Incêndios: Costa admite que os “problemas” vão repetir-se

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

Perante os mais de 500 incêndios em todo o país, o primeiro-ministro confessa que "não há bombeiros para acorrerem a todas as situações". O executivo agendou um Conselho de Ministros extraordinário.

O primeiro-ministro sustentou esta segunda-feira que não há bombeiros que cheguem num dia com 523 incêndios, como no domingo, e advertiu que não há soluções mágicas para os fogos florestais, admitindo mesmo que os “problemas” vão repetir-se.

António Costa assumiu estas posições no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras, distrito de Lisboa, tendo ao seu lado a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Confrontado com as múltiplas queixas de populações sobre falta de meios no combate aos incêndios florestais no domingo, o líder do executivo reagiu: “Quando se tem 523 incêndios, é evidente que não há bombeiros para acorrerem a todas as situações”.

Perante a questão se estas tragédias são então uma inevitabilidade em Portugal, António Costa negou.

“Não, não é uma inevitabilidade”, mas “dias com mais de 500 ocorrências não se registava desde 2006. Este é o 22.º dia com maior número de ocorrências desde o princípio do século. E, portanto, é evidente que não há meios para acorrer a todas as necessidades”, justificou.

Falando em termos de médio prazo, o primeiro-ministro afastou então qualquer solução rápida para o problema dos incêndios florestais – “um problema que seguramente se vai repetir”.

Dirigindo-se aos jornalistas, o líder do executivo declarou: “Se os senhores julgam que há alguma solução mágica para que se produzam efeitos na reforma da floresta, estão completamente enganados”.

“E não vale a pena iludir os portugueses convencendo os portugueses de que de um dia para o outro se vai resolver um problema que se acumulou ao longo de décadas. Infelizmente, vamos ter de trabalhar todos muito para, ao longo da próxima década, fazer aquilo que é preciso fazer na floresta portuguesa”, advogou.

Depois desta afirmação sobre a inexistência de soluções a curto prazo, o primeiro-ministro foi confrontado com a seguinte pergunta: “Acha que os portugueses vão entender o que está a dizer hoje, que isto vai acontecer mais vezes?”

“Claro”, respondeu António Costa, justificando logo a seguir.

“Porque os portugueses são adultos e os portugueses sabem bem que os governos não têm varinhas mágicas, que os problemas não se resolvem, infelizmente, só pela nossa vontade. E que para resolver os problemas é necessário tomar medidas”, disse.

Para o primeiro-ministro, pelo contrário, importa que haja consciência de que o problema estrutural que o país enfrenta se relaciona com a sua floresta.

“O país tem de ter bem consciência de que a situação que estamos a viver, com uma alteração do quadro climatérico muito negativo, vai seguramente prolongar-se para os próximos anos. É por isso que no final desta batalha nós temos de tomar as decisões, porque as coisas não podem continuar como estavam”, disse.

Neste ponto, o primeiro-ministro referiu que, para o próximo sábado, está marcado um Conselho de Ministros extraordinário destinado a adotarem-se “medidas de fundo, tendo em conta o relatório e as recomendações da Comissão Técnica Independente que a Assembleia da República constituiu”.

“Desse relatório têm de ser retiradas necessariamente ilações”, insistiu.

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Secretário de Estado: “Não podemos ficar à espera que apareçam os bombeiros”

  • ECO e Lusa
  • 16 Outubro 2017

O secretário de Estado da Administração Interna declarou que os fogos florestais de domingo tiveram mão criminosa. Frisou que as populações devem autoproteger-se e não ficar à espera dos bombeiros.

O secretário de Estado da Administração Interna adiantou que os fogos florestais registados este domingo tiveram origem criminosa e considerou que as comunidades devem ser proativas na autoproteção, salientando que não devem “ficar à espera que apareçam os bombeiros ou os aviões para resolver o problema”.

A última contagem oficial da Proteção Civil aponta para 27 mortos na sequência dos incêndios do fim de semana, numa altura em que os bombeiros continuam a combater 145 fogos em todo o país.

Neste quadro de elevada intensidade de fogo em todo o território, Jorge Gomes declarou na noite deste domingo que “têm de ser as próprias comunidades a serem proativas e não ficarmos todos à espera que apareçam os nossos bombeiros ou que apareçam os aviões para nos resolver o problema”. “Nós temos de nos autoproteger, isso é fundamental”, disse citado pela Sic Notícias.

