FMI pede a governos e empresas para pagarem salários iguais a ambos os sexos
Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional apelou aos empresários e governos para acabarem com a desigualdade económica entre homens e mulheres.
A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) apelou hoje aos governos e empresários para fazerem mais para promoverem as mesmas oportunidades económicas para homens e mulheres e para acabarem com a discriminação que interfere com aquele objetivo.
Christine Lagarde, que falava numa conferência em Washington, afirmou que assegurar salários e oportunidades económicas iguais para homens e mulheres aumenta o crescimento, promove a diversidade, reduz as desigualdades económicas no mundo e ajuda as empresas a aumentarem lucros.
“É realmente bom para o crescimento, para a diversificação da economia, para reduzir a desigualdade e de um ponto de vista micro é também bom para as empresas”, afirmou Christine Lagarde.
"É realmente bom para o crescimento, para a diversificação da economia, para reduzir a desigualdade e de um ponto de vista micro é também bom para as empresas”
A igualdade de salários para homens e mulheres tem sido um tema quente da campanha eleitoral para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que se realizam terça-feira.
Nos Estados Unidos, por cada dólar ganho por um homem, uma mulher ganha 80 cêntimos.
Hillary Clinton e Donald Trump comprometeram-se a lutar por melhores condições de remuneração e trabalho para as mulheres, mas os críticos do candidato republicano têm questionado a sua determinação, exemplificando com os seus comentários depreciativos em relação às mulheres.
Para Christine Lagarde, os países em desenvolvimento podem promover a igualdade de remuneração, canalizando gastos governamentais para áreas como a educação, saúde e infraestruturas.
As economias mais avançadas podem resolver o problema do lado da receita, disse Lagarde, aliviando a carga fiscal sobre os rendimentos das famílias com dois ordenados e famílias monoparentais.
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