Lone Star: “Novo Banco tem um enorme potencial por explorar”

O Banco de Portugal apontou a proposta da Lone Star como a melhor para a compra do Novo Banco. A decisão final caberá ao Governo, mas o fundo norte-americano diz que vai “continuar a trabalhar incansavelmente” com as autoridades para garantir que consegue comprar um banco que “tem um enorme potencial por explorar”.

“Vamos continuar a trabalhar incansavelmente com o Banco de Portugal, o Fundo de Resolução e o governo português para assegurar um acordo final para apoiar a reestruturação do Novo Banco”, refere o comunicado do fundo. Isto, diz, para “benefício de longo prazo dos seus clientes, colaboradores, credores e da economia portuguesa em geral”.

A Lone Star foi selecionada entre três oferentes: concorre com o China Minsheng e o consórcio Apollo/Centerbridge. A oferta do fundo é de 750 milhões de euros para o Fundo de Resolução e outros 750 milhões para capitalizar o banco, mas a proposta implica que o Estado assuma a garantia sobre parte dos ativos do Novo Banco.

“Reconhecemos que o Novo Banco tem um enorme potencial por explorar, pelo que iremos investir no Banco – no seu negócio e nas suas pessoas – e aplicar a experiência que temos no fortalecimento de bancos em toda a Europa para o posicionar para um futuro de sucesso”, acrescenta o mesmo comunicado.

“Compreendemos a importância de dar os passos necessários, em parceria com todos os stakeholders do Novo Banco, para ajudar a restabelecer a saúde financeira da instituição, numa perspetiva de longo prazo”, remata.

Mais de 7 mil milhões em Portugal

A Lone Star já não é estranha a Portugal. Tem feito vários investimentos, essencialmente no setor imobiliário. O fundo diz que em conjunto com outros ativos, já tem mais de 7 mil milhões investidos num país para o qual está “muito otimista”.

“Conhecemos bem Portugal e a região da Península Ibérica, onde já investimos em empresas, ativos e carteiras de crédito valorizadas em mais de 7 mil milhões de euros, tendo também aberto um escritório em Lisboa”, refere.

“Estamos muito otimistas sobre Portugal e sobre o futuro da economia do país e procuraremos disponibilizar o capital, recursos e os conhecimentos necessários para garantir que o Novo Banco continue a ser um pilar forte do sistema bancário português, com especial enfoque no mercado interno”, concluiu.

(Notícia atualizada às 18h30)