5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Hoje é o primeiro dia no resto da vida do BCP, assim que os acionistas aprovarem a "entrada" da Fosun no banco. Bruxelas atualiza as previsões. E como reagem os mercados à vitória de Trump?

Dia de grandes emoções para quem investe nos mercados. Porquê? Desde logo porque o BCP leva à consideração dos seus acionistas duas propostas que vão abrir ainda mais as portas à entrada do grupo chinês Fosun no banco português. Lá por fora, a Comissão Europeia apresenta as previsões de outono. E os nervosos porque Donald Trump é o novo inquilino da Casa Branca.

Dia BCP

É o primeiro dia do resto da nova vida do BCP. A assembleia geral de acionistas vai aprovar esta tarde mais duas condições que vão permitir a entrada do grupo chinês Fosun no capital do banco. Além disso, há contas trimestrais para reportar. Depois de uma primeira metade do ano em que os prejuízos de quase 200 milhões de euros.

Sonae presta contas

Também a retalhista dona do Continente, a Sonae, vai reportar as contas do terceiro trimestre. O CaixaBI estima que a cotada liderada por Paulo de Azevedo e Ângelo Paupério terá fechado os primeiros nove meses do ano com um lucro de 114 milhões de euros, o que representa uma queda de 20% face ao período homólogo.

Emprego em Portugal

O Instituto Nacional de Estatística (INE) atualiza os números do desemprego em Portugal, relativo ao terceiro trimestre deste ano. Além dos dados sobre o mercado laboral, o INE apresenta ainda as estatísticas do comércio internacional (relativo a setembro de 2016) e ainda as estatísticas dos transportes e comunicações (2015).

Como vai esta União

A Comissão Europeia atualiza esta manhã as suas previsões económicas para os estados membros da União. Incluem-se ainda projeções relativas a outras grandes economias mundiais. As previsões abrangem um período de, pelo menos, dois anos e cobrem cerca de 180 variáveis.

O novo presidente disto tudo

Os norte-americanos foram chamados a votar no sucessor de Barack Obama. E os resultados já foram conhecidos. Donald Trump é o novo Presidente dos EUA. Como vão reagir os mercados? Bem, já se sabia que os mercados não iam reagir bem…

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Site de emigração para o Canadá colapsou

O site que permite pedir a nacionalidade e um visto de residência para o Canadá 'crashou'.

A vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas era um cenário temido por muitos norte-americanos, muitos dos quais prometeram emigrar para o país vizinho caso se concretizasse esse cenário.

Algumas figuras públicas como Katy Perry, Lady Gaga, Miley Cyrus fizeram declarações públicas nesse sentido. E a julgar pelos acessos que o site http://www.cic.gc.ca/english/ está a ter, muitos outros vão seguir o mesmo caminho.

lady-gaga
Lady Gaga foi uma das que disse que ia para o Canadá

Este é o site oficial do Canadá que permite aos norte-americanos e estrangeiros pedir a nacionalidade e um visto de residência. À medida que chegavam notícias de que Trump poderia ser eleito o 45º presidente do EUA, os acessos dispararam e fizeram ‘crashar’ o site.

Se tentar aceder o site a partir de Portugal, provavelmente esta é a mensagem que vai visualizar:

canada

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Apostas na subida de juros em dezembro nos EUA cai abaixo dos 50%

Cenário de vitória de Trump nas presidenciais dos EUA e a esperada volatilidade nos mercados financeiros faz baixar as apostas em relação à possibilidade de uma subida de juros no próximo mês.

A cada vez mais certa vitória de Donald Trump na corrida à Casa Branca está a levar o mercado a recuar na expectativa relativamente a uma subida dos juros nos EUA já no próximo mês de dezembro. As apostas nesse sentido recuaram para 47% nas últimas horas, com o mercado a antecipar que o aumento da volatilidade ponha um travão nesse movimento de subida. Este valor compara com os 82% de apostas numa subida de juros que se registavam no final do dia de ontem, em Nova Iorque.

Esta acentuada queda das apostas, acontece poucos dias depois de a Fed ter dado fortes sinais de que iria subir os juros no próximo mês. Um recuo na política expansionista levada a cabo pela entidade liderada por Janet Yellen após os indícios que apontavam para uma recuperação mais sustentada da economia norte-americana.

