EUA: Produção de crude pode tocar máximo de 1970
Apesar de todos os esforços da OPEP para reduzir a produção de petróleo, o mesmo não está a acontecer nos EUA. A AIE alerta que a produção da matéria-prima deve tocar um máximo de 47 anos em 2018.
A produção de petróleo nos EUA não parece preparada para abrandar. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o país agora liderado por Donald Trump produzirá, em 2018, a maior quantidade de “ouro negro” desde 1970. Um aumento que entra em rota de colisão com os objetivos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de reduzir a produção desta matéria-prima para impulsionar as cotações do petróleo.
A AIE prevê que os EUA vão extrair petróleo a um ritmo de 9,53 milhões de barris por dia em 2018. Um máximo de 47 anos para a produção da matéria-prima no país, refere o El Economista. O avanço deverá ser de 6% em comparação com o ano anterior, uma vez que se prevê que sejam produzidos nove milhões de barris este ano e, em 2016, a produção foi de 8,9 milhões.
Mas porquê? O aumento dos preços tem levado à abertura de muitos poços de petróleo nos EUA. Segundo dados divulgados pela petrolífera Baker Hughes, foram reativados, durante a semana passada, 17 poços, elevando o total para 583, a quantidade mais elevada desde outubro de 2015, de acordo com a Bloomberg.
Os preços do petróleo recuperaram desde que a OPEP conseguiu chegar a um acordo para reduzir a produção da matéria-prima. Mas a produção nos EUA sempre foi um obstáculo aos esforços do cartel para impulsionar os preços. Apesar de já estarem acima da barreira dos 50 dólares por barril, as cotações ainda estão muito distantes dos 100 dólares por barril alcançados em setembro de 2014. O barril do Brent, negociado em Londres, sobe 0,83% para os 55,58 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, ganha 0,9% para 52,79 dólares.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
EUA: Produção de crude pode tocar máximo de 1970
{{ noCommentsLabel }}