Como digerir a eleição de Trump? O líder do LinkedIn explica
Jeff Weiner, líder do LinkedIn, escreveu uma carta aos trabalhadores com conselhos sobre como digerir a eleição de Donald Trump para a Casa Branca. É importante que todos "se sintam escutados".
Poucos terão dúvidas de que as últimas eleições Presidenciais nos Estados Unidos dividiram o país. A campanha de Donald Trump e Hillary Clinton foi longa e fraturante, ao ponto de criar receios de que essa divisão se estendesse também ao mundo empresarial. Alguns líderes apressaram-se a deitar água na fervura — como Jeff Weiner, presidente executivo do LinkedIn, que decidiu escrever uma carta aos trabalhadores após saber o resultado das eleições.
“Certifiquemo-nos de que damos tempo uns aos outros para processar tudo o que aconteceu. Como líderes e empreendedores, temos uma tendência natural para resolver os problemas dos outros assim que tomamos conhecimento deles. No entanto, temos de ser sensíveis ao facto de que algumas pessoas da nossa equipa não precisam nem querem resoluções imediatas”, escreve Weiner.
O responsável pela maior rede social profissional reconhece que muita gente, nesta altura, não quer entrar em discussões sobre a eleição de Trump e sobre o que aconteceu, mas que apenas quer “alguém que as oiça”. Porém, Weigner identifica outro tipo de trabalhadores que estão “preparados” para “partilharem os seus medos e revolta, as suas esperanças e sonhos”. De uma forma ou de outra, é “imperativo” que todos na equipa “se sintam escutados e, sobretudo, sintam que fazem parte disto”, frisa.
Sem especificar quem defendeu para a Casa Branca, Weigner opta apenas por encaixar a missão do LinkedIn na conjuntura norte-americana. “A realização da nossa missão — criar oportunidades económicas para todos os membros do mercado de trabalho global — nunca foi tão importante. Quando as pessoas deixam de ter oportunidades, quando não se sentem escutadas, a sociedade fica em risco”, escreve. É aí que, diz Weigner, a rede social “pode fazer uma diferença significativa”.
Jeff Weiner finaliza, dizendo que não está certo do que “uma administração [liderada por] Trump significará para o país”. Contudo, “se o Brexit e este processo [eleitoral] me ensinaram alguma coisa, foi em quão imprevisíveis os resultados aparentemente previsíveis podem ser”, conta. Aliás, o mais importante nem é isso, defende: é o “sistema de valores”. “Vou continuar a tratar os outros, independentemente de em quem votaram, de uma forma consistente com esses valores. E espero que o mesmo se aplique a todos aqui na empresa”, aponta: “Nenhuma eleição deve poder mudar isso.”
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