Conferência Start Tech | Empreendedorismo e tecnologia

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

O ECO, através desta iniciativa, pretende explorar como é que tem evoluído o mundo das startups em Portugal e como é que tecnologia é um fator crítico de sucesso.

O universo das startups tem crescido a um ritmo alucinante nos últimos anos. São comuns as notícias sobre o surgimento de novas incubadoras. Regularmente ouvimos falar de novas startups com negócios inovadores, de startups que têm crescimentos exponenciais e que revelam capacidade para levantar fundos significativos a nível internacional.

As startups tecnológicas ocupam um espaço privilegiado neste universo. Em Portugal, são inúmeros os exemplos de casos de empresas que, tendo base a inovação tecnológica, se afirmam rapidamente a nível global.

Neste contexto, importa dissecar algumas questões que se colocam à nova comunidade de empresas techie:

  • Como irá evoluir o mundo das startups tecnológicas?
  • O que deve ser feito no curto prazo para afirmar Portugal (Lisboa?)
  • Como construir um hub de startups tecnológicas?
  • Qual o impacto real (muito para além das contribuições diretas) têm estas empresas na economia portuguesa, no seu nível e qualificação de emprego, nas cadeias de valor de setores-chave?

Detalhes

  • O que: ECOnferência Start Tech
  • Temas: Empreendedorismo e tecnologia
  • Quando: Dia 22 de Setembro entre as 09h00 e as 13h00
  • Onde: Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa em Lisboa
  • Inscrições gratuitas aqui
  • Assistir Online: Registe-se e receba um lembrete no início da conferência

A agenda da conferência:

 

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Nova Aicep vai ser mais digital e virada para fora

Uma agência virada para os clientes e para as empresas, e mais digital, implica mexidas nas direções. Estas foram algumas das mudanças anunciadas esta sexta-feira aos colaboradores, sabe o ECO.

Foi esta sexta-feira que Luís Castro Henriques comunicou aos funcionários da Aicep as linhas gerais da nova estratégia, apurou o ECO. Fusões de direções e desdobramento de outras e adotar uma postura mais próxima das empresas e menos virada para dentro foram algumas das diretrizes passadas.

A nova administração da Aicep, a agência que tem por missão ajudar a captar investimento estrangeiro, mas também promover as exportações, tomou posse a 17 de abril, demorou cerca de cinco meses para montar uma nova estratégia que parece vir responder a uma das exigências do empresários. Aquando da entrada em funções da nova equipa, o ECO ouviu vários empresários sobre o que gostariam de ver alterado na agência e a resposta foi: devia haver uma maior proximidade da instituição às empresas e sobretudo o diálogo devia ser mais económico e menos tecnocrata.

Luís Castro Henriques parece querer uma “casa” menos virada para o umbigo e mais próxima das empresas, nomeadamente ao nível dos serviços que são prestados de modo a que a Aicep esteja mais virada para o cliente.

Mas as mudanças não se ficam por aqui. A aposta da Aicep, em termos de mercados, volta a estar orientada para os países da CPLP. Recorde-se que, em junho, a Aicep assinou um protocolo com Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) para aumentar a mobilidade na promoção do intercâmbio económico.

“Numa economia cada vez mais internacional, esta capacidade de espalhar por diferentes partes do mundo a nossa capacidade de influência e penetração é absolutamente decisiva”, disse nessa ocasião o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

“É preciso pôr em contacto os empresários que falam a mesma língua e que têm esse enorme potencial de fazer negócios na língua portuguesa”, disse Mário Costa, o presidente da União de Exportadores da CPLP, citado pelo Jornal de Angola. O responsável defende que a CPLP pode tornar-se numa potência económica mundial, por causa da sua posição geoestratégica única e pode fazer negócios para 30% da população mundial. “Estamos nos quatro cantos do mundo, temos mais recursos naturais que muitas potências atuais e tudo é só uma questão de explorar, além de termos um mercado local e regional com potencial muito grande”, sublinhou em antecipação do congresso da comunidade que se vai realizar a 22 e 23 de setembro em Vila Real.

