Volkswagen lança serviço de mobilidade urbana

  • Juliana Nogueira Santos
  • 29 Setembro 2016

A marca alemã garante liderança de mercado em 2025 e afirma que não vai negligenciar os motores tradicionais.

Se a curta vida da Uber tem sido dificultada pelos seus concorrentes e pela legislação dos países onde tem entrado, a Volkswagen também não quer ficar fora da festa. O CEO do gigante automóvel, Matthias Müller, anunciou esta segunda-feira a criação de uma marca especializada na oferta de serviços de mobilidade urbana.

Os rumores deste interesse já tinham circulado depois de o grupo ter adquirido a Navister, uma fabricante americana de camiões, e de ter investido 300 milhões de dólares na Gett, uma startup israelita concorrente da Uber. Esta já firmou uma guerra aberta com a líder de mercado, criticando a sua tarifa dinâmica — tarifa gradual cobrada quando existe muita procura — e garantindo “um melhor pagamento que a Uber”.

"O plano é que esta marca esteja no Top 3 dos serviços de mobilidade urbana e que seja líder de mercado na Europa em 2025.”

Matthias Müller

No VW Group Media Night, marcado para a véspera da abertura do Salão Automóvel de Paris, falou-se sobre a mudança de paradigma dos transportes e o futuro do grupo. “Nas grandes cidades, os jovens estão a deixar de lado os seus próprios carros para redefinirem a sua mobilidade”, afirmou Müller, sublinhando que “o futuro é elétrico”. Depois do escândalo dos motores alterados, o presidente executivo deixou bem claro que, mesmo assim, o grupo não vai negligenciar os motores a gasolina e gasóleo.

A marca vai ser a décima terceira do seu consórcio e, ainda que não tenha nome, já concentra em si muitas expectativas. “O plano é que esta marca esteja no Top 3 dos serviços de mobilidade urbana e que seja líder de mercado na Europa em 2025”, diz a VW. Os detalhes do serviço serão divulgados em novembro.

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Haitong: Congelamento do Fundo protege bancos

O Estado português decidiu congelar as contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução e o Haitong diz que isto vai proteger as instituições financeiras. A decisão é neutra para o setor.

O Haitong acredita que a decisão do governo português de prolongar o prazo dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução formaliza a forma como os bancos vão ser protegidos do risco de terem de contribuir mais para este mecanismo. As contribuições que têm de fazer para o Fundo vão ficar congeladas no nível atual.

“Na nossa perspetiva, o acordo formaliza a forma como os bancos serão protegidos deste risco [do aumento das contribuições anuais dos bancos para o Fundo de Resolução]”, disse o Haitong numa nota de research. “Mais importante, o acordo confirma que a Comissão Europeia ratificou a sua decisão”, afirma o banco.

O congelamento das contribuições mantém-se mesmo que o Fundo seja chamado a salvar mais bancos, no futuro. O acordo firmado entre o Estado e o Fundo estabelece que se tal acontecer, as maturidades dos empréstimos voltam a ser estendidas para acomodar esse esforço extra. Do mesmo modo, se as responsabilidades do Fundo se reduzirem, o ajustamento volta a ser feito através dos prazos dos empréstimo, em vez de ser obtido através da variação do montante das contribuições.

Na nossa perspetiva, o acordo formaliza a forma como os bancos serão protegidos deste risco [do aumento das contribuições anuais dos bancos para o Fundo de Resolução]

Haitong

No entanto, o Haitong diz que a decisão é neutra para o setor financeiro português, nomeadamente para BCP e BPI, ambos cotados em bolsa. “Para o setor, [a decisão] já tinha sido descontada pelo mercado. O Banco de Portugal indicou anteriormente a sua intenção de não aumentar as contribuições anuais dos bancos” para o fundo, esclarece o banco.

“Desde que o principal credor do Fundo de Resolução seja o Governo português, será o Estado a suportar o maior risco de crédito provocado pela sua exposição”, conclui o Haitong.

 

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CTT: “Nós temos bastante concorrência”

André Gorjão Costa, administrador dos CTT, defendeu-se das acusações de abuso de posição dominante. Ao mesmo tempo, João Confraria, da Anacom, deixou pistas para o futuro do serviço universal postal.