"Têm de ser as próprias comunidades a serem proativas e não ficarmos todos à espera que apareçam os nossos bombeiros ou que apareçam os aviões para nos resolver o problema. Nós temos de nos autoproteger, isso é fundamental.”

Jorge Gomes

Secretário de Estado da Administração Interna

“Temos de começar, é um trabalho que iremos desenvolver com certeza para o futuro, que é trabalhar com as comunidades, para tornar as nossas comunidades mais resilientes e também a saberem como se comportar em situações como as que estamos a viver hoje”, declarou ainda, frisando que os recursos de meios e humanos são finitos e que as condições de atuação não permitiram em muitos casos a utilização de meios aéreos.

Mão criminosa

A partir de Arouca, no posto de comando do incêndio de Vale de Cambra, no distrito de Aveiro, o secretário de Estado da Administração Interna adiantou ainda que houve mão criminosa em nos incêndios florestais registados naquela região, uma vez que em algumas das áreas que estavam a arder eram aquelas onde havia pastorícia.

“As áreas onde há pastorícia estão todas a arder. Isto não é por acaso”, disse ontem Jorge Gomes.

Questionado se considerava que os incêndios deste domingo tinham origem criminosa, o secretário de Estado respondeu: “Sim”.

Não se põe um país arder de um dia para outro só porque se anunciou que amanhã [segunda-feira] vai haver chuva. Como vai haver chuva, os pastos estão proibidos de fazer queimadas, foi prolongada a proibição até 31 de outubro, há gente que não resiste a isso, que olha para os seus interesses pessoais”, sustentou o responsável.

"Não se põe um país arder de um dia para outro só porque se anunciou que amanhã [segunda-feira] vai haver chuva. Como vai haver chuva, os pastos estão proibidos de fazer queimadas, foi prolongada a proibição até 31 de outubro, há gente que não resiste a isso, que olha para os seus interesses pessoais.”

Jorge Gomes

Secretário de Estado da Administração Interna

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Incêndios: Marcelo exprime “profundo pesar” aos familiares das vítimas

O Presidente da República manifestou a sua solidariedade às populações que estão a ser afetadas pelos incêndios, em comunicado divulgado no site da Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa já manifestou a sua solidariedade com as populações das áreas afetadas pelos fogos, tendo exprimido ainda o seu profundo pesar aos familiares das vítimas, numa declaração escrita publicada no site da Presidência da República. A mensagem foi publicada ainda antes de se saber que o número de vítimas mortais já ascende a 27, tal como confirmou esta manhã a Proteção Civil.

“O Presidente da República manifesta a sua solidariedade às populações e aos autarcas por todo o continente, agradece o seu sacrifício, bem como dos Bombeiros e demais estruturas da Proteção Civil no combate aos fogos e exprime o seu profundo pesar aos familiares das vítimas”, lê-se numa mensagem do Presidente da República.

A mensagem foi publicada numa altura em que já era pública a existência de vítimas mortais e feridos em resultado dos incêndios que se alastram um pouco por todo o país, um número que entretanto subiu substancialmente. Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil, confirmou no briefing das 11h00 desta manhã que o balanço atual é de 27 vítimas mortais e 51 feridos, 15 dos quais graves, adiantando a possibilidade do número de mortos poder vir a ser revisto em alta nas próximas horas.

“Temos neste momento a registar 27 vítimas mortais nos distritos da Guarda, Coimbra e Castelo Branco”, revelou Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil. “Batemos todos os recordes e hoje, desde a meia-noite, registamos já um total de 110 ocorrências de incêndios florestais. A esta hora estão em curso 145 incêndios, com 4127 operacionais”, acrescentou a responsável.

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Governo espanhol dá “última oportunidade” até quinta-feira à Catalunha antes de aplicar a Constituição

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

O executivo liderado por Mariano Rajoy dá ao governo da Catalunha até quinta-feira antes de ativar artigo 155 da Constituição espanhola e “repor a legalidade”.

O Governo espanhol decidiu esta segunda-feira em Madrid dar uma “última oportunidade”, até as 10h00 (09h00 de Lisboa) de quinta-feira, ao executivo catalão antes de ativar o artigo 155 da Constituição espanhola e “repor a legalidade” na comunidade autónoma da Catalunha.

“O senhor Puigdemont tem uma última oportunidade para esclarecer e voltar à legalidade”, disse a vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, acrescentando que basta esclarecer “sim ou não” se declarou a independência da Catalunha.

