Costa recetivo a entrada chinesa na base das Lajes
O primeiro-ministro português, em viagem oficial à China, abriu o jogo para possível investimento chinês na base das Lajes, nos Açores. No entanto, excluiu qualquer tipo de investimento militar.
Os líderes chineses têm visitado os Açores, Marcelo já avisou os EUA que a China está a investir em Portugal e agora António Costa diz estar recetivo ao investimento chinês na base das Lajes. Quatro anos depois de os Estados Unidos anunciarem a redução da presença militar na ilha, parece cada vez mais real a entrada chinesa.
Os EUA desvanecem, a China aparece. É isso que se está a verificar no interesse na base das Lajes, tendência confirmada esta terça-feira por António Costa à Bloomberg TV. Os sinais no passado foram vários.
Em viagens até à América Latina, o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro Li Keqiang pararam nos Açores para fazer escala. E essas viagens podem ser ainda mais frequentes no futuro com a TAP esta terça-feira a anunciar que os voos diretos para a China começam e junho do próximo ano.
"O que está em jogo é o reutilizar das infraestruturas [da ilha] para investigação científica de instituições da União Europeia ou americanas ou chinesas”
Em entrevista à estação de televisão, o primeiro-ministro português revelou que está aberto a um envolvimento chinês não militar nos Açores, excluindo o uso militar. “O que está em jogo é o reutilizar das infraestruturas [da ilha] para investigação científica de instituições da União Europeia ou americanas ou chinesas”, explicou Costa.
No entanto, António Costa foi claro em dizer que vai honrar o pacto de defesa com os EUA, enquanto membro da NATO. “A ilha tem grande importância em termos logísticos, no Oceano Atlântico, mas também ao nível da tecnologia e investigação, em áreas como as alterações climáticas e a pesquisa em águas profundas”, considerou o primeiro-ministro.
Além do investimento chinês, a entrevista passou pelos problemas internos de Portugal, nomeadamente o crédito malparado. António Costa reafirmou a esperança de, “no final do ano, ter ultrapassado os problemas dos bancos e recapitalizar com uma solução para o crédito malparado”.
Editado por Mónica Silvares
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