Sandra Ortega faz disparar lucros da Sonae Capital
A empresa liderada por Cláudia Azevedo encaixou 50 milhões com a venda de terrenos à filha do dono da Zara. Os lucros dispararam, levando a cotada a entregar 25 milhões em dividendos.
A Sonae Capital viu os lucros multiplicarem-se no último ano. Dispararam com a venda de terrenos a Sandra Ortega, a filha do dono da Zara, por 50 milhões de euros. Um encaixe extraordinário que elevou os lucros para 18,7 milhões de euros, levando a cotada liderada por Cláudia Azevedo a entregar 25 milhões aos acionistas.
“2016 foi marcado por importantes passos na implementação da estratégia corporativa, materializados: na reconfiguração do portfolio de negócios do grupo com a conclusão da venda das participações em negócios associados a concessionárias rodoviárias, Norscut e Operscut, por um valor global de 43 milhões de euros”, diz a empresa. Mas recebeu ainda mais 50 milhões da venda de terrenos.
Em dezembro, a Sonae Capital anunciou a venda de três lotes de terrenos na península de Tróia por 50 milhões de euros ao grupo ROSP. Este grupo, que detém um conjunto de ativos que rondam os 7 mil milhões de euros, é uma family office, detida por Sandra Ortega, a filha mais velha do dono da Inditex (que detém a Zara), Amâncio Ortega.
Perante estas operações, Cláudia Azevedo, a presidente executiva da empresa que detém a Soltroia, apresentou um resultado líquido que se multiplicou por 13,3 vezes, alcançando os 18,7 milhões de euros. O EBITDA, ou seja, os resultados operacionais, cresceram 28%, isto num ano em que as receitas cresceram 28,3% para 232 milhões de euros.
“Os resultados alcançados durante o ano confirmam o nosso compromisso e empenho na implementação da estratégia definida e atestam uma sólida performance”, refere Cláudia Azevedo nos resultados enviados à CMVM. Estes resultados permitiram à Sonae Capital encolher a dívida para 66 milhões de euros, mas também vão levar a cotada a dar mais dinheiro aos acionistas. Mais até do que lucrou: 25 milhões de euros.
“Não obstante a nossa expectativa positiva sobre o desenvolvimento de oportunidades de investimento interessantes, a geração de resultados do grupo e, em particular, a alienação de ativos não estratégicos permite à empresa propor, pelo segundo ano consecutivo,
uma remuneração acionista muito significativa (…) de 25 milhões sob a forma de distribuição de dividendos“.
(Notícia atualizada às 23h32 com mais informação)
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