Excedente externo reduz-se para 788 milhões de euros até fevereiro

Excedente externo da economia portuguesa cai 804 milhões de euros até fevereiro, face a igual período do ano passado. Saldo da balança financeira fixou-se em 62 milhões de euros até fevereiro. 

O excedente externo da economia portuguesa caiu para 788 milhões de euros até fevereiro, menos 804 milhões face ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Esta evolução reflete o aumento, de 749 milhões de euros, do défice da balança de bens, de 281 milhões de euros, do défice da balança de rendimento primário, e de 504 milhões de euros, do excedente da balança de serviços.

Segundo os dados do regulador, enquanto a subida do défice da balança de bens é provocado por um crescimento das importações superior ao das exportações, o aumento do défice da balança de rendimento primário reflete uma menor atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios. Por outro lado, a subida do excedente da balança de serviços é justificada maioritariamente pela evolução do saldo dos serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços fornecidos por empresas e das viagens e turismo.

Fonte: Banco de Portugal

Já a capacidade de financiamento da economia portuguesa traduziu-se num saldo da balança financeira de 62 milhões de euros até fevereiro.

“As instituições financeiras não monetárias, exceto sociedades de seguros e fundos de pensões, foram o setor que mais contribuiu para este saldo, nomeadamente através da redução de passivos em capital e em títulos de dívida detidos por não residentes”, explica o Banco de Portugal.

A instituição sublinha ainda que, em sentido contrário, os bancos e o banco central foram os setores com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, devido, respetivamente, ao aumento de passivos em capital e em depósitos.

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Envelhecimento saudável pode dar 0,4 pontos percentuais a crescimento do PIB mundial

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

Estimativas do FMI projetam que o envelhecimento saudável adicione cerca de 0,4 pontos percentuais ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em média, entre 2025 e 2050.

O envelhecimento das populações pressiona a economia, mas medidas desenhadas para incentivar o envelhecimento saudável poderão dar um impulso de 0,4 pontos percentuais, em média, ao crescimento anual da economia mundial, calcula o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No capítulo do World Economic Outlook dedicado às implicações do envelhecimento e à economia ‘prateada’, que designa a economia de pessoas com mais de 50 anos, divulgado esta quarta-feira, o FMI destaca a importância de políticas “que apoiem o envelhecimento saudável, aumentem a participação na força de trabalho entre os idosos e eliminem as disparidades de género na força de trabalho”.

“Ao alavancar estratégias relacionadas com essas políticas, os países podem aproveitar o potencial da economia prateada para impulsionar o crescimento e reconstruir reservas orçamentais enquanto se atravessam turbulências demográficas”, argumenta a instituição.

Segundo as estimativas do FMI, projeta-se que o envelhecimento saudável adicione cerca de 0,4 pontos percentuais (p.p.) ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em média, entre 2025 e 2050. Já uma combinação de políticas de oferta de mão-de-obra poderia impulsionar o crescimento anual do PIB global em cerca de 0,6 p.p. nos próximos 25 anos, “compensando quase três quartos da redução causada pela demografia durante esse período”.

“Uma abordagem política multifacetada pode aumentar a oferta de mão-de-obra, impulsionar o crescimento e aliviar as pressões orçamentais com o envelhecimento da população global”, lê-se no documento.

Ainda assim, a instituição alerta que, “embora o envelhecimento saudável compense parcialmente o impacto negativo das adversidades demográficas, o crescimento do PIB global desacelerará significativamente ao longo do século XXI, e muitos países precisarão de esforços consideráveis para estabilizar a relação dívida pública/PIB”.

A gravidade da diminuição no crescimento devido ao envelhecimento populacional varia amplamente entre os países, nota o FMI, sendo que economias avançadas com populações relativamente mais velhas, como o Japão, verão as suas economias encolher.

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Fisco já transferiu 37,9 milhões de euros para os contribuintes em reembolsos de IRS

Meio milhão de declarações já foram liquidadas, das quais 300 mil originaram reembolsos. Destes, 48 mil já foram pagos, no valor de 37,9 milhões de euros, de acordo com o Ministério das Finanças.

Nos primeiros 15 dias da campanha de IRS, deram entrada 1,8 milhões de declarações referentes aos rendimentos do último ano. O balanço foi feito esta quarta-feira pelo Ministério das Finanças, que adianta que, até ao momento, já foram pagos 37,9 milhões de euros aos contribuintes portugueses em reembolsos.

