Galp Energia: “Discordamos da taxa extraordinária” sobre o setor energético
Carlos Gomes da Silva diz que a Galp Energia não concorda com a taxa extraordinária sobre o setor energético. O presidente da petrolífera realça que a "taxa é transitória todos os anos".
O presidente da Galp Energia diz que não concorda com a taxa extraordinária sobre o setor energético. Realça que a taxa deveria ter sido temporária, mas que se tornou “transitória todos os anos”. Carlos Gomes da Silva nota que não vão mudar a posição e que agora compete aos tribunais tomar esta decisão.
“Discordamos desse imposto. E não vamos mudar a nossa posição. Compete aos tribunais tomar essa decisão e vamos respeitar a decisão”, diz Carlos Gomes da Silva na conferência de imprensa sobre os resultados para os primeiros nove meses do ano. O responsável diz que, por discordar, tiveram de apresentar garantias e entregar o caso aos tribunais. Enquanto a questão estiver a ser discutida em tribunal, a empresa é obrigada a ter provisões caso a decisão indique o pagamento da taxa.
A taxa que deveria ser transitória, é “transitória todos os anos”, refere o responsável. Carlos Gomes da Silva diz também que esta taxa está repercutida nas contas da petrolífera. “O impacto deverá ser de 75 a 76 milhões de euros para este ano”, explica.
Resultados não travam a Galp
O presidente da Galp Energia diz que os resultados foram penalizados por dois fatores: queda do Brent e da margem de refinação. Mas não é por isso que a petrolífera vai abrandar. A partir do próximo ano vai criar seis novas plataformas de exploração petrolífera no Brasil e em Angola, com a primeira estimada já para o primeiro trimestre de 2017.
“Temos seis unidades e vamos replicá-las”, explica o responsável, dizendo que este será “um desafio”. Carlos Gomes da Silva diz que a “primeira unidade está prevista para o primeiro trimestre de 2017”.
Isto apesar de a petrolífera ter registado um resultado líquido de 361 milhões de euros no conjunto dos nove primeiros meses do ano, uma queda de 26% face aos 490 milhões que tinha reportado em igual período do ano passado. “Andamos para trás do ponto de vista económico”, diz Carlos Gomes da Silva. “Estamos num contraciclo onde se juntaram dois fatores que foram negativos: a queda do Brent e da margem de refinação”, explica o responsável. Mas realça que o mercado recebeu bem os números, com as ações da Galp a manterem a cotação. A Galp seguia em baixa ligeira de 0,1% para 12,50 euros.
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