A Anacom está alinhada com a Autoridade da Concorrência no que toca à necessidade de criar outras condições de oferta da rede nacional de distribuição de correio, atualmente detida pelos CTT. Esta quinta-feira, João Confraria, do conselho de administração do regulador, disse que a empresa tem “uma oferta de acesso à rede que pode ser melhorada”.

As declarações de João Confraria, num painel sobre “Regulação” no congresso da APDC, vão ao encontro das deliberações da Autoridade da Concorrência, que acusou os CTT de abuso de posição dominante por, alegadamente, impedir “a entrada ou a expansão de concorrentes no mercado nacional de prestação de serviços de correio tradicional”.

André Gorjão Costa, administrador executivo dos CTT, defendeu-se, garantindo que os CTT têm “bastante concorrência”, principalmente no que toca a encomendas, onde ela é tanto nacional como internacional, disse. O administrador recordou também que os CTT não foram multados, mas sim alvo de “uma nota de ilicitude” por parte da Autoridade da Concorrência.

A rede de distribuição dos CTT inclui os meios de encaminhamento e triagem de correio e “tem que ser entendida na sua natureza”, explicou André Gorjão Costa, acrescentando que é também “de pessoas” que se está a falar. “O nosso [principal] operador concorrente já pediu acesso a essa oferta”, revelou, mas “para haver concorrência, [os operadores postais] devem operar diretamente” em certas zonas e, noutras, “devem usar a nossa rede”. Terminou, considerando suficiente a oferta dos CTT no que toca ao acesso à rede de distribuição.

"Se os padrões de tráfego postal continuarem a evoluir como até agora, [o que] faz sentido é garantir um serviço que entregue coisas às pessoas em horários e locais que sejam da sua conveniência.”

João Confraria

Membro do Conselho de Administração da ANACOM

João Confraria, da Anacom, respondeu que “o serviço universal é um domínio que é dado a visões”, e aproveitou para deixar algumas pistas para 2020, altura em que deverá ser revisto o contrato de serviço universal do setor: “O serviço universal postal ainda tem alguma utilidade. É caro, mas faz sentido. No entanto, se os padrões de tráfego postal continuarem a evoluir como até agora, [o que] faz sentido é garantir um serviço que entregue coisas às pessoas em horários e locais que sejam da sua conveniência. É o que há a discutir quanto ao futuro do serviço universal”, disse.

No segundo trimestre deste ano, o grupo CTT — composto pelos CTT, CTT Expresso e CTT Contacto — registou uma quota de mercado na ordem dos 93,6%. Em segundo lugar ficou a Chronopost com 1,3% de quota, seguindo-se a CityPost com uma fatia de 1,1% — dados da Anacom. Em causa, um mercado que, por ano, gera cerca de 400 milhões de euros.

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Confiança dos consumidores sobe após três meses em queda

Indicador de confiança dos consumidores melhorou este mês, enquanto o indicador do clima económico em Portugal estabilizou em níveis positivos, revela o INE.

O sentimento dos consumidores portugueses relativamente à economia portuguesa melhorou em setembro. Trata-se da primeira vez nos últimos quatro meses em que isso acontece.

Dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de estatística (INE), mostram que o indicador de confiança dos consumidores aliviou de um valor negativo de 13,3, em agosto, para -12,4, em setembro. Desde maio deste ano que este indicador não apresentava um sinal de melhoria.

“A recuperação do indicador de confiança dos consumidores em setembro deveu-se ao contributo positivo de todas a componentes, perspetivas relativas à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar, da poupança e do desemprego”, refere o INE.

Já o indicador de clima económico — calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade – estabilizou nos 1,4 pontos, em setembro, depois de ter aumentado em julho e em agosto (para 1,3 e 1,4 pontos, respetivamente).

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Portugal é o quinto país da UE com mais idosos acima dos 80

  • Margarida Peixoto
  • 29 Setembro 2016

Os países do sul da União Europeia são os que têm a maior percentagem de população acima dos 80 anos. Itália é o país com a taxa mais elevada. Portugal aparece em quinto lugar, acima da média da UE.