“Caso Trump vença, e – dada a incerteza que isso traz – se os mercados estiverem voláteis no início de dezembro e a incerteza relativamente àquilo que a administração de Trump aparenta ser, a Fed pode não avançar“, afirmou George Goncalves, responsável do Nomura, em Nova Iorque, citado pela Bloomberg.

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Trump arrasta petróleo para queda de 2%

O mercado petrolífero está a afundar com a possibilidade de Donald Trump assumir a presidência dos EUA. Os preços da matéria-prima caem quase 2%, num dia negro para os mercados.

O mercado petrolífero está a reagir muito negativamente à possibilidade de Donald Trump ganhar as eleições norte-americanas. Os preços da matéria-prima estão a cair quase 2%, num dia que deverá ser marcado pela derrocada das principais praças europeias e norte-americanas.

O Brent, negociado em Londres, segue em baixa de 1,6% para 45,31 dólares por barril. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, cai 1,7% para 44,20 dólares por barril. “Uma presidência de Donald Trump vai significar protecionismo e isso pode traduzir-se em mais subsídios para as empresas e produtores de petróleo dos EUA”, diz um trader de petróleo em Singapura. Isto numa altura em que o objetivo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é cortar a produção. Os futuros do WTI chegaram a cair 4% e o Brent cedeu mais de 3% durante a sessão asiática.

Brent está a afundar quase 2%

Fonte: Bloomberg
Fonte: Bloomberg

Richard Gorry, diretor da consultora JBC Energy, refere também que “caso Donald Trump ganhe [as eleições], os mercados financeiros e de matérias-primas ficarão muito voláteis devido ao medo do desconhecido e eu tenho a certeza de que não será diferente com o petróleo”. Com 267 para Trump e 215 para Clinton, só faltam três votos para que o candidato seja o próximo commander-in-chief.

Este resultado é mais um revés para um mercado que tem sido abalado pelas falhas na negociação entre os países da OPEP e pelo aumento das reservas de energia nos EUA. Até dia 30 de novembro, data do próximo encontro da OPEP, a evolução do preço do barril de crude será marcada pelas posições dos países que estão a negociar o acordo. A Goldman Sachs não prevê que haja um acordo nesse encontro, mas o Bank of America e o Citigroup estão mais confiantes.

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Bruxelas divulga hoje projeções económicas de outono

  • Lusa
  • 9 Novembro 2016

Comissão Europeia divulga hoje previsões económicas de outono, numa altura em que o executivo comunitário está a avaliar as propostas orçamentais dos países e as "ações efetivas" de Portugal e Espanha

A última projeção de Bruxelas foi divulgada em maio deste ano, altura em que antecipou que a zona euro crescesse 1,6% em 2016 e 1,8% em 2017 e que os países da União Europeia (UE) apresentassem um crescimento de 1,8% em 2016 e de 1,9% em 2017.

Para Portugal, a previsão de maio antecipava que o Produto Interno Bruto (PIB) crescesse 1,5% este ano e que acelerasse o ritmo de crescimento para os 1,7% no próximo ano.

Estas previsões serão conhecidas numa altura em que Bruxelas está a avaliar as propostas orçamentais dos países para 2017, incluindo a de Portugal, em que o Governo antecipa um crescimento económico de 1,2% em 2016 (abaixo dos 1,8% previstos no Orçamento do Estado para 2016, apresentado em fevereiro) e de 1,5% em 2017.

A Comissão Europeia solicitou informação adicional ao ministério de Mário Centeno e, depois de a ter recebido, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, afirmou que o projeto de Orçamento do Estado para 2017 apresentado por Portugal “parece cumprir os critérios”.

Todo este processo coincide também com o momento em que Bruxelas está a avaliar a “ação efetiva” de Portugal para evitar a suspensão de fundos comunitários a partir de 2017.

Esta suspensão automática dos fundos decorre do facto de Portugal ter falhado o objetivo orçamental de 2015, já que o défice foi de 4,4% do PIB, acima dos 3% definidos pelas regras europeias, o que impediu o país de fechar o PDE em 2015.

A 16 de novembro, já depois de conhecidas as projeções de crescimento económico, a Comissão Europeia vai emitir a sua opinião sobre o OE2017 e sobre a “ação efetiva” de Portugal para evitar a suspensão de fundos.

