a Nvidia também caíram 8,98% e 7,81%, respetivamente, enquanto a dona do facebook (Meta) e Tesla perderam 8,96% e 5,47%. A Alphabet (dona do Google) também perdeu 3,92% e a Microsoft cedeu 2,36%.

Também a Nike – com forte produção no Vietname, país sujeito a tarifas de 46% – e a retalhista Target saíram muito afetadas ao resvalar 14,46% e 10,9%.

Na frente económica, a maior economia do mundo teve mais um sinal de abrandamento. A atividade do setor dos serviços desacelerou em março mais que o antecipado pelos analistas. O PMI caiu para 50,8 pontos no mês passado face à leitura de 53,5 em fevereiro e o emprego no setor passou para território de contração pela primeira vez em seis meses – menos 7,7 pontos, para 46,2.

Os investidores aguardam, com expectativa, a posição da Reserva Federal uma vez que o presidente da instituição, Jerome Powell, tem marcado um discurso para esta sexta-feira logo após a divulgação do relatório sobre a evolução do emprego em março nos EUA.

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+M

Plataforma de venda em segunda mão da Ikea já está disponível em Portugal

  • + M
  • 3 Abril 2025

A plataforma está disponível de forma gratuita para os portugueses membros Ikea Family. Os vendedores que escolherem a opção de receber o pagamento em cartão Ikea recebem 15% extra do valor da venda.

A Ikea já disponibilizou em Portugal o “Ikea Preowned”, o primeiro market place da marca que permite a qualquer pessoa vender e comprar produtos da marca em segunda mão.

A iniciativa pretende responder a uma tendência global que aponta para que 10% do mercado de mobiliário para a casa já seja transacionado em segunda mão. Além disso, 52% das pessoas dizem comprar este tipo de artigos com frequência, sobretudo para poupar, mas também para prolongar a vida dos produtos, aponta a marca de origem sueca, citando dados da Statista.

“Os números em Portugal são claros, mais de 10% do mobiliário vendido e comprado em segunda mão em Portugal já é Ikea. Com a Ikea preowned, estamos a proporcionar aos nossos clientes uma plataforma ágil, intuitiva e segura, que permite não só aceder aos nossos produtos a um preço ainda mais acessível, como prolongar o seu ciclo de vida”, diz Maria João Franco, digital portfolio & deployment leader da Ikea Portugal, citada em comunicado.

“Fizemos um lançamento interno com os nossos colaboradores, e desafiámo-los a colocarem os seus próprios produtos para venda na plataforma, de forma a testarmos todas as funcionalidades e todos os processos. O feedback foi muito positivo, e estamos muito entusiasmados para perceber nas próximas semanas como vai responder o resto do país”, acrescenta.

Já Mercedes Gutierrez, new business & innovation area manager da Ikea a nível global, começa por referir que “o crescente interesse por mobiliário em segunda mão e a crescente procura por soluções de habitação acessíveis refletem uma mudança significativa na forma como as pessoas mobilam as suas casas”.

“Na Ikea, vemos isto como uma oportunidade. Entramos em Portugal com muito otimismo, e pretendemos tornar as compras de segunda mão mais acessíveis, fluidas e integradas na nossa experiência do cliente. Embora já existam players fortes neste setor, a Ikea traz uma vantagem única através dos seus pontos de contacto globais, do seu profundo conhecimento de produto e do seu compromisso de longa data com a acessibilidade e a durabilidade do design”, afirma.

Quando começou a testar a plataforma em Espanha e na Noruega em novembro passado, a Ikea mostrava ambição de lançar a mesma em Portugal até agosto, tendo conseguido antecipar esse lançamento. A plataforma está agora disponível gratuitamente para membros Ikea Family e “inclui funcionalidades que tornam a experiência do utilizador ainda mais fácil, como recomendação automática de preços (que o cliente pode ajustar de acordo com o pretendido), fotografias profissionais e medidas exatas do produto”, explica-se em nota de imprensa.

