Imóveis da banca vendidos por imobiliárias são sobretudo não residenciais
Armazéns, lotes, lojas e terrenos são agora os principais imóveis dos bancos que as imobiliárias têm em carteira.
O número de imóveis dos bancos que as maiores imobiliárias dispõem para vender tem diminuído nos últimos anos, existindo atualmente disponíveis maioritariamente ofertas não residenciais, como lojas, armazéns e terrenos.
A ERA tem, atualmente, mais de 12.600 imóveis dos bancos em carteira, com mais de 70% desta carteira a pertencer ao segmento não residencial. “Em 2016, a ERA vendeu mais de mil imóveis dos bancos no valor total de vendas de mais de 80 milhões euros”, precisou a imobiliária, referindo que no total de imóveis vendido a carteira da banca tem um peso de 8%.
O diretor geral da empresa, Miguel Poisson, enumerou estarem disponíveis para comercialização “armazéns, lotes e lojas”, cuja compra “depende do investimento das empresas”.
Por seu lado, a REMAX indicou que, de todas as transações de 2016, os imóveis da banca representaram 12,5%. Em resposta à Lusa, a empresa precisou que a “carteira da banca, em geral, divide-se em 30% residencial e 70% não habitacional” e escusou-se a revelar o peso destas vendas na totalidade das suas transações.
Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, disse que mantém em carteira uma média de mais de 600 imóveis dos bancos, num montante global que supera os 60 milhões de euros. Estes imóveis têm um peso de cerca de 15% das transações da rede. “O peso dos imóveis residenciais já foi mais significativo. Contudo, neste momento as carteiras dos bancos integram, maioritariamente, imóveis não residenciais, por isso, a nossa carteira é composta por cerca de 75% de imóveis não residenciais”, precisou.
No ano passado, a empresa registou um aumento global de 25% nas vendas de imóveis dos bancos, com “especial incidência nos não residenciais, que registaram um crescimento de 40%”.
Para este ano, espera-se que no segmento residencial, mesmo com cada vez menor peso, as perspetivas “continuam a ser de crescimento, no entanto com níveis mais moderados do que os que foram verificados nos anos anteriores”.
Na área não residencial, o administrador estimou à Lusa um “crescimento exponencial, motivado pelo elevado número de imóveis em venda e pela sólida aposta da rede Century 21 neste segmento, já iniciada em 2016”, esperando-se em 2017 um “aumento de 50% na venda”.
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