Para adaptar a estrutura a estas novas guidelines, Castro Henriques decidiu fundir algumas direções e desdobrar outras. Muitos colaboradores têm esta tarde para empacotar as suas coisas, para na segunda-feira já iniciar novas funções.

Entre as alterações que se pretendem está ainda o objetivo de tornar a Aicep “mais digital”.

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Centeno responde ao FMI que valorização salarial é para manter

  • Lusa
  • 15 Setembro 2017

Ministro das Finanças desvaloriza a recomendação do Fundo Monetário Internacional de contenção da despesa com salários na Administração Pública.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, desvalorizou hoje a recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI) de contenção da despesa com salários na Administração Pública, garantindo que a aposta do Governo na valorização salarial é inquestionável.

“Ao FMI, o que eu digo é que desde 2014 a massa salarial, o conjunto de salários pagos em Portugal, aumentou 14%. Destes 14%, 11% foram crescimento do emprego e apenas 3% crescimento do salário médio. Estes números mostram que a economia portuguesa está em progresso muito claro, e este progresso faz-se com ganho de emprego”, disse, em Talin.

Centeno reagia, à saída de uma reunião informal de ministros das Finanças da zona euro e da UE, ao Relatório da Missão do Artigo IV do FMI, que se realizou de 19 a 29 de junho passado, no qual a instituição defende a contenção da despesa com salários na Administração Pública, alertando para que a fatura vai aumentar com o descongelamento gradual das carreiras da função pública a partir de 2018.

“O resultado que temos do crescimento médio do salário mostra que o aumento do emprego é porque as empresas estão a empregar mais pessoas e a pressão salarial não é muito significativa. E porquê? Porque vínhamos a perder população – Portugal durante cinco anos perdeu população ativa -, esse processo terminou em meados de 2016, temos consecutivamente vindo a recuperar, e isto é notório na evolução do emprego”, afirmou.

“Aos trabalhadores da administração pública, o que eu posso dizer é que a determinação do Governo na valorização do emprego, na valorização salarial é inquestionável e não vai sofrer nenhuma alteração”, declarou.

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Mota-Engil dispara mais de 5% e PSI-20 escapa ao vermelho

A praça lisboeta já acumula seis sessões consecutivas de ganhos, o maior ciclo positivo desde março deste ano. A construtora valoriza há 13 sessões consecutivas.

A praça de Lisboa abriu o dia em queda, mas conseguiu recuperar e fechou a última sessão da semana acima da linha de água, somando seis sessões consecutivas de ganhos. Lisboa escapou à tendência negativa do resto da Europa graças à subida da Mota-Engil, que disparou mais de 5%.

O PSI-20 fechou a subir 0,01%, para os 5.201,88 pontos, com nove cotadas em alta e nova em queda. A praça nacional fechou em alta pela sexta sessão consecutiva, o maior ciclo de ganhos desde março deste ano. Isto num dia em que a Standard & Poor’s irá pronunciar-se sobre a revisão do rating de Portugal, podendo melhorar a perspetiva do país. Com esta expectativa dos investidores, os juros da dívida a dez anos também aliviaram esta sexta-feira, tendo caído abaixo dos 2,75%.

Do lado dos ganhos, destaca-se a Mota-Engil, que avançou 5,35%, para os 2,87 euros por ação. A construtora está a valorizar há 13 sessões consecutivas e está em máximos de junho de 2015. Desde o início deste mês, já acumula um ganho de 18%. Os analistas estão otimistas com a empresa, numa altura em que o número de novos projetos atinge um máximo histórico, além de conhecer uma recuperação do mercado doméstico.

Também a contribuir para os ganhos da bolsa estiveram a EDP, que subiu 1,29%, para os 3,37 euros por ação, e a Corticeira Amorim, que valorizou 1,06%, para os 11,49 euros.

Em sentido contrário esteve o BCP, que perdeu 0,56%, para os 21,45 cêntimos por ação, e a Galp, que recuou 0,9%, para 14,26 euros.