Cada anúncio inclui descrições detalhadas dos produtos, guias de montagem e instruções de manutenção. Os vendedores que escolherem a opção de receber o pagamento em cartão reembolso Ikea recebem 15% extra do valor da venda.

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Portugueses apontam crise a Montenegro, mas PS quis mais eleições

  • ECO
  • 3 Abril 2025

Portugueses inquiridos numa sondagem da Universidade Católica apontam Montenegro como sendo o maior responsável pela crise. Ainda assim, consideram que foi o PS que mais quis ir a eleições.

Uma sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1 mostra que os portugueses apontam o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a Aliança Democrática (PSD/CDS) como os principais responsáveis pela crise política, apesar de considerarem que o PS foi o partido que mais quis eleições, noticia esta quinta-feira o jornal Público.

Mais de metade dos eleitores inquiridos (51%) indicou “Luís Montenegro”, “o primeiro-ministro”, a “Aliança Democrática” ou “o PSD” quando interpelado sobre quem consideram ter sido o maior responsável por esta crise política.

Esta sondagem, que foi realizada entre 16 e 27 de março, mostra ainda que 46% dos eleitores inquiridos entendem que a melhor solução teria sido a demissão de Luís Montenegro e a nomeação de outro primeiro-ministro da área do PSD.

Ainda assim, 45% concordam com a dissolução da Assembleia da República e convocação de novas eleições legislativas. Esta sondagem coloca ainda a coligação AD e o PS em empate técnico.

O inquérito, que envolveu 1.206 respostas válidas entre 4.177 pessoas contactadas, foi realizado entre os dias 17 e 26 de março de 2025. Do universo, 43% dos inquiridos são mulheres. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1.206 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.

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Parques de Sintra estima queda de 98 mil árvores

  • Lusa
  • 3 Abril 2025

"O grande grau de devastação deve-se à pluviosidade" nas semanas que antecederam a depressão Martinho, indica a Parques de Sintra.

A depressão Martinho provocou a queda de 98 mil árvores e afetou 280 hectares dos cerca de mil sob gestão da Parques de Sintra, no perímetro florestal da serra, avançou esta quinta-feira fonte oficial da empresa.

“Fizemos um primeiro diagnóstico para garantir o acesso das nossas equipas ao espaço em segurança e, neste momento, dos mil hectares que estão sob gestão da Parques de Sintra, cerca de 280 foram afetados pelo temporal Martinho”, afirmou Sofia Cruz, presidente da sociedade de capitais públicos, em declarações à Lusa.

A responsável acrescentou que, destes 280 hectares (ha), cerca de 89 ha “estão severamente afetados pelo temporal, o que significa que há árvores sobrepostas umas sobre as outras, o que vai dificultar a sua recolha”.

“Esta é a parte não visível da nossa operação. São mil hectares, com alguma geografia muito acidentada e, portanto, numa primeira etapa foi exatamente verificar o edificado, ver que não haveria danos severos nos palácios, garantir e desobstruir estradas de acesso aos nossos portões de serviço em segurança, aos nossos funcionários e às entidades externas que nos estão a ajudar a fazer esta primeira recolha”, salientou Sofia Cruz.

Em comunicado, a Parques de Sintra-Monte da Lua referiu que “o mapeamento detalhado, realizado através de ‘drones’ [veículo aéreo não tripulado] e inspeções no terreno, identificou cerca de 200 hectares de floresta severamente afetados, dos quais 89 hectares registam danos muito graves, totalizando cerca de 93 mil árvores derrubadas”.

“Nas matas e tapadas, especialmente as de Monserrate e de D. Fernando II, registou-se a queda adicional de mais cinco mil árvores em 80 ha”, acrescentou a sociedade que gere os monumentos e parques da Serra de Sintra.

Nas semanas anteriores à depressão Martinho, a Serra de Sintra registou elevados níveis de precipitação, originando a saturação dos solos e, na noite de 19 para 20 de março, registou-se chuva intensa e ventos fortes, com rajadas que chegaram aos 169 quilómetros/hora no Cabo da Roca.