O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, enviou esta quinta-feira uma carta ao chefe do executivo espanhol, Mariano Rajoy, em que volta a propor diálogo, sem precisar se declarou ou não a independência da região, como Madrid exigia.

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Angola admite vir a pedir assistência ao FMI

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

A quebra nas receitas do petróleo e o défice orçamental de 5,8 milhões de euros poderão levar ao executivo angolano a pedir assistência ao FMI. Em alternativa o país tem uma nova emissão de eurobonds.

Angola está a avaliar a possibilidade de pedir uma assistência técnica ao Fundo Monetário Internacional (FMI), eventualmente com financiamento, face às necessidades que o país enfrenta, declarou o ministro das Finanças, Archer Mangueira.

A possibilidade foi admitida pelo governante, numa entrevista divulgada pelos meios de comunicação social públicos angolanos, realizada após reuniões regulares que Archer Mangueira manteve nos últimos dias em Washington com o FMI e o Banco Mundial.

Uma segunda emissão de eurobonds — títulos da dívida pública emitidos em moeda estrangeira — ou o recurso ao FMI são hipóteses em cima da mesa, segundo Archer Mangueira, para “cobrir o gap de financiamento e fazer face às necessidades do Estado”.

“A emissão de eurobonds visa contribuir para este objetivo – no sentido de reduzir o gap de financiamento e do défice fiscal, mas ainda assim não será suficiente para o nível de necessidades que o país tem. Temos estado também a dialogar com o FMI no sentido de avaliarmos a possibilidade de uma assistência técnica. Se será com ou sem financiamento é um tema que ainda não foi tratado”, afirmou Archer Mangueira, na mesma entrevista.

Angola vive uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo e em 23 de agosto realizou eleições gerais, que reconduziram o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) na liderança do país.

Em junho de 2016, o Ministério das Finanças angolano confirmou que o Governo tinha descartado um apoio financeiro do FMI, no âmbito do pedido de assistência solicitado em abril do mesmo ano, justificando a decisão com a subida da cotação do petróleo.

O Ministério das Finanças explicou na altura, em comunicado, que o pedido de assistência (Extended Fund Facility – EFF) ao FMI foi feito numa altura em que a cotação do barril de crude atingiu “níveis muito baixos”, chegando mesmo aos 28 dólares em janeiro, mas que entretanto subiu para cerca de 50 dólares.

Em abril deste ano, o ministro das Finanças afirmou, em entrevista à Lusa, também em Washington, afirmou que o recurso a financiamento do FMI “não faz parte da agenda” de Angola, numa alusão ao ano de 2017.

“Não faz parte da nossa agenda. O nosso plano de endividamento foi aprovado, divulgado e é público”, disse o ministro Archer Mangueira.

Recorrer a financiamento do FMI permitiria ter acesso a taxas de juro mais baixas, mas implicaria um maior controlo do organismo internacional sobre as contas do país.

Na altura, nessas reuniões anuais em Washington, Archer Mangueira acordou com o FMI e com o Banco Mundial um alargamento da assistência técnica ao país.

“Recorremos à sua assistência técnica para um conjunto de domínios em que reconhecemos necessitar de reforçar as nossas capacidades técnicas e de desenho de políticas”, explicou o ministro, dando como exemplo a colaboração com o Instituto Nacional de Estatística.

O Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 prevê que as receitas fiscais só deverão cobrir 49,6% das necessidades totais, acrescido das receitas patrimoniais, com 6,7%, de acordo com o mesmo documento.

As receitas provenientes do endividamento público deverão atingir um peso de 43,6% do valor global inscrito no Orçamento, chegando a 3,224 biliões de kwanzas (16,5 mil milhões de euros).

Além de contrair nova despesa pública, no mercado interno e externo, o OGE de 2017 prevê 2,338 biliões de kwanzas (11,8 mil milhões de euros) para o serviço da dívida este ano.

Nas contas do Governo, está inscrito um défice orçamental de 5,8% do Produto Interno Bruto em 2017, no valor de 1,139 biliões de kwanzas (5,8 mil milhões de euros).

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Revista de Imprensa Internacional

Esta segunda-feira discute-se a política europeia. Há negociações entre Puigdemont e o Governo espanhol e entre May e a UE. Nos negócios, a Repsol destaca-se com da entrada no mercado da saúde.