Itália, Grécia, Espanha, França e Portugal: estes são os cinco países da União Europeia (UE) com percentagens mais elevadas de idosos acima dos 80 anos. Juntos têm 44% do total da população da UE acima dos 80. Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Eurostat, para assinalar o Dia Internacional dos Idosos.

Em média, os Estados-membros têm uma fatia de 5,3% de população com mais de 80 anos. Mas nestes cinco países do Sul da Europa, todos pressionados pelas dificuldades em sair da crise económica e dar ritmo ao crescimento, as percentagens são mais elevadas. Itália lidera a tabela, com 6,5% de velhos acima dos 80, enquanto Portugal aparece em quinto lugar, com uma percentagem de 5,9% face ao conjunto da sua população.

Os cinco países com mais idosos acima dos 80

Fonte: Eurostat (percentagem da população com mais de 80 anos)
Fonte: Eurostat (percentagem da população com mais de 80 anos)

O aumento da percentagem de população idosa pressiona os sistemas de Segurança Social e de Saúde — desafios com que estes países têm de lidar.

Os cinco países apresentam ganhos significativos, ao longo da última década, na esperança média de vida aos 80 anos. Em Espanha e em França subiu um ano e sete meses entre 2004 e 2014 — os ganhos mais elevados em toda a UE, só equiparados pela Estónia, mas que parte de valores de esperança média de vida mais baixos.

França é o Estado-membro com uma esperança média de vida aos 80 anos mais elevada: os idosos podem esperar viver em média mais 11 anos (as mulheres mais 12 e os homens mais nove anos e seis meses). Em Portugal, a esperança média de vida aos 80 anos é de dez anos.

Já no final da lista, com a menor percentagem de população acima dos 80 anos, está a Eslováquia, com uma percentagem de 3,1%.

 

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Canais da RTP na TDT a 1 de dezembro

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

Gonçalo Reis diz que esta é "grande oportunidade para a RTP porque vai ter os seus canais todos em aberto".

As emissões da RTP3 e da RTP Memória na televisão digital terrestre (TDT) arrancam a 1 de dezembro, afirmou hoje o presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis.

“Estamos a planear o arranque da RTP3 e RTP Memória a 1 de dezembro, coincidindo com a data legal imposta, as equipas estão a trabalhar, há equipas internas de conteúdos, de formatação de canais, de tecnologia, em termos de regulação e também legal, estamos a dar os passos todos, é uma grande oportunidade para a RTP, estamos entusiasmados com isso”, afirmou o gestor.

Gonçalo Reis falava aos jornalistas à margem do 26.º congresso organizado pela APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que este ano é sobre o tema “Digital Business Congress” e termina na quinta-feira, em Lisboa.

Questionado sobre os custos da TDT para a RTP, Gonçalo Reis disse: “Estamos a trabalhar numa série de cenários e de ajustamentos, em termos de distribuição com o operador Portugal Telecom e chegaremos a acordo envolvendo também, eventualmente, os reguladores, como está previsto na lei”.

É uma grande oportunidade para a RTP porque vai ter os seus canais todos em aberto, é uma grande oportunidade para o público português porque vai ter mais oferta, o que resulta em mais capacidade de escolha.

Gonçalo Reis

Presidente da RTP

Relativamente a perdas que a RTP possa vir a ter, já que os dois novos canais a serem disponibilizados na TDT – RTP3 e RTP Memória – não vão ter publicidade, Gonçalo Reis foi perentório: “Não prevejo perdas nenhumas”.

O presidente da televisão estatal reiterou que esta é uma “grande oportunidade para a RTP porque vai ter os seus canais todos em aberto, é uma grande oportunidade para o público português” porque vai ter mais oferta, o que resulta em mais capacidade de escolha, e “é uma grande oportunidade para o setor audiovisual”, já que incentiva a produção de mais conteúdos em português.

Para o gestor, “a solução encontrada [para alargar a oferta na TDT] é uma ótima solução” e recordou que a TDT em Portugal “era a mais pobre da Europa”.