Na segunda-feira, Moscovici reafirmou em Bruxelas que o desejo da Comissão é que a proposta a adotar seja no sentido de levantar essa suspensão de fundos e apontou que, para tal, é fundamental constatar que houve “ação efetiva” por parte dos dois países (Portugal e Espanha), pelo que a análise está “evidentemente ligada aos esforços feitos durante 2016”.

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Web Summit: 10 oradores a não perder no dia 2

Selecionámos dez entre as dezenas de oradores que vão estar no Web Summit esta quarta-feira. Descubra os cabeças de cartaz para o segundo dia de evento.

Mais um dia de Web Summit, mais uma leva de oradores. São às dezenas, tal como os palcos que, entre a Meo Arena e a FIL, servirão para abordar os mais variados temas na área da tecnologia, do empreendedorismo e da inovação. Por isso, o ECO escolheu dez participantes que vale a pena ouvir. São os cabeças de cartaz para esta quarta-feira, o segundo dia de evento.

Escolhemos dez entre as dezenas de oradores que vão estar no Web Summit esta quarta-feiraPaula Nunes / ECO
  1. Alex Stamos, diretor de segurança do Facebook. Stamos estará às 10h15 no palco principal (Meo Arena), para abordar um tema muito pertinente: a privacidade. A apresentação, a solo, deverá girar em torno de como se gere a questão da segurança para milhares de milhões de pessoas.
  2. Alan Boehme, responsável de tecnologia da The Coca-Cola Company. A marca Coca-Cola nunca fica demasiado velha. E porquê? Porque teve a capacidade de se ir reinventando continuamente ao longo dos anos. Assim, esta quarta-feira, Boehme estará às 10h50 no palco Saas Monster (Pavilhão 1, FIL) para falar de como o digital está a transformar os negócios e qual o papel do smartphone nessa transformação.
  3. Heinrich Zetlmayer, diretor da ESL. A ESL é a principal liga de desportos eletrónicos entre os jogadores. A intervenção, a solo, tem como título O que sabemos nós sobre os eSports [desportos eletrónicos]? e decorrerá às 10h50, no palco SportsTrade (Pavilhão 1 da FIL). Num ano em que se espera que o mercado dos eSports quase duplique de valor, para cerca de 463 milhões de dólares, o discurso de Zetlmayer ganha toda uma nova relevância.
  4. Shawn Layden, presidente da Sony Interactive Entertainment. À conversa com Charles Arthur, do jornal britânico The Guardian, Layden falará, sobretudo, dos novos óculos de realidade virtual PlayStation VR e da evolução do mercado das consolas de jogos. Ou seja, deverá explicar a visão que tem do futuro do entretenimento. Acontece no palco Content Makers (Pavilhão 2, FIL), às 10h55.
  5. Michael Shmilov, chefe de operações do Viber. É uma das aplicações de mensagens mais usadas do mundo. Shmilov vai conversar com Parmy Olson, da Forbes, sobre a forma como marcas e celebridades comunicam com os seguidores nos dias de hoje. A conversa, onde também entra o futuro das aplicações de mensagens, vai decorrer às 11h15 no palco PandaConf (Pavilhão 3 da FIL).
  6. Alexis Ohanian, cofundador do Reddit. No palco principal, pelas 11h20, decorrerá uma conferência que vai juntar responsáveis por duas das maiores comunidades online do mundo. Ohanian estará a representar o Reddit, o maior fórum da internet.
  7. Ryan Hoover, fundador do Product Hunt. Juntamente com Ohanian, Hoover é o outro responsável. Fundou uma das maiores plataformas de partilha de projetos e ideias que é de registo obrigatório para qualquer pessoa que se mova no mundo do empreendedorismo e das startups. O Product Hunt e o Reddit têm uma coisa em comum: permitem que se atribuam votos positivos ou negativos aos projetos e publicações. Será sobre nessa funcionalidade que centrará a conversa, moderada por Kurt Wagner, editor sénior da Re/code.
  8. Soups Ranjan, diretor de ciência dos dados da Coinbase. Blockchain é um termo já frequente nas notícias. Diz respeito às novas moedas virtuais, entre as quais a Bitcoin é o exemplo mais flagrante. Por isso, às 11h20, no palco Binate.io (Pavilhão 3 da FIL), Ranjan explicará como estas novas divisas são usadas em sofisticadas fraudes bancárias na rede.
  9. Jonathan Downey, fundador e presidente executivo da Airware. O mercado dos drones está em forte crescimento. Downey é responsável por uma das maiores empresas de sistemas operativos para veículos aéreos comerciais não tripulados, por isso, sabe do que fala. E vai estar no palco Talk Robot às 11h30 para mostrar o vasto leque de funções que um drone pode ter, para além de fotografar e filmar.
  10. John Chambers, presidente executivo da Cisco Systems. Jonathan Downey, da Airware, não vai estar sozinho no palco. O chairman da Cisco vai estar, também às 11h30, no Talk Robot para explicar a estratégia da empresa para esse segmento.