No arranque da semana, a política internacional está em ebulição. O Governo espanhol pressiona a Catalunha para definir uma posição, May vai a Bruxelas dar um empurrão às negociações do Brexit e há quem anuncie no Washington Post recompensas milionárias em troca de informações que possam ajudar a destituir Donald Trump. Na Áustria, a extrema-direita ganha terreno e fica com o terceiro lugar nas legislativas, com 25,9% dos votos. No mundo dos negócios, é o combustível que ferve: a Repsol lança-se no mercado da saúde e o paládio dispara para máximos de 16 anos.

Expansión

Repsol entra no mercado da saúde

A Repsol é uma das maiores petrolíferas do mundo. E tem um novo negócio. Quer agora explorar o seu negócio químico, cujas vendas chegaram a 2,5% da receitas totais no ano passado — um resultado histórico para o grupo. O plano é investir no plástico para o fabrico de máscaras, bolsas de soro ou recipientes para medicamentos.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em espanhol/ Acesso livre)

Bloomberg

Aumento da procura faz disparar o paládio para máximos de 16 anos

O paládio, metal utilizado na indústria automóvel, segue a valorizar acima dos 1.000 dólares esta segunda-feira, situando-se em máximos desde 2001. O metal é um dos que melhor desempenho apresenta este ano nos mercados internacionais, reflexo da crescente procura que se verifica num contexto de escassez da matéria-prima. Acumula uma subida de quase 50%.

Leia a notícia completa aqui (Conteúdo em Inglês/ Acesso Livre)

The Guardian

Eleições na Áustria dão vitória a conservadores. Extrema-direita em terceiro

Os resultados das eleições legislativas na Áustria apontam para a direita. No último domingo, as urnas deram a vitória ao Partido Popular (ÖVP) de Sebastian Kurz, com 31,7% dos votos. Em segundo lugar ficaram os social-democratas do SPÖ, seguindo-se o partido de extrema-direita, o FPÖ, com 25,9% dos votos. As probabilidades revelam uma possível aliança entre Kurz e a extrema-direita, partido fundado por um antigo membro das SS nazis depois da Segunda Guerra Mundial. Pela primeira vez na história da Áustria, dois partidos da direita conseguem lugares no Conselho Nacional sem tirar votos um outo outro, avança o jornal.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em Inglês/ Acesso Livre)

Business Insider

Informações para a destituir Trump? Pode ganhar 10 milhões

Larry Flynt, o fundador da Hustler Magazine, comprou uma página inteira do The Washington Post este domingo para colocar um anúncio no qual oferece 10 milhões de dólares a quem forneça informações que ajudem à destituição do Presidente norte-americano, Donald Trump.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em Inglês/ Acesso Livre)

Expansión

Madrid pressiona Puigdemont. May pressiona UE

A vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, afirma que “o senhor Puigdemont tem uma oportunidade de retificar, ser claro e voltar à legalidade” até quinta-feira, o segundo prazo que Madrid impôs para que o presidente da Catalunha apresentasse propostas concretas quanto à independência da região. O primeiro prazo expirou esta manhã: Madrid esperava uma clarificação quanto à posição da Catalunha mas Puigdemont repetiu a proposta de diálogo e declarações ambíguas, resposta que o Governo espanhol considera inválida. Também esta segunda-feira, May dirige-se a Bruxelas para “impulsionar” as negociações pós-Brexit.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em espanhol/ Acesso livre)

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Puigdemont evita resposta e pede diálogo. Não é válido, diz Madrid

  • ECO e Lusa
  • 16 Outubro 2017

O presidente da Catalunha escreveu uma carta ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, a pedir diálogo. Madrid esperava uma posição definida acerca da independência.

Rajoy pedia uma resposta de “sim ou não” até esta segunda-feira: queria uma confirmação oficial da declaração de independência da Catalunha. Puigdemont não foi direto: pediu diálogo. O Governo espanhol irá responder dentro de horas, mas reage imediatamente dizendo que “não considera válida a resposta”.

Mais de dois milhões de catalães conferiram ao parlamento regional a ordem democrática para declarar independência” disse Puigdemont. “A nossa proposta de diálogo é sincera, apesar de tudo o que tem sucedido, mas logicamente é incompatível com o clima atual e de crescente repressão e ameaça”, lê-se na carta de Puigdemont a Rajoy, de acordo com a Bloomberg.