De acordo com os dados enviados pelo gabinete de Joaquim Miranda Sarmento, das 1,8 milhões de declarações já entregues, 524 mil já foram liquidadas pela Autoridade Tributária (AT).

Destas, a maioria (300 mil declarações) originou reembolsos, num montante que “excede os 200 milhões de euros“. As demais (82 mil declarações) resultaram na emissão de notas de cobrança, no valor de 35 milhões de euros, detalha o Ministério das Finanças.

Quanto aos reembolsos, o Governo avança que, até esta terça-feira, já tinha sido dada ordem de pagamento de 183 mil reembolsos (no valor global de 131,5 milhões de euros), dos quais 48 mil já foram efetivamente pagos. Assim, no total, até ao momento, o Fisco já devolveu aos contribuintes 37,9 milhões de euros em IRS, indica o Ministério das Finanças.

O prazo para entregar a Modelo 3 ao Fisco termina a 30 de junho e o não cumprimento dessa obrigação declarativa pode resultar na aplicação de uma coima. Os contribuintes abrangidos pelo IRS automático escapam, porém, a essa penalização. Se nada fizerem até 30 de junho, a proposta provisória passa a definitiva e a obrigação declarativa é dada como cumprida.

Quanto aos contribuintes que têm agora imposto a pagar ao Fisco, importa salientar que têm até 31 de agosto para o fazer. Este ano, vários contribuintes estão a ser “surpreendidos” com notas de cobrança, uma vez que o Governo decidiu aliviar as taxas de retenção na fonte que foram aplicadas aos salários de setembro e outubro para fazer refletir a redução do IRS aprovada no Parlamento.

(Notícia atualizada às 11h31)

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Manie levanta um milhão e vai ajudar a baixar custos de energia em Espanha

Startup que promete ajudar a reduzir custos de energia aponta mira a Espanha. Até ao final do ano quer chegar aos 10 mil clientes neste mercado.

Depois de levantar 100 mil euros no ano passado para ajudar consumidores e empresas a baixar os custos da energia, a startup portuguesa Manie fechou uma ronda de um milhão de euros para entrar em Espanha no verão. Até o final do ano, quer chegar aos 10.000 clientes do outro lado da fronteira.

“A entrada em Espanha está prevista para o período de verão. Estamos já a treinar o nosso modelo com faturas de comercializadoras espanholas e vamos lançar uma campanha para angariação de faturas de clientes em Espanha”, adianta André Pedro, CEO do Manie.

Para já, a internacionalização da startup não passa pela abertura de um escritório. “Numa fase inicial não teremos um escritório físico. No entanto, prevemos a abertura de escritório em Espanha no final de 2025 ou início de 2026″, admite o cofundador.

Para este novo mercado, a startup tem planos claros de crescimento. “Queremos chegar aos primeiros 10.000 clientes em Espanha até ao final do ano. Sendo que em 2025 consideramos que a faturação será ainda residual, tendo a ambição de superar, em 2026, a faturação do mercado português“, aponta o CEO.

Um plano de expansão alimentado pela ronda de um milhão que acaba de levantar. Liderada pela Shilling, a ronda conta com a participação da Bynd e da Heartfelt, capital de risco alemã onde a startup portuguesa tinha levantado o primeiro cheque de 100 mil euros.

Há cerca de um ano, Itália e França eram mercados igualmente na mira. “Os planos de expansão mantêm-se no futuro, com o objetivo de estar em mais países em 2027. No entanto, o nosso objetivo para 2025 e 2026 é crescer no mercado ibérico e consolidar a nossa posição como o maior e melhor gestor de energia da Península Ibérica”, precisa André Pedro.

13.000 já usam a plataforma

Assente em dois produtos, o Switch e o Autoswitch, a plataforma permite aos clientes, sejam particulares ou empresas, alterar online, por sua ação ou de forma automática (com base nas preferências do consumidor), para uma oferta mais em conta, com a promessa de poupanças nos custos de energia.

Desde setembro do ano passado, data de arranque, “mais de 13.000 clientes usam” o serviço de Autoswitch “para deixarem de ter preocupações com a sua energia”, segundo a empresa. No entanto, já mais de 40.000 clientes pouparam diretamente com o Manie“, adianta o cofundador.

A proposta tem tido maior adesão junto de particulares: “A plataforma dirige-se para os dois segmentos [B2C e B2B], no entanto, a predominância é o segmento B2C”, afirma André Pedro.