Esta é “uma solução equilibrada, prevê canais públicos e canais privados, há espaço para todos. É assim em toda a Europa, não há nenhum caso na Europa em que os canais públicos não estejam todos na TDT”, salientou.

“O executivo reservou também dois canais para operadores privados, quanto mais rápido forem melhor porque assim vai dinamizar a rede”, concluiu.

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Fortuna de Donald Trump encolheu 700 milhões num só ano

  • Marta Santos Silva
  • 29 Setembro 2016

A estimativa é da revista Forbes, que vem contrariar as declarações frequentes do candidato à Casa Branca acerca do seu "enorme rendimento".

Donald Trump pode dizer que tem uma fortuna “acima dos dez mil milhões de dólares”, mas nem a Forbes nem a Bloomberg alguma vez concordaram com esse valor. E agora uma nova estimativa da Forbes mostra que a riqueza do multimilionário diminuiu em 712 milhões de dólares só desde 2015.

A Forbes acompanha a riqueza de Donald Trump, magnata do imobiliário e atual candidato republicano à Casa Branca, há mais de 30 anos, e a sua atualização mais recente do património líquido de Trump fixou-se nos 3,2 mil milhões de euros — uma queda de 712 milhões relativamente ao ano passado.

A revista refere que esta redução na fortuna de Trump se deva a um aumento da oferta e diminuição da procura no mercado imobiliário de Nova Iorque, que é um aspeto central no património do candidato. A icónica Torre Trump, em Manhattan, foi um dos edifícios cujo valor caiu no último ano.

O candidato republicano tem como um dos pontos centrais da sua campanha o facto de ser um empresário de sucesso com uma fortuna que supera os dez mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros), mas revistas como a Forbes e a Fortune, assim como a Bloomberg, estimam todas que o património líquido do empresário estará mais próximo dos três mil milhões.

A disparidade entre os valores, relembra a BBC, dever-se-á ao valor que é atribuído à marca “Trump”, que o empresário estima estar próximo dos 2,9 mil milhões de euros, muito acima da avaliação feita pelas publicações especializadas. Trump já criticou várias vezes a imprensa “terrível” e “desonesta” por desvalorizar o seu património.

As declarações fiscais de Trump têm estado no centro da discussão pública agora que a corrida à Casa Branca entra nas suas últimas semanas. Donald Trump quebrou a tradição mantida ao longo de várias décadas pelos candidatos à presidência, que têm divulgado as suas declarações de impostos, levantando especulação de que o candidato terá algo a esconder.

No debate presidencial desta segunda-feira, onde Donald Trump se vangloriou dos seus “enormes rendimentos”, Hillary Clinton sugeriu que talvez Trump não fosse “tão rico como diz que é”. A divulgação das declarações permitiria conhecer os rendimentos de Trump, mas não daria uma visão clara do seu património nem das suas dívidas.

Trump afirma que está a ser sujeito a uma auditoria e que está disposto a revelar as declarações quando esta terminar, apesar de a autoridade tributária norte-americana já ter dito publicamente que não existe nenhum impedimento à divulgação de declarações fiscais durante esse processo.

Editado por Paulo Moutinho.

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Commerzbank quer despedir 9.600 funcionários

O Commerzbank diz que quer eliminar milhares de postos de trabalho e suspender o pagamento dos dividendos. O banco prevê registar custos de reestruturação de perto de 1,1 mil milhões de euros.

O Commerzbank planeia eliminar 9.600 postos de trabalho e suspender o pagamento de dividendos, num altura em que o CEO, Martin Zielke, tenta aumentar a rentabilidade do banco. Estes esforços incluem uma restruturação que poderá custar mais de mil milhões euros ao banco.

“O banco vai assumir custos de cerca de 1,1 mil milhões de euros (1,2 mil milhões de dólares) para restruturar o negócio”, disse a instituição financeira num comunicado citado pela Bloomberg. O Commerzbank tem como alvo receitas entre 9,8 mil milhões de euros e 10,3 mil milhões de euros até 2020, no âmbito do plano de Martin Zielke. O segundo maior banco da Alemanha também poderá reduzir a dimensão da banca de investimento e fundir unidades.