No resto da Europa, a tendência foi negativa entre as principais praça. O Stoxx 600 fechou a cair 0,28%.

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? Cinco minutos à conversa sobre o Artigo IV do FMI

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Emigrantes lesados do BES queixam-se de discriminação e pedem ajuda a António Costa

  • Lusa
  • 15 Setembro 2017

Emigrantes lesados pelo BES enviaram carta a António Costa queixando-se de discriminação propositada na legislação criada para ajudar os lesados bancários e pedem alargamento da solução comercial.

Emigrantes lesados pelo BES enviaram uma carta ao primeiro-ministro em que dizem ter sido discriminados propositadamente na legislação criada para ajudar os lesados bancários e pedem o alargamento da solução comercial do Novo Banco a todos os produtos financeiros.

“Ficámos estupefactos com a proposta de Lei do Governo, de criação de Fundos de Recuperação de Créditos, que discrimina intencionalmente estes emigrantes, bem como com a votação da proposta do BE, que mantém esta mesma discriminação”, diz a carta enviada a António Costa por advogados da sociedade Pereira de Almeida, que dizem representar “várias centenas de emigrantes lesados do BES”.

A carta fala ainda da proposta comercial feita pelo Novo Banco a clientes que tinham produtos financeiros do BES associados a ações preferenciais, sobretudo por essa não abranger os produtos EG Premium e Euroaforro 10, “apesar de se tratarem de produtos que foram comercializados exatamente nos mesmos termos que outras ações preferenciais”.

“Esta discriminação é inadmissível num Estado democrático e violadora do princípio de igualdade constitucionalmente garantido”, refere a carta a que a Lusa teve acesso, hoje noticiada pelo jornal Público.

Assim, estes clientes lesados pedem ao primeiro-ministro, António Costa, que “diligencie no sentido de alargar a solução comercial do Novo Banco a todas as ações preferenciais, não discriminando os titulares das ações EG Premium e Euroaforro10”.

Em 08 de agosto, a Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP), o Novo Banco e o Governo chegaram a acordo quanto a uma solução que permite a emigrantes que investiram em produtos do ex-BES, e que perderam o dinheiro com o colapso do banco, a receberem até 75% do capital investido em três anos.

Em causa estão mais de 1.000 emigrantes que investiram dinheiro em oito produtos financeiros (Euro Aforro 8, Poupança Plus 1, Poupança Plus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7) e que não aderiram à proposta comercial feita pelo Novo Banco em 2015.

Ao longo do restante mês de agosto, o Novo Banco contactou esses clientes para lhes apresentar esta proposta, mas ainda não há dados de quantos aderiram, apesar de a vice-presidente da AMELP, Helena Batista, ter dito à Lusa que estavam a aderir “massivamente”.

O avançar desta solução comercial, contudo, ainda depende do sucesso da recompra de dívida própria do Novo Banco (atualmente em curso) para ser concretizada.

Contudo, ainda não há qualquer solução para os veículos denominados EG Premium e EuroAforro 10, que pela complexidade dos produtos financeiros envolvidos já levou a que em 2015 o Novo Banco não tivesse feito qualquer proposta comercial.

A vice-presidente da AMELP afirmou então que o Novo Banco garantiu que continua a estudar o mecanismo que usará para compensar os 628 clientes que investiram 75 milhões de euros no EG Premium e os 1.216 clientes que investiram 71 milhões no Euroaforro10.

Após a resolução do BES, em 03 de agosto de 2014, cerca de 8.000 emigrantes de França e Suíça (o equivalente a 12 mil contas, uma vez que há clientes que têm mais do que uma conta) vieram reclamar mais de 720 milhões de euros, acusando o banco de lhes ter vendido produtos arriscados (ações de sociedades veículo), quando lhes tinha dito que se tratavam de depósitos a prazo para não residentes.

A responsabilidade sobre estes produtos ficou, na resolução do BES, no Novo Banco – o banco de transição então criado.

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Como poupar 1.000 palavras? Use gráficos

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

Se uma imagem vale mais que 1.000 palavras, um gráfico vale outro tanto. E, quando se trata de números, não há melhor maneira de ter o panorama geral do que lê-los... num gráfico.