O Governo espanhol não considera válida a resposta dada pelo chefe do executivo regional da Catalunha à pergunta sobre se declarou a independência da região, disse esta manhã o ministro da Justiça espanhol, Rafael Catalá. Citado pela Efe, o ministro recordou que, além de lhe perguntar se tinha declarado independência, o presidente do Governo, Mariano Rajoy deu ao Governo da Catalunha um segundo prazo, até quinta-feira, para explicar as medidas que vai adotar para recuperar o cumprimento das suas obrigações.

Desta forma, o presidente catalão rejeita a pressão de Madrid ao manter a ambiguidade das declarações da passada terça-feira, deixando a situação da Catalunha em suspenso e dependente do encontro com Rajoy. Madrid tinha dado até às 10:00 desta manhã (09:00 em Lisboa) para que o executivo da região da esclarecesse uma vez por todas se na declaração ambígua que feita na semana passada foi ou não proclamada a independência da região.

Na terça-feira, 10 de outubro, Puigdemont falou ao parlamento catalão naquela que seria a ocasião para fazer uma declaração unilateral de independência. O presidente catalão suspendeu os resultados do referendo para abrir a porta a negociações e ao diálogo com Madrid, ao mesmo tempo que reforçou a posição independentista. “A única linguagem que conhecemos é a das urnas”, disse.

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Regulação mais apertada castiga EDP. Ações afundam quase 5%

Proposta que a ERSE entregou ao Governo "traz mais incerteza", diz o Haitong, que cortou as recomendações e preços-alvo da EDP e REN. A elétrica está a cair quase 5%.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) revelou que o preço da eletricidade deve cair no arranque do próximo ano. Uma proposta entregue ao Governo que pode prejudicar as duas empresas portuguesas. Tanto a empresa liderada por António Mexia como a que é liderada por Rodrigo Costa viram as suas recomendações e preços-alvo serem cortados pelo Haitong e o Morgan Stanley, que defendem que estas alterações à regulação foram “mais duras” do que o previsto. Na bolsa, a EDP afunda.

O regulador propôs que os preços baixem 0,2% a partir de 1 de janeiro de 2018, sendo esta a primeira redução de preços em 18 anos. Esta redução terá, contudo, um efeito prático muito pouco percetível para os consumidores. “A expressão, nos orçamentos familiares, da redução subjacente à proposta de tarifas de venda a clientes finais transitórias para 2018 é de 0,09 euros, para uma fatura média mensal de 45,70 euros”, refere a ERSE.

Ações da EDP afundam

Reduzimos a recomendação da EDP para neutral (face a comprar), uma vez que as alterações na regulação em Portugal, tanto a nível da distribuição como da geração de eletricidade, foram significativamente mais duras do que prevíamos”, de acordo com analistas do Haitong. O preço-alvo também sofreu um corte, passando de 3,30 euros para 3,10 euros. As ações estão nos 3,00 euros, a cair 3,35%. Chegaram a ceder um máximo de 4,8%.

“A nossa perspetiva é de que o corte de tarifas proposto em Portugal é pior do que o nosso cenário base para a EDP e ligeiramente pior para a REN”, diz o Morgan Stanley. O banco de investimento norte-americano tem uma avaliação de 3,30 euros para a elétrica, sendo que relativamente à REN o preço-alvo é de 3,20 euros.

Reduzimos a recomendação da EDP para neutral (face a comprar), uma vez que as alterações na regulação em Portugal, tanto a nível da distribuição como da geração de eletricidade, foram significativamente mais duras do que prevíamos.

Analistas do Haitong

No caso da REN, a avaliação desceu para 2,80 euros, quando antes era de 3,05 euros. E a recomendação também foi reduzida para neutral, face a comprar. Isto “no seguimento do anúncio de uma proposta que acabou por se revelar pior do que o esperado em termos de regulação da eletricidade para o período entre 2018 e 2020″, dizem os analistas.

Para o Haitong, além da proposta da ERSE, o Orçamento do Estado para 2018 pode trazer ainda mais incerteza. “Um dos partidos à esquerda que apoia o Governo propôs um aumento de dois pontos percentuais do imposto sobre os lucros das empresas que se situem acima dos 35 milhões de euros. Isto vai diminuir os lucros em 3% no próximo ano e o nosso preço-alvo em 4%. Embora o Orçamento ainda vá ser alvo de discussão — e não incluímos isto nas nossas estimativas — a proposta traz mais incerteza às ações da REN“, refere.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Pedro Marques: “Cativações serão as mesmas deste ano”

  • ECO
  • 16 Outubro 2017

Pedro Marques, ministro do planeamento e das infraestruturas, diz que as cativações de 2017 se irão manter no próximo ano, e mostra-se confiante quanto aos números do Orçamento para 2018.

