Caldeira Cabral: “Vamos entregar 450 milhões às empresas este ano”
Governo não está, contudo, disponível para baixar o IRC. "Empresários percebem a importância da consolidação", acredita Caldeira Cabral.
O Governo vai fazer chegar às empresas 450 milhões de euros este ano, no âmbito dos programas de financiamento e capitalização, como o Programa Capitalizar. A garantia é dada por Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, em entrevista ao Jornal de Negócios, na edição desta segunda-feira.
“Vamos cumprir este ano, em termos de financiamento, os 450 milhões de euros de dinheiro entregue às empresas”, disse o governante, detalhando que, este ano, até à data, já foram entregues 330 milhões. Estes 450 milhões representam mais de 100 vezes mais face aos quatro milhões que chegaram às empresas no ano passado.
“É suficiente? Penso que não. E penso que muitos empresários querem acelerar isto. Neste momento, não há um problema de fazer chegar o dinheiro aos empresários”, garante Caldeira Cabral. Aliás, acrescenta, há “mais de seis mil projetos de investimento das empresas já aprovados”.
Sobre os eventuais atrasos na chegada dos fundos às empresas, Caldeira Cabral justifica que este aumento substancial do dinheiro que foi entregue, de 2015 para 2016, “demonstra que havia muitos empresários a querer investir e que estavam à espera desta maior abertura dos fundos comunitários”. O que aconteceu, explica, “é que este enorme afluxo de projetos levou a que alguns concursos tenham esgotado“.
Seja como for, a partir de agora, Caldeira Cabral acredita que os empresários vão assistir a uma aceleração da atribuição de fundos. “Em alguns concursos podemos até reforçar as verbas para que mais empresários tenham acesso ao financiamento”, sublinhou.
Por outro lado, os empresários não devem esperar um alívio fiscal. Questionado pelo Negócios sobre se o Governo admite a possibilidade de baixar o IRC, o ministro da Economia refere que “não há condições para fazer uma baixa generalizada de impostos” e que “os empresários percebem a importância de continuar o processo de consolidação”.
Ainda assim, salienta, “os impostos sobre as empresas baixam para as empresas que investem, com o crédito fiscal ao investimento”, além de baixarem também “com o Programa Semente de redução dos encargos em IRS para financiamento de empresas inovadoras”.
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