“As poupanças são, em média, 40% do valor da fatura logo na primeira troca de contrato. Ao olharmos para os valores anualizados, são mais de dez milhões de euros que já poupamos aos nossos clientes. Pela nossa estimativa há cerca de dois mil milhões de euros gasto a mais em eletricidade e gás em Portugal apenas, todos os anos — ainda temos muitos clientes para ajudar e muito dinheiro para poupar”, considera.

André Pedro não adianta valores de faturação, mas, quando questionado sobre a evolução do negócio, garante que tem tido “uma evolução muito positiva, com crescimentos mensais a todos os níveis”.

Instalados no Greenhub da Unicorn Factory Lisboa, a equipa tem vindo a crescer. “Neste momento somos 14 pessoas e já temos mais três pessoas que se juntarão a nós nas próximas semanas. Estamos a finalizar alguns processos de recrutamento e temos vagas abertas para as equipas de Produto, Data, Tecnologia, Equipa de Suporte e Marketing”, diz.

Em Espanha, vamos começar a recrutar nas próximas semanas e vamos procurar inicialmente um country launcher, alguém com uma mentalidade de fundador para nos ajudar a lançar este mercado”, sublinha. Até ao final do ano, está planeado o aumento da equipa para cinco colaboradores em Espanha e 20 em Portugal.

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Diretiva (UE) 2025/1: A nova diretriz de Recuperação e Resolução para o Setor Segurador Europeu

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  • 16 Abril 2025

A Diretiva (UE) 2025/1 visa minimizar impactos económicos em cenários de crise e proteger o interesse coletivo dos titulares de apólices e beneficiários, reforçando a estabilidade do setor segurador.

A recente Diretiva (UE) 2025/1, também conhecida como Insurance Recovery and Resolution Directive (IRRD), que estabelece um regime para a recuperação e a resolução de empresas de seguros e de resseguros, entrou em vigor em janeiro de 2025, com o intuito de reforçar a estabilidade e a resiliência do setor segurador europeu.

A Diretiva introduziu um novo quadro regulatório em matéria de medidas de recuperação e resolução de empresas de seguros e de resseguros. Entre os principais objetivos destacam-se a proteção do interesse coletivo dos titulares de apólices e beneficiários, garantir a estabilidade financeira do setor segurador, e minimizar o impacto negativo de falências no sistema financeiro e na economia. A Diretiva procura garantir que as autoridades de resolução disponham de um conjunto credível de ferramentas para intervir suficientemente cedo e rapidamente quando uma empresa de seguros e de resseguros enfrenta dificuldades financeiras significativas.

A IRRD foi concebida para preservar a confiança no mercado de seguros, assegurando que os direitos dos segurados sejam prioritários e que as perdas sejam minimizadas, mesmo em cenários de crise. Para o efeito, a Diretiva introduz planos de recuperação preventivos que as empresas de seguros devem adotar para restaurar a sua posição financeira em caso de deterioração significativa da mesma.

Espera-se que a implementação da IRRD, a qual deverá ainda ser transposta para a ordem jurídica interna, ocorra de forma gradual, com um período de transição de dois anos após a sua entrada em vigor. Este período permitirá que as empresas de seguros se ajustem às novas exigências e garantam que os seus planos de recuperação e resolução estejam em conformidade com os novos padrões estabelecidos.

Filipa Ventura, Senior Manager EY, Risk & Actuarial, Consulting Financial Services

Planos de Recuperação e Resolução

De acordo com a IRRD, as empresas de seguros que cumpram determinados critérios baseados na sua dimensão, modelo de negócio, perfil de risco, interconectividade e substituibilidade e importância para a economia devem desenvolver planos de recuperação e submetê-los às autoridades competentes de supervisão. Estes planos devem detalhar as medidas que a empresa adotaria para restaurar a sua solvência em caso de dificuldades financeiras significativas.

Para além dos planos de recuperação, a IRRD estabelece que as autoridades competentes de resolução devem elaborar planos de resolução para empresas de seguros para as quais avaliem que a ação de resolução seria do interesse público ou que desempenham funções críticas. O objetivo destes planos passa por garantir uma resolução ordenada em caso de insolvência, com o propósito de evitar impactos negativos para os clientes e minimizar os efeitos na estabilidade financeira do mercado.

Ferramentas de Resolução

A IRRD confere às autoridades de resolução um conjunto de ferramentas para lidar com empresas de seguros em dificuldades financeiras. Entre as ferramentas disponíveis, encontram-se a redução e conversão de passivos, a liquidação ordenada de contratos existentes e a transferência de ativos e passivos para entidades especializadas na gestão de ativos. Estas ferramentas podem ser aplicadas de forma isolada ou em combinação, dependendo da gravidade da situação e do impacto potencial sobre o mercado.