Os gráficos são dos melhores amigos dos números, sobretudo quando se trata de ter uma ideia geral do que eles significam. Veja o vídeo e saiba qual o gráfico ideal para cada um dos números que precisa de comunicar.

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António Costa apela à conclusão da União Económica e Monetária e elogia Portugal

  • Lusa
  • 15 Setembro 2017

António Costa defendeu hoje em Bruges a conclusão da União Económica e Monetária, de modo a construir “a Europa do futuro”, salientando o empenho de Portugal para a concretizar.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta sexta-feira, em Bruges, a conclusão da União Económica e Monetária, de modo a construir “a Europa do futuro”, salientando o empenho de Portugal no cumprimento dos critérios para a dívida e o défice.

Costa, que discursou na abertura do ano académico do Colégio da Europa, em Bruges, salientou que “sem completar a União Económica e Monetária (UEM)” não haverá “as bases sólidas para construir a Europa do futuro”, defendendo a criação do Fundo Monetário Europeu como um passo fundamental para a conclusão da UEM.

Dando o exemplo de Portugal, o chefe de Governo sublinhou: “o percurso de recuperação económica que temos vindo a fazer mostra que é possível cumprir as regras orçamentais e, simultaneamente, implementar medidas económicas que promovam o crescimento, o emprego e a coesão social”.

“A minha convicção quanto à urgência da reforma da UEM e à criação de uma nova geração de políticas de convergência apoia-se na experiência portuguesa”, disse, destacando que “o percurso de recuperação económica” que Portugal tem vindo a fazer “mostra que é possível cumprir as regras orçamentais e, simultaneamente, implementar medidas económicas que promovam o crescimento, o emprego e a coesão social.

“Temos de concluir o que iniciámos, como a união bancária, e precisamos de ter mecanismos eficazes para enfrentar choques externos e criar estabilizadores automáticos em caso de crise”, salientou, perante uma sala cheia de estudantes e professores da instituição.

Costa acrescentou que “Portugal está firmemente comprometido com os objetivos do equilíbrio orçamental, da redução progressiva da dívida pública e com a manutenção dos fatores de competitividade internacional da economia portuguesa”, defendendo, no entanto, “um enquadramento macroeconómico da zona Euro mais amigo da convergência”.

Para o primeiro-ministro, “o seguro europeu de depósitos, a base orçamental do Fundo Único de Resolução, a progressiva transformação do Mecanismo Europeu de Estabilidade num verdadeiro Fundo Monetário Europeu são propostas importantes, cuja implementação reforçará a União Monetária”.

No seu discurso, Costa salientou ainda que a “chave da estabilidade da zona euro está na convergência económica e social entre as economias dos diferentes Estados-Membros.

O chefe de Governo defendeu a proposta de um orçamento para a zona euro, salientando a necessidade de “criar instrumentos de política orçamental que, em coordenação com a política monetária, permitam à zona Euro ter uma política económica integrada, que una a Europa superando as divisões entre Norte e Sul, centro e periferia”.

Sobre o Brexit, Costa adiantou esperar que “as negociações com o Reino Unido venham a dar lugar a uma futura relação de estreita proximidade e cooperação com a União Europeia (UE) a 27”.

Alinhando com o discurso proferido na quarta-feira pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o primeiro-ministro português defendeu que se aproveite “este momento para construir uma Europa mais unida, mais forte e mais democrática”.

Sobre o futuro da UE a 27, António Costa defendeu que o debate deve resistir a “quatro tentações”, a primeira das quais a de “abrir um processo de revisão dos tratados”.

“O Tratado de Lisboa deve continuar em Lisboa e ter a flexibilidade necessária para fazer face aos desafios que se nos colocam”, sublinhou.

E passou depois à segunda: “embrenharmo-nos em inextricáveis debates institucionais em vez de nos focarmos na resposta às preocupações dos cidadãos”.

A terceira tentação a evitar é a de a UE se deixar “paralisar pela natural heterogeneidade das visões nacionais sobre o futuro da Europa”.

