Exxon junta-se à Galp na produção de gás em Moçambique
A Exxon comprou à Eni uma participação indireta de 25% de um bloco em Moçambique, por 2,6 mil milhões de euros, juntando-se à Galp na exploração e produção de gás natural naquele país.
A norte-americana ExxonMobil vai ser parceira da Galp GALP 0,00% na exploração e produção de gás natural em Moçambique, depois de ter chegado a acordo com a italiana ENI para a compra de uma participação indireta de 25% no bloco Area 4, no offshore daquele país africano, por cerca de 2,8 mil milhões de dólares (2,65 mil milhões de euros).
Com este negócio, a Eni East Africa passará a ser detida pela Eni (35,7%), ExxonMobil (35,7%) e CNPC (28,6%), detendo 70% dos direitos da concessão na Area 4. As restantes participações naquele bloco rico em gás natural estão nas mãos da Galp (10%), Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (10%) e Kogas (10%).
A Eni vai continuar a ser a operadora líder no projeto. Já a ExxonMobil ficará responsável pela construção e gestão das infraestruturas de liquefação do gás natural.
O acordo ainda está dependente da aprovação das autoridades moçambicanas e de outras entidades reguladoras.
“Este acordo representa uma prova material da nossa estratégia de exploração baseada na monetização antecipada das nossas descobertas, fazendo parte do nosso modelo de ‘exploração dual'”, referiu o CEO da petrolífera italiana, Claudio Descalzi, num comunicado conjunto das duas empresas. Darren W. Woods, presidente da companhia americana, destaca os “recursos naturais abundantes de Moçambique” que vai criar valor para o país, parceiros do projeto e para os acionistas” da Exxon.
"Vamos ajudar a providenciar energia a preços acessíveis para os consumidores e criar valor económico a longo prazo para a população de Moçambique, para os parceiros do projeto e para os acionistas da ExxonMobil.”
As estimativas apontam para reservas na ordem dos 85 biliões de pés cúbicos no bloco da Area 4.
As ações da Galp estão a cair quase 2% para os 13,625 euros.
Galp mantém-se em queda
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