Além disso, a Diretiva também representa um avanço significativo na regulação do setor segurador europeu, ao estabelecer um quadro para a recuperação preventiva e a resolução. O objetivo principal passa por fortalecer a resiliência das empresas de seguros e de resseguros, bem como garantir a proteção dos titulares de apólice e beneficiários, minimizando os impactos negativos em caso de falência e, em última instância, contribuindo para a estabilidade financeira do setor.

A implementação da IRRD exigirá que algumas empresas de seguros efetuem ajustes operacionais para cumprir os novos requisitos relacionados com os planos de recuperação e resolução. Embora a introdução de tais requisitos represente desafios para o setor, particularmente em países sem regimes de recuperação e resolução comparáveis, a Diretiva constitui também uma oportunidade para fortalecer a resiliência do setor segurador europeu.

Filipa Ventura, Senior Manager EY, Risk & Actuarial, Consulting Financial Services

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OpenAI planeia desenvolver a sua própria rede social

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

A OpenAI, dona do ChatGPT, estará a trabalhar no desenvolvimento de uma rede social mas ainda não é claro se esta será uma aplicação autónoma ou se será integrada no ChatGPT.

A OpenAI está a avançar com a criação da sua própria rede social, segundo o meio de comunicação norte-americano The Verge, que cita várias fontes familiarizadas com o assunto.

O projeto está nas “fases iniciais” e não é claro se o plano da OpenAI é lançar a rede social como uma aplicação autónoma ou integrá-la no ChatGPT, o seu popular chatbot de inteligência artificial (IA).

Segundo o The Verge, o diretor executivo da empresa, Sam Altman, tem vindo a pedir feedback sobre o projeto a pessoas externas.

A 11 de fevereiro, Elon Musk – que fez parte da equipa inicial da OpenAI e depois deixou a empresa – ofereceu-se para comprar a empresa por 97,4 mil milhões de dólares (86,3 mil milhões de euros).

A tensão entre Elon Musk e Sam Altman é bem conhecida e, se a OpenAI optar por criar a sua própria rede social, a situação será ainda mais preocupante, uma vez que seria mais um rival da rede X, a rede social de que Musk é proprietário e que tem a sua própria IA, sob o nome Grok.

Uma nova rede seria também uma sombra para a Meta (empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp), uma empresa que também está a lutar para se tornar relevante no mundo da IA generativa e que, de acordo com a imprensa especializada, planeia adicionar um “feed social” à sua próxima aplicação autónoma para o seu assistente de IA.

Quando, em fevereiro, a estação norte-americana CNBC disse que a Meta planeava lançar uma aplicação de IA independente num esforço para competir com o ChatGPT da OpenAI, Altman escreveu no X que talvez desenvolvessem uma “rede social”, de acordo com o The Verge.

Como o CEO da empresa, Sam Altman, observou na semana passada, a OpenAI tem 500 milhões de utilizadores ativos semanais. No mês passado o ChatGPT tornou-se a aplicação mais descarregada a nível mundial.

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Festival CCP com 843 Trabalhos a concurso

  • + M
  • 16 Abril 2025

Com 251 trabalhos, Publicidade é a categoria que recolheu mais inscrições. Segue-se a de Design (193), Craft em Publicidade (160), Digital (134), Experiências de Marca (95) e Integração (10).

São 843 os trabalhos a concurso na 27ª edição do Festival do Clube da Criatividade de Portugal (CCP), submetidos por um total de 104 entidades, entre agências, freelancers, estúdios ou produtoras.

Este número representa uma quebra aproximada de 9,6% em relação às inscrições do ano passado (933), que já tinha apresentado uma queda em relação ao ano anterior, quando foi batido um recorde de inscrições. Apesar desta diminuição no número de inscrições, o Festival do CCP “continua a ser o festival nacional com maior número de trabalhos inscritos das áreas criativas”, sublinha a organização.

A edição deste ano conta com menos uma categoria em relação aos anos anteriores, com Criatividade em Meios a integrar a categoria de Publicidade. O total dos trabalhos inscritos divide-se assim pelas categorias de Publicidade (251), Design (193), Digital (134), Experiências de Marca (95), Craft em Publicidade (160) e Integração (10).