Em quarto lugar, não se deve fugir para a frente, “procurando idealizar novas missões sem consolidar o que já está adquirido”.

Costa defendeu também a necessidade de serem encontradas, “com pragmatismo, vias de conciliação e compromisso com os demais parceiros e soluções que beneficiem o interesse geral e rompam com dinâmicas estéreis e perigosas de afrontamento entre o Norte e o Sul, o Leste e o Oeste, os grandes e os pequenos, os mais ricos e os mais pobres”.

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Discovery deslumbra na estrada, arrasa fora dela

Depois do Discovery Sport, a Land Rover lança o verdadeiro Discovery. Um "monstro" capaz de deslumbrar na estrada, mas que mostra as qualidades que fazem deste um modelo mítico no fora de estrada.

Não há como não o ver. É, no mínimo, um gigante comparado com a maioria dos automóveis que circulam nas estradas portuguesas. Comprido, tanto que nem sempre é fácil estacionar, mas essencialmente alto. Tão alto que quase é preciso um guindaste para entrar a bordo — especialmente para quem tem estatura baixa. E potente. Não fossem os mais de 250 cv do TDV6, a versão de topo deste jipe capaz de mostrar toda a elegância na estrada e de arrasar fora dela.

Entrar no Discovery não é tarefa muito fácil — a menos que se escolha o modo de carga que baixa um pouco a suspensão –, mas uma vez ao comando, reina a elegância. Bancos confortáveis — com aquecimento e refrigeração, que tanto ajuda a manter os passageiros satisfeitos em dias de maior calor –, um apoio de braço generoso que tem até um frigorífico por baixo, um sistema de infoentretenimento com tudo o que se possa imaginar e, claro, um volante com boa pega, mas também com dimensões que não nos permitem esquecer que tipo de automóvel temos em mão. É grande.

Um toque no Start e acordamos os 258 CV do TDV6, o motor de três litros que equipa o tipo de gama da família Land Rover. É um diesel, mas não é um qualquer. O ronco está lá. Seletor no Drive, um ligeiro toque no acelerador e é ver o imenso capô levantar ligeiramente, aumentando ainda mais a já elevada linha do horizonte de quem vai a bordo — ficamos muitas vezes com o capô ao nível do tejadilho daqueles com quem nos cruzamos na estrada.

Suave quanto baste, o TDV6 está sempre pronto para responder a qualquer investida no pedal direito. Em estrada, é vê-lo devorar asfalto. E é impressionante perceber uma tão grande massa ganhar terreno, visível quando se olha para os manómetros. Facilmente se chega a velocidades proibitivas. É preciso algum tento no pé.

 

Já fora de estrada, acontece o mesmo. Nos estradões de terra batida, com o modo específico selecionado e a altura aumentada (sim, dá para ficar ainda mais elevado), os buracos tradicionais deste piso parecem desaparecer. E só se percebe a velocidade pelo rasto de pó que fica para trás.

Dança de bancos

Nem condutor, nem passageiros se queixam nunca da falta de conforto. É impossível. A suspensão é extremamente eficaz. Os bancos são muito confortáveis, tanto os da dianteira como os outros cinco que estão lá para trás. Todos em pele. E se entrar para a frente requer alguma ginástica, para a fila do meio a tarefa é um pouco mais fácil, o que se explica não só pelos bancos mais baixos, mas também pelas portas de grandes dimensões. Práticas para entrar, não tão simpáticas quando se estaciona nos esguios lugares de um qualquer centro comercial.

Mais cuidado é preciso ainda com a bagageira. Basta um toque na chave para abrir o portão traseiro — que esteticamente fica estranho com a matricula descentrada… Não se percebe bem porquê –, mas convém, ver se há altura suficiente para evitar surpresas desagradáveis. Uma vez aberta, o espaço de carga varia entre reduzido com os sete bancos a postos, grande, com os cinco, ou gigante, com todos rebatidos. E a escolha é facilitada pelos comandos à esquerda. Simples toques para deitar ou levantar bancos e eles lá vão, suavemente, como se de uma dança se tratasse.