O Governo tem sido criticado pelas elevadas cativações. No próximo ano, Pedro Marques garante que “serão as mesmas que estiveram no ano passado”. O ministro do planeamento e das infraestruturas defende que o Orçamento do Estado para 2018 “é, sobretudo, de estabilidade, não é nem eleitoralista, nem trava a consolidação”.

“Temos muita confiança nos números que estamos a apresentar”, garante Pedro Marques em entrevista ao Jornal de Negócios. As cativações não são um tabu, vão inclusivamente ser divulgadas trimestralmente, divulga o ministro. Para já, o que pode assegurar é que “são as mesmas que estiveram no ano passado [este ano]“, ano em que o ministério a seu cargo “era o que tinha mais cativações e depois também foi o que teve mais descativações”.

"Este Orçamento é sobretudo de estabilidade, não é nem eleitoralista, nem trava a consolidação.”

Pedro Marques

Ministro do Planeamento e das Infraestruturas

Um Orçamento eleitoralista? Pedro Marques nega. “Os quantitativos das devoluções dos rendimentos em sede de IRS ou do ponto de vista das carreiras [da Função Pública] já estavam, no essencial, no cenário macroeconómico do PS antes das eleições”, responde.

Olhando a medidas específicas, Pedro Marques considera o regime simplificado do IRS dos trabalhadores independentes “uma medida de justiça fiscal”, explicando que “pessoas que tenham uma situação mais complexa existe o sistema de contabilidade organizada também disponível” e “acontece ao mesmo tempo em que o mínimo de existência é alargado à categoria B”.

Fazemos este aumento de rendimentos e do investimento público, mantendo a trajetória de redução do défice e da dívida.

Pedro Marques

Ministro do Planeamento e das Infraestruturas

Se no caso das famílias há um alívio, nas empresas o aumento da derrama estadual aparece em compensação da redução da taxa de IRC verificada durante o Governo de Passos Coelho. ” A verdade é que quando foi feita aquela baixa de IRC não foi feita a compensação”, aponta o ministro.

 

Devolver rendimentos. E a dívida?

“A despesa estrutural tem de ser vista em relação aos recursos que a economia gera…” acrescenta ainda, e explica “fazemos este aumento de rendimentos e do investimento público, mantendo a trajetória de redução do défice e da dívida”.

Pedro Marques desvaloriza a redução mais lenta da dívida pública para 2018.Nós continuamos a ter a variação de meio ponto no saldo estrutural, que é muito importante“, relembra, e sublinha as diferenças: “Estamos aqui a discutir se estamos a andar muito depressa ou mais devagar para um défice de 1% do PIB”, quando o governo recebeu um saldo de mais de 4%, defende.

Quanto à necessidade de uma maior almofada financeira, tendo em conta o provável abrandamento da economia espanhola e inglesa, Pedro Marques volta a desvalorizar tendo em conta a evolução positiva no défice e na dívida pública. “Não me levem a mal, mas não me parece que isso faça sentido”, remata.

 

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EDP afunda. Bolsa de Lisboa em queda

A bolsa nacional está a perder valor, com a EDP a deslizar. As alterações na regulação propostas pela ERSE estão a ditar uma queda de quase 5% dos títulos da empresa liderada por António Mexia.

A EDP está a deslizar em bolsa. As ações da elétrica recuam quase 5%, penalizadas pela alteração à regulação proposta pela ERSE, levando a bolsa nacional a recuar quase 0,5%. As mexidas propostas pelo regulador já levaram o Haitong a cortar a recomendação da elétrica liderada por António Mexia, baixando também o preço-alvo atribuído à REN.

O índice de referência da bolsa nacional arrancou a semana com saldo negativo. Num dia que está a ser de ganhos para a generalidade dos índices europeus, Lisboa é a exceção. O PSI-20 cai 0,47% para 5.432,09 pontos, depois de três sessões consecutivas de ganhos, com a energia a destacar-se no pior e no melhor.