A votação online do festival começa esta sexta-feira, dia 18 de abril, prolongando-se até 4 de maio, e a entrega de peças físicas decorre entre 5 e 9 de maio. O fecho da shortlist pelos presidentes de júri acontece entre 8 e 14 de maio e a votação presencial decorre nos dias 14, 15 e 16 de maio.

Todas as fases da votação voltam a ser auditadas pela BDO, que apoia o Festival desde a sua primeira edição.

A 27ª edição do Festival do CCP centra-se no tema da inteligência artificial — que “avança rapidamente, trazendo benefícios e desafios à humanidade” — e no equilíbrio que é necessário encontrar entre a inovação e o controlo humano. A identidade gráfica da edição deste ano é assinada por José Albergaria, designer açoriano baseado em Paris.

A Gala de Entrega de Prémios acontece a 23 de maio, que terá lugar na Fábrica de Pão do Beato Innovation District. O CCP vai também revelar “em breve” o programa do 27º Festival CCP e da 12ª Semana Criativa de Lisboa. O +M é media partner.

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Portugal paga menos de 2% para se financiar a curto prazo

República obteve um financiamento de 1,25 mil milhões de euros em títulos de dívida a 11 meses e pelos quais pagou uma taxa inferior a 2%, a mais baixa em três anos.

Portugal obteve esta quarta-feira um financiamento de 1,25 mil milhões de euros através de um leilão de Bilhetes do Tesouro a 11 meses e pelos quais pagou uma taxa de juro inferior a 2%.

Os investidores exigiram uma taxa média de 1,974%, a mais baixa dos últimos três anos, período marcado pelo surto inflacionista e pelo aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

No anterior leilão comparável, realizado em fevereiro, o IGCP emitiu títulos num montante de mil milhões de euros, tendo a taxa de juro média sido fixada nos 2,266%. É preciso recuar a abril de 2022 (-0,314%) para observarmos uma taxa inferior à do leilão desta quarta-feira, mas nessa altura Portugal ainda beneficiava de juros negativos nas operações de financiamento de curto prazo.

Taxa a 11 meses cai para mínimos de 3 anos

Fonte: IGCP

Os dados do IGCP mostram que a procura neste leilão praticamente duplicou o montante de dívida que o IGCP colocou efetivamente no mercado, o que ajudou a baixar a taxa de juro da operação.

Mas a descida do custo de financiamento traduz essencialmente o ambiente de maior alívio das políticas do banco central que desde o verão passado tem vindo a baixar as suas taxas diretoras em face da menor pressão inflacionista e dos receios de travagem da economia. Atualmente a taxa de depósito do BCE está nos 2,5%, abaixo dos 4% em maio do ano passado.

“A curva das taxas de juro mantém-se invertida nas maturidades de curto prazo, o que significa que, a partir de um ano, os prazos mais longos continuam a apresentar taxas mais elevadas. Apesar disso, as taxas de curto prazo têm vindo a descer, e essa tendência deverá continuar”, refere Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.

O conselho de governadores inicia esta quarta-feira a reunião de dois dias para decidir o rumo das taxas oficiais. O mercado espera um novo corte de 25 pontos para os 2,25% — a decisão será anunciada esta quinta — tendo em conta os riscos para a economia em resultado da incerteza causada pela guerra comercial.

(Notícia atualizada às 11h59 com comentário de Filipe Silva)

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Indústria norte-americana dos chips estima perdas anuais de mais de mil milhões de dólares com tarifas de Trump

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Abril 2025

As três maiores fabricantes de equipamentos de chips dos Estados Unidos podem sofrer, cada uma, uma perda de aproximadamente 350 milhões de dólares ao longo de um ano devido às taxas de Trump.

As novas tarifas alfandegárias anunciadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, podem custar aos fabricantes de equipamentos de semicondutores dos EUA mais de mil milhões de dólares por ano, avança a Reuters. Os cálculos, realizados pelo setor, foram discutidos com funcionários e membros do Congresso em Washington a semana passada.

A Applied Materials, a Lam Research e a KLA, as três maiores fabricantes de equipamentos de chips dos Estados Unidos, podem sofrer, cada uma, uma perda de aproximadamente 350 milhões de dólares ao longo de um ano devido às taxas — um valor que pode alterar-se mediante mudanças ao regime tarifário. Os concorrentes mais pequenos, como a Onto Innovation, podem também ter de suportar dezenas de milhões de dólares em despesas adicionais.

