Lesados do Banif manifestam-se na AR

Um ano depois da resolução do Banif — que implicou a divisão do banco em dois e a venda de parte do negócio ao Santander — os lesados do banco da Madeira foram manifestar-se à Assembleia da República. “Queremos alertar para a nossa situação”, diz Horácio Melo, um dos membros da associação, ao ECO.

Algumas dezenas de pessoas, vestidas de camisola negra, onde se lê “Lesados / Banif / Santander Totta / 1 ano” tentaram esta quarta-feira aceder às galerias do plenário da Assembleia da República para chamar a atenção para o seu caso. “Faz hoje um ano que o nosso dinheiro desapareceu”, queixou-se Horácio Neto. Em causa, diz, estão mais de 250 milhões de euros de clientes do banco.

Contudo, as intenções da Associação de Lesados do Banif foram goradas. Os manifestantes foram impedidos de entrar com as camisolas vestidas, mesmo tendo garantido que a intenção seria apenas levantarem-se nas galerias, para se fazerem notar.

Apesar de lhes ter sido negada essa possibilidade, Jacinto Silva, o presidente da Associação, entrou com a camisola escondida e vestiu-a já nas galerias do plenário. Levantou-se e exibiu a camisola. Acabou por ser detido pelas autoridades, para ser interrogado, tendo depois saído da Assembleia da República.

Esta semana, António Costa, primeiro-ministro, anunciou que tinha sido encontrada uma solução para os lesados do BES e que os subscritores do papel comercial do Grupo Espírito Santo e do BES começam a receber em maio.