Ficam vazias 74% das vagas para médicos no Sul
Das vagas abertas para médicos nas regiões do Alentejo e do Algarve, a grande maioria ficou vazia. Mesmo na região de Lisboa e Vale do Tejo há especialidades carenciadas sem candidatos.
Das 1710 vagas abertas nos últimos dois anos para unidades com especialidades carenciadas, mais de metade não foram preenchidas, avança esta quinta-feira o Diário de Notícias, com as regiões do Alentejo e do Algarve a serem aquelas onde a situação é mais flagrante, com 74% das vagas a ficarem vazias.
Embora sem resposta da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, as contas do DN às restantes ARS mostram que inúmeras vagas em especialidades que vão desde a medicina geral e familiar à cardiologia e anestesiologia ficaram sem candidatos. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, abriram 855 vagas e 389 ficaram sem médicos colocados.
“Verificou-se existir grande dificuldade em colocar especialistas em todas as áreas, sendo que várias não tiveram sequer candidatos como anatomia patológica, cardiologia e otorrinolaringologia. Nas áreas de ginecologia-obstetrícia e medicina interna verifica-se um número significativo de vagas desertas, maioritariamente por desistência dos candidatos”, segundo disse ao DN a ARS de Lisboa e Vale do Tejo. A situação é mais grave no Alentejo, onde das 230 vagas abertas, em 2015 e 2016, ficaram 180 por preencher.
O diploma com os novos incentivos à fixação de médicos em zonas com carência de especialistas já foi promulgado pelo Presidente da República, faltando agora a publicação em Diário da República, e o dirigente da ARS do Alentejo, José Robalo, espera que sirvam para incentivar os jovens a fixar-se nas regiões onde fazem mais falta.
Também o bastonário dos Médicos, José Manuel Silva, disse ao DN que os novos incentivos são “claramente superiores” aos anteriores, e poderão ajudar a que o Serviço Nacional de Saúde consiga competir melhor com o sistema de saúde privado e com o estrangeiro.
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