A elétrica liderada por António Mexia é o grande destaque da sessão. As ações da empresa seguem a perder 4,31% para 2,973 euros, tendo chegado a cair um máximo de 4,80% no seguimento da proposta de alteração à remuneração dos ativos regulados. Esta proposta da ERSE levou o Haitong a rever em baixa a recomendação da EDP.

“Reduzimos a recomendação da EDP para neutral (face a comprar), uma vez que as alterações na regulação em Portugal, tanto a nível da distribuição como da geração de eletricidade, foram significativamente mais duras do que prevíamos — e o mercado provavelmente também”, de acordo com os analistas do Haitong. Ao mesmo tempo, o banco de investimento cortou a avaliação da REN de 3,05 para 2,80 euros. A REN cai 1,09%.

Ainda na energia, a Galp Energia regista uma valorização de 0,16% para 15,45 euros no dia em que a petrolífera portuguesa revelou dados previsionais do terceiro trimestre. A empresa voltou a revelar um forte crescimento na produção de petróleo. Foram extraídos 92,4 mil barris de petróleo ou produto equivalente durante o último trimestre, uma evolução explicada pelo Brasil já que a produção em Angola encolheu. Isto num período marcado por preços do petróleo mais elevados, as margens de refinação aceleraram.

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Galp Energia aumenta produção de petróleo em quase 30%

A petrolífera portuguesa continua a revelar um crescimento da produção. No terceiro trimestre, foram extraídos 92,4 mil barris de petróleo, mais 29,2% face ao período homólogo.

A Galp Energia voltou a revelar um forte crescimento na produção de petróleo. Foram extraídos 92,4 mil barris de petróleo ou produto equivalente durante o último trimestre, uma evolução explicada pelo Brasil já que a produção em Angola encolheu. Num período marcado por preços do petróleo mais elevados, as margens de refinação aceleraram.

De acordo com os dados preliminares divulgados pela empresa liderada por Carlos Gomes da Silva — que vai revelar as contas finais a 30 de outubro –, a produção média de petróleo passou de 88,1 para 92,4 mil barris de petróleo ou produto equivalente, mais 29,2% que no período homólogo. No Brasil, a produção subiu 35,2%. Em Angola encolheu 23,2%.

Esta maior produção da matéria-prima aconteceu num trimestre em que os preços do petróleo estiveram mais elevados. O preço 13,6% acima do registado no mesmo trimestre do ano passado terá ajudado a empresa portuguesa a registar um forte aumento nas margens de refinação.

Segundo o comunicado enviado à CMVM, a Galp Energia nota que as margens de refinação de referência na Europa foram de 5,5 dólares por barril durante o terceiro trimestre, uma melhoria face ao trimestre homólogo e face ao trimestre anterior. Neste terceiro trimestre do ano, as vendas de produtos refinados da Galp Energia aumentaram em 5,1%.

Nota ainda para o gás, que apresentou uma evolução menos positiva neste período. As vendas totais de gás natural e gás natural liquefeito apresentaram uma descida de 1,9%.

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Dez mortos nos incêndios. “Problemas” vão repetir-se, diz António Costa

  • Lusa e ECO
  • 16 Outubro 2017

O primeiro-ministro afirma que nunca haveria bombeiros suficientes num dia com 523 incêndios. Segura a ministra e alerta que não há soluções mágicas para os fogos. Dez mortos confirmados.

O primeiro-ministro sustenta que não há bombeiros que cheguem num dia com 523 incêndios, como neste domingo, naquele que foi o pior dia de incêndios do ano, provocando dez mortos, segundo a SIC. António Costa advertiu ainda que não há soluções mágicas para os fogos florestais, admitindo mesmo que os “problemas” vão repetir-se. E, por isso, diz mesmo que é “infantil” transformar as consequências políticas numa demissão da ministra Constança Urbano de Sousa. Segundo o site da Autoridade Nacional de Proteção Civil, estão ainda ativos 90 incêndios, que estão a ser combatidos por mais de 4.000 veículos e mais de 1.000 operacionais.

António Costa assumiu estas posições no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras, distrito de Lisboa, tendo ao seu lado a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. Confrontado com as múltiplas queixas de populações sobre falta de meios no combate aos incêndios florestais no domingo, o líder do executivo reagiu: “Quando se tem 523 incêndios, é evidente que não há bombeiros para acorrerem a todas as situações”.