Os custos estimados, discutidos num encontro a semana passada em Washington, incluem a perda de receitas, principalmente devido à perda de vendas de equipamento menos sofisticado a rivais estrangeiros, e os custos de encontrar e utilizar fornecedores alternativos para os componentes complexos das ferramentas de fabrico de chips. A estimativa também abrange os custos de cumprimento das tarifas, tais como a contratação de pessoal para enfrentar as complexidades do cumprimento das regras.

Estas empresas produzem alguns dos equipamentos para a produção de chips mais procurados do mundo, que podem exigir milhares de peças especializadas. No passado recente, já perderam milhares de milhões de dólares em receitas após o ex-Presidente dos EUA, Joe Biden, ter implementado uma série de controlos de exportação destinados a travar o envio de equipamento avançado de fabrico de semicondutores para entidades chinesas.

A Administração Trump suspendeu em grande parte as tarifas recíprocas que anunciou em abril, mas, para estimular mais a produção nos EUA, está a ponderar novas taxas sobre a indústria de chips e iniciou uma investigação sobre as suas importações na segunda-feira.

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A literacia em IA como fator de sucesso nas organizações

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  • 16 Abril 2025

Após a introdução de diversas soluções de Inteligência Artificial, as organizações deparam-se agora com dores de crescimento, como a desconfiança dos seus colaboradores na utilização desta ferramenta.

Foi com uma velocidade nunca vista que a Inteligência Artificial (IA) permeou em todos os quadrantes da sociedade. É frequente ouvirmos falar em “disrupção” no mundo dos negócios – muitas vezes, com leviandade –, mas no caso da IA podemos falar com confiança de uma ferramenta que atingiu uma preponderância central. Ao dia de hoje, são exceções os líderes que pensam num futuro (e presente) sem a IA no papel principal.

Um estudo recente da SAP aponta que 74% dos executivos têm maior confiança nas capacidades de advisory da IA quando comparada com as opiniões de colegas e amigos. Adicionalmente, 44% admitem que confiam mais na lógica destas ferramentas do que no seu próprio raciocínio, com 38% a confiar na IA para tomar decisões de negócio por eles.

A confiança que os líderes têm nos ganhos que a IA poderá trazer aos seus negócios traduz-se, progressivamente, num cada vez maior investimento nesta área. De acordo com a McKinsey, houve um aumento na percentagem de organizações que utilizam esta ferramenta, saltando de 55% em 2023 para uns impressionantes 78% em 2024.

No entanto, apesar deste novo paradigma, a força de trabalho destas organizações não parece acompanhar a tendência otimista das lideranças relativamente à adoção da IA. Segundo dados da Upwork, este contraste é visível olhando para os seguintes números:

  • 96% dos executivos de topo (C-level) esperam que a IA aumente a produtividade da organização;
  • 77% da força de trabalho aponta que a IA aumentou a sua carga de trabalho;
  • 47% dos colaboradores não sabem como é que conseguirão alcançar os ganhos de produtividade esperados pelos executivos.

Podemos inferir, portanto, que há um decréscimo de confiança nas ferramentas de IA apesar do aumento na sua utilização, o que nos permite concluir que o potencial máximo de produtividade desta tecnologia não está a ser desbloqueado. É importante entender o porquê desta desconfiança e dar respostas concretas, formando as pessoas para tirarem maior partido das oportunidades que a IA
providencia.

João Toipa, Manager EY, People Consulting

Literacia em IA nas Organizações: Uma Prioridade Estratégica

Recentemente, a SAP conduziu um estudo global abrangendo cerca de 4.000 gestores e colaboradores para compreender de que forma é que a IA está a impactar as dinâmicas no ambiente de trabalho e as práticas dos RH. Os resultados deste survey apontam que o fator com maior influência nas opiniões das pessoas acerca desta tecnologia é o seu nível de literacia de IA.

Os dados mostram que os trabalhadores com altos níveis neste indicador tendem a encarar a ferramenta de forma positiva, enquanto aqueles com menor conhecimento demonstram maior apreensão e ansiedade. Cerca de 70% dos entrevistados com alta literacia em IA esperam resultados positivos da sua utilização, em contraste com apenas 29% entre aqueles com baixo nível neste indicador.

Ainda segundo a mesma investigação da SAP, pessoas com baixa literacia em IA têm 6 vezes mais probabilidade de se sentirem apreensivas e 7 vezes mais probabilidade de sentirem medo em relação à sua utilização no trabalho. Inevitavelmente, uma organização que tenha ausência de literacia e competências em IA irá contar com um subaproveitamento das ferramentas disponíveis, limitando o potencial de inovação e eficiência nas organizações.

