5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Os investidores estarão atentos aos dados da inflação em Portugal, ao efeito da tranquilidade de Mário Draghi em relação à compra de ativos no país e... aos prejuízos recorde do banco público.

O dia deverá ficar para a história. As elevadas imparidades da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vão fazer com que o banco público apresente os piores resultados de sempre: quase dois mil milhões de euros em prejuízos. Mas os investidores não estarão só atentos à banca: os juros da dívida deverão estar em foco, depois da reunião do BCE, isto no dia em que será revelada a inflação de fevereiro em Portugal. Lá fora, o emprego nos EUA, antes da Fed, e o petróleo (em queda) centram atenções.

CGD com prejuízos de dois mil milhões

Como o ECO avançou ao final desta quinta-feira, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) deverá apresentar hoje prejuízos a rondar os dois mil milhões de euros, as piores contas de sempre do banco público. O valor reflete as elevadas imparidades reconhecidas no final do ano passado, no âmbito do plano de recapitalização. Na conferência de apresentação dos resultados, Paulo Macedo, o presidente-executivo da CGD, deverá focar-se nesse processo de recapitalização que permitirá pôr o banco novamente a ajudar a economia do país.

BCE trava juros da dívida?

Como esperado, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter inalterados os juros na Zona Euro. Além disso, Mário Draghi mostrou-se tranquilo em relação ao decorrer do programa de quantitive easing, mesmo face à desaceleração de compras de títulos portugueses que se verifica há já três meses. Disse mesmo não haver motivos para alarme e que a compra de ativos prosseguirá em termos de tempo e volume: 60 mil milhões de euros todos os meses a partir de abril e até ao final do programa. São declarações que deverão acalmar os investidores e, em último caso, os juros da dívida portuguesa, que na quinta-feira se situaram ligeiramente abaixo dos 4%.

INE divulga índice de preços no consumidor

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgará esta sexta-feira o índice de preços no consumidor relativo ao mês de fevereiro, ou seja, a inflação. Trata-se de um indicador de variação que mede como evoluíram os preços dos bens e dos serviços num dado período de tempo, neste caso, fevereiro. Recorde-se que, em janeiro, a inflação evoluiu em Portugal cerca de 1,3%, face aos 0,9% registados em dezembro. Na Zona Euro chegou já aos 2%, a meta definida pelo BCE, mas Mario Draghi não está muito preocupado. É que a culpa é da energia, mais propriamente dos preços do petróleo.

Petróleo em mínimos… abaixo dos 50 dólares

O preço do petróleo continua a afundar. O barril está já a negociar abaixo dos 50 dólares, algo pela primeira vez este ano. Em causa, dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos que apontam para uma subida expressiva nos inventários norte-americanos, que estão já no nível mais elevado dos últimos 35 anos. Hoje, a Baker Hughes apresenta novos indicadores que poderão fazer mexer o mercado do ouro negro. Vai ficar a saber-se se a subida de preços registada nos últimos meses, patrocinada pelo corte de produção da OPEP, continua a fazer aumentar o número de poços em exploração nos EUA.

Novos dados do mercado laboral dos EUA

Esta sexta-feira, o Departamento do Trabalho atualizará os números do desemprego nos Estados Unidos da América em fevereiro, assim como da criação de emprego. Como o ECO noticiou ontem, estima-se que a taxa de desemprego no país esteja a chegar a mínimos promissores. O positivismo é ainda reforçado pela recente divulgação de números que deram conta da criação de emprego no setor privado no nível mais alto em cerca de seis anos. Os investidores estarão, por isso, atentos a todos estes indicadores, que poderão fornecer pistas do estado de saúde das empresas e da indústria norte-americana em geral. Além disso, as boas expectativas

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