Já há estrangeiros barrados à entrada nos EUA. Associações de direitos humanos processam Trump
O decreto de Trump que pretende travar a entrada de refugiados já está a afetar vários viajantes. O Google mandou logo os funcionários voltarem. "Regressem já aos EUA", dizia a mensagem.
A ordem para barrar a entrada de refugiados nos EUA dada por Donald Trump já está em plena implementação. A medida começou a ser a implementada ainda esta sexta-feira à noite, com vários refugiados que estavam a caminho dos EUA quando a ordem foi dada, a verem vedada a entrada em território norte-americano.
As detenções levadas a cabo nos aeroportos dos Estados Unidos aconteceram logo depois de Trump ter assinado um decreto que suspende a entrada de todos os refugiados por um prazo de 120 dias. A Casa Branca anunciou ainda a proibição durante três meses da entrada de cidadãos de sete países muçulmanos: Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen. As exceções são os cidadãos com vistos diplomáticos e oficiais e os que trabalham para instituições internacionais.
Dois iraquianos que chegaram na última madrugada ao aeroporto JF Kennedy, em Nova Iorque, estiveram entre os que sentiram os efeitos desta nova medida, ao serem detidos à saída dos respetivos voos. De acordo com a Bloomberg, não é contudo ainda muito claro o número de refugiados e imigrantes que chegaram aos aeroportos de todo o país que possam estar a ser impedidos de entrar em território norte-americano. Terão ainda sido impedidos de embarcar rumo aos EUA cinco passageiros iraquianos e um do Iemen que se encontravam no aeroporto do Cairo, apesar de terem vistos válidos.
As reações à lei decretada por Donald Trump têm sido uma constante, sendo que este sábado várias associação de direitos humanos recorreram à justiça contra o decreto do presidente norte-americano. A queixa contra o Presidente Trump, que deu hoje entrada num tribunal federal de Nova Iorque, foi apresentada pela União Americana das Liberdades Civis e outras organizações de defesa dos direitos humanos e dos imigrantes, que exigem a libertação dos dois cidadãos iraquianos que foram detidos na sexta-feira no aeroporto JF Kennedy, devido ao decreto.
Google manda trabalhadores no estrangeiro regressarem à base
O Google foi uma das organizações a reagir de forma mais imediata ao decreto de Trump. O gigante norte-americano enviou uma mensagem aos funcionários que estavam fora dos EUA, e que pudessem ser afetados pela medida, onde estava escrito “regressem já aos EUA”.
Numa nota enviada aos funcionários, o presidente executivo do Google, Sundar Pichai, dizia haver mais de 100 trabalhadores afetados pela ordem de Trump. “É penoso ver o custo pessoal desta ordem sobre os nossos colegas”, escreveu Sundar Pichai na nota a que a Bloomberg teve acesso.
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