Bloco quer proibir balcões dos bancos de vender produtos de risco
António Costa concorda que é preciso "pôr na ordem" o sistema financeiro português e já concordou em discutir as propostas dos bloquistas.
O Bloco de Esquerda quer proibir a venda de produtos de risco nos balcões dos bancos, para evitar que haja mais lesados como os do Banco Espírito Santo (BES) ou do Banif.
O objetivo, explica o Diário de Notícias na edição desta terça-feira, é recuperar um pacote de iniciativas que já tinham sido apresentadas — e chumbadas pela direita — na anterior legislatura. Só que, agora, os bloquistas poderão contar com o apoio do PS, que se absteve da última vez.
Pelo menos, a julgar pelas declarações de António Costa no último debate quinzenal, quando Catarina Martins deixou o desafio ao Governo. O primeiro-ministro concordou que é preciso “pôr na ordem” o sistema financeiro e mostrou-se disponível para discutir as propostas do Bloco de Esquerda.
“Não havendo nenhuma alteração à lei, dependendo apenas e só de uma ideia de que todos cumprirão as regras existentes, essas regras são permissivas ao ponto de podermos estar a criar novamente lesados para o futuro”, referiu ao DN Pedro Filipe Soares, líder parlamentar bloquista.
O partido liderado por Catarina Martins quer, assim, “evitar a lógica do BES em que o BES vendia ao balcão o papel comercial de empresas do Grupo Espírito Santo“.
Outra das propostas passa por combater os offshores, que o Bloco considera serem o “ponto fulcral das estratégias de fuga fiscal, muitas vezes até de tráfico de influências e da criação de uma economia paralela”. Uma das propostas para combater esta prática será a obrigatoriedade de identificação de quem tem participações nas empresas.
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