5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
Em Portugal, as atenções devem estar centradas no Novo Banco e na CGD. Lá fora, serão sobretudo os dados sobre a inflação na Zona Euro e as minutas da Fed a captar o interesse dos investidores.
A banca será um dos principais focos de interesse dos investidores nacionais, no dia em que deverá ser escolhida uma proposta para a venda do Novo Banco e em que arranca a primeira fase da capitalização da CGD. Em termos internacionais, as atenções deverão dividir-se entre dados económicos relativos à Zona Euro e a divulgação das minutas da última reunião da Fed, onde foi decidido o segundo aumento dos juros num ano na maior economia do mundo.
Quem fica com o Novo Banco?
Após meses e meses de indefinição sobre o futuro do Novo Banco, o conselho de administração do Banco de Portugal deverá reunir-se hoje, extraordinariamente, para escolher uma proposta para a venda do banco liderado por António Ramalho. O fundo Lone Star está na frente da corrida, mas nos últimos dias o consórcio Apollo/Centerbridge fez novos contactos junto do governador Carlos Costa e de Sérgio Monteiro, para tentar mudar o sentido da decisão.
Capitalização da Caixa? O arranque
O facto de se manter em gestão corrente não é suficiente para travar o processo de capitalização da CGD. Esta quarta-feira é dado o pontapé de saída para a primeira fase desse processo, que inclui a conversão dos CoCo’s — obrigações subordinadas de conversão contingente — em capital (avaliados em 960 milhões de euros), mas também a entrada da totalidade da Parcaixa para o balanço do banco público, o que permitirá um encaixe de ativos no valor de 500 milhões. No total, são 1.460 milhões de euros de novo capital.
Como vão os preços na Zona Euro?
Esta quarta-feira, serão divulgados os dados sobre a inflação na Zona Euro relativos ao último mês do ano, um indicador que poderá comprovar, ou não, a eficácia das políticas do Banco Central Europeu em puxar por este indicador económico. O objetivo da entidade liderada por Mario Draghi é que a inflação esteja próxima, mas aquém dos 2%. As previsões apontam para que os preços no consumidor tenham acelerado para 1%, em dezembro, mas que a inflação core — excluindo a alimentação e a energia — se tenha mantido inalterada nos 0,8%. Na Europa, também será conhecido o índice Markit para o setor dos serviços.
Fed subiu juros. Minutas podem dar pistas
Hoje serão divulgadas as minutas da última reunião da Reserva Federal dos EUA, em dezembro, ocasião em que a entidade liderada por Janet Yellen decidiu avançar com a segunda subida de juros no espaço dos últimos oito anos. Durante a última reunião de 2016, a entidade responsável pela política monetária dos EUA abriu ainda a porta a novos incrementos do preço do dinheiro este ano. A leitura das minutas poderá permitir perceber como decorreu o encontro, o consenso, ou não, gerado em torno da decisão, bem como lançar pistas sobre as próximas opções da Fed.
E o petróleo? Aí vêm as reservas
O início de 2017 fica marcado pelo arranque do plano de corte de produção de petróleo firmado entre os membros da OPEP e outros países que visa travar o desequilíbrio entre oferta e procura da matéria-prima. Na primeira sessão do ano, as cotações do “ouro negro” acabaram por derrapar devido às reticências em torno da capacidade de ambas as partes conseguirem levar a cabo com sucesso o plano, mas também devido à força do dólar. No dia em que serão divulgados, nos EUA, os inventários de crude relativos à última semana, será importante acompanhar o impacto que poderão ter sobre o rumo das cotações do petróleo.
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