Fatura de seis dígitos

O nível de equipamento é de luxo, não fosse a versão ensaiada pelo ECO a de topo: a HSE. Faz pandant com o motor que ronrona debaixo do capô, mas exige algum esforço financeiro. O Discovery pode ter preços que começam nos 90 mil euros, mas para ter esta combinação de luxo e potência, é preciso abrir os cordões à bolsa. A fatura tem seis dígitos. Custa 100.600 euros, sendo que depois é preciso alimentar os cavalos. Os consumos até nem impressionam para o que este modelo é capaz. Dez litros aos 100 km acabam por se revelar bastante comedidos (ainda que acima dos 8,2 litros anunciados pela marca).

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Lehman Brothers: há 9 anos caía o primeiro ‘too big to fail’

Foi há nove anos que a queda do Lehman Brothers provou que não há instituições "too big to fail". E que foram reveladas as fragilidades do sistema financeiro e o risco associado aos ativos tóxicos.

Depois de um domingo em que ninguém arredou pé da Fed, o mundo mudou com a queda do Lehman Brothers. Esta sexta-feira faz precisamente nove anos que foi declarada a falência do gigante norte-americano da banca de investimento. Desde aquela segunda-feira, 15 de setembro de 2008, muito mudou no mundo financeiro e diversas lições retiradas.

A queda do Lehman Brothers representa um marco, não só por se tratar da maior falência da história, mas por ser o símbolo do subprime, uma crise que estalou um ano antes nos EUA e que trouxe ao de cima as fragilidades do sistema financeiro mundial e o risco associado aos ativos tóxicos.

Funcionários à porta do Lehman Brothers, em Nova Iorque, no dia 15 de setembro de 2008. Fotógrafo: Jeremy Bales/Bloomberg NewsJeremy Bales/Bloomberg News

A empresa com ativos avaliados acima dos 600 mil milhões de dólares, e que ocupava a quarta posição no ranking dos maiores bancos de investimento norte-americanos, afinal era mais frágil do que aparentava.

Foi a principal peça do dominó a cair, de uma crise que arrancou nos EUA mas que se estendeu às restantes economias, obrigando à intervenção dos bancos centrais e conduzindo à crise da dívida soberana da qual o mundo ainda não recuperou totalmente.

Tudo começou com a concessão de milhões de créditos para comprar casa a pessoas sem capacidade para os pagar, com mau historial de crédito, sem rendimentos suficientes. Depois montaram-se um sem número de produtos financeiros complexos sobre essas hipotecas. A queda nos preços dos imóveis, a partir de 2006, arrastou vários bancos para a insolvência, o que acabou por se repercutir sobre os mercados acionistas de todo o mundo.

O problema ganhou dimensão precisamente quando Wall Street se interessou por estes créditos, e começou a comprá-los e a revendê-los, em grandes pacotes de créditos garantidos pelas habitações ou misturados com outros produtos. O objetivo dessas “construções” era reduzir o risco associado aos ativos, mas o efeito foi o contrário. O resultado foi o contrário, já que acabou por contaminar carteiras em todo o mundo com ativos de má qualidade e avaliados como se tivessem valor e pouco risco associado.

O Lehman Brothers foi o banco de investimento que mais apostou nesse segmento. Por isso, quando a “bolha do imobiliário rebentou”, este acabou por derrocar. O mesmo veio a acontecer com outras instituições financeiras, com a seguradora AIG que poucos dias depois, e contrariamente ao Lehman Brothers, acabou por ser resgatada pelo Governo norte-americano.

Traders em Frankfurt no dia da queda do Lehman Brothers. Fotógrafo: Hannelore Foerster/Bloomberg News HaHannelore Foerster/Bloomberg News

Três dias antes da falência, a 12 de setembro de 2008, a Reserva Federal dos EUA reuniu de urgência precisamente com o objetivo de travar a queda do gigante da banca de investimento. O objetivo era vender o Lehman Brothers e extinguir o rastilho antes da detonação da “bomba”. Falhada essa solução, já no domingo muitos funcionários deslocaram-se à sede do banco para arrumarem as suas coisas. Na segunda-feira chegava a hora de entregar o pedido de falência antes da abertura dos mercados acionistas.