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Ouro com maior subida desde o Brexit

A vitória de Donald Trump está a levar os investidores a procurar ativos de refúgio.

Com a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, os mercados estão a sofrer um forte abalo. E os investidores estão a procurar refúgio no ouro.

Os mercados acionistas estão em forte queda, tal como o dólar no mercado cambial ou o petróleo no mercado das commodities.

Nestas alturas de forte turbulência nos mercados, os investidores tendem a procurar ativos mais seguros para colocarem o dinheiro. É o caso do ouro que está a subir 4,8% para 1.337,38 dólares a onça, máximos de setembro.

Segundo a agência Bloomberg, esta é a subida diária mais expressiva desde Junho, quando os britânicos votaram favoravelmente o Brexit.

“Bem ou mal, a vitória de Trump é vista pelos mercados como um evento de risco”, justificou Ric Spooner, estratega do CMC Markets Asia Pacific Pty, em declarações à agência norte-americana.

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Peso mexicano colapsa com eleições nos EUA

É a maior queda desde a chamada crise da Tequilla na década de 90.

O cenário de uma vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas está a provocar um terramoto nas maiores bolsas mundiais que já estão a transacionar.

No mercado cambial, além da desvalorização do dólar, o fator mais relevante tem sido o comportamento do peso mexicano que chegou a afundar 13% para um novo mínimo histórico.

Segundo o Financial Times, é a maior queda diária desde 1994 quando o país chegou a uma situação de quase bancarrota e foi obrigado a desvalorizar a moeda. Na altura da chamada crise da Tequilla, os mexicanos receberam a ajuda dos EUA e do FMI.

Agora, com a possível vitória de Trump, a economia mexicana pode voltar a sofrer um grande abalo. O republicano já disse que queria construir um muro na fronteira com o México, travar a imigração e rever os acordos de livre comércio com vários países.

Segundo o Financial Times, que cita o jornal mexicano Reforma, a ministra dos Negócios Estrangeiros mexicana estava a dirigir-se para uma reunião de emergência no palácio presidencial.

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Mercados no vermelho com vitória de Trump

Os futuros sobre o Dow Jones estão a afundar 1,4% e o peso mexicano está em queda livre de 8%. Bolsas europeias abriram no vermelho.

A vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas atirou os mercados para o vermelho. As bolsas europeias abriram a cair mais de 1% — no PSI-20 a quebra foi de 3% –, o ouro está em máximos desde o Brexit e o petróleo está a cair.

Os futuros dos principais índices norte-americanos estão a apontar para uma abertura de Wall Street em queda. Os contratos futuros sobre o S&P 500 estão a perder 1,76% e o Dow Jones perde 291 pontos, o que equivale a uma queda percentual de 1,59%.

O sentimento de pânico dos investidores também já contagiou o mercado cambial, com o dólar a registar uma quebra de 3% face ao iene. O peso mexicano já esteve a perder 13%, naquele que é o maior tombo das últimas duas décadas.

A última vez que os mercados foram fortemente abalados por um evento politico foi em Junho, quando os britânicos, também contra todas as sondagens, votaram a favor do Brexit. Nessa altura, no espaço de dois dias, o índice S&P 500 acumulou uma perda de 5,3%.

“Com cada vez mais votos contados e com o cenário de uma vitória de Trump a ganhar forma, os mercados estão a afundar. Este cenário apanhou muitas pessoas desprevenida. Estamos todos muitos surpreendidos”, disse Karl Goody, um gestor de ativos de Sidney à agência Bloomberg, horas antes de ser dada a vitória a Donald Trump.

As sondagens e as casas de apostas (com probabilidades acima dos 80%) davam esta terça-feira a vitória aos democratas. Uma aposta que se veio a revelar totalmente errada.

A maior queda do peso desde a crise da Tequilla

No mercado cambial, além da desvalorização do dólar, o fator mais relevante tem sido o comportamento do peso mexicano que chegou a afundar 13% para um novo mínimo histórico.