A invulgar direção dos ventos, oriundos predominantemente de sul, contribuiu decisivamente para a magnitude dos estragos. Adicionalmente, a própria morfologia dos vales da serra” intensificou “os efeitos devastadores destes ventos excecionalmente fortes”, lê-se na nota.

A combinação de elevados níveis de precipitação em fevereiro e março, solos com elevados níveis de saturação de água e árvores com raízes pouco profundas, associados à condição do vento, “levaram ao derrube das cerca de 98 mil árvores de diversas espécies” no perímetro florestal de Sintra.

“O grande grau de devastação deve-se à pluviosidade” nas semanas que antecederam a depressão Martinho, salientou Sofia Cruz, notando que, com “ventos na ordem dos 120 quilómetros” numa vertente não muito habitual, de sul, que atingiram até cerca de 170 km/h no Cabo da Roca, “as raízes ficaram instáveis” e “é difícil que alguma coisa fique de pé”.

Além das zonas a sul do Parque da Pena, mais expostas ao vento, o Castelo dos Mouros também foi severamente afetado, bem como o Convento dos Capuchos”, com danos principalmente no arvoredo, mas igualmente em “muros e taludes”. Entre as ações estão a limpeza urgente das árvores caídas, a estabilização de muros, taludes e estradas que ficaram seriamente comprometidos, bem como uma avaliação rigorosa dos riscos e dos danos sofridos.

“Neste momento, dois lotes que correspondem a uma área de 89 hectares estão classificados como prioritários, estando já a ser alvo de intervenções urgentes” e, até ao início do período crítico de incêndios, “dentro de três meses, decorrerão operações intensivas de remoção das árvores derrubadas e recuperação das condições de segurança nestes dois lotes”, adiantou a sociedade.

Este processo, que exigiu um investimento inicial imediato de 300 mil euros, terá de ser interrompido durante o período crítico por imposição legal, sendo retomado em setembro e concluído até ao final do ano, tendo sido identificados outros oito lotes, correspondendo a 113 hectares, com diferentes níveis de prioridade.

Esta intervenção, que implicará um investimento estimado em 1,2 milhões de euros, começará “no segundo semestre deste ano e deverá prolongar-se durante os próximos dois anos”, apontou a empresa.

A Parques de Sintra referiu que, paralelamente, está já “a desenvolver um plano detalhado que visa mitigar os efeitos erosivos provocados por este fenómeno e promover a rearborização das áreas afetadas”, com prioridade para “a plantação de espécies autóctones, estratégias para manter a estabilização do solo, recuperação da cobertura vegetal, manutenção do equilíbrio hídrico e restabelecimento dos ‘habitats’ naturais”, assegurando maior “resiliência da floresta face a futuros eventos extremos”.

A avaliação do risco e necessidades de investimento no património construído, provocados pelo temporal, nomeadamente em muros, taludes e edifícios, identificou “12 intervenções urgentes, algumas delas já a decorrer, que implicam um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros”.

No caminho entre os Capuchos e a Azóia, a Lusa constatou o trabalho em curso para desimpedir a estrada e o amontoado de árvores, por baixo do Monge, neste caso maioritariamente acácias, fustigadas pelo vento e deitadas ao chão como peças do jogo “mikado”, como notou um técnico florestal da Parques de Sintra.

Após o cruzamento da Peninha, uma grande sequoia tombou na berma da estrada para o interior do perímetro florestal, expondo as raízes, e mais adiante o parque das merendas de Adrenunes ficou totalmente destruído, debaixo de arvoredo de grande porte, incluindo uma tuia, que tombou a partir da beira da estrada.

Entre as espécies afetadas estão acácias, eucaliptos, pitósporos, ciprestes, pinheiros sequoias ou carvalhos, mas até ao momento não foram encontrados vestígios de espécies animais diretamente afetadas pelo mau tempo.