"O banco vai assumir custos de cerca de 1,1 mil milhões de euros para restruturar o negócio ”

Commerzbank

O jornal alemão Boersen-Zeitung já tinha noticiado que o Commerzbank planeava eliminar 5.000 empregos. Os media sinalizaram que o CEO poderia anunciar estas mudanças esta semana. Os planos são um forte sinal de que Zielke está determinado a reduzir a dimensão do banco parcialmente detido pelo Estado, num período prolongado de taxas de juro negativas e fraca procura por parte dos clientes.

Apesar das notícias, as ações do Commerzbank seguem a recuar 0,6%.

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Taxa de desemprego aumenta na Alemanha

  • Ana Luísa Alves
  • 29 Setembro 2016

Ao contrário do que os economistas previam, a taxa de desemprego na Alemanha registou um ligeiro aumento no nono mês do ano.

A taxa de desemprego da maior economia europeia está a subir. Aumentou em setembro, evolução que acabou por contrariar as expetativas dos economistas. Continua, no entanto, perto de mínimo histórico.

O número total de desempregados, ajustado sazonalmente, aumentou de um milhão para 2,68 milhões, revela a Agência Federal do Trabalho, citada pela Bloomberg. Estes números surpreenderam os economistas que apontavam para uma cinco mil desempregados.

É a primeira vez no espaço de um ano que a taxa de desemprego aumenta, embora se mantenha nos 6,1%, o valor mais baixo desde a reunificação alemã, em 1990.

Este aumento é sinal da preocupação manifestada entre as empresas com o abrandamento económico que se tem feito sentir, mas também devido às consequências da decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia.

Este aumento da taxa de desemprego é evidência de que a maior economia europeia pode estar a perder o seu ímpeto, acrescenta a Bloomberg. O Bundesbank diminuiu as suas perspetivas de crescimento, dizendo que esperava que este desacelerasse no terceiro trimestre. O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, alertou o país para que usasse a sua “margem orçamental” para estimular a economia.

Editado por Paulo Moutinho

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Inflação espanhola sai de terreno negativo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 29 Setembro 2016

Os preços subiram 0,3% em setembro, estabelecendo-se como a primeira subida de preços em 14 meses. O valor ainda não é suficiente para cumprir a meta de Bruxelas.

Setembro foi o mês de mudança na inflação espanhola. Os preços registaram uma subida de 0,3%, comparando com o mesmo mês do ano anterior, estabelecendo-se como o primeiro aumento de preços desde julho de 2015.

Os dados do Índice de Preço no Consumidor – IPC – divulgados hoje pelo Instituto Espanhol de Estatística mostram também que, em termos mensais, os preços subiram 0,1% em relação ao mês anterior.

A taxa tem-se mantido negativa decorridos 14 meses, excetuando no mês de dezembro, tendo atingido o seu mínimo em abril desde ano, quando marcou -1,1%. Contudo, esta viragem já era esperada, visto que em agosto a baixa de preços tinha sido de apenas 0,1%.

Ao considerar o IHPC – ou seja, o índice harmonizado com o resto da União Europeia – o aumento de preço foi de apenas 0,1%, ficando ainda assim no patamar positivo.

Embora não se saiba ainda quais foram os produtos que sofreram alterações de preços, o organismo oficial de estatística espanhol afirma que estas foram causadas pela subida dos preços dos combustíveis e da eletricidade, valores que caíram exponencialmente em 2015.

Espanha está ainda longe de atingir a meta de inflação estabelecida por Bruxelas de dois pontos percentuais.

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Fundo soberano norueguês trava aposta nos emergentes

  • Marta Santos Silva
  • 29 Setembro 2016

O maior fundo soberano do mundo está "confortável" com a sua participação próxima de 10% nas economias da China, da Índia e de Taiwan.

O fundo soberano norueguês, o maior fundo deste tipo no mundo, mantém alguma cautela perante os mercados emergentes. Depois de elevar a exposição para cerca de 10% do valor do fundo, e apesar dos retornos atrativos, afasta aumentar a aposta.