Perdas dos principais índices um mês após à queda do Lehman

Fonte: Bloomberg

E as consequências sobre as bolsas não foram as melhores. Originou uma massiva destruição de capital ao mesmo tempo que a liquidez dos mercados simplesmente secou. No intervalo de um mês que se seguiu ao anúncio da queda do Lehman Brothers, os principais índices bolsistas mundiais perderam um quarto do seu valor. Entre o dia 12 de setembro e 10 de outubro, o Dow Jones encolheu 26%, enquanto o S&P 500 desvalorizou mais de 28%. As ações europeia não escaparam ao embate com o Stoxx 600 a recuar no mesmo período perto de 27%.

O setor financeiro naturalmente foi o mais penalizado. Na banca europeia, por exemplo, diversos títulos da banca sofreram perdas acima de 40% naquele mês. Foi o que aconteceu com o Royal Bank of Scotland, cujas ações recuaram 69% nesse período. Já o Deutsche Bank, o Commerzbank e o Barclays sofreram tombos na casa dos 40%.

Ben Bernanke, Presidente da Fed na altura da queda do Lehman Brothers.

O presidente da Fed na altura — Ben Bernanke — classificou a falência do Lehman Brothers, como o pior momento da crise financeira. “Foi surrealista”, lembrou Bernanke em “A Coragem de agir“, livro que publicou em 2015. “Era evidente que estávamos perante uma depressão na economia semelhante à dos anos 30”, disse ainda.

Lições que ficam na história

Uma das consequências imediatas da derrocada do Lehman Brothers foi a necessidade que os bancos centrais tiveram de partir para o terreno e agir. Para além de uma ação concertada de baixar as taxas de juro no sentido de estabilizar as economias, na altura, foi consensual que era preciso rever a regulação do setor financeiro e arranjar uma forma de travar a existência de instituições ‘too big to fail’. Ou seja, instituições que, pela sua dimensão e caso passassem por dificuldades, o seu caráter sistémico provocaria um efeito dominó que arrastaria os pares do setor.

Nove anos depois muito mudou, apesar de ainda persistirem alguns efeitos dessa crise. Mais recentemente, a presidente da Reserva Federal (Fed), Janet Yellen, afirmou que o sistema financeiro norte-americano está “substancialmente mais seguro” graças ao reforço da regulação, antecipando ainda como pouco provável o surgimento de uma nova crise financeira nos próximos tempos.

“Graças às reformas que fortaleceram o nosso sistema financeiro e com apoio da política monetária e outras medidas, o crédito está disponível em boas condições e os empréstimos progrediram com a atividade económica, contribuindo para um reforço da economia de hoje”, disse Yellen, numa intervenção na reunião de dirigentes de bancos centrais de Jackson Hole (Wyoming).

Entre as medidas que ajudaram a fortalecer o sistema financeiro destacam-se a implementação dos testes de stress aos bancos. Ou seja, exercícios que testam e avaliam a capacidade de resistência dos principais agentes do setor e dos seus indicadores de atividade a impactos negativos. Mas também maiores exigências em termos de rácios de capital. Outra das coisas que tem sido feita é procurar isolar os bancos dos Estados. Quanto à lição a tirar, é mais do que óbvia: o ‘too big to fail’ não existe.

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ECO assume gestão editorial da revista Advocatus

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

A partir de 2 de outubro, a revista Advocatus vai entrar numa nova fase. O ECO assume, a partir dessa data, a gestão editorial da publicação, que conta com uma tiragem média de 2.500 exemplares.

A Advocatus, propriedade da News Engage, publicação portuguesa do Direito e Advocacia, conhece, a partir de 2 de outubro, uma nova fase de crescimento. A partir dessa data, o ECO vai assumir a gestão editorial (online e papel), comercial e de marketing da revista do setor. Com esta ligação ao título de informação económica, a Advocatus pretende “aproximar-se das empresas e dos decisores empresariais”.