“Eu sei que as pessoas esperavam uma rápida resposta, mas a nossa prioridade foi sempre abrir em segurança para trabalhadores, para visitantes” e só depois “continuar este trabalho que nos vai dar bastante tempo a concluir”, resumiu Sofia Cruz, prevendo que no dia 08 reabram “mais algumas áreas do Parque da Pena, do Castelo dos Mouros e do Convento dos Capuchos”.

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McDonald’s lança campanha e box em parceria com “Um Filme Minecraft”

  • + M
  • 3 Abril 2025

A McDonald’s Portugal apresenta também iniciativas destinadas aos fãs da marca e do universo Minecraft, como a personalização de um restaurante ou o lançamento da Box “Um Filme Minecraft”.

A nova campanha da McDonald’s assinala a estreia global de “Um Filme Minecraft, com o universo do filme a ser transportado para os restaurantes e canais de comunicação da marca.

A campanha enquadra-se na parceria global da marca com a Warner Bros. para celebrar o lançamento do filme, que estreia esta quinta-feira em Portugal. Adaptada ao mercado nacional pela TBWA\BBDO, está presente até 5 de maio em televisão, rádio, exterior, digital e restaurantes da marca. O plano de meios é da autoria da OMD.

É com grande entusiasmo que damos vida a esta campanha global, adaptando-a ao nosso mercado de forma autêntica e relevante para os fãs da nossa marca e de Minecraft. Esta campanha é em muito inspirada no que já existe no Minecraft – por exemplo as várias reinterpretações de restaurantes McDonald’s — algo que evidencia a força da nossa marca na cultura do entretenimento“, diz Sérgio Leal, diretor de marketing da McDonald’s Portugal, citado em comunicado.

“Por isso, é sem dúvida uma cocriação entre muitos fãs da McDonald’s que, ao longo de várias gerações, trouxeram a marca para o universo Minecraft. Trata-se da junção de duas marcas icónicas, pelo que estamos confiantes de que esta parceria com ‘Um Filme Minecraft’ será memorável para todos os consumidores e clientes da McDonald’s“, acrescenta.

No âmbito da campanha, a McDonald’s Portugal apresenta outras iniciativas destinadas aos fãs da marca e do universo Minecraft, como a personalização de um restaurante ou o lançamento da Box “Um Filme Minecraft”.

Assim, a McDonald’s Portugal transformou o restaurante McDonald’s do Restelo, em Lisboa, num pop-up inspirado no universo Minecraft, “trazendo para o mundo real um restaurante McDonald’s já existente no Minecraft, criado por fãs da marca de forma orgânica”, e que pretende funcionar como espaço de encontro entre clientes e fãs da McDonald’s e de Minecraft.

“A linguagem cúbica, icónica de Minecraft, é totalmente transportada para o interior e exterior deste restaurante, estando o espaço decorado com, entre outros elementos, murais pixelizados e um Creeper em 3D, num ambiente verdadeiramente imersivo e inspirado” no filme, refere-se em nota de imprensa. Durante todo o período da campanha, este restaurante apresenta ainda diversas ativações semanais dinamizadas por Diana Ferreira, SirKazzio, Ricardo Sousa, D4rkFrame, Kira e Jamie Drake, com o objetivo de promover momentos de interação entre fãs da McDonald’s e do universo Minecraft.

A campanha estende-se também a todos os restaurantes McDonald’s do país, com a chegada da Box “Um Filme Minecraft”, uma “edição especial e limitada que apresenta uma coleção de merchandising totalmente alusiva à campanha, dedicada a adultos e jovens-adultos fãs do universo Minecraft”. Cada Box inclui uma de seis figuras colecionáveis e ainda uma carta que permite desbloquear skins especiais no jogo Minecraft. As figuras contam com designs inspirados nos elementos icónicos do universo Minecraft e da McDonald’s, criadas exclusivamente para a campanha – Big Mac Crystal, Birdie Wings, Fry Helmet, Grimace Egg, Soda Potion e Zombie Hamburglar.

Esta box pode ser adquirida na compra de qualquer McMenu por mais um euro.

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