OPEP ainda sem acordo sobre quotas de produção
A OPEP terminou o primeiro dia de reuniões sem acordo sobre as quotas de produção de cada país. Ainda há muitas dúvidas de que o cartel consiga definir as bases para o corte da produção de petróleo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) terminou o primeiro dia de reuniões em Viena sem um acordo. O cartel está reunido para tentar definir as bases para o corte na produção do petróleo. Uma redução que está a levantar dúvidas nos mercados.
“A OPEP terminou o primeiro dia de reuniões em Viena sem chegar a um acordo sobre as quotas de produção de cada país“, de acordo com um delegado que está a participar neste encontro. A Bloomberg diz que as discussões estão a acontecer devido ao impasse em torno do papel que o Iraque e o Irão vão desempenhar no acordo, disseram dois delegados. Ambos os países disseram que deveriam ser excluídos dos cortes da produção. Este pedido é um dos temas que está a ser discutido na reunião que termina este sábado.
O ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, já tinha dito que o país “não congelará a produção até alcançar os quatro milhões de barris por dia e depois veremos”. O nível corresponde ao que o Irão considera ser a sua quota de mercado antes de aplicadas as sanções internacionais.
Os países da OPEP têm de se unir e finalizar os detalhes do acordo alcançado no mês passado, referiu o secretário-geral do cartel Mohammed Barkindo no início da reunião, na sexta-feira. Os produtores fora do cartel, incluindo o Brasil e a Rússia, juntam-se este sábado aos restantes elementos. A OPEP tem de perceber como é que vai definir um acordo até à reunião em Viena, a 30 de novembro.
Mercado não está convencido
“O mercado não tem a sensação de estarem a ser feitos progressos, enquanto antes considerava haver alguma probabilidade de a OPEP poder chegar a acordo”, disse Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates em Houston. O mercado continua com dúvidas de que o cartel será capaz de chegar a um acordo até à reunião de novembro.
Hans van Cleef e Georgette Boele, do Abn Amro, alertam que “tem de haver um acordo sobre as quotas dos países, o que pode ser um desafio. Esta incerteza deve limitar os preços do petróleo no curto prazo. Prevemos que haja mais potencial de subida para os preços no quarto trimestre deste ano e em 2017, graças a um maior equilíbrio da oferta e da procura”.
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