Conselhos para quem quer investir em 2017

O diretor de estratégia global do JP Morgan, David Kelly, escreveu uma nota a um cliente com conselhos para fazer melhores investimentos em 2017. Para o analista, é importante que os investidores olhem para o mercado global e que não se foquem apenas nos desempenhos do passado.

Kelly afirma que os investidores têm a tendência de “investir demais nos títulos do seu país”. Pelo contrário, deve-se analisar o mercado global. Quem o fez em 2016 deve ter tido bons resultados: na última sessão do ano passado, o índice de referência britânico, FTSE 100, atingiu pela terceira vez consecutiva um novo recorde de fecho e, no outro lado do Atlântico, ao longo de todo o ano, o S&P 500 valorizou 10%, de acordo com o Business Insider.

Na opinião do analista, os investidores “devem estar bastante satisfeitos com os retornos que o mercado acionista global” proporcionou. Apesar de 2016 ter sido um ano “politicamente tumultuoso” — com a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas e com o ‘sim’ ao Brexit no Reino Unido — as ações a nível mundial tiveram um desempenho melhor do que em 2015.

Para Kelly, houve uma peça-chave para que isto acontecesse: as matérias-primas. “A escalada dos preços das matérias-primas foram um fator chave para os mercados, que ajudaram as ações dos mercados emergentes, assim como os mercados de crédito, a recuperar dos elevados níveis de stress do ano anterior”, afirma.

David Kelly aconselha ainda os investidores a não se focarem apenas nos desempenhos do passado. Isto porque os ativos que valorizaram muito no ano passado podem não ter o mesmo desempenhos este ano e apostar apenas neles é um risco. Em vez disso, os investidores devem ter em conta as “avaliações atuais e as perspetivas futuras”, afirma David Kelly.