OPEP discute corte na produção de 800 mil barris diários
A proposta apresentada pela Argélia na reunião do cartel prevê o corte de 796 mil barris/dia na produção de petróleo, com o Irão, a Líbia e a Nigéria a terem alocações especiais, apurou a Bloomberg.
A Argélia propôs aos países a OPEP um corte de produção de petróleo de 796 mil barris por dia, na reunião de países produtores que decorre esta quarta-feira naquele país do norte de África. Segundo um documento a que a Bloomberg News teve acesso, a proposta incluirá também alocações especiais para o Irão, Líbia e Nigéria. O valor que está a ser discutido entre os ministros do petróleo dos membros da OPEP corresponde a uma quebra de 2,4% face ao nível de produção em agosto, com o output diário a passar de 33,2 milhões de barris/dia para 32,4 milhões.
Após a divulgação dessa notícia no site da Bloomberg por volta das 18 horas de Lisboa, as cotações do petróleo aceleravam. O barril de brent avançava 3,11%, para os 47,4 dólares, enquanto o crude valorizava 2,55% para os 45,81 dólares.
“Parece que vai haver um acordo”, afirmou Mossa Elkony, responsável pela delegação líbia junto da OPEP, aos jornalistas que acompanham a reunião.
"Parece que vai haver um acordo.”
O plano colocado em cima da mesa passará por todos os membros da OPEP, à exceção da Líbia, da Nigéria e do Irão, reduzirem o output em 1,6% face ao valor médio do período entre janeiro e agosto, o que resultaria num corte superior à produção do Qatar. Ao Irão seria permitido aumentar o output para 3,7 milhões de barris diários, ligeiramente cima do nível de produção de agosto. Já o novo target para a Arábia Saudita, segundo a proposta argelina, seria fixado nos 10.145 barris diários, enquanto a Nigéria e a Líbia, que têm sido penalizadas pela sabotagem e guerra civil, estarão excluídas de uma limitação de produção.
Entretanto, após a Bloomberg avançar com esta notícia, a Reuters publicou um alerta de última hora onde avançava que os membros da OPEP terão chegado a um acordo que visa limitar a produção de petróleo já a partir de novembro, citando fontes do cartel. Um corte para 32,5 milhões de barris/dia é o valor que as agências de notícias estão a avançar: 100 mil baris acima da proposta da Argélia.
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