Novo mínimo dos juros não trava subida dos depósitos
Em janeiro, os portugueses aplicaram 5.826 milhões de euros em novos depósitos a prazo. A maior parte do dinheiro teve como destino prazos de aplicação até um ano.
Ter o dinheiro aplicado em depósitos a prazo nunca rendeu tão pouco. Em janeiro, a taxa de juro média oferecida nas novas aplicações a prazo sinalizou um novo mínimo histórico de 0,33%, uma quebra que não invalida que nesse mês os novos depósitos tenham atingido um máximo de oito meses. A maior parte do dinheiro aplicado nesse mês teve como destino aplicações até um ano.
Evolução dos novos depósitos
No primeiro mês deste ano, os portugueses subscreveram um total de 5.826 milhões de euros em novos depósitos a prazo. Este valor que representa um aumento de 701 milhões de euros, face à quantia que tinha sido depositada em dezembro do ano passado, e é também o valor mais elevado desde maio do ano passado. Grande parte do dinheiro foi aplicado em depósitos até um ano, que captaram um total de 4.525 milhões de euros, nesse mês, ou seja 78% do total de dinheiro que entrou nesse mês para os depósitos.
Apesar do aumento registado no primeiro mês deste ano, as aplicações a prazo dos bancos apresentam uma tendência generalizada de queda. Nos últimos 12 meses, o valor total que entrou para os depósitos a prazo em novas aplicações ascendeu a 67.574 milhões de euros. Trata-se da quantia mais baixa, em termos homólogos, do histórico disponibilizado pelo Banco de Portugal que remonta ao início de 2003.
Uma evolução que é ditada pelos níveis historicamente baixos dos indexantes que acabam por penalizar a remuneração oferecida pelos bancos. É raro encontrar um depósito que ofereça uma taxa de juro superior a 1%, e para ter acesso a uma remuneração desta ordem tendem a ser exigidas quantias elevadas. Na generalidade dos casos, os juros não chegam aos 0,5%.
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