Perante a questão se estas tragédias são então uma inevitabilidade em Portugal, António Costa negou. “Não, não é uma inevitabilidade”, mas “dias com mais de 500 ocorrências não se registava desde 2006. Este é o 22.º dia com maior número de ocorrências desde o princípio do século. E, portanto, é evidente que não há meios para acorrer a todas as necessidades”, justificou.

Há ainda 90 incêndios ativos em Portugal

Fonte: Autoridade Nacional da Proteção Civil

Falando em termos de médio prazo, o primeiro-ministro afastou então qualquer solução rápida para o problema dos incêndios florestais – “um problema que seguramente se vai repetir”. Dirigindo-se aos jornalistas, o líder do executivo declarou: “Se os senhores julgam que há alguma solução mágica para que se produzam efeitos na reforma da floresta, estão completamente enganados”.

O pior dia de incêndios do ano. No domingo, dia 15 de outubro, mais de 300 fogos florestais, mais de 20 estradas cortadas, dezenas de pessoas encurraladas, como sucedeu na IP3, mais de seis mil operacionais envolvidos e pelo menos já contabilizadas cinco mortes, duas em Penacova, no Distrito de Coimbra, duas em Oliveira do Hospital e uma na Sertã, em Castelo Branco. Há também, pelo menos 25 feridos. O Jornal de Notícias dava também conta de uma sexta vítima mortal, indireta, por ter entrado em contramão na autoestrada A25, na tentativa de fugir às chamas.

Pior domingo de incêndios do ano

Ao fim da tarde deste domingo, a adjunta de operações nacional da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar já tinha afirmado que este domingo “foi o pior dia do ano em matéria de incêndios”, tendo sido ultrapassados os 300 fogos florestais. “Já ultrapassámos os 303 incêndios desde a meia-noite”, afirmou Patrícia Gaspar, no ‘briefing’ das 17h30 aos jornalistas, sublinhando que estavam àquela hora “todos os meios disponíveis empenhados no combate aos incêndios”. E piorou.

No segundo ‘briefing’ à comunicação social, que ocorreu pelas 22h00, a adjunta de operações nacional disse que ainda estavam 108 fogos ativos e, desses, 33 eram de “importância elevada”, pela sua duração, pelos meios que concentram e “pela complexidade no terreno”. “Estamos perante um cenário operacional de elevada complexidade. Temos todos os meios do terreno para fazer os possíveis e impossíveis [para apagar as chamas]. Lançava novamente um apelo: estamos ainda durante o período crítico da defesa de floresta. O uso do fogo [nesta fase] é proibido“, disse Patrícia Gaspar, na sede na ANPC, em Oeiras, distrito de Lisboa.

O incêndio da Lousã foi o que mobilizou nesta noite de domingo mais meios no país (mais de 500 operacionais), estando os fogos de Alcobaça, Seia e Vale de Cambra a ser combatidos por mais de 300 operacionais cada um.

De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional da Proteção Civil, às 20h15, o fogo que teve início pelas 08h40 na localidade de Vilarinhos, concelho da Lousã, distrito de Coimbra, era o que mobilizava mais operacionais – um total de 514, apoiados por 140 veículos e um helicóptero. Doze horas depois de ter deflagrado, tinha ainda duas frentes ativas.

Os dois fogos no concelho de Seia, no distrito da Guarda, eram combatidos por um total de 446 operacionais, apoiados por 138 veículos. Neste concelho um incêndio teve início em Sandomil às 10h26 e outro no Sabugeiro às 06h00 (sendo este o que tem maior número de operacionais). Continuavam, cada um, com quatro frentes ativas.

No concelho de Alcobaça (distrito de Leiria), destaque para dois incêndios (que tiveram início às 13h50 e às 14h30 em Praia da Légua e Burinhosa, ambos na freguesia de Pataias e Martingança). Estes fogos tinham duas frentes ativas e eram combatidos por um total de 307 operacionais, 89 veículos e um helicóptero.

Em Vale de Cambra, distrito de Aveiro, as chamas eram combatidas por 300 operacionais, apoiados por 93 veículos. Este fogo teve início às 07h15 e tinha ainda duas frentes ativas.
O incêndio da Sertã, distrito de Castelo Branco, estava a ser combatido por 278 operacionais, apoiados por 83 veículos.

Destaca-se ainda o fogo em Tomar, distrito de Santarém, que pelas 20h15 estava a ser combatido por 187 operacionais, apoiados por 51 veículos e um meio aéreo.

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