Bolsas em queda à espera do referendo italiano
Zona Euro vive nova prova de fogo no fim-de-semana com o referendo constitucional em Itália. Investidores retiram-se dos mercados, assumindo uma postura de cautela face a resultado italiano.
Com o referendo à Constituição em Itália à porta, os investidores estão a ajustar as suas carteiras de forma cautelosa. Não há muito apetite pelo risco em virtude da expectativa daquilo que poderá resultar da ida dos italianos às urnas no próximo domingo. Se o “Não” ganhar, Matteo Renzi sai do governo. O que acontece a seguir? Não se sabe muito bem e, num clima de incerteza, os investidores retiram-se das bolsas.
O principal índice português, o PSI-20, descia 0,52% para 4.413,03 pontos, enquanto o parisiense CAC-40 recuava 0,86%. Pior desempenho registava o índice italiano FTSE MIB e o alemão DAX 30, que perdiam 0,88% e 0,95%, respetivamente.
“As últimas sondagens (publicadas no dia 18 em virtude da lei italiana proibir a sua divulgação nas duas semanas que antecedem as eleições), embora a taxa de indecisos fosse elevada (cerca de 25%)”, explicavam os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “Desde então assistiu-se a uma acentuada subida das yields italianas, um aumento do spread face às yields alemãs e uma quebra significativa das ações bancárias do país. Assim sendo, é possível que os investidores já tenham descontado, parcialmente, uma vitória do Não”, acrescentaram.
Em Lisboa, apenas cinco cotadas seguiam em terreno positivo. Do lado das perdas, EDP e EDP Renováveis perdiam 0,22% e 0,3%. As maiores quedas pertenciam à Mota-Engil (-1,22%) e Semapa (-1,34%).
“As ações mais sensíveis às taxas de juro (como a EDP, a REN e a EDP Renováveis) poderão refletir a oscilação das yields nacionais, que poderão apresentar alguma volatilidade, na medida em que os investidores irão ajustar o seu posicionamento à realização do referendo em Itália”, referiam os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “A Navigator e a Altri poderão ser afetadas pela desvalorização do Dólar nos mercados asiáticos.
No setor da energia, nota ainda para a Galp, que apresentava uma correção em baixa de 0,99% para 12,97 euros. A petrolífera tem registado um desempenho superior ao índice lisboeta esta semana, impulsionada pelo disparo dos preços do petróleo nos mercados internacionais, depois de a OPEP ter chegado a um acordo que visa cortar a produção de ouro negro.
(notícia em atualizada às 8h22)
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