O approach da EY às questões das organizações

Para dar resposta a este e outros desafios resultantes da emergência da IA, a EY conta com uma abordagem comprovada que potencia a produtividade e colaboração através desta tecnologia. A framework EY.ai integra a inteligência humana com a artificial, onde a produtividade, a criação de valor, a satisfação no trabalho e a inovação responsável são aprimoradas. Um dos pilares sobre os quais assenta esta framework é precisamente o da Literacia e Competências em IA.

Assim, no desenvolvimento destas competências entre os colaboradores, a EY posiciona-se ao lado das organizações neste investimento estratégico, essencial para potenciar o retorno esperado das oportunidades verdadeiramente disruptivas que a Inteligência Artificial pode trazer.

João Toipa, Manager EY, People Consulting

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Bancos portugueses admitem rever restrições ao crédito à indústria de defesa

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

Bancos portugueses têm restrições nos empréstimos à indústria de defesa, em especial de armamento, e alguns admitem vir a alterar no âmbito da mudança estratégica para rearmamento a nível da UE.

Grandes bancos portugueses têm restrições nos empréstimos à indústria de defesa, em especial de armamento, e alguns admitem vir a alterar no âmbito da mudança estratégica para rearmamento a nível da União Europeia (UE).

No momento em que a UE vem debatendo o reforço da estratégia para a defesa — a Comissão Europeia propôs um plano de rearmamento de 800 mil milhões de euros –, a Lusa questionou os principais bancos sobre as regras internas para financiamento a empresas ligadas ao armamento e se admitem vir a revê-las face às alterações ao nível europeu.

O banco público Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse à Lusa que a sua política interna para este crédito tem regras específicas e que o financiamento à indústria da defesa (setor mais lato do que apenas indústria de armamento) tem sido pouco expressivo. Para o futuro, admitiu rever o seu posicionamento caso assim seja definido a nível político.

“Caso o enquadramento legal e regulamentar seja ajustado e haja um desígnio nacional para financiar a indústria de defesa, a Caixa estará em condições de assumir um protagonismo relevante, em linha com a sua missão e orientações estratégicas”, afirmou fonte oficial da CGD à Lusa.

Segundo o banco liderado por Paulo Macedo, as regras para o crédito a esta indústria visam “garantir a ‘compliance’ [cumprimento de regras] com a legislação nacional e com as convenções internacionais sobre este tema”, além de regras para assegurar que “riscos socioambientais, riscos de conformidade com a prevenção do branqueamento de capitais e do combate ao financiamento do terrorismo e riscos reputacionais se encontram devidamente identificados e mitigados”.

Quanto a este financiamento, diz fonte oficial que em Portugal este setor é financiado sobretudo e diretamente pelo Orçamento do Estado, já que é maioritariamente público, pelo que “o financiamento ao setor da defesa, por parte da Caixa, tem sido pouco expressivo”.

A CGD diz que financia “empresas que desenvolvem equipamento no domínio aeronáutico, aeroespacial, marítimo e tecnológico para utilização civil” que depois “podem ser reconvertidos na componente de segurança e defesa”, mas que desses desenvolvimentos – caso existam – não tem que ter “conhecimento posterior”.

O BCP disse que a sua política interna “estabelece que o setor em apreço está excluído no que concerne ao financiamento à produção de armamento“.

Segundo o maior banco privado português, este setor “é considerado de financiamento restrito e condicionado no que se refere a operações que não de apoio à produção”, exigindo nesse caso uma análise “muito detalhada” para poder ser concedido crédito.

O BCP diz que está estabelecido que apenas podem ser concedidos financiamentos “à aquisição por parte de Governos da UE ou empresas diretamente detidas por Estados membros da UE, sendo que, mesmo nessas situações, tal requer sempre uma avaliação rigorosa sobre o respetivo enquadramento na política de defesa e segurança comum da União Europeia”.

Refere ainda que a sua política interna “exclui, em absoluto e independentemente da tipologia de financiamento, operações que envolvam os denominados equipamentos ‘controversos’ conforme estabelecido por convenção internacional”.

Questionado sobre créditos a este setor, o BCP diz que não concedeu qualquer financiamento em 2024.

Quanto ao BPI, o banco diz que as suas políticas internas “não inibem o financiamento ao setor da defesa, mas impõem-lhe algumas condições”.