“O objetivo é reforçar o posicionamento e notoriedade que já conquistou, ao mesmo tempo que amplia difusão e influência para ficar cada vez mais próxima dos interesses dos seus leitores”, de acordo com a News Engage, que vai manter a propriedade da Advocatus. O endereço de acesso mantém-se (www.advocatus.pt), bem como a periodicidade (mensal) e a tiragem média em papel de 2.500 exemplares. A News Engage “acredita que, com este movimento, abrem-se novas possibilidades e desafios à Advocatus“.

"Para o ECO, este movimento significa um óbvio enriquecimento de conteúdos numa área de atividade – a advocacia e o direito – com inquestionável relação com o mundo da economia, das empresas, consumidores e contribuintes, territórios naturais do ECO.”

News Engage

Esta nova fase da revista, — que conta com 12 mil subscritores da newsletter, tem mais de dois mil visitantes por dia e quatro mil visualizações online diariamente, — será liderada pelo jornalista António Costa, e vai ter como editora a jornalista Filipa Ambrósio de Sousa, especializada nas áreas da justiça e do direito. “Com novos conteúdos e grafismo atualizado. Estas novidades proporcionam significativa evolução na experiência de leitura e um redirecionamento dos seus públicos-alvo”.

Para o ECO, “este movimento significa um óbvio enriquecimento de conteúdos em áreas de atividade — a advocacia e o direito — com inquestionável relação com o mundo da economia, das empresas, consumidores e contribuintes, territórios naturais do ECO”.

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Dow Jones em recorde ignora ameaça da Coreia

O índice industrial abriu em novos máximos. S&P 500 e Nasdaq pouco alterados após dados mornos da economia.

Wall Street parece estar a passar ao lado de mais um teste nuclear da Coreia do Norte. O Dow Jones arrancou a sessão em alta ligeira, tendo atingido um novo máximo de sempre, enquanto os restantes índices norte-americanos abriram praticamente inalterados, num dia marcado por dados económicos mornos.

O índice industrial abriu a ganhar 0,22%, para os 22.252,44 pontos, assinalando assim um novo recorde. Por sua vez, o S&P 500 manteve-se nos 2.495,67 pontos, enquanto o Nasdaq sofria uma perda ligeira de 0,05%, para os 6.426,156 pontos.

Dow Jones atinge novo recorde

Fonte: Bloomberg | Valores em pontos

Os índices bolsistas norte-americanos denotam assim estar a ignorar mais um teste nuclear, levado a cabo mais um lançamento de um míssil sobre o Japão. O lançamento acontece horas depois de o regime de Kim Jong Un ter ameaçado “afundar” o Japão. O míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido às 07h06 de sexta-feira (horas em Tóquio), precisaram as autoridades japonesas, que indicaram que o sistema de aviso J-Alert foi acionado em várias regiões do norte do arquipélago.

O arranque da sessão bolsista norte-americana é ainda marcada pela divulgação de dados económicos tépidos relativamente. Esta sexta-feira, foi divulgada uma queda inesperada nas vendas das retalhistas, em agosto, o que faz suscitar alguns receios relativamente à tração da economia norte-americana. Essa quebra sinaliza que o consumo será penalizado não conseguindo atingir o ritmo de 3,3% de crescimento verificado no trimestre anterior.

Entre os 11 principais setores do S&P 500, oito conhecem ganhos na sessão, com as telecoms em destaque.

Entre os patinhos feios da sessão está a Oracle, depois de a empresa ter revelado resultados desapontantes e indicações de que o negócio está a ser ensombrado pelo abrandamento. O título abriu a desvalorizar 4%, para os 49,57 dólares.

Os analistas antecipam que esta sessão poderá ser muito volátil já que coincide com o dia de bruxaria quádrupla. Ou seja, o dia em que se dá o vencimento simultâneo de contratos de futuros e opções sobre índices e ações, tanto nos EUA como na Europa.

(Notícia atualizada às 15h24 com mais informação)

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