“Estamos confortáveis com a atual distribuição geográfica do fundo”, disse Egil Matsen, governador adjunto do banco central norueguês, que administra o fundo, citado pela Bloomberg.

Nos últimos quatro anos, o fundo que tem um património de mais de 793 mil milhões de euros tem aumentado a sua presença nos mercados emergentes, chegando a participações próximas de 10% nas principais dessas economias.

Egil Matsen recusou, no entanto, a possibilidade de vir a aumentar esses investimentos. “Há limites para este tipo de alocação”, afirmou numa entrevista que teve lugar em Bergen, na Noruega. De acordo com o relatório do segundo trimestre apresentado pelo fundo norueguês, 9,5% do capital do fundo estava em ações e 12,7% em dívida dos emergentes.

Apesar de apelos para que o fundo aumente o seu investimento nessas economias, que são indicadas como as melhores apostas numa altura em que os países da OCDE demonstram ser investimentos menos rentáveis, Matsen afirmou que o fundo não tem intenções imediatas de aumentar a sua participação nos mercados emergentes.

Um estudo encomendado pelo governo norueguês e recuperado pela Bloomberg demonstrou que as grandes oportunidades de investimento para o maior fundo soberano do mundo estão nas infraestruturas, no mercado imobiliário e em capital de risco nos países em desenvolvimento.

O relatório, da autoria do investigador Sony Kapoor do think tank Re-Define, descrevia as perspetivas dos investidores institucionais como “sombrias”, e sublinhava que os investimentos deveriam ser direcionados para “economias emergentes e em desenvolvimento de crescimento rápido”.

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Goldman Sachs vê petróleo subir até 10 dólares

O banco de investimento antecipa que o corte de produção de petróleo da OPEP pode levar os preços da matéria-prima a dispararem até 10 dólares no curto prazo, mas mantém estimativas para 2016 e 2017.

O Goldman Sachs antecipa que os preços do barril de petróleo possam subir até 10 dólares em consequência do corte de produção de petróleo anunciado pela OPEP. O plano de reduzir a produção de petróleo para o intervalo entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris diários “irá provavelmente oferecer suporte aos preços, pelo menos no curto prazo”, diz o banco de investimento, citado pela Bloomberg.

Apesar de antecipar esse impacto inicial positivo sobre as cotações da matéria-prima, o Goldman Sachs mantém o ceticismo em relação à forma como o acordo será implementado, razão suficiente para levar a instituição financeira a manter as suas estimativas de preços para 2016 e para o próximo ano. Uma visão que se deve à expetativa de que a incerteza se mantenha no mercado petrolífero durante os próximos meses, e que as quotas de produção continuem a ser excessivas.

“Estritamente implementada na primeira metade de 2017, mantendo tudo o resto constante, a quota de produção anunciada hoje [quarta-feira] deve valer entre sete e 10 dólares por barril de petróleo”, escreveram os analistas do Goldman Sachs na nota, lembrando, porém que, historicamente, foi necessária uma queda da procura para garantir o cumprimento das quotas, o que não será o caso atual, “com o crescimento resiliente da procura”.

Implementada na primeira metade de 2017, mantendo tudo o resto constante, a quota de produção anunciada hoje [quarta-feira] deve valer entre sete e 10 dólares por barril de petróleo.

Goldman Sachs

A OPEP produz mais de 40% do petróleo mundial, pelo que cortes de produção coordenados terão um impacto imediato em termos do equilíbrio entre a procura e a oferta. A história do cartel revela que qualquer ação não terá um efeito tão positivo como o anunciado. Os países membros ainda terão de acertar o que cada país irá cortar, sendo que o cartel habitualmente ultrapassa em quase 5% os objetivos estabelecidos, segundo o Goldman Sachs, o que eliminaria qualquer efeito de uma descida das metas de produção.

Depois do disparo de 6% no final da última sessão, após a surpresa do mercado com o acordo para o corte de produção, os preços do petróleo seguem esta quinta-feira em queda ligeira. O barril de Brent desliza 0,23%, para os 48,58 dólares, no mercado londrino, enquanto o West Texas Intermediate, transacionado em Nova Iorque, perde 0,15%, para os 46,98 dólares.

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