O site precisa que o banco “reconhece o direito dos países se defenderem e protegerem os seus cidadãos e, consequentemente, reserva a possibilidade de manter relações comerciais com as empresas relacionadas com o setor da defesa cuja atividade se considere consistente com estratégias nacionais de segurança e defesa legítimas”.

À semelhança de outros bancos, o BPI restringe o financiamento quando “possa existir um risco claro de utilização do material de defesa para a repressão e outras violações graves da lei humanitária internacional, convenções e tratados de não proliferação de armas e outras normas e diretrizes relacionadas”.

Por seu lado, o Santander Totta diz que, neste financiamento, verifica que “todos os clientes e transações estão em conformidade com a política do setor de defesa, bem como com as convenções internacionais, tratados de não proliferação e todas as demais obrigações legais e regulatórias”.

Afirmou ainda fonte oficial do Santander Totta que estas regras internas são aprovadas pelo Conselho de Administração e revistas periodicamente para “garantir que permanecem adequadas ao respetivo propósito”.

O tema do financiamento à indústria das armas já foi falado em público pelo presidente do Crédito Agrícola, Licínio Pina, em meados de março durante a conferência Fórum Banca.

Licínio Pina disse que o grupo Crédito Agrícola não “tem apetite” por este tipo de crédito mas admitiu que pode vir a ter de rever o seu posicionamento devido à mudança estratégica europeia.

“Nós nem a um armeiro podemos emprestar dinheiro, está na política de risco do banco, nós não temos apetite para este tipo de atividade. […] Se calhar vamos ser obrigados a rever”, afirmou em Lisboa.

O Novo Banco não respondeu às perguntas da Lusa.

Quanto à regulamentação bancária para o financiamento a este setor, o Banco de Portugal informou a Lusa que a indústria de defesa não está sujeita a um quadro legal e regulamentar específico e que são os bancos que “avaliam de que forma o financiamento a empresas do setor da defesa as expõe a riscos de diferentes naturezas e como gerir essa exposição a risco”.

“À luz do quadro prudencial vigente, compete às instituições de crédito, no âmbito dos seus sistemas de governo interno e gestão de risco, garantir a existência de processos eficazes para identificar, gerir e monitorizar todos os riscos a que estão expostas”, disse o regulador e supervisor bancário.

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Inflação na zona euro abranda para 2,2% em véspera de reunião do BCE

A confirmação dos dados da inflação em março surge na véspera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na qual será decidido o rumo das taxas de juro na moeda única.

A taxa de inflação na zona euro continua a abrandar. O Eurostat confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação desacelerou em março para 2,2%, tal como tinha avançado na estimativa rápida, no início de abril. É um abrandamento de uma décima face ao mês anterior e de duas décimas em termos homólogos. Portugal tem a sexta menor taxa de inflação (1,9%).

Segundo o Eurostat, a taxa de inflação na União Europeia desacelerou para 2,5%, contra os 2,7% do mês anterior. Em março de 2024 a taxa de inflação na UE era de 2,6%.

Inflação abranda para níveis próximos da meta do BCE

Fonte: Eurostat

França (0,9%), Dinamarca (1,4%) e Luxemburgo (1,5%) são os países que apresentam taxas de inflação mais baixas, tendo em conta o Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC), que permite fazer comparações europeias. No extremo oposto, as taxas homólogas mais elevadas foram observadas na Roménia (5,1%), Hungria (4,8%) e Polónia (4,4%).

Em comparação com fevereiro, a inflação anual diminuiu em 16 Estados-membros, permaneceu estável num deles e aumentou em dez países.

A confirmação dos dados da inflação em março surge na véspera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na qual será decidido o rumo das taxas de juro na moeda única. Os mercados antecipam um novo corte de 0,25 pontos nas taxas oficiais, mas é possível que Christine Lagarde opte por uma pausa para avaliar os efeitos das tarifas impostas pela Administração Trump, que podem ter um efeito efeito inflacionista, mas também recessivo.

A queda de 1,4% nos preços da energia (em relação ao mesmo mês do ano passado)foi a que mais contribuiu para a desaceleração dos preços. Em termos mensais registaram uma queda de 1% e não 1,2% como inicialmente estimado.

Já os preços dos alimentos processados tiveram a maior aceleração, com a taxa anual a passar dos 3% em fevereiro para os 4,2% em março, um valor revisto em alta numa décima. Os preços dos serviços surgem em segundo lugar, com uma taxa de inflação de 3,5% que, ainda assim, apresenta uma desaceleração face aos 3,7% do mês anterior.

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