António Costa defende rutura na “reforma da União Económica e Monetária”
“A comunhão na opção europeia não elimina, por exemplo, uma rutura quanto à urgência e natureza da reforma da União Económica e Monetária”, escreve Costa no prefácio do livro do sociólogo André Freire
O primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, defende, no prefácio a um livro sobre o governo da “Geringonça”, uma “rutura quanto à urgência e natureza da reforma da União Económica e Monetária”.
“A comunhão na opção europeia não elimina, por exemplo, uma rutura quanto à urgência e natureza da reforma da União Económica e Monetária (UEM)”, escreve António Costa no prefácio do livro do sociólogo André Freire “Para lá da ‘Geringonça’ – O Governo de esquerdas em Portugal e na Europa” (Ed. Contraponto).
O líder socialista relativiza esta “rutura quanto à urgência de reforma” da UEM, afirmando que ela “é natural numa UE que, à medida que reforçou a integração política, foi-se tornando o novo espaço de confronto das diferentes famílias políticas”.
António Costa lembra que desde os anos 80 “a democracia cristã – duradoura parceira da social-democracia na reconstrução do pós-guerra – foi cedendo o seu lugar a um liberalismo radical”.
No prefácio, o chefe do Governo António Costa defende também que “era um dever” o PS tentar formar um Governo com o apoio da esquerda no parlamento, que deu “mais democracia” e “mais e melhores opções”.
O acordo dos socialistas com o PCP, BE e PEV, argumentou, conseguiu “romper esta assimetria” ou tendência de apenas se fazerem entendimentos à direita, que conseguiu uma “tripla vantagem: na disputa eleitoral, na capacidade de formar governos maioritários e na capacidade de condicionar as políticas e medidas de governos minoritários do PS”.
Costa lembra que é favorável “soluções governativas com BE, PCP e PEV” e sublinha que “a legitimidade da representação só os cidadãos a definem no voto”.
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