Segundo o Financial Times, é a maior queda diária desde 1994 quando o país chegou a uma situação de quase bancarrota e foi obrigado a desvalorizar a moeda. Na altura da chamada crise da Tequilla, os mexicanos receberam a ajuda dos EUA e do FMI.

Agora, com a vitória de Trump, a economia mexicana pode voltar a sofrer um grande abalo. O republicano já disse que queria construir um muro na fronteira com o México, travar a imigração e rever os acordos de livre comércio com vários países. Mas a dura realidade e o custo astronómico deste projeto podem dificultar o cumprimento desta promessa eleitoral.

Segundo o Financial Times, que cita o jornal mexicano Reforma, a ministra dos Negócios Estrangeiros mexicana estava a dirigir-se para uma reunião de emergência no palácio presidencial.

Ouro com maior subida desde o Brexit

Nestas alturas de forte turbulência nos mercados, os investidores tendem a procurar ativos mais seguros para colocarem o dinheiro. É o caso do ouro que está a subir 4,8% para 1.337,38 dólares a onça, máximos de setembro.

Segundo a agência Bloomberg, esta é a subida diária mais expressiva desde junho, quando os britânicos votaram favoravelmente o Brexit.

Bem ou mal, a vitória de Trump é vista pelos mercados como um evento de risco”, justificou Ric Spooner, estratega do CMC Markets Asia Pacific Pty, em declarações à agência norte-americana.

Petróleo reage negativamente

O mercado petrolífero está a reagir muito negativamente à vitória de Donald Trump. Os preços da matéria-prima estão a cair quase 2%, num dia que começou marcado pelo arranque das principais praças europeias e norte-americanas no vermelho.

O Brent, negociado em Londres, segue em baixa de 1,6% para 45,31 dólares por barril. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, cai 1,7% para 44,20 dólares por barril. “Uma presidência de Donald Trump vai significar protecionismo e isso pode traduzir-se em mais subsídios para as empresas e produtores de petróleo dos EUA”, diz um trader de petróleo em Singapura. Isto numa altura em que o objetivo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é cortar a produção. Os futuros do WTI chegaram a cair 4% e o Brent cedeu mais de 3% durante a sessão asiática.

Brent afunda quase 2%

Fonte: Bloomberg
Fonte: Bloomberg

 

Ações Europeias com perdas acima de 1%. IBEX afunda mais de 2%

A vitória de Trump nas presidenciais norte-americanas está a ditar perdas um pouco por todas as praças bolsistas do Velho Continente. O índice Europe Stoxx 600 recua 1,23%, para os 330,8 pontos. Mas o IBEX é o índice nacional mas pressionado da Europa, sofrendo as perdas mais extensas desde a vitória do Brexit: recua 2,45%.bbc

Maré vermelha nas bolsas também chega a Lisboa. PSI-20 tomba 3%

A praça lisboeta acompanha o sentimento negativo das pares mundiais, com o PSI-20 a tombar 3,1%, para os 4.420 pontos, e 13 dos seus títulos a registarem perdas acima de 2%. A Mota-Engil e o BCP são os títulos que mais perdem: 7% e 6%, respetivamente. Mas são as energéticas que mais peso exercem: a EDP e a EDP Renováveis recuam mais de 4%.

 

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Apostas na subida de juros em dezembro nos EUA cai abaixo dos 50%

Cenário de vitória de Trump nas presidenciais dos EUA e a esperada volatilidade nos mercados financeiros faz baixar as apostas em relação à possibilidade de uma subida de juros no próximo mês para 47%. Ontem, ao final do dia, as apostas eram de 82%.

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Santos Silva diz que consolidação da banca até ao fim do ano é “absolutamente essencial”

  • Lusa
  • 8 Novembro 2016

O ministro dos Negócios Estrangeiros considera "absolutamente essencial" consolidação da banca até ao fim do ano. Santos Silva diz que essa é uma das condições para relançar o crescimento da economia

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou esta terça-feira “absolutamente essencial” resolver até ao fim do ano a consolidação da banca, uma das condições para o relançamento do crescimento da economia em Portugal.

É absolutamente essencial que a gente resolva até ao fim deste ano os problemas que causaram o aumento da dívida portuguesa, os problemas de ausência de consolidação do sistema bancário português“, afirmou o governante, numa audição conjunta das comissões parlamentares de Assuntos Europeus e de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2017.

Essa, continuou, “é uma das condições, juntamente com a consolidação orçamental, para o relançamento do crescimento da economia em Portugal”.

Antes, o governante comentou estar “muito preocupado” com o crescimento da dívida portuguesa, em resposta ao deputado do PSD Manuel Rodrigues, que alertar para a revisão em alta da dívida e para a necessidade de controlar o excesso de endividamento.

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Comércio e serviços antecipam como “muito difícil” acordo geral entre parceiros sociais

  • Lusa
  • 8 Novembro 2016

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal classificou como "muito difícil" um futuro acordo geral entre os parceiros sociais, designadamente sobre o aumento do salário mínimo.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) classificou hoje como “muito difícil” um futuro acordo geral entre os parceiros sociais, designadamente sobre o aumento do salário mínimo nacional.

Impossível, não há nada impossível, mas vejo-o muito difícil, porque, se o Governo quiser incluir no OE2017 os acordos políticos de salário mínimo que já fez, não vemos grande viabilidade”, afirmou João Vieira Lopes, após reunião com o grupo parlamentar do PS, no parlamento.

Antes, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse pretender receber na próxima semana todos os parceiros sociais para debater a necessidade de um acordo de concertação social que inclua, entre outros pontos, o salário mínimo nacional.

“Numa altura em que temos uma economia a crescer a pouco mais de 1%, uma inflação abaixo de 1%, a produtividade a crescer na casa de 1%, garantir aumentos salariais de 5% ao ano durante quatro anos parece-nos inviável economicamente, a não ser que o Governo tenha um conjunto de contrapartidas na área económica e fiscal que permita às empresas absorver esse tipo de aumentos”, continuou o líder da CCP.

"Numa altura em que temos uma economia a crescer a pouco mais de 1%, uma inflação abaixo de 1%, a produtividade a crescer na casa de 1%, garantir aumentos salariais de 5% ao ano durante quatro anos parece-nos inviável economicamente, a não ser que o Governo tenha um conjunto de contrapartidas na área económica e fiscal que permita às empresas absorver esse tipo de aumentos”

Vieira Lopes

Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal

Segundo Vieira Lopes, “aplicando as fórmulas que constam do acordo” assinado em janeiro passado, “dificilmente o aumento do salário mínimo poderia passar dos 540 euros”.

“Este OE2017 tem uma análise macroeconómica global que consideramos bastante otimista. Temos muitas dúvidas que, com o enquadramento europeu atual, este tipo de orçamentos possam produzir crescimento económico“, criticou ainda o presidente da CCP.

O representante do setor do comércio e serviços destacou alguns dos pontos defendidos junto da bancada socialista, nomeadamente o “fim do adicional do IMI sobre o comércio e serviços”, a “baixa do IRC” e a “recapitalização das empresas por via fiscal”.

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Wall Street tímido à espera de conhecer presidente

  • Leonor Rodrigues
  • 8 Novembro 2016

Depois de registar a valorização mais expressiva desde março na segunda-feira, a bolsa norte-americana terminou hoje a sessão com ganhos pouco significativos.

Wall Street encerrou esta terça-feira com ganhos tímidos, com os investidores na expectativa de saberem quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. A vantagem de Hillary suportou os ganhos, mas ninguém quis arriscar muito dinheiro na bolsa.

Depois de na segunda-feira terem registado o maior ganho desde março, esta terça-feira as praças norte-americanas não registaram grandes variações. O S&P 500 fechou a valorizar apenas 0,38% para os 2139,57 pontos. O Dow Jones subiu 0,4% e o Nasdaq avançou 0,53%.

Com a crescente expectativa quanto à vitória de Hillary Clinton, a procura por ativos de refúgio, como o ouro e o iene, abrandou, mas poucos foram os investidores que aumentaram a aposta no mercado acionista, considerado mais arriscado.

Também o preço do barril de petróleo não sofreu grandes alterações, terminando o dia a negociar perto dos 45 dólares. Na segunda-feira a matéria-prima tinha valorizado, depois de os países da OPEP terem concordado em utilizar dados independentes para definir os cortes na produção.

Recorde-se que as sondagens dão vantagem à democrata Hillary Clinton mas ainda está tudo em aberto. Em Portugal, os primeiros resultados devem ser conhecidos por volta da uma da manhã.

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