Lucros nos EUA só com petróleo nos 60 dólares
O diretor executivo da agência antecipa um forte aumento da produção de petróleo na América do Norte numa entrevista à Bloomberg.
O baixo nível das cotações do petróleo têm representado um desafio para as empresas produtoras norte-americanas que em muitos casos se viram obrigadas a suspender a extração da matéria-prima. Num contexto em que se começa a falar numa inversão de sentido das cotações, perante as perspetivas de um acordo que permita reduzir o excesso da oferta global de petróleo, o cenário poderá mudar naquela região do Globo. Para Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), os 60 dólares por barril seriam o valor chave para garantir que as empresas produtoras da América do Norte se tornassem lucrativas.
"Podemos bem assistir, num curto prazo, a um forte aumento da produção proveniente da América do Norte e de outros sítios… Preços à volta dos 60 dólares seria o suficiente.”
O número mágico foi avançado pelo responsável máximo da AIE durante uma entrevista concedida à Bloomberg TV, que antecipa a possibilidade de se assistir em breve a um forte aumento da produção de petróleo na América do Norte. “Podemos bem assistir, num curto prazo, a um forte aumento da produção proveniente da América do Norte e de outros sítios”, afirmou Farih Birol, acrescentando que para tal, “preços à volta dos 60 dólares seria o suficiente“.
Depois de as cotações do petróleo terem registado nesta segunda-feira máximos de um ano, com o barril de Brent a atingir os 53,73 dólares no mercado londrino, esta realidade poderá não estar muito distante. A matéria-prima foi impulsionada na última sessão pela aproximação entre a Arábia saudita e da Rússia no sentido de um esforço conjunto, visando limitar a produção de petróleo e travar o excedente da matéria-prima. Hoje, o petróleo sofre uma ligeira correção, com o barril de Brent a aliviar 0,17%, para os 53,05 dólares.
O diretor executivo da AIE lembrou ainda que muitos países produtores enfrentam “sérios desafios” nas suas economias em resultado do baixo nível das cotações de petróleo. A cotação do “ouro negro” recuou de um valores acima dos 100 dólares, para menos de 28 dólares em